terça-feira, 31 de março de 2009

São Paulo 1 x Palmeiras 0

Interpreto essa vitória de sábado diante do Palmeiras sob dois aspectos. Primeiro: nosso time tem muito a melhorar, o jogo foi muito ruim, o São Paulo pouco fez para tirar o zero do placar, apresentamos dificuldades na articulação de jogadas que levassem perigo ao gol adversário, e nas raras vezes que atacamos, foi mais devido a uma lambança dos jogadores de defesa do Palmeiras do que por méritos próprios. A falta de um lateral direito de ofício atrapalha muito, a pouca criatividade do meio de campo preocupa e as opções disponíveis no banco de reservas não animam.
Segundo: mesmo com estes problemas acima citados, o time se mostra mais uma vez competitivo. Vejam, algumas rodadas atrás parecia certo que o São Paulo não passaria de algo além do terceiro lugar, hoje o time já é vice líder, apenas quatro pontos atrás do Palmeiras, que já esteve oito pontos a nossa frente. É este poder de recuperação do tricolor que me alegra, mesmo não praticando um futebol vistoso, nossa regularidade, a conquista de vitórias contra adversários diretos e os constantes tropeços de nossos concorrentes diretos,  faz com que nosso time consiga se impor e flertar sempre com o topo da tabela.
Se vamos ganhar o Campeonato Paulista eu não sei, sei que temos futebol para nos consagrarmos campeões, contudo tenho dúvidas a respeito do interesse neste título por parte dos jogadores e diretoria, tenho minhas dúvidas se eles estão verdadeiramente empenhados na disputa deste título.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Futebol de resultado

A vitória conquistada no Uruguai fente ao Defensor por 1x0, colocou o São Paulo na liderança de seu grupo na Libertadores, temos agora 3 "confortáveis" pontos de vantagem sobre o Independiente de Medellín, o segundo colocado.
Muito se falou sobre a importância dessa segunda vitória são paulina fora de casa pela Libertadores, que mesmo se não jogassemos bem, o que importava era o resultado. Óbvio que o resultado final em uma partida de futebol é de suma importância, porém, o que quase sempre credencia um time a vitória, ao resultado favorável, é o bom futebol praticado dentro de campo, um futebol superior ao do time adversário; futebol este que o São Paulo não vem conseguindo praticar com a frequência que seus torcedores gostariam.
Muitas das vitórias conquistadas pelo São Paulo este ano foram burocraticas e no limite, que numa somatória geral nos levaram a figurar entre os quatro primeiro no Paulista e a ostentar a liderança do nosso grupo na Libertadores. O que o torcedor queria? Sim, em partes, todavia vale lembrar que o futebol de resultado tem seus limites e suas possibilidades bem definidas, e que quando comparado ao futebol bem jogado, mostra que eles são bem mais modestos e menos agradáveis de se comemorar, vide o empate de ontem frente ao Paulista de Jundiaí, que não deixou ninguém com vontade de sair comemorando por ai

segunda-feira, 16 de março de 2009

Metal Tricolor


Tenho no futebol uma das minhas grandes paixões, é o futebol que muitas vezes me proporciona a energia, o ânimo e a felicidade para ir vivendo os dias, tocando a vida, encontrando e dando um sentido a mesma.
Sensações semelhantes proporcionadas pelo futebol encontro no cinema e na música. Assistir filmes como Segunda-Feira ao Sol, Ninguém Pode Saber, Conto de Verão, Adeus Lenin, Ônibus 174, Tempo Que Resta; assim como ouvir bandas como Ramones, Iron Maiden, The Clash, AC/DC, Slayer, Ozzy, The Stooges é como presenciar um gol do São Paulo, uma felicidade quase sem fim.
Ontem não presenciei nenhum dos dois gols do São Paulo na vitória de 2X1 contra o Marília, fui ser feliz longe do Morumbi, mais precisamente no Autódromo de Interlagos, local do show do Iron Maiden na capital Paulista.
Foi um grande show: efeitos pirotécnicos, mudanças constantes no cenário do palco, a aparição do mascote Eddie duas vezes, grandes músicas e a performance fantástica de músicos excepcionais que levaram os 60 mil fãs presentes a loucura. Presenciar a execução de clássicos como Children of the Damned, Phantom of the Opera, Powerslave, Hallowed be thy Name e The Evil That Men Do por exemplo, e não bater cabeça ou simular um " air guitar" era praticamente impossível.
Mesmo com todos os contratempos: trânsito, o lamaçal em que se transformou a pista após a chuva, comes e bebes a preços abusivos e várias saídas fechadas ao término do show, foi uma noite inesquecível, daquelas que você sente orgulho por de certa forma fazer parte. Ver que a banda que você é fã, na verdade um torcedor, continua até hoje fiel aos princípios que ela estabeleceu no começo da década de 80 (fazer um rock an roll barulhento, de qualidade e honesto), mantendo-os intactos e praticando-os com mais intensidade é algo inestimável. Um golaço de Steve Harris, Bruce Dickinson e sua trupe!!!!

quarta-feira, 11 de março de 2009

Adesivos

A imagem acima é de um adesivo lançado pelo São Paulo Futebol Clube em homenagem ao técnico Muricy Ramalho. No adesivo lê-se a frase: " Isso aqui é trabalho, meu filho! " um dos bordões mais famosos de nosso comandante.
Se a moda pegar, e o São Paulo resolver homenagear outros atletas e até integrantes da comissão técnica com adesivos personalizados, proponho algumas frases.
Dagoberto: A bola é minha, eu não empresto e não passo ela para ninguém.
Juvenal Juvêncio: Um duplo com gelo por favor!
André Lima: Como é que se faz gol mesmo?
Marco Aurélio Cunha: Vote em Mim!
Zé Luiz: Será que eu consigo passar do meio de campo e acertar um cruzamento?
Rogério Ceni: Eu quero jogar, eu quero jogar, eu quero jogar.

terça-feira, 10 de março de 2009

Sobre uma vitória e uma derrota

Colômbia, quinta-feira, Copa Libertadores: com o time titular conseguimos uma vitória de 3x1 sobre o América de Cali.
Mogi Mirim, domingo, Campeonato Paulista: com o time quase todo composto por reservas sofremos uma derrota de 2x0 para o Mogi Mirim.
Evidente que não é a escalação do time títular em uma partida, e a do reserva em outra que define as vitórias e as derrotas de um time, o que está por trás do triunfo no meio da semana e do revés no final de semana, é o empenho e a vontade com que os jogadores e a diretoria dedicaram para cada jogo em específico.
Vejamos: quinta-feira, no torneio Sul-Americano, o sonho maior são paulino, um campeonato de prestígio, que mexe com torcida e jogadores, uma estreia desastrosa e a necessidade de um bom resultado pela sobrevivência no torneio; domingo, no torneio regional, um campeonato desprezado, que não desperta muito o interessse de boa parte da torcida, diretoria e time, usado como pré-temporada pelo São Paulo, com times de baixo nível técnico, que conseguimos nos classificar para o quadrangular final mesmo não jogando bem.
O contexto de cada um dos jogos me desperta um questionamento. Por que os reservas absolutos nas oportunidades que lhes são dadas para jogarem como titulares, apresentam um futebolzinho tão abaixo da crítica? Entendo que coletivamente, pela falta de entrosamento do mistão fica complicado exigir um futebol competitivo (embora perder para o lanterna do Paulista seja um papelão sob qualquer condição), contudo fico assustado com  a falta de ambição e vontade destes jogadores, que desperdiçam uma grande oportunidade de mostrarem serviço a fim de buscarem sua titularidade, mesmo que esta chance seja oferecida no famigerado Campeonato Paulista.
Como confiar nestes jogadores como substitutos, quando um dos 11 titulares vacilarem, como já vacilaram algumas vezes neste ano, se os caras não mostram o mínimo comprometimento? É torcer para o time titular se firmar e depender o menos possível dos nossos preguiçosos reservas.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Atenção com o futebol tricolor

Se já estava preocupado com o futebol apresentado pelo São Paulo neste começo de temporada, após presenciar a derrotada de ontem para o Santos por 1x0, vejo que a possibilidade de nosso sonho (Libertadores) ir por água abaixo novamente, é real e pode acontecer antes do que eu imaginava.
Mais uma semana de treinamento se passou, e não há sequer uma evolução no futebol apresentado pela equipe. Nossa única jogada que proporciona algum perigo ao time adversário é a bola parada e o chuveirinho na área, criação no meio de campo não existe, assim como jogadas pelas laterais ou alguma articulação-triangulação entre meio de campo-ataque- tudo está sendo feito na base do chutão, do bumba meu boi.
De positivo, apenas a certeza de que Rogério Ceni está de fato recuperado, André Dias a cada dia joga melhor, Borges atravessa uma ótima fase e Jean mostra-se um jogador sólido e eficiente. Destaques individuais que mesmo assim não proporcionam ao time uma coesão e um padrão de jogo, pois estamos muito aquém da expectativa da torcida e de quem ostenta um tri-campeonato brasileiro.
Agora quinta-feira contra o América de Cali a situação é mais complicada. Após o péssimo resultado na estreia da Libertadores, um resultado negativo diante dos colombianos pode significar o fim da Libertadores para nós! Para ser honesto, já comemorarei um empate, o que convenhamos é muito pouco para quem almeja ser campeão da Libertadores, todavia é apenas isto que nosso time e o futebol apresentado por ele hoje consegue nos oferecer: comemorar a possível sobrevivência em um grupo onde deveríamos nadar de braçada.