sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A Partida Que Me Impediram De Ver

Não foram poucas as vezes que tive de abrir mão, e sacrificar algumas coisas por causa de uma partida de futebol. Amizades, namoradas, trabalho, estudo e família, por incontáveis vezes já ficaram em segundo plano enquanto me encaminhava ao Morumbi, ou para algum outro estádio que o São Paulo iria jogar.
Toda essa minha obsessão pelo futebol, faz com que eu acabe por diversas vezes programando e planejando minha vida em função do mesmo. Assumo compromissos, tomando o devido cuidado para que eles, não me impeçam de estar no estádio assistindo os jogos do São Paulo. O fato das partidas de futebol serem disputadas no meio da semana, e nos finais de semana, geralmente nos mesmos horários, facilita um pouco a elaboração de minha agenda, contudo não me livra de constantes reclamações e caras feias.
Mesmo com todas as adversidades com as quais me deparo, há anos que consigo estar presente em todos os jogos em que o São Paulo é o mandante. Infelizemnte esta longa sequência foi interrompida ontem, e isto aconteceu não porque optei por fazer algo melhor ou mais significativo que o futebol, não, fiquei trabalhando mesmo, e impedido de assistir ao jogo do São Paulo contra o Paulista, não devido meu chefe ser um filho da puta corinthiano ou palmeirense, nem pela partida ter sido disputada na Arena Barueri (que até que é um estádio bacana, dada a próximidade da arquibancada com o gramado) ao invés do Morumbi; mas simplesmente porque ir assistir um jogo de futebol às 17:00 horas em plena quinta-feira, é algo para vagabundo, desocupado ou alguém muito sortudo, que tem uma disponibilidade de tempo invejável.
Evidente que um horário imbecil como este, só poderia ter sido escolhido por algum imbecil, auxiliado por outros imbecis (leia aqui Marco Polo Del Nero e sua trupe da Federação Paulista). Assim sendo, adeus minhas chances de acompanhar a partida, nem mesmo pelo rádio ou pela internet isto foi possível.
Horas depois da partida ter terminado, finalmente pude assistir um compacto do jogo. Pelo pouco que pude ver, tive a impressão de que a partida não foi lá aquelas coisas, serviu mesmo para que Ricardo Gomes fizesse algumas experiências e desse mais ritmo à equipe. O que não significa, que não perdi muita coisa não comparecendo a peleja, pelo contrário, e o que mais me provoca indignação, é que os responsáveis por minha ausência, e pela ausência de muitos outros são paulinos no estádio, não foram os amigos, parentes ou namoradas (que poderiam nos proporcionar bons momentos juntos); mas sim os malditos dirigentes de futebol, que nada de bom podem nos oferecer.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Jogo Treino

Uma vez que o futebol brasileiro, não permite que nossos times façam uma pré-temporada decente, com tempo suficiente para colocar em prática uma preparação mais adequada, e visto que o Campeonato Paulista perdeu a importância de outrora, nada mais natural do que usar o campeonato estadual para preparar os times para os campeonatos que gozam de maior prestígio e significado.
A preparação a qual me refiro aqui, não é aquilo que o São Paulo fez quarta-feira passada contra a equipe do Mirassol, colocando um catadão em campo que muito provavelmente nunca mais atuará junto novamente; mas sim aquilo que foi visto sábado contra a equipe do Rio Claro: um São Paulo com um time base definido, com duas ou três experiências/mudanças.
Não sabemos com exatidão o tempo que Ricado Gomes precisará para definir o time que ele considera ideal, mas é fundamental que o time tome forma a partir daquilo que ele observar nos jogos do Paulistão, e do dia a dia dos treinamentos, lembrando que é imprescindível que nosso técnico adote critérios minimamente coerentes em suas escolhas. Dentro desse contexto, será normal que muitas de nossas partidas-treinos não sejam um primor, e mesmo quando as vitórias forem conquistadas, como sábado nos 3x0 sobre o Rio Claro, ela virá muito em função da fragilidade desses timecos do interior paulista.
Embora não seja uma de nossas virtudes, nós torcedores teremos que ter um pouco de paciência com este São Paulo que é construído, pois a quantidade de jogadores contratados é considerável, e aumentou nos últimos dias com as chegadas de Alex Dias e Cléber Santana, sendo que nem todos se adaptarão ou conquistarão seu espaço no time, e os que conquistarem, não farão obrigatoriamente de forma imediata. Da mesma forma que os garotos que foram campeões hoje pela manhã da Copa São Paulo de Futebol Junior, que poderão muito bem num futuro brilhar com a camisa tricolor, como cair no completo esquecimento.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Mirassol 1 X Catadão 1

Ao saber durante a semana através dos órgãos de imprensa, que o São Paulo jogaria com um time composto por atletas reservas contra a equipe do Mirassol, estava ciente de que não poderia esperar muita coisa. Minha expectativa porém diminuiu ainda mais, quando no anunciar da escalação, percebi que aquele time reserva era na verdade um grande catadão, formado em sua maioria sim por jogadores reservas, mas também por um ilustre desconhecido (alguém ai sabia da existência do lateral direito Davi???); por um atleta da base que eu nem lembrava mais que estava no tricolor (e que se mostrou um verdadeiro cai cai, não é senhor Mazola??); e pelos titulares Jean e Richarlyson (que são trocados mais vezes de posição que o Ozzy de guitarrista!!).
Confesso que não consigo entender o porquê de Ricardo Gomes ter optado por colocar esse catadão em campo. Se a explicação parte do princípio de que era necessário treinar/dar ritmo ao time principal, bem como testar/dar uma oportunidade aos novos contratados, e aos que são pouco aproveitados, devo dizer que ela não me convenceu nenhum pouco.
Não sei, posso estar completamente errado, mas para mim o método mais adequado de entrosar e dar ritmo para uma equipe, não ignorando a validade e a importância dos treinamentos, é através dos jogos, enfrentando as adversidades que apenas uma partida oficial pode criar; assim como o ideal é testar, fazer algumas experiencias com determinados jogadores, se os mesmos puderem fazer parte de um time minimamente entrosado e organizado. O oposto daquilo que foi à campo ontem trajando nossa sagrada camisa.
Considero que tudo aquilo que foi planejado para o jogo de ontem, e que por razões óbvias sucumbiram, configura-se como um grande equívoco, e saber que muito provavelmente para nosso próximo jogo sábado, os titulares voltarão à campo, e aqueles que ontem pouco puderam fazer para trazer para a capital, algo além de um empate conquistado nos minutos finais, voltarão a jogar juntos novamente sabe-se lá quando, demostra claramente que a incoêrencia encontra um campo fértil à sua proliferação pelos lados do Morumbi.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Fantasmas De 2009

Como eu havia descrito na postagem anterior, a angústia causada pela privação de futebol a qual nós torcedores estamos submetidos entre o fim de uma temporada e o início de outra, é substituída pela euforia e felicidade, tristeza e perturbação que se estabelecem assim que uma temporada se inicia. E neste ano de 2010, a parte negativa das sensações provocadas pelo futebol, já se fizeram presentes logo em nossa partida de estréia, assim mesmo, sem nenhuma cerimônia.
Levando em consideração que essa era nossa primeira partida no ano, com jogadores fazendo sua estreia e reestreia pela equipe, mau condicionados fisicamente, com o time atuando em um novo esquema tático, e por consequência sem um entrosamento maior (muito embora nosso adversário também sofresse dos mesmos problemas óbvios de todo começo de temporada), é compreensível e de certo modo até aceitável um resultado desfavorável contra a Portuguesa na partida de ontem, todavia as causas da derrota são paulina por 3x1, não são encontradas exclusivamente nos fatores acima citados, mas sim aos mesmos fantasmas que nos aterrorizaram ano passado.
Após um primeiro tempo regular, onde nossa vantagem foi conquistada através de um belo gol do reestreiante Marelinho Paraíba, e que não foi ampliada uma vez que Rogério Ceni perdeu um penalti, e Washington uns três gols feitos, sucumbimos de uma maneira assustadora na segunda etapa. Bastou a Portuguesa empatar, e posteriormente fazer o segundo gol, para que tudo aquilo que me apavorou em 2009, se fizesse presente neste 2010 que mal começava.
Novamente testemunhei uma parte da torcida ofendendo gratuitamente Richarlyson, e impaciente para com Washington, não perdoando qualquer toque errado que nosso camisa nove dava na bola, gritando desesperadamente o nome de Roger (puta que pariu, acreditar que o renegado do Roger fosse capaz de acrescentar tanto ao time assim é de dar medo). Malditos corneteiros, de tanto barulho que fizeram Ricardo Gomes colocou Roger em campo, que pouco produziu, muito em função de mais uma expulsão estúpida de Dagoberto, que comprometeu de vez o novo esquema tático adotado por nosso comandante, que já mostrava algumas deficiências, principalmente pelas improvisações em ambas as laterais, que de temporárias passaram a ser regras no São Paulo de Juvenal Juvêncio; no lugar de Washington, que ao meu ver errou ao se dirigir para os vestiários ao ivés de ir se sentar no banco de reservas.
A temporada apenas acabou de começar eu sei, mas é imprescindível que aqueles que ontem nada fizeram para ajudar o São Paulo na busca por uma vitória (Dagoberto e uma parte da torcida), mas pelo contrário, atrapalharam e muito, comecem a se comportar de uma maneira mais inteligente daqui por diante. O São Paulo agradece.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O Fim Da Espera

Depois de mais de um mês sem futebol, privado daquilo que tanto faz sentido em minha vida, finalmente no próximo domingo poderei por um ponto final nessa espera angustiante. Na verdade o que ocorrerá a partir de domingo para muitos de nós, que vivem o futebol em sua plenitude, será a substituição da angústia que provém da ausência de uma partida de futebol, pela euforia e felicidade- tristeza e pertubação causada a partir do momento em que se inicia uma temporada.
Abrir mão e sacrificar tantas coisas para acompanhar um time de futebol, é algo doentio, eu sei- sobretudo quando você sabe que em determinados momentos, aquilo que você receberá em troca, lhe causará uma profunda e amarga decepção. Futebol não é como muitos dizem: "Apenas um jogo", não, é algo muito maior do que isso, e nada consigo fazer a respeito, é como lutar contra moinhos de vento, algo em vão.
Nesta nova temporada que se inicia, contra a Portuguesa domingo no estádio do Morumbi, mesmo que em minha opinião:
- não tenhamos feito nesse período de férias nenhuma contratação significativa (na verdade não consigo entender até agora, o que passou na cabeça de nossos dirigentes para contratarem o grosso e desequilibrado do André Luis);
- nosso time adentre outra temporada improvisando um jogador na lateral direita (pois ao que me parece, Adrian Gonzalez não terá muitas chances, o que ao meu ver é um erro, pois ele não me pareceu ser um jogador desqualificado);
- ainda nos falte um meio campista mais cerebral ( muito embora os mesmos estejam quase em extinção);
- o imbróglio envolvendo os atletas da base esteja encehendo o saco (até o momento devido a falta de informações mais concretas, não me sinto à vontade em emitir uma opinião sobre o assunto, mesmo porque, ali não ponho a mão no fogo nem pelos jogadores, nem pelo dirigentes envolvidos);
- mandaremos um número excessivo de jogos na Arena Barueri (que embora seja um estádio com uma arquitetura  interessante, visto a proximidade das arquibancadas com o campo, nunca será igual a nossa querida casa);
O melhor que temos a fazer é deixar desconfianças, divergências e incertezas de lado, e acreditar e apoiar nosso time até o fim, pois este é o time que temos, e é o clube que tanto amamos, sendo que logo mais ele estará em campo, portanto é para lá que devemos nos encaminhar, pois é ali, dentro do estádio, na arquibancada, que tudo começa a fazer mais sentido e valer a pena.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Recomeçando

O período sem futebol ao qual estamos submetidos entre o final de um ano, e o começo de outro, caracteriza-se por ser um intervalo de tempo de certo modo doloroso, dado todos os problemas óbvios causados por tamanha privação.
Em um passado não muito distante, conseguia lidar melhor com esta situação, e atenuar alguns destes problemas através da Copa São Paulo de Futebol Junior, e da imprensa. Bons tempos aqueles, onde a Copinha era um torneio que gozava de alguma credibilidade, com clubes de verdade, revelando bons jogadores para os times profissionais, e nos proporcionando jogos que de fato faziam sentido e nos cativavam; assim como a imprensa, que mesmo nesse período sem muito o que falar, conseguia fazer um trabalho de qualidade, responsável e isento- não se preocupando tanto com o aspecto físico e a vida íntima dos jogadores, bem como em não fazer algumas especulações que se assemelham a fantasias, no intuito de caso alguns desses delírios se confirmem, poderem dizer orgulhosamente que deram o furo, como se o furo jornalístico fosse dar a notícia primeiro, e não aquela notícia que não viria à tona sem o trabalho do jornalista ou do repórter.
Neste contexto torna-se difícil escrever sobre algo relevante relacionado ao futebol, dai minha opção por permanecer em silêncio até então. Contudo sexta-feira passada me deparei com uma notícia significativa para muitos de nós são paulinos, a de que finalmente os sócios-torcedores do São Paulo poderão comprar ingressos para o setor de arquibancada azul do Morumbi através da internet.
Essa era uma reinvidicação antiga, que muitos tricolores já faziam a algum tempo, pois muito embora nossa contribuição financeira nos permitisse desfrutar de algumas vantagens, elas eram em sua maioria secundárias, já que não garantia à nós sócios-torcedores, aquilo que mais nos importa: um ingresso para as partidas no Cícero Pompeu de Toledo.
Não que este canal de compra pela internet irá grantir à todos os sócios-torcedores um ingresso, uma vez que ainda teremos que disputá-los com os torcedores não associados, e mesmo os números mostram que a atual quantidade de sócios-torcedores é maior que a capacidade da arquibancada azul; tampouco que estaremos livres de possíveis filas e transtornos para adentrarmos ao estádio, todavia saber que terei a minha disposição, uma bilheteria na tela do computador, é uma facilidade que teoricamente me agrada bastante, vamos ver como tudo isso se desenrolará na prática.