sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Sucumbindo

É evidente que o momento não é dos melhores para o São Paulo, faço essa afirmação levando em consideração não apenas aquilo que foi visto na partida de ontem em Manizales. A questão não é apenas essa, qualquer torcedor mais atento, já desconfiava da possibilidade de um resultado desfavorável frente aos colombianos do Once Caldas, pois evidências não nos faltavam para legitimar este tipo de raciocínio, e jogo após jogo, para felicidade de nossos adversários, essas evidências são expostas da melhor maneira possível para eles, e da pior maneira possível para nós, torcedores do tricolor do Morumbi.
Nestes quase dois meses de futebol, não temos absolutamente nada a comemorar ou exaltar, pelo contrário: fomos derrotados em todos os clássicos; alguns jogadores ainda não apresentam condições de jogo; outros atravessam uma má fase; nosso técnico encontra-se afastado por problemas de saúde; e o precioso tempo de preparação que já é escasso, parece não estar sendo utilizado da maneira mais adequada.
Todos os fatores acima mencionados, são em partes as causas, ou as consequências deste vacilante futebol praticado pelo São Paulo neste princípio de temporada. Um futebol tão robotizado, sem qualquer traço de espontaneidade, que nos deixa deveras preocupado em relação ao que ainda está por vir. Não falo aqui de uma precoce eliminação na primeira fase da Libertadores, mesmo sabendo que nessa edição, dada a palhaçado feita pela Conmebol com as equipes mexicanas no ano passado, nem todos os segundo colocados terão vaga garantida às oitavas de final, não acredito que o São Paulo seja capaz de protagonizar tamanho vexame.
A preocupação maior está, quando tento vislumbrar este time fazendo algo além do seu habitual, de imediato me vejo completamente sem prespectivas, e tendo quase que a certeza que em um confronto contra uma equipe mais tradicional, ou de maior qualidade técnica, ou até mesmo um Once Caldas da vida, vejo nosso time sucumbindo, igualzinho ontem a noite.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Sobre O Tempo


Domingo passado, após nossa derrota para o Palmeiras, pela primeira vez desde que desembarcou no Morumbi para substituir o hipócrita do Muricy Ramalho, fiquei realmente decepcionado com Ricardo Gomes. A decepção conforme descrito na postagem anterior, ocorreu não devido eu considerar insatisfatório seu trabalho frente ao São Paulo, pois acredito que ainda é muito cedo para fazer este tipo de julgamento, mas sim pelo seu comportamento nas entrevistas pós jogo, onde ele insistia em jogar para cima da arbitragem o ônus pela nossa derrota.
Não critico o trabalho de Ricardo Gomes, não por querer poupá-lo, mas pelo fato de que o que foi desenvolvido até o momento, embora não seja algo irrepreensível, tampouco não é algo que beira o desprezível. Lembrando que mesmo não conquistando o último título brasileiro, com Ricardo Gomes saímos de posições próximas a zona de rebaixamento, para um honroso terceiro lugar.
2010 sem dúvida alguma é o ano chave para Ricardo Gomes, pois desde o princípio do ano, sem ter que pegar um trabalho já em andamento, ele junto com nossa diretoria, vem planejando a formação e o desenvolvimento de nosso time da maneira que ele julga ser a mais adequada. Todavia a construção de um time, salvo raríssimas exceções, demanda um certo tempo que muitas vezes não temos, e exige do torcedor uma paciência que nem sempre ele estamos dispostos a oferecer, principalmente quando o time não demonstra um bom futebol dentro de campo, que infelizmente é o que vem acontecendo com o tricolor paulista.
Contudo ainda acredito que este time do São Paulo versão 2010, continua a empacar principalmente pelo pouco tempo de preparação, e não exclusivamente pela incapacidade de nosso treinador. Se estas minhas deduções fazem algum sentido, acredito que o tempo será o responsável por trazer à tona essas respostas.
A situação é que agora, depois dos problemas de saúde pelos quais Ricardo Gomes vem passando, a sua relação com o tempo muda. Durante um período de duração ainda desconhecido, sua preocupação maior obviamente será direcionada para o campo da saúde. E se a nossa torcida é pela plena recuperação de nosso comandante, sem que fique qualquer resquício de sequela, torcemos também para que nosso time se cuide, a fim de evitar futuros efeitos colaterais nesse período sem técnico.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Comportamento Preocupante

A preocupação que toma conta de mim, desde o momento em que o juíz apitou o final de nossa partida na tarde de ontem, que decretou mais uma derrota são paulina em clássicos, desta vez um revés de 2x0 para o Palmeiras, ocorre não porque perdemos o jogo para um eterno e odiado rival, mas sim pela atitude de alguns jogadores e alguns membros da comissão técnica durante e depois da partida.
Tanto dentro quanto fora de campo, nosso comportamento foi algo ridículo e inaceitável. Durante o decorrer da partida, não fomos capazes em nenhum momento de criar e articular jogadas, que pudessem levar algum tipo de perigo à meta adversária. Nossa atuação foi pífea, diferente do que infelizmente se via na equipe da Barra Funda, que jogava com uma determinação exemplar, tendo total domínio das ações da partida, mesmo quando cada time tinha onze jogadores em campo.
Tudo isso me faz discordar, e não aceitar o discurso e a postura equivocada de alguns jogadores e membros da comissão técnica, principalmente de Ricardo Gomes, que insistia nas entrevistas em não reconhecer os erros, e assumir a responsabilidade pela má atuação do São Paulo, apontando para a arbitragem, a partir da expulsão de Xandão, como o fator de desequilíbrio da partida, e consequentemente como os culpados pela nossa justa e merecida derrota.
Se quisermos de fato vir a praticar um futebol menos ordinário e mais ambicioso, é de fundamental importância reconhecermos e aceitarmos nossas limitações e nossos erros, pois somente assim, sendo honestos consigo mesmos e com sua torcida, que aqueles que dirigem e atuam em  nosso amado clube brasileiro, poderão estar aptos a alcançar conquistas proporcionais a nossa grandeza.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ontem E Domingo

Ontem, em mais um jogo válido pela modorrenta primeira fase do Campeonato Paulista, em um Morumbi praticamente as moscas, o que não poderia ser diferente, visto a perda de importância e interesse junto aos torcedores pelos campeonatos estaduais (sobretudo nessa esdrúxula fase inicial, com um excessivo número de jogos), e o inconveniente horário das 21:50 adotado pela federação em conjunto com a maldita Rede Globo, visando atender única e exclusivamente aos interesses da emissora carioca, em detrimento aos interesses dos torcedores é claro; o São Paulo conquistou mais uma daquelas vitórias burocráticas.
Foi uma partida bem mais ou menos, que deixou bem claro que nosso time ainda precisa melhorar muito, e me preocupa bastante o fato de que desde nossa estréia nesta temporada, na derrota para a Portuguesa, até a vitória de ontem por 3x1 contra o Barueri que não é mais Barueri, o que corresponde a um intervalo de tempo de um mês, até agora eu não consigo enxergar qualquer tipo de evolução na equipe. Que o tempo e os jogadores que ainda não estreiaram, possam junto com o trabalho de Ricardo Gomes, fornecerem os elementos necessários para que este time pratique um futebol competitivo.
Se ontem a ida até o Morumbi, e o que por lá foi visto foi algo sem muita emoção e espontaneidade, domingo próximo, contra o time do outro lado do muro, no chiqueirão, agora com um novo técnico, adepto de uma ideologia bastante alinhada com a suja história e tradição do time da Barra Funda, espero poder me deparar com uma partida que corresponda as expectiativas geradas por um clássico: um jogo tenso, dramático e disputado. Disputado sim, pois muito embora nosso rival esteja capengando, não teremos vida fácil pela frente.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Três Pontos E Nada Mais

Sábado de carnaval, um sol escaldante de mais de trinta graus, um campeonato com uma fórmula de disputa para a primeira fase com jogos em excesso, um adversário onde o principal jogador da equipe é também o presidente do clube, e nosso time composto do meio para frente quase que exclusivamente por jogadores reservas.
Definitivamente o cenário nada animador acima descrito para a partida entre São Paulo e Ituano, disputado na terra do Bem Dotado Homem de Itú ( lembram-se deste clássico da pornochanchada brasileira, protagonizado pelo "galã" Nuno Leal Maia, e pela eterna musa Helena Ramos???), não permitia à ninguém criar muitas expectativas para o que se sucederia durante aqueles noventa minutos.
Não estávamos errados em nossas previsões, o jogo de fato foi uma porcaria, um 1x0 magríssimo, que de positivo podemos destacar apenas os três pontos que somamos, nada mais. Nos faltam inclusive, elementos suficientes para escrever sobre a partida sem correr o risco de ser tão chato e sonolento quanto foi a mesma, e como eu  não quero que com meus comentários, eu seja co-responsável em deixar o futebol de carnaval mais chato do que ele já foi, encerro por aqui esta minha postagem.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Uma Estréia Ambígua

Em nosso primeiro jogo pela Taça Libertadores da América deste ano, o Morumbi foi palco de uma partida onde o desenrolar da mesma, do apito inicial ao apito final do juíz, foi cercada por elementos que podem assumir os mais diferentes significados, variando conforme o ponto de vista, a perspectiva adotada por cada um de nós em nossas respectivas análises.
Antes mesmo do início da partida, no momento em que os torcedores costumam gritar o nome de cada um dos onze jogadores relacionados para a partida, mais uma vez a homofóbica (para dizer o mínimo) Torcida Independente ignorou a presença de Richarlyson em campo. Não satisfeita, a dita cuja ainda proferiu alguns impropérios (devidamente rebatidos), contra todos aqueles que se localizavam na arquibancada azul, local este que abriga uma parte de nossa torcida, na qual eu me incluo, que costuma julgar nossos jogadores "apenas" segundo critérios futebolísticos.
Mediante esses critérios, reconheço que Richarlyson não foi nada bem, não que ele tenha sido o único, porém foi o que mais destoou negativamente no fraco e inoperante futebol praticado pelo São Paulo, na vitória de 2x0 frente aos mexicanos do Monterrey. Se o futebol não foi dos melhores, e até que Ricardo Gomes tenha todos os atletas do plantel a sua disposição, será com atuações como a de ontem a noite que teremos de nos acostumar, portanto torcedores, paciência tanto com o time quanto com o técnico, olhando para o resultado em si ele foi muito bom.
Sim, porque era fundamental uma vitória em nossa estréia, independente do modo como a conquistaríamos, pois os pontos que poderíamos ter deixado pelo caminho contra os mexicanos, além de serem irrecuperáveis, poderiam fazer uma enorme falta mais adiante. Diferentemente de uma partida bem jogada, que mesmo que não tenha acontecido, não nos impediu de comemorarmos uma vitória.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Algumas Interpretações

Quarta-Feira da semana passada, quando derrotamos a equipe do São Caetano, um adversário que não serve de parâmetro para muita coisa, mediante uma atuação apenas razoável, foi dado aqui na postagem anterior, o alerta de que aquela era uma vitória de certo modo ilusória, que escondia muitos de nossos problemas. Contudo o que se viu no pós jogo, foi um grande oba oba criado por parte da imprensa e da torcida, que via naquela vitória a atuação de um time acima de qualquer suspeita.
Bastou esperar quatro dias, e nos depararmos com um time mais qualificado do que aquelas dragas de times do interior paulista, para sucumbirmos, ficando talvez agora, bem claro para todos aqueles que insistem em ver nosso time apenas com bons olhos, e que se empolgam facilmente, que temos sérias limitações, capazes de mais uma vez deixar o São Paulo pelo meio do caminho nas competições em que está envolvido.
Os problemas são paulinos não são poucos; assim como os demais times, sofremos com a falta de entrosamento típico de começo de temporada, com o agravante de que nem todos os nossos contratados tem condições de jogo, atrapalhando e atrasando Ricardo Gomes na elaboração de seu time ideal. Portanto é natural que dentro desse contexto, o time cometa determinados vacilos, semelhantes aos ocorridos frente ao Santos na derrota de ontem por 2x1.
Todavia o que mais me preocupa, é o fato de que as opções que hoje temos à nossa disposição, para substituir determinadas peças que em algumas partidas deixarão a desejar (como o que ocorreu com vários de nossos jogadores no clássico de ontem), se resuma em: um bando de volantes; um zagueiro desequilibrado mentalmente; um fominha; e um atacante que embora tenha feito um gol ontem, é um tremendo de um refugo- enfim, ou o São Paulo contrata jogadores que possam ser de fato opções úteis em suas respectivas posições (principalmente nas laterais e no ataque), ou corremos o sério risco de não conseguirmos, dada a ineficiência de certos setores do time, sequer aproveitar os jogadores que sabemos que podem ser úteis à equipe, desde que façam parte de um time coeso e equilibrado.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O Suficiente

Contrastando com o histórico das partidas envolvendo São Paulo e São Caetano, onde há um forte equilíbrio tanto dentro de campo na disputa dos jogos, quanto fora de campo nos números dos confrontos, o embate entre as duas equipes disputado na noite de ontem no ótimo estádio da Arena Barueri (ótimo não devido ao conforto proporcionado ao torcedor, mas sim por causa da arquitetura do estádio, que dada a proximidade das arquibancadas com o gramado, nos permite xingar e ofender o trio de arbitragem e os jogadores do time adversário, tendo a certeza absoluta que os mesmos estão ouvindo o que vociferamos contra eles), foi amplamente dominado pelo São Paulo, que conseguiu construir o placar de 3x0 sem muitas dificuldades.
A maioria dos jogadores tricolores que foram a campo ontem, com duas ou três exceções, sem dúvida alguma formarão o time base do São Paulo, que disputará os campeonatos que temos pela frente nesse longo 2010. Um time que classifico como mediano, pois nenhum time que tenha em suas laterais dois jogadores improvisados, poderá ser considerado um bom time, independente da qualidade dos jogadores dos outros setores.
Muito embora ontem tenhamos vencido a partida com uma certa facilidade, não podemos nos iludir e achar que o futebol praticado frente a equipe do ABC Paulista tenha sido algo acima de qualquer suspeita. Não, ele foi apenas suficiente para vencermos um timeco que ocupa a décima posição no campeonato paulista, todavia devemos estar muito além disso; e fechar os olhos para os problemas que ontem foram encobertos pelo elástico placar, mas que ainda se fazem presente, e não apenas em nossas laterais, é uma omissão perigosa, que poderá cobrar seu preço antes do esperado.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Obviamente Semelhante

Semelhante ao ocorrido na partida contra a equipe do Mirassol, quando Ricardo Gomes optou por colocar um catadão em campo, com a justificativa de poupar e dar ritmo aos titulares, bem como oferecer uma oportunidade aos reservas, o time que ontem foi a campo com a camisa do São Paulo, para enfrentar a agremiação do Sertãozinho, era novamente formado em sua maioria por atletas do segundo escalão.
Neste contexto, nada mais natural que as semelhanças deste jogo, com o jogo contra o Mirassol, não se resumirem apenas no fato de novamente termos entrado em campo com um time completamente desentrosado. Na verdade foi em decorrência deste fator, que as outras trágicas semelhanças se repetiram nessa partida, sendo que o placar final de 2x2, mediante as circunstâncias, foi mais trágico para os interioranos do que para nós.
Portanto ficar aqui enumerando tudo o que novamente deu errado, soaria um tanto quanto repetitivo, além do que, criticar o previsível (no caso a insistência em colocar um catadão em campo, ao invés de entrosar e dar ritmo à equipe principal a partir de jogos; e de testar os reservas em times completamente desentrosados e desorganizados), e suas já esperadas consequências (uma atuação horrorosa), algo que já foi feito aqui a menos de quinze dias atrás, seria tão óbvio quanto foi o desenrolar da partida de ontem, e sinceramente, as obviedades de ontem já foram suficientes para deixarem vários torcedores de saco cheio.