domingo, 31 de maio de 2009

O Futebol Que Todos Queremos

Quando muitos de nós torcedores, criticamos de uma forma mais contundente as atuações abaixo da crítica do São Paulo, não é porque somos chatos, ingratos ou corneteiros como muitas vezes somos tachados. Se nos portamos dessa forma, manifestando nosso descontentamento com time e comissão técnica é porque, apaixonados por nosso time como somos, queremos sempre o seu bem, e sabemos que um dos fatores primordiais na conquista, no estabelecimento desse bem estar ao time, e por consequência à sua torcida reside no futebol praticado pela equipe.
Isso não quer dizer sob hipótese alguma que o time ganhando está tudo bem, o time perdendo está tudo mal, evidente que não, o futebol é muito mais complexo e possui muito mais nuâncias do que isso, uma análise maniqueísta nesse caso não se sustenta. Do mesmo modo que a crítica nasce a partir do momento em que o time amarga uma sequência negativa de resultados, o elogio e a exaltação, para sermos coerentes, necessita de cuidado semelhante, ou seja, apenas se manifestará quando uma sequência positiva de resultados se suceder.
A bela vitória de hoje por 3x0 em cima do Cruzeiro ainda não me permite rasgar elogios à equipe, porém foi clara o suficiente para que se fizesse notar uma mudança em curso. A saída de jogadores até então intocáveis, mas que a tempos não jogavam um futebol minimamente qualificado; a entrada de sangue novo no time, com vontade de mostrar serviço; e principalmente, a escalação de jogadores em suas respectivas posições, com um número bem menor de improvisações do que o ocorrido em partidas anteriores, possibilitou ao São Paulo conquistar sua vitória mais convincente do ano, através de um futebol que mesmo não sendo irrepreensível, foi bem menos previsível, não se limitando apenas aos cruzamentos e bolas levantadas na área.
Se uma sequência de boas apresentações irá ocorrer eu honestamente não sei. Torço para que eu possa ver com mais frequência o São Paulo atuando como na tarde de hoje no Morumbi, ataundo como um verdadeiro tricampeão brasileiro, atuando como um verdadeiro postulante aos títulos que disputa.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Nem Tão Simples Assim

Perder por 2x1 para o Cruzeiro em Belo Horizonte na partida de ida pelas quartas de final da Libertadores não foi dos piores resultados, não que tenha sido positivo, não, nunca uma derrota poderá ser vista desta forma, todavia não foi um resultado que torne a classificação são paulina à fase subsequente uma tarefa que beire o improvável, nada disso, só que ao mesmo tempo, o "simples" 1x0 a nosso favor que nos garante na semi final não é uma tarefa tão simples assim.
O empecilho é o seguinte: 1x0 a favor do São Paulo na temporada 2009 não tem sido nada fácil de ser conquistado. Lembremos da eliminação frente ao Corinthians pelo Campeonato Paulista, onde após uma derrota no jogo de ida pelo mesmo placar que o de ontem para o Cruzeiro, o mesmo simples 1x0 que nos colocaria na final do torneio estadual não foi conquistado no Morumbi. Vale lembrar também que já se vão quatro jogos sem vitórias ( três jogos pelo Campeonato Brasileiro, com uma derrota e um empate fora de casa, e um empate no sufoco com um gol irregular aos 43 do segundo tempo frente ao fraco Atlético Paranaense no Morumbi; e um jogo pela Libertradores, no caso a derrota de ontem para o Cruzeiro).
Lembremos também que, nos jogos no Morumbi este ano válidos pela primeira fase da Libertadores obtivemos um empate e duas vitórias sofridas de virada, vitórias estas sob um placar que se repetido contra o Cruzeiro nos levara à uma dramática decisão nos penaltis.
Por todo esse histórico digamos não muito favorável ao São Paulo este ano, com resultados e futebol insatisfatório, o jogo de volta contra os mineiros no Morumbi será daqueles que eu classifico como imperdível. Decisivo, difícil, tenso, com casa cheia, onde talvez camisa e torcida joguem mais que o time.
Um jogo que mesmo ainda tão longe de ser realizado, tenho a certeza de que o levarei para sempre em minha memória. Espero e torço muito para que daqui alguns anos, quando num momento de nostalgia, ao me deparar puxando na memória alguns momentos desse jogo eu consiga sorrir e não apenas lamentar.

domingo, 24 de maio de 2009

São Paulo 0 X Palmeiras 0

Um futebol um pouquinho melhor que o apresentado em partidas anteriores, na verdade melhor dizendo, um futebol menos pior, contudo ainda bem requenguela, que não qualifica o São Paulo a nada do tamanho de sua grandeza.
Outra vez não conseguimos sair vitoriosos de campo, desta vez não apenas por nossa incompetência, mas porque Marcos atravessa um ótimo momento, fechando o gol, evitando em três oportunidades o gol são paulino. Falando em goleiro, destaque também para Denis, que quando acionado se saiu muito bem. Sei que Bosco é o reserva imediato de Rogério, que nas poucas vezes em que foi titular no gol do São Paulo nunca chegou a comprometer, porém todos nós sabemos que quando a hora de Rogério penduras as luvas e as chuteiras chegar, será para Denis que teremos de olhar, é ele nesse exato momento o futuro do São Paulo no gol, portanto por mais doloroso e polêmico que fosse para com Bosco, manteria Denis no gol mesmo após a recuperação de Bosco, seria Denis o meu titular até a volta de Rogério.
Voltando ao jogo, após mais uma partida em que o São Paulo não se mostrou merecedor de algo melhor do que tenha conseguido (na verdade poderia ter sido até pior, caso o penalti no jogador do Palmeiras fosse marcado) começo a temer pelo futuro de Muricy no comando time. Caso mais uma vez ficarmos pelo caminho na Libertadores, e não apresentarmos de imediato um futebol mais qualificado no Campeonato Brasileiro, tenho minhas dúvidas se será dado à Muricy o mesmo tempo que à ele foi dado nos anos anteriores.
Por ser um sujeito tão emblemático e controverso, um parecer maniqueísta aqui não cabe, a questão vai além, ela ultrapassa os sentimentos de amor e ódio que muitas vezes incidem sobre nossas opiniões a respeito dos personagens do futebol. Evidente que Muricy tem qualidades e defeitos, que merece aplausos e críticas, que já acertou e já errrou, que tanto ganhou como perdeu; enfim, unanime ele nem ninguém nunca será. Todavia ao menos para mim, hoje ele ainda é a pessoa mais qualificada a dirigir o São Paulo que temos à nossa disposição, e se há algo de podre no reino da Dinamarca, com certeza Muricy não é o único responsável, porém acho que muitos já começam a pensar de outra forma.

domingo, 17 de maio de 2009

Por um Futebol Menos Ordinário

Tudo bem, tá certo que a bruxa anda solta pelos lados da Barra Funda e do Morumbi, fazendo o número de atletas tricolor contundidos aumentar a cada dia, atrapalhando sim o trabalho de Muricy, contudo se Muricy improvisasse menos, colocando cada jogador em suas respectivas posições, acredito que teríamos menos problemas. Digo isso pois estabelecido um sistema de jogo, onde a função e a característica de cada jogador é respeitada, mesmo com a eventual troca de um jogador por contusão ou suspensão, ficaria mais fácil adaptar um jogador ao sistema do que o sistema ao jogador.
Da maneira como as coisas estão sendo encaminhadas pelos lados do Morumbi está ficando insustentável: é volante virando meia armador (Hernanes); volante que vira lateral, mas que joga como zagueiro (Zé Luiz); volante virando zagueiro de fato (Richarlyson); atacante jogando de costas para o gol, fazendo a função de pivô (Washington) e por ai vai. Soma-se à tudo isso o péssimo futebol apresentado por alguns jogadores, deste modo não há bom futebol que se estabeleça.
Com o passar dos jogos a solução dos problemas parece ficar cada vez mais difícil, visto a resistência do técnico em reconhecer seus erros, da diretoria em contratar jogadores de fato qualificados, e de determinados jogadores em assumir a responsabilidade de praticarem um futebol mais compromissado e de melhor qualidade. Caso esta simbiose não comece a existir o mais rápido possível, outros empates como este de hoje com o Atlético Paranaense por 2x2, com o gol de empate conquistado aos 43 do segundo tempo em posição de impedimento, continuarão a existir e a nos atormentar, destruindo precocemente nossas chances de título tanto no Campeonato Brasileiro como na Libertadores.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Culpem a Conmebol

Depois de semanas empurrando o problema com a barriga, a Conmebol finalmente encontrou a solução para os confrontos de oitavas de final da Libertadores envolvendo os times mexicanos Chivas e San Martin, respectivos adversários de São Paulo e Nacional do Uruguai.
De uma forma nada democrática, a toda poderosa do futebol sulamericano sentenciou a exclusão dos dois times mexicanos da Libertadores, visto o impasse criado sobre a impossibilidade da realização de partidas de futebol no território mexicano, devido o surto de gripe suína que atinge o país. Impasse este que se tornou crônico devido a falta de habilidade e vontade da Conmebol em buscar de fato uma solução para todo esse imbróglio.
Em nenhum momento viu-se por parte da Conmebol uma posição de liderança, no intuito de estabelecer um diálogo buscando o entendimento das partes envolvidas, visando assim uma solução de todo esse problema de uma forma mais justa e equilibrada. Da maneira como tudo foi conduzido, saíram prejudicados além evidentemente dos times mexicanos, o campeonato em si, que carregará para sempre o signo negativo da incompetência daqueles que dirigem o futebol.
Quanto ao São Paulo, beneficiado sim por toda essa sucessão de erros, já que automaticamente foi classificado às quartas de final, fez o que qualquer outro clube brasileiro faria, ficou na dele, adotando uma postura que visava a defesa de seus interesses, não de uma forma cândida e romântica, mas da forma típica e usual de nossos dirigentes.

domingo, 10 de maio de 2009

Futebol Abaixo da Crítica

Ao término do primeiro tempo do jogo de hoje contra o Fluminense, onde passados 45 minutos e o São Paulo não acertou nenhum chute ao gol, transformando o goleiro da equipe adversária num espectador privilegiado, visto que o mesmo não praticou nenhuma defesa, fiquei pensando, tentando imaginar se seria possível não haver nenhuma evolução no futebol praticado pelo São Paulo, mesmo após duas semanas livres, sem nenhum jogo oficial, podendo assim se dedicar exclusivamente aos treinamentos.
Decorridos 90 minutos de jogo, cheguei a triste conclusão de que, além de não existir nenhum progresso no futebol são paulino, houve sim foi um regresso em vários aspectos: jogamos de uma forma ainda mais burocrática e ordinária, nem mesmo nossa única e costumeira jogada existiu no jogo de hoje, a manjada bola parada e o chuveirinha para dentro da área; Muricy conseguiu irritar ainda mais o torcedor são paulino com as infelizes escolhas de Richarlyson e Hugo como titulares, e Borges como reserva; e para finalizar, nessas duas malditas semanas perdemos por contusão André Dias e Jean, que ao lado de Borges são nossos jogadores mais regulares, os únicos que no meio de tanta mediocridade apresentam um futebol aceitável.
Até nosso próximo jogo, que será domingo no Morumbi contra o Atlético Paranaense pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro, o São Paulo terá mais uma semana livre para treinamentos e reflexões, contudo não tenho mais a certeza de que isso servirá para alguma coisa de positivo.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

A Volta do Futebol

Depois de semanas de espera, finalmente veremos o São Paulo em campo novamente. Domingo pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro de 2009, vamos até o Rio de Janeiro fazer nossa estreia contra aquele que foi nossa pedra no sapato ano passado, o Fluminense.
Essa longa espera por um jogo tem sido angustiante, não consigo me lembrar de ver o São Paulo afastado por tanto tempo de uma partida oficial no início de uma temporada como ocorre este ano. Para quem tem pelo futebol um grande apreço, e um elo tão estreito como eu, fica complicado, e toda essa situação se agrava quando nesse período de "estiagem", um de nossos rivais se consagra campeão, e o outro obtem uma classificação heróica com um gol marcado aos 42 do segundo tempo. Dias difíceis.
Felizmente domingo próximo tudo começará voltar ao normal, iniciaremos nossa caminhada visando um invejável e histórico tetra-hepta campeonato brasileiro, o que não será nada fácil, visto a quantidade de times capacitados a destruir nossa façanha; são eles, não necessariamente nessa ordem: nossos rivais de toda uma vida, Palmeiras e Corinthians; os muito bons, Inter e Cruzeiro; e quem sabe talvez até o "imortal", Grêmio. Vale lembrar também que, o vacilante futebol praticado pelo São Paulo este ano, não nos alija da disputa pelo título, não, nosso tricampeonato fala por si só, especialmente a conquista do ano passado, contudo exigirá do time um suor além da conta, e de nós torcedores doentes e obsessivos horas e horas de angústia e tensão, de cálculos e projeções, de maltratos e sofrimentos dentro do estádio, de secar e rogar praga nos adversários; para no final quem sabe poder finalmente relaxar e comemorar.
Viva a volta do futebol!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Matar ou Morrer


Terminada a primeira fase da Libertadores chega o momento de maior tensão, o momento onde é tudo ou nada, o momento onde um erro pode ser fatal, o momento em que ou continuamos ou voltamos para casa mais cedo, o momento em que matamos ou morremos, sem concessões.
Depois de dias fazendo projeções a fim de tentar adivinhar o adversário tricolor nos confrontos de oitavas de final, a combinação de resultados nos encaminhou à um embate frente ao mexicano Chivas de Guadalajara. Já não é mais o mesmo Chivas de 2006, que durante a primeira fase da Libertadores daquele mesmo ano foi nosso adversário de grupo, ganhando de nós dentro do Morumbi ( pondo fim a uma invencibilidade são paulina de 19 anos sem derrotas pela Libertadores no Morumbi) e no México. Todavia o troco foi dado nas semi finais de 2006 mesmo, onde garantimos nossa vaga à final derrotando-os no México e no Brasil.
O Chivas de 2009 fez uma campanha modesta, classificando-se em segundo lugar num grupo de times pouco expressivos, mesmo dentro de seus respectivos países, como o Caracas da Venezuela, campeão do grupo, e os eliminados Everton do Chile e Lanus da Argentina.
A primeira partida do confronto ainda não tem local definido, devido a gripe suína que assola o México, o Chivas não poderá jogar em seus domínios, o que favorece o São Paulo, visto que o primeiro jogo será em campo neutro, porém atrapalha um pouco em termos de logística, devido a lentidão da Comembol em definir o local da partida de ida.
O São Paulo é favoritíssimo, mesmo com um futebol pouco inspirador praticado durante a primeira fase, temos um time mais qualificado que o oponente mexicano, a classificação é praticamente certa, para provavelmente num confronto de quartas de final enfrentar um perigoso Cruzeiro.
Todavia tão importante quanto a classificação, será ver o resultado do trabalho de Muricy nesses longos dias sem uma partida, espero ver um time melhor preparado, capaz de proporcionar a nós são paulinos a confiança da vitória, da classificação frente a adversários mais qualificados.