segunda-feira, 31 de maio de 2010

Ruim De Se Ver E Escrever

A viagem até Campinas foi tranquila; boas estradas, nenhum trânsito, pedágio por um preço não muito oneroso, e uma boa companhia. Já em Campinas; ruas tranquilas para deixar o carro, e uma boa churrascaria em frente ao portão de entrada da torcida são paulina para almoçar. Pena que junto com o último pedaço de carne que restava em meu prato, tudo aquilo que conspirava a meu favor chegou ao fim.
A partir do instante em que adentrei ao estádio do Guarani, nada mais do que presenciei e vivenciei foi digno de nota. Um jogo completamente esquecível, noventa minutos do mais puro e genuíno futebol arte abstrata, uma hora e meia de jogadas mal executadas e de pouca inspiração, o que torna a elaboração desta postagem um processo tão enfadonho quanto foi o acompanhamento da partida. E pensar que um dia, neste mesmo estádio, estes dois times protagonizaram uma das mais, senão a mais sensacional final de Campeonato Brasileiro da história...
Como eu sei que com o horroroso empate sem gols entre São Paulo e Guarani, todos já ficaram entediados e aborrecidos o suficiente, não serei eu, que através de um texto mal escrito e de pouca inspiração (pois seria nisso que este texto se transformaria, ou já se transformou, caso eu continue a insistir em falar sobre o jogo de ontem), que tornará tudo ainda pior. Não, este ônus será exclusivo do tricolor e do bugre.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Escorraçando O Porco

O ódio e o nojo que sinto pelo decadente time de verde da zona oeste de São Paulo, atinge proporções tão elevadas, que sempre que nos deparamos com essa corja imunda e alienada, uma vitória são paulina torna-se algo imprescindível, de vital importância. Vencer aquele maldito time, não se resume apenas aos três pontos que ganharemos, e aos três pontos que eles deixarão de ganhar, não, a questão vai muito além disso.
Derrotar aquela escória significa colocá-la em seu devido lugar, em uma posição de inferioridade em relação ao seu maior algoz, deixando bem claro que no momento em que eles cruzarem nosso caminho, muito provavelmente será o fim da linha para a lusinha da rua Turiassu. Assim como tem acontecido ao longo dos anos, com o São Paulo históricamente sempre levando vantagem contra a freguesia verde, vantagem esta devidamente ampliada na noite de ontem.
Contra porcos ( e também contra gambás), desde que nossa vitória seja limpa, sem a interferência da arbitragem, pouco me importa se saíremos vencedores de campo jogando bem ou mal, dando olé ou tomando sufoco, pois a ânsia de vencer é tão grande, que ignoro por completo uma análise mais fria e racional sobre os aspectos técnicos da partida, e suas implicações posteriores.
Ontem não jogamos bem, nem de longe o São Paulo parecia aquele time sólido e eficiente que atropelou Cruzeiro e Inter, garantimos nosso 1x0 a muita custa, e após uma magnífica defesa de penalti feita por Rogério Ceni, aos 43 do segundo tempo. Dane-se, fizemos o suficiente para cumprir com nossa obrigação, aquela que deverá ser posta em prática todas as vezes que encontrarmos pela frente o porqueras, principalmente no Morumbi, que é escorraçá-los de nossa casa de volta para a Barra Funda, assim como fazemos já a oito longos anos.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Encorpando

Após duas rodadas desperdiçando pontos, devido a equivocada decisão de montar o time com vários jogadores reservas e poucos titulares, o São Paulo finalmente foi escalado com todos os seus titulares, e com força máxima foi até Porto Alegre na tarde de ontem enfrentar a equipe do Internacional, por coincidência nosso próximo adversário no confronto semifinal da Libertadores, e de lá saiu com um ótimo 2x0, possibilitando assim nossa recuperação na tabela de classificação.
Conquistamos uma vitória importante, não no sentido de que ela possa vir a significar alguma coisa, para a disputa que teremos pela frente contra os gaúchos por uma vaga à final da Libertadores, pois o confronto que acontecerá após a Copa, estará envolto sob uma atmosfera completamente diferente da encontrada ontem, seja no que tange o comportamento da torcida, dos jogadores e da arbitragem. A importância que dedico à nossa primeira vitória nesse Campeonato Brasileiro, reside no fato da mesma ter sido conquistada por um São Paulo que começa a se encorpar, e adquirir formas mais claras e objetivas em seu futebol.
Um futebol baseado sobretudo em um forte e rígido sistema defensivo, tendo como elemento principal uma zaga que começa a se solidificar, e se transformar em uma barreira quase que intransponível. É basicamente o mesmo esquema de jogo que fez nosso time se tornar tri hexa campeão brasileiro, com um futebol que está longe de ser considerado bonito e encantador, mas o mais importante, um futebol competitivo e vencedor, que se mantido, proporcionará ao São Paulo boas chances de conquistar o quarto caneco da Libertadores, e o sétimo do Brasileiro.
Serão duas longas jornadas, com dificuldades e percalços pelo caminho, contudo acredito que superáveis, dado o bom futebol de um time que se encorpa. A Libertadores por enquanto fica em segundo plano, concentraremos todos os nossos esforços e toda nossa atenção às partidas que restam pelo Brasileiro antes do início da maldita Copa do Mundo, sendo que já na próxima quarta-feira, receberemos em nossa casa o decadente time de verde da capital paulista, e escorraçar de volta para Barra Funda aquela corja imunda, torna-se uma obrigação.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Impecável

Impecável, no dicionário: não sujeito a pecar, imaculável, sem defeito, irrepreensível, correto, perfeito; no Morumbi na noite de ontem: um São Paulo incansável, buscando o gol a todo momento, praticando um futebol altamente competitivo, anulando por completo o time do Cruzeiro. E foi assim, com cada um dos onze jogadores são paulinos se comportando de maneira impecável, que construímos um placar de 2x0, e garantimos nossa vaga às semifinais da Libertadores.
O que presenciei na partida de ontem, me proporcionou uma intensa alegria, não apenas pelos motivos óbvios oriundos de uma vitória de tamanha importância e autoridade, mas fundamentalmente por acreditar que nossos triunfos a partir de agora, poderão ser repetidos com uma frequência maior, uma vez que, um time titular é esboçado com mais clareza, e o mesmo começa a corresponder dentro de campo. Não determinante, mas fundamental para a manutenção deste bom futebol apresentado pelo São Paulo, será a venda, troca, ou até mesmo escambo, algo que me parece que já está em curso, de alguns tranqueiras que equivocadamente contratamos no começo do ano, e de outros que hipocritamente se sentem injustiçados e desvalorizados; preciso citar nomes?
Classificado e a espera da definição de nosso próximo adversário para o duelo por uma vaga à final, duelo este que só acontecerá após a maldita Copa do Mundo (o que possibilitará à nosso time condicionar-se melhor física e tecnicamente, mas ao mesmo tempo transformará nossa espera em um tormento angustiante), agora é a hora de colocar esse time para jogar o Campeonato Brasileiro, e começar a recuperar os preciosos pontos que perdemos nessas duas rodadas iniciais, começando domingo, contra talvez nosso próximo oponente na Libertadores.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Perdendo Pontos Preciosos

Assim como o ocorrido Domingo passado, quando no intuito de poupar alguns jogadores visando a disputa da Libertadores, o São Paulo foi a campo contra o Flamengo com um time misto, ontem frente ao Botafogo em partida válida pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro, novamente optou-se pela montagem de um São Paulo mesclado, com vários reservas e poucos titulares.
Três postagens anteriores a esta, quando empatamos no Maracanã em nossa estréia, já tinha dito que não conseguia aceitar e entender esse tipo de atitude, cuja eficácia ao meu ver é completamente questionável, pois se prioriza uma competição em detrimento de outra tão importante quanto a Libertadores. Ontem após nossa derrota em pleno Morumbi para o Botafogo, algo que não acontecia a quinze anos, e que nos fez deixar três preciosos pontos pelo caminho, que com certeza ao longo do campeonato farão muita falta, minha indignação em relação a este tipo de atitude aumentou ainda mais.
O fato do time reserva do São Paulo não corresponder as nossas expectativas, mesmo elas não sendo tão grandes assim, visto que um time composto por Washington no ataque, Léo Lima e Cléber Santana no meio, Renato Silva na zaga (entre outros), e tendo como comandante Ricardo Gomes, não nos permite muito otimismo de nossa parte, e torna essa decisão equivocada de poupar jogadores ainda mais incongruente, uma vez que o São Paulo se torna presa fácil para qualquer time minimamente qualificado, nos empurrando assim para as posições mais baixas da tábua de classificação.
Termino essa postagem, repetindo o parágrafo final de uma postagem feita exatamente uma semana atrás: " Salve raríssimas exceções, jogador de futebol a cada dia que passa, torna-se cada vez mais um sujeito egoísta, resmungão e ingrato, e ver que os mesmos dia após dia são tratados com extremo zelo, diversas regalias, e uma boa vontade em demasia por parte de dirigentes, técnicos, jornalistas e torcedores, caracteriza-se por ser uma postura tão equivocada quanto a dos jogadores, contribuindo apenas para legitimar aquilo que deveria ser combatido e rejeitado."

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Hora De Elogiar II

Sempre tive uma série de restrições a respeito do programa de Sócio Torcedor do São Paulo, pois ao meu ver, recebia-se muito pouco em troca do que pagávamos ao clube. Não que eu quisesse que o São Paulo me oferecesse mais brindes, que realizasse mais promoções ou coisas do tipo, nada disso, minha crítica sempre partiu de minha insatisfação, a respeito daquilo que mais importa para um torcedor que quer acompanhar seu time de coração, a compra de ingressos.
Até então, a vantagem de ser Sócio Torcedor, resumia-se em pagar metade do valor do ingresso para o setor de arquibancada azul, algo que uma carteirinha de estudante também proporciona, e ter a nossa disposição no Morumbi, uma bilheteria exclusiva com uma meia dúzia de guichês. Enfim, nossas vantagens não eram tão atrativas assim, visto não existir nenhuma garantia concreta de aquisição de ingressos para os sócios, e termos como qualquer torcedor não associado, de nos deslocarmos até o estádio para comprar um ingresso, isso em plena era do comércio eletrônico.
Este cenário começou a mudar no começo deste ano, quando foi anunciado que todos os Sócios Torcedores teriam suas antigas carteirinhas trocadas por um cartão, sendo que o mesmo seria o nosso ingresso a partir do momento em que comprássemos nossas entradas para os jogos na tal bilheteria exclusiva, ou finalmente a partir de então, via internet. Confesso que foi uma melhoria significativa, pois mesmo com a obrigatoriedade do pagamento de uma taxa de conveniência de 10%, quando o ingresso é comprado pela internet, a comodidade de você ter uma bilheteria a sua disposição na tela do computador, livrando-nos dessa forma daquelas típicas filas tumultuadas de porta de estádio, compensa o valor que pagamos a mais.
Faltava porém aquilo que tanto queria, ter a possibilidade de comprar de uma só vez, todos os meus ingressos para toda a temporada, especificamente para o setor de arquibancada azul. Hoje o São Paulo finalmente começou a resolver parte desse problema, pois todos os Sócio Torcedores a partir de agora, poderão comprar o pacote com todos os ingressos para todos os jogos com mando do tricolor paulista, válidos pelo Campeonato Brasileiro, para diversos setores, e por um preço justo.
Ainda não digo que estou completamente satisfeito com o programa de Sócio Torcedor, pois os canais de comunicação a disposição dos torcedores ( telefone e e-mail) ainda não funcionam de maneira adequada, até hoje espero uma resposta de uma reclamação que fiz por e-mail uns vinte dias atrás, assim como ser atendido de imediato através do 0800 é praticamente impossível. Contudo é nítida a preocupação que o São Paulo começa a demonstrar para com seus Sócios Torcedores, e é bom que seja assim mesmo, pois se o São Paulo quer de fato ser um clube diferenciado, um clube de vanguarda, que comece tratando bem seus torcedores, sejam eles sócios ou não.

Hora De Elogiar

Contrariando toda a lógica que permeava a partida entre Cruzeiro e São Paulo, onde a equipe mineira com todos os méritos era apontada como a grande favorita, não apenas por jogar em seus domínios, mas pelo bom futebol praticado ao longo da temporada, bem superior se comparado com o nosso, o São Paulo voltou de Belo Horizonte tendo conquistado uma tremenda vitória, deixando nossa classificação às semifinais da Libertadores da América muito bem encaminhada.
Foi uma jornada fantástica, onde sem dúvida alguma o São Paulo fez sua melhor partida no ano, jogando acima de tudo de forma eficiente, lembrando bastante aquele imbatível São Paulo do Campeonato Brasileiro de 2007, que mesmo quando não tinha o domínio da partida, garantia suas vitórias, baseado sobretudo em um sistema defensivo que era praticamente uma muralha, e em um comando de ataque que dificilmente não anotava um ou dois gols no decorrer de uma partida.
Assim construímos nosso 2x0 na noite de ontem, uma vitória inquestionável sobre um adversário de respeito, um triunfo pelo qual esperávamos já fazia algum tempo, e que foi proporcional a nossa grandeza. Todos que estiveram em campo merecem elogios, absolutamente todos, sem exceção, pois os mesmos se dedicaram ao máximo para fazer o São Paulo sair vitorioso de campo, e reconhecer tamanho esforço, é possivelmente o maior elogio que eu possa fazer a cada um dos onze guerreiros tricolores.
Nosso desafio a partir de agora, constitui-se em buscar manter o grau de eficiência atingido frente ao Cruzeiro, pois somente assim, jogando não necessariamente bonito, mas de maneira eficaz e competitiva, é que conseguiremos recolocar o São Paulo em seu devido lugar. E com certeza, do mesmo jeito que eu não me canso de criticar nosso time quando as coisas não caminham bem, não pouparei elogios para exaltar partidas como a presenciada na última quarta-feira.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Posturas Equivocadas

Por mais que o time considerado titular do São Paulo, ao longo de toda essa temporada, não tenha feito lá muita coisa digna de aplauso e elogio, se comportando de uma maneira não condizente com o que se espera de uma agremiação igual a nossa, era imprescindível que em nossa partida de estréia pelo Campeonato Brasileiro, frente ao Flamengo no Maracanã, que Ricardo Gomes escalasse o time tido por titular.
Sei que na próxima quarta-feira, teremos uma partida de extrema importância contra o Cruzeiro no Mineirão pela Libertadores, contudo por causa disso, abrir mão de encarar um adversário, em um campeonato tão importante e equilibrado como é um Campeonato Brasileiro, com força máxima, e por consequência diminuindo nossas chances de conquistar uma vitória, deixando de somar dois pontos importantíssimos, que mais para frente farão falta, é uma atitude que eu não aceito e não entendo, cuja validade e eficácia ao meu ver é completamente questionável.
Costuma-se alegar em um caso como este, utilizar jogadores reservas, ou mesclar reservas com titulares, com o propósito de preservar e proporcionar a determinados jogadores um descanso. É incrível, a última partida feita pelo time do São Paulo aconteceu na Terça-Feira, cinco longos dias antes do Domingo, quando vergonhosamente não conseguimos ganhar do fraquíssimo Universitário no Morumbi, e assim como recompensa ao medonho desempenho frente aos peruanos, ao invés de serem escalados e irem à campo para trabalhar, visando uma melhoria daquilo que vai de mau a pior, os caras ganham mais uns dias de folga. Lembrando que o time nesses três jogos (Universitário, Flamengo e Cruzeiro), se deslocou e irá se deslocar tão somente dentro da região sudeste do país, não enfrentando deste modo viagens longas e cansativas.
Salve raríssimas exceções, jogador de futebol a cada dia que passa, torna-se cada vez mais um sujeito egoísta, resmungão e ingrato, e ver que os mesmos dia após dia são tratados com extremo zelo, diversas regalias, e uma boa vontade em demasia por parte de dirigentes, técnicos, jornalistas e torcedores, caracteriza-se por ser uma postura tão equivocada quanto a dos jogadores, contribuindo apenas para legitimar aquilo que deveria ser combatido e rejeitado. 

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Sobre Superação e Honestidade

Todas as surpreendentes dificuldades, com as quais nos deparamos ao longo destes dois complicados jogos válidos pelas oitavas de final, foram devidamente superadas, e agora diferente de uma determinada agremiação da capital paulista, que mais uma vez sucumbiu na Libertadores, contabilizando para sua modesta história outro vexame em um torneio internacional, garantimos nossa vaga às quartas de final desta competição que a partir de agora, curintianinho terá de se contentar em acompanhar pela televisão.
Conquistamos nossa classificação de forma patética, bem diferente da maneira como o Cruzeiro, nosso próximo adversário conquistou sua vaga, aniquilando seu oponente de forma impiedosa, mediante um futebol de grande eficiência, o que o transforma sim, no grande favorito deste confronto, que terá nossa vitória apenas no caso de uma grande superação por parte de nossos atletas, do contrário, nosso destino será tristemente igual ao de 2009, inclusive em relação ao algoz.
Essa superação a qual me refiro, ao meu ver só poderá ser posta em prática, a partir do momento em que os responsáveis por aquilo que o São Paulo desempenha dentro de campo, pararem com esse maldito discursinho hipócrita e mentiroso de que tudo está bem e sob controle, e começarem a tratar nossos problemas, que não são poucos, de frente, com a devida seriedade e honestidade.
Reconheço as limitações de cada ser humano, sei que em determinados momentos por mais que a gente procure fazer o melhor, nosso melhor não é o suficiente. Pessoas limitadas porém, podem muito bem fazerem parte de um time de futebol, tivemos ao longo da história vários jogadores e técnicos que conseguiram se superar, e conquistaram títulos e se tornaram ídolos por seus clubes, não exclusivamente por fazerem parte de um time onde haviam alguns atletas acima da média, craques que compensavam a mediocridade de outros, mas sem dúvida alguma porque todos ali, não ficavam deturpando a realidade que os cercavam, eram honestos com sua torcida e consigo próprio.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Deprimente E Emocionante

Ontem, enquanto eu enfrentava todas as adversidades do caótico trânsito paulistano, a fim de tentar chegar no Morumbi no inapropriado horário das 19:30, o menos atrasado possível, tinha em mente a certeza absoluta de que o São Paulo conquistaria sua classificação. Sabia que não seria uma tarefa das mais fáceis, visto a capacidade de marcação da equipe do Universitário, e nossa completa falta de objetividade, contudo não imaginava que seríamos tão incompetentes, ao ponto de jogarmos por mais noventa minutos contra um time de tamanha inexpressão, sem conseguir fazer um mísero gol.
Toda a ansiedade e toda a expectativa gerada pela longa espera de um gol que insistia em não acontecer, ora por uma bola na trave, ora por uma finalização mal executada, era algo ao mesmo tempo deprimente e emocionante. Deprimente porque nossa apresentação foi lastimável, não pela falta de vontade e empenho por parte dos jogadores, me refiro aqui a ineficiência crônica de um time que da maneira como está formatado, simplesmente não funciona, e dificilmente funcionará enquanto nosso técnico e determinados jogadores, ainda estiverem defendendo nossas cores, visto a incapacidade dos mesmos em exercerem suas funções, e em reconhecerem seus erros e suas limitações, vide as nauseantes entrevistas pós jogo, onde todos insistem em dizer que o time está no caminho certo. Emocionante porque era um jogo de vida ou morte, onde um erro seria fatal, o que por si só já é garantia de fortes emoções, com toda a indefinição no estabelecimento de um vencedor então, definido apenas após uma estressante disputa por penaltis, a emoção adquiriu proporções ainda maiores, transformando-se numa completa loucura quando finalmente convertemos o penalti que sacramentou nossa mais que suada classificação.
Em suma, foi um jogo que mediante alguns aspectos eu prefiro esquecer, já que foi vergonhoso "ganhar" de um time tão desqualificado como o Universitário do Peru, da maneira como "ganhamos", na loteria dos penaltis. Contudo eu sei que dificilmente esquecerei o que presenciei na noite de ontem, pois tudo aquilo que ao longo de uma hora e meia de futebol me deprimiu profundamente, foi o responsável direto por tornar minha terça-feira válida e cheia de emoção.