segunda-feira, 30 de maio de 2011

Vitóriazinha

A segunda rodada do Campeonato Brasileiro, reservou para o São Paulo uma partida contra a equipe do Figueirense no estádio do Morumbi, no ofensivo e indecente horário das 21:00 horas de um sábado, mais um desserviço prestado ao futebol pela CBF e pela Rede Globo. No primeiro jogo disputado em nosso estádio no torneio nacional, conquistamos nossa segunda vitória na competição, e assim alcançamos uma inesperada liderança.
Diferente da nossa estreia contra os tricolores cariocas, onde jogamos surpreendentemente bem, o embate de sábado foi sofrível e desanimador. Frente a equipe catarinense, o São Paulo mostrou de maneira explícita o tamanho de suas limitações, e como elas interferem no desempenho do time, sendo o gol, uma possibilidade de difícil execução, capaz de ser realizado apenas mediante uma jogada de brilho individual, ou através de alguma falha grosseira do adversário, pois um tento oriundo do trabalho coletivo da equipe, parecia algo improvável na noite de sábado.
Foi seguindo este roteiro que a partida se desenrolou, com o São Paulo praticando um futebol abaixo da crítica, não conseguindo ao longo dos quarenta e cinco minutos iniciais, chutar nenhuma bola à meta adversária, desobrigando o goleiro do Figueirense a realizar sequer uma defesa. O segundo tempo teve características semelhantes ao do primeiro, foi ruim quase que na mesma proporção, contudo conseguimos o gol da vitória, marcado aos quarenta e oito do segundo tempo, num chute de fora da área de Lucas que o goleiro aceitou.
Vencemos, todavia foi uma vitória muito sem vergonha, daquelas que não empolgam e não criam nenhum tipo de expectativa, que servem na verdade para mostrar o quanto debilitado é o grupo de jogadores do São Paulo, dada toda a dificuldade na construção do triunfo. Somamos mais três pontos, e hoje dividimos a liderança do torneio com outras três equipes, entretanto os pontos somados nestas duas rodadas iniciais, serão muito mais decisivos para nos estabelecer no meio da tabela, do que para brigar por algo mais significativo do que a Sul-Americana, quando o campeonato chegar ao seu fim.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Estreia Surpreendente


Não esperava muita coisa da nossa primeira partida no Campeonato Brasileiro, na verdade eu não esperava rigorosamente nada. Os motivos e as razões para tanto pessimismo e descrença, já foram descritas em postagens anteriores, e pelo o que eu pude ler e ouvir por ai, meu pensamento é compartilhado por outros torcedores, que assim como eu, também devem ter ficado surpreendidos com a bela estreia do São Paulo no torneio nacional.
Diante do Fluminense, em um São Januário com pouquíssimos torcedores, construímos nossa vitória com muita facilidade, dominamos e ditamos o ritmo de toda a partida, não chegando a ser nenhum exagero dizer, que o placar de 2x0 a nosso favor, foi pouco frente ao que as duas equipes jogaram. Criamos oportunidades para voltar do Rio de Janeiro com uma goleada histórica, tamanha foi nossa superioridade, porém pouco importa se um placar mais dilatado não foi estabelecido, uma vez que o mais importante foi conquistado, a vitória.
Todo o eficiente futebol praticado pelo São Paulo contra a equipe carioca, contrastou bastante com o precário futebol que apresentamos nas últimas partidas do Campeonato Paulista e da Copa po Brasil, contudo todas as desconfianças que tenho sobre nosso time permanecem. Existe uma gama enorme de coisas erradas e que não funcionam no tricolor, e a maior prova disso, é que uma estréia vitoriosa, que deveria ser classificada como algo normal, mesmo jogando contra um bom adversário e longe dos nossos domínios, é vista como algo surpreendente; sinais dos tempos.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Descrença Absoluta

Inicia-se no próximo final de semana o Campeonato Brasileiro, domingo no Rio de Janeiro, mais precisamente no estádio de São Januário, faremos nossa estréia no torneio enfrentando a equipe do Fluminense. Um campeonato que novamente tem tudo para ser muito bom, seja pela ótima fórmula de disputa, pela grande quantidade de jogos contra agremiações importantes, pelo equilíbrio na tabela e pelas viagens para acompanhar nosso time nas partidas fora de casa. A lamentar, apenas o fato do São Paulo entrar na disputa já moralmente derrotado, praticamente sem chance de figurar entre os primeiros colocados.
Na véspera de um torneio de tamanha importância, eu bem que queria estar mais otimista e confiante, entretanto nenhum torcedor são paulino com o mínimo de senso crítico, pode esperar algo de positivo para o resto dessa temporada, não após as inúmeras demonstrações de incompetência por parte da nossa diretoria, sobretudo do nosso presidente golpista. Se o cenário no qual estamos inseridos, já não nos parecia muito favorável e animador, com eliminações constantes e futebol ordinário, agora após os dirigentes tricolores terem perdido o completo controle de uma situação ao não demitirem Rivaldo e Carpegiani, eles conseguiram transformar o São Paulo em uma verdadeira zona, deixando o clube completamente à deriva.
Juvenal Juvêncio e sua trupe, os grandes e verdadeiros responsáveis por colocarem o São Paulo nesta situação lamentável, muito provavelmente continuarão empurrando nossos graves problemas com a barriga, ao menos é isso que eu concluo, quando vejo os mesmos dizendo que tudo está sob controle, e que jogador e técnico fizeram as pazes e chegaram a um entendimento. Agora tentem imaginar, qual será o nível de comprometimento de um treinador, que sabe que continua no cargo apenas porque não encontraram alguém mais capacitado para substituí-lo, e como se comportarão os jogadores, após constatarem que nada acontece contra aquele que decide soltar o verbo frente as câmeras e microfones, mesmo o atleta não jogando absolutamente nada; desolador, não?
Evidente que toda essa bagunça, oriunda da falta de comprometimento de nossos dirigentes, trarão consequências sérias e todas elas serão sentidas dentro de campo, com o São Paulo apresentando um futebol cada vez mais fraco e impotente, sendo presa fácil para seus adversários e por consequência não chegando a lugar nenhum ao fim de trinta e oito longas rodadas. Contudo, é certo que irei deixar minhas desconfianças, minha desesperança de lado e apoiar o São Paulo, pois este é o time que temos, e é o clube que tanto amo, sendo que logo mais ele estará em campo, e é para lá que devo me encaminhar, mesmo sem expectativa alguma e completamente descrente da possibilidade de algum sucesso.

sábado, 14 de maio de 2011

O Ápice Da Mediocridade

Por pior que fosse o futebol praticado pelo São Paulo nas últimas partidas, e por mais que nossa equipe tenha desperdiçado uma caralhada de gols no jogo de ida contra o Avaí, conseguindo apenas uma vitória pelo placar mínimo, confesso que eu acreditava na classificação são paulina à fase semifinal da Copa do Brasil. Digo isso, porque o time do Avaí que foi a campo no Morumbi no primeiro jogo do confronto, era horrível, extremamente fraco e limitado, incapaz de nos eliminar, supunha eu, mesmo sendo o São Paulo um time muito irregular- contudo eu não imaginava, que seríamos capazes de extrapolar todos os limites do conceito da palavra medíocre.
O São Paulo mostrou na Ressacada, o quanto é um time desqualificado e praticante de um futebol grosseiro, que não nos possibilitará tão cedo voltar a lutar por um título, consolidando de vez nossa condição de mero codjuvante dentro do atual cenário futebolístico brasileiro. Hoje, o outrora clube vencedor do Morumbi, já não se mostra mais capaz de ao menos conquistar uma classificação que tempos atrás, seria assegurada apenas com o peso da nossa camisa tricolor, nos resta mais uma vez nesse momento, tão somente a perturbação e a dor de outra eliminação incontestável e merecida.
O mais desolador porém, é que as perspectivas não se mostram nenhum pouco favoráveis, pois tanto dentro quanto fora de campo, há uma quantidade enorme de indivíduos incompetentes e mal preparados a frente de cargos e posições de suma importância. O verdadeiro nó górdio que amarra o São Paulo, necessita ser urgentemente desatado, todavia os postulantes a esta tarefa complicadíssima, são ironicamente os responsáveis por criarem todo esse lamentável contexto no qual nosso time está inserido, e que dia após dia, campeonato após campeonato, elimanação após elimanação, torna-se mais nebuloso.
Não há dúvidas que o ápice da mediocridade foi atingido, quando estamos sujeitos a presenciar: um técnico de merda sendo demitido, e posteriormente chamado de volta;  um ex jogador em atividade reclamando sem nenhuma razão da sua condição de reserva; um diretor de futebol dissimulado, que adota um discurso mentiroso e hipócrita; e um presidente golpista, que abandonou o clube a própria sorte. Se até algum tempo atrás, podíamos nos orgulhar em dizer que no São Paulo dificilmente víamos confusões desta natureza, hoje nos deparamos constantemente com atitudes deste tipo, e são elas, em conjunto com um time fraco e desequilibrado, que atualmente deixam nosso clube envolto numa mediocridade que chega a doer.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

A Vitória Não Comemorada

Por mais paradoxal que o título desta postagem possa parecer, não consigo encontrar nenhum outro termo mais adequado, para melhor elucidar o meu comportamento e a minha reação, mediante o que presenciei no duelo entre São Paulo e Avaí ontem no estádio do Morumbi. Concordo que é estranho pra cacete não comemorar uma vitória, chega até a ser um contra-senso, eu sei, mas após o magríssimo 1x0, com o gol da nossa vitória sendo marcado por um jogador da equipe adversária, já que ninguém do nosso time foi capaz de aproveitar ao menos uma, das várias oportunidades criadas, a sensação que ficou não foi das melhores.
Toda essa insatisfação, é decorrente desse precário e ineficiente futebol que o São Paulo vem praticando já faz um bom tempo, e que hoje já não mais engana a torcida são paulina, vide as justas vaias ao final da partida contra a equipe catarinense. Acredito que a ilusão está chegando ao fim, está claro que ganhar os jogos e os confrontos classificatórios contra agremiações minúsculas, não nos qualifica a sermos um verdadeiro postulante aos títulos que disputamos, assim se sucedeu no Campeonato Paulista, e assim e pode se suceder na Copa do Brasil, somos favoritos.
Não acredito que o festival de oportunidades perdidas de forma bizarra, farão falta no jogo de volta contra o horroroso time do Avaí. A probabilidade do São Paulo conquistar sua classificação à fase semifinal do torneio nacional é grande, o que me preocupa é quando chegar o momento de enfrentar um time mais qualificado, pois nessa hora nossas chances de sucesso serão bem reduzidas. É provável que com a volta de alguns dos jogadores que estão contundidos, como Lucas, Rhodolfo e Luis Fabiano, nosso time apresente alguma evolução, todavia não sei se esta melhora será tão significativa assim, ao ponto de fazer o São Paulo novamente se tornar uma equipe competitiva, uma vez que nossos problemas vão além do que estes três jogadores podem fazer pelo time, contudo se ao menos eu puder comemorar ao final de uma vitória, já será um avanço. 

domingo, 1 de maio de 2011

Uma Eliminação Esclarecedora

Não posso tirar conclusões definitivas sobre nosso time, nossos jogadores, e nosso técnico, levando em consideração apenas o jogo que decretou nossa eliminação no Campeonato Paulista, pois esta sem dúvida alguma não é uma postura das mais corretas e inteligentes. Ao refletir e pensar o futebol, torna-se obrigatório o acompanhamento de um série de partidas, e até dos fatos ocorridos além das quatro linhas, pois somente assim, tateando todo um contexto, será possível elaborar um trabalho mais denso e substancial, do contrário, qualquer discurso será caracterizado como algo vazio, e que dificilmente conseguirá se sustentar.
Seguindo a linha de raciocínio do parágrafo acima, não é possível a partir do que foi visto na derrota do São Paulo por 2x0 para o Santos, na semifinal disputada na tarde de sábado no Morumbi, estabelecer verdades absolutas, contudo o confronto contra a equipe litorânea, serviu para esclarecer muita coisa e deixá-las mais claras e evidentes. Ao longo do campeonato estadual e da Copa do Brasil, o São Paulo não conseguiu empolgar e passar confiança à torcida, uma vez que oscilamos demais durante os noventa minutos, não apresentando um futebol consistente e equilibrado, como os adversários enfrentados até então eram em sua maioria de baixa qualidade técnica, liderança e classificações foram conquistadas, porém bastou uma equipe forte e competitiva aparecer na nossa frente, para sucumbirmos e notarmos muitas deficiências com mais nitidez.
O São Paulo hoje é um time com uma série de limitações dentro do seu elenco, basta analisarmos o plantel com um pouco mais de atenção e critério, e automaticamente problemas virão à tona. Não temos absolutamente nenhum volante de marcação e pegada mais forte à disposição; a lateral direita continua sendo ocupada por um jogador que está lá improvisado; a lateral esquerda tem como titular um jogador que é uma verdadeira nulidade; meio de campo articulador e cerebral é um sonho cada vez menos palpável; o banco de reservas é composto em sua maioria por um bando de refugos e incapacitados; e nosso técnico não consegue definir um esquema de jogo, seja pelos número excessivo de atletas contundidos, seja por suas limitações.
O confronto entre São Paulo e Santos, embora deva ser examinado levando em conta que ele possui uma relação direta com as partidas disputadas anteriormente, existem determinadas particularidades que não podem ser ignoradas. Portanto, se nossa derrota por 2x0 para os caiçaras não responde nada de maneira definitiva, ao menos muita coisa já começa a ser esclarecida, principalmente sobre nossas chances de sucesso, que não me parecem muito animadoras, sobretudo se mudanças não forem colocadas em prática, e contratações para os setores acima mencionados, não forem feitas o mais rápido possível, antes que mais uma vez seja tarde demais.