segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A Comprovação Do Óbvio

Antes mesmo do jogo contra o Santos na tarde de ontem começar, uma verdade já era possível de ser constatada, por todos aqueles que tem um mínimo de senso crítico, a de que nosso time não joga absolutamente nada. Porém, algumas vitórias artificiais, contra times incapacitados, muitas vezes acabam por iludir e enganar os mais incautos, que apresentam uma enorme dificuldade em enxergar a realidade conforme ela se apresenta.
Nossa realidade pura e simples, é aquela que este blog vem dizendo não é de hoje, a de que o São Paulo mediante esta política de abandono e descaso de Juvenal Juvêncio, ano após ano, assume cada vez mais uma condição de coadjuvante nos campeonatos que participa. Nosso nível de competitividade está em um patamar tão rasteiro, que não por acaso, colecionamos uma série de fracassos nos últimos dois anos.
Toda nossa incapacidade torna-se ainda mais evidente, quando enfrentamos times qualificados como o Santos. São contra adversários que diferentemente de nós, sabem o que fazer com a bola nos pés, que comprovamos o óbvio, que nosso amado clube brasileiro, é apenas um rascunho muito mal esboçado, daquilo que deveria ser um time de futebol compatível com nossa história e grandeza.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Aberração x Tradição

Uma das maiores pragas do desprezível futebol moderno, são os chamados times itinerantes. Me refiro a agremiações sem história, tradição e torcida, geralmente bancados por inescrupulosos empresários, que ao primeiro sinal de dificuldade, abandonam sua cidade de origem, e partem para qualquer outro município em busca de novos parceiros e incentivos. De nada importará, se não houver absolutamente nenhuma identificação destes clubes, com a nova localidade onde eles irão se estabelecer, uma vez que a preocupação maior de seus mandatários, é seguir o dinheiro, não importando onde ele esteja.
Esses times na verdade, são grandes aberrações, sendo o Grêmio Prudente (ex-Barueri), o pioneiro e maior exemplar desta triste tendência do futebol. Como ocorre com várias pragas, esta também começa a se alastrar, e mais uma nova aberração surgiu para nos atormentar e ocupar o lugar de um time de verdade. Falo do Americana (ex-Guaratinguetá), nosso adversário na noite de ontem, que assim como seu irmão bastardo, não pensou duas vezes antes de mudar de cidade, e desprezar seus torcedores.
Derrotar esses pseudos-times, mandando-os para as divisões mais baixas do futebol nacional, é a obrigação e o dever de todos os times de verdade. Portanto, quando se trata do São Paulo enfrentar algum time dessa estirpe, apenas a vitória será bem aceita. Sim, pois um time do tamanho do nosso, mesmo que passando por um momento onde as perspectivas de sucesso são praticamente nulas, perder pontos para o Americana, por melhor colocado que ele possa estar, representa um desserviço prestado ao futebol.
Não encontramos uma partida fácil pela frente, ontem ficou escancarado todas as limitações que nosso time possui em termos de elenco, tanto que nosso treinador, no lugar do volante que estava improvisado na lateral direita, improvisou (ou seria, reimprovisou?) um zagueiro. Tomamos um baile no primeiro tempo, e ao final dos quarenta e cinco minutos iniciais, o placar adverso de 2x1 ficou de bom tamanho pelo o que não fizemos. Contudo, no segundo tempo, a ordem foi restabelecida, e o gigante do futebol brasileiro, colocou a aberração no seu devido lugar.
Viramos o jogo e garantimos nossa vitória. Estabelecemos nosso triunfo, não devido um futebol eficiente, acima de qualquer suspeita, nada disso, bastou apenas o São Paulo ser o São Paulo, para vencermos a partida. O peso da nossa tradição, da nossa história, e da nossa camisa, foi o suficiente para que nosso oponente, frente ao maior adversário que ele poderá encontrar neste país, mostrasse toda sua condição de aberração, e sucumbisse diante da eterna tradição.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

2010 Parte 2, A Continuação

Relendo algumas postagens deste blog, em especial as feitas neste ano, fico me perguntando se não sou um torcedor pessimista demais, que critica o time excessivamente, e que acaba sendo extremamente exigente. Reconheço que a grande maioria dos textos aqui escritos, não são nenhum pouco alegres e esperançosos, pelo contrário, é notório que escrevo com um certo pesar, e em um tom cético; entretanto, isso não faz necessariamente de mim, um sujeito com as características pressupostas no início deste parágrafo.
Na verdade acho que sou um porra de um realista, pois quando constato que rodada após rodada, campeonato após campeonato, os fracassos são paulinos apenas confirmam minhas malditas previsões a respeito do nosso calvário, concluo que aquilo que ainda me resta de bom senso, me permite diagnosticar com uma certa precisão, a triste realidade na qual estamos inseridos. Enxergar o óbvio, não me enche de orgulho, muito menos transforma este humilde espaço, e este que vos escreve no porta-voz da verdade absoluta, contudo, ao não me iludir com vitórias artificiais e discursos demagógicos, fico com a consciência tranquila por não estar sendo enganado, muito menos enganando alguém.
Ao compreender a realidade conforme ela se apresenta, notamos que 2011 caminha para ser uma longa continuação de 2010. Faço esta afirmação, não porque logo na terceira rodada do primeiro campeonato que disputamos no ano, em nosso segundo jogo na temporada em nosso estádio, já nos deparamos com uma derrota, mas sim devido fora das quatro linhas, os mandatários tricolores continuam a  nos dar vários exemplos de que eles estão se especializando na arte de cometer equívocos, principalmente o chefão do bando, o futuro ditador do São Paulo, o senhor Juvenal Juvêncio.
Sim, pois está em curso, a maior pilantragem política já feita na história do clube. Após alterar o estatuto do clube, passando o mandato presidencial de dois para três anos, com direito a uma reeleição, Juvenal se diz no direito de concorrer a uma segunda reeleição, pois uma interpretação jurídica, aponta para uma lacuna que defende que após a mudança estatutária de dois para três anos, a primeira eleição de Juvenal em 2006 é automaticamente anulada, assim em 2008, ano em que ele alterou o estatuto, passaria a ser considerada sua primeira eleição, portanto agora em 2011, ele poderia se candidatar à reeleição.
Os advogados (sempre eles) defendem seu cliente evocando a chamada interpretação jurídica, prefiro chamar isso de golpe- sujo, imoral e antidemocrático, que permitirá a Juvenal ficar a frente do São Paulo por mais três anos, totalizando assim oito anos como presidente. Algo perigoso demais, uma vez que com o fim da alternância no poder, e o pluralismo de idéias, estabelece-se um continuísmo no poder que conforme mostra a história, não traz absolutamente nada de bom para os clubes, vide o Palmeiras de Mustafá, o Corinthians de Dualib, e o Santos de Teixeira. É válido também lembrar que a oposição dentro do São Paulo é tão fraca e desarticulada, que não consegue nem mesmo lançar um candidato de oposição, facilitando a execução desse ato déspota de nosso presidente.
Como costumam dizer, Juvenal é um abnegado, um homem determinado, que dá a vida pelo São Paulo, porém começo a desconfiar se tudo o que ele faz, é realmente em prol do São Paulo, pois é nessa conclusão que eu chego, quando vejo uma notícia como a contratação de Rivaldo. A última vez que Rivaldo jogou alguma coisa foi no Barcelona, e isto já faz muito, muito tempo atrás, o que transforma sua contratação em um negócio arriscado, uma grande aposta,  mas se for para apostar, que se aposte então em jogadores mais jovens, que terão teoricamente uma vida útil maior, e que poderão no futuro render alguma grana numa possível negociação. Não, continuamos na contramão das negociatas.
Falta de planejamento, discursos vazios, contratações risíveis, o mesmo senhor no poder, uma oposição estéril, subaproveitamento da base, utilização de refugos no time titular, vitórias mentirosas, futebol ordinário. Todos os fatores acima citados, contribuíram cada um à sua maneira, para que na temporada passada não chegássemos a lugar nenhum, para que nossa derrocada fosse completa. Iniciado um novo ano, uma nova temporada, é nítido que estes problemas continuam a nos afetar, todavia nada é feito a respeito, continuamos a ver uma diretoria omissa e distante, que abandonou o time a própria sorte, e que não se mostra incomodada com o fato de 2011, ser uma longa e decepcionante continuação de 2010.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Interpretações

Se a modorrenta primeira fase do Campeonato Paulista, com seu número infindável de rodadas, e com uma quantidade excessiva de participantes, serve para alguma coisa, talvez seja para que o chamado trio de ferro, mais o Santos, tenham a oportunidade de transformar esses primeiros jogos do campeonato estadual, em uma pré-temporada, podendo assim entrosar e dar ritmo às respectivas equipes.
Exceto os jogos classificados como clássicos, o restante das partidas não possuem apelo algum. São embates contra times que se encontram em situação precária; que praticam um futebol sofrível; com ingressos caros; em horários pornográficos; e em estádios vazios, obviamente. As rodadas contra os times do interior paulista são tão desestimulantes de serem acompanhadas, que até escrever algo sobre elas, torna-se uma tarefa enfadonha.
Partindo então do pressuposto, de utilizar o Campeonato Paulista como uma espécie de laboratório, visando o aperfeiçoamento do time para as fases mais decisivas do estadual, e para as outras competiçoes disputadas ao longo do ano, o encontro de ontem contra o São Bernardo, foi uma partida onde o São Paulo conseguiu se comportar de modo satisfatório, apresentando uma evolução em relação ao jogo anterior. Jogamos um bom primeiro tempo, com o time articulando bem as jogadas mediante tabelas, e arriscando chutes perigosos de fora da aréa; no segundo tempo mesmo com o time mais recuado, o terceiro gol foi anotado, e nossa vitória sem brilho, porém justa e segura, foi sacramentada.
Com o passar das rodadas, é certo que nossos desafios serão maiores, pois os clássicos e as fases de mata mata logo chegarão, bem como nossos adversários, muito possivelemente terão atingido um grau de entrosamento e eficiência maior do que o apresentado atualmente. Portanto, nós torcedores, devemos estar atentos, e tomar o devido cuidado para não nos iludirmos com estas vitórias, mesmo que satisfatórias, sobre estes timecos do interior ou da Grande São Paulo. É sempre bom lembrar, que estes adversários, são de divisões inferiores, ou mesmo de divisão alguma do futebol brasileiro, dai não servirem na maioria das vezes como parâmetro para absolutamente nada.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Niilismo


A única vantagem em começar uma temporada sem expectativa alguma, é que minha decepção diante do fracasso, talvez seja menor e até menos dolorida que o de costume, uma vez que já estou meio que esperando pelo nada. Em assim sendo, quando eu me deparar com uma situação desfavorável, e com o inevitável, quem sabe pela familiaridade com a natureza da situação, eu não consiga levar tudo de forma natural.
Foi amparado neste espírito niilista, que me preparei para a primeira viagem do ano, para acompanhar o São Paulo nesta que será uma longa temporada. Além de não esperar muita coisa da partida, dados os motivos óbvios de um time incompetente, a expectativa era ainda menor, visto se tratar de uma estréia, onde o desentrosamento e a falta de ritmo imperam, mas principalmente, por ver o time titular escalado com duas aberrações da estirpe de Cleber Santana (até quando vou ter que ficar tratando deste sujeito como jogador do São Paulo?) e Mazola; por novamente termos um jogador improvisado na lateral direita; e pelo fato do Lucas, nossa única promessa e esperança de alguma lucidez e criatividade no meio de campo, estar com o time da CBF em um torneio de merda qualquer.
Conforme o esperado, presenciei uma partida muito fraca tecnicamente, com o São Paulo e o Mogi Mirim, tendo enorme dificuldade em criar e articular jogadas, que poderiam representar alguma ameaça aos goleiros. Contudo, nossa vitória foi conquistada, um 2x0 com gols marcados no começo da primeira etapa, e no final da segunda, que deram ao São Paulo os três primeiros pontos na competição, e o direito da torcida comemorar o primeiro triunfo do ano.
Foi uma comemoração um tanto quanto efêmera diga-se, pois sabemos que o time continua a necessitar de muitos ajustes, e com o material humano que hoje temos a disposição, estes ajustes continuarão pendentes, e por consequência, afetando o rendimento do time dentro de campo. Dentro deste contexto, só nos resta aproveitar a alegria momentânea de uma vitória que não significa lá muita coisa.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Sem Expectativa

No próximo final de semana inicia-se mais uma temporada de futebol, a partir de domingo, frequentar estádios de futebol a fim de acompanhar o São Paulo, voltará a fazer parte das atividades do meu dia a dia, podendo assim pôr fim aquele grande vazio, aquela lacuna aberta em minha vida, provocada pela falta de futebol, e que apenas ele consegue preencher.
O anseio pelo início da temporada é grande, contudo, confesso que minhas expectativas a respeito de algum sucesso são paulino neste ano de 2011, praticamente inexistem. Toda essa desesperança, essa desconfiança que tenho para com o São Paulo, é fruto dessa nojenta política de abandono e descaso de Juvenal Juvêncio, que não se mostra nenhum pouco incomodado, com nossos fracassos colecionados nos últimos dois anos.
Dado todo o distanciamento e toda a passividade de nosso presidente, e dos demais integrantes da diretoria tricolor, começaremos mais um ano com um time pouco confiável, composto em sua grande maioria por um bando de jogadores meia boca, que a muito tempo já deveriam estar longe do Morumbi. Soma-se a isso o regresso de alguns refugos, uma única contratação, e a perda de nosso melhor centroavante, pronto, está ai a receita para o inevitável fracasso. Sei que o futebol vive nos surpreendendo, porém a demonstração de incompetência de alguns dos envolvidos direta e indiretamente com o futebol do time dentro de campo é tamanha, que definitivamente eu não consigo esperar nada de positivo para esta temporada.
É certo que irei deixar minhas desconfianças, e minha desesperança de lado, e apoiar o São Paulo, pois este é o time que temos, e é o clube que tanto amo, sendo que logo mais ele estará em campo, e é para lá que devo me encaminhar, mesmo sem expectativa alguma.