quinta-feira, 28 de julho de 2011

Por Um Triz

Considerava uma vitória contra a equipe do Coritiba no Couto Pereira algo improvável, dado que hoje o São Paulo é um time que não inspira muita confiança, contudo um triunfo no Paraná não era algo impossível, pois por mais que as coisas não caminhem bem para o nosso lado, nosso adversário enfrentaria um gigante do futebol brasileiro, com uma camisa que pesa demais, capaz de muitas vezes conseguir fazer o inimaginável. Nossa vitória ontem não foi nesses moldes, onde a camisa acaba jogando sozinha, embora seja válido lembrar que nesta temporada, o Coritiba tenha se transformado em um time quase que imbatível jogando em sua casa, com um aproveitamento sensacional, portanto não será qualquer time que conseguirá vencer os caras jogando em seus domínios.
O jogo começou de forma alucinante, com o Coritiba mandando bola trave com menos de um minuto de bola rolando, sufocando o São Paulo que mal conseguia passar do meio de campo, e quando conseguia era na base do chutão ou da ligação direta entre defesa e ataque, sem a participação do meio de campo. Quando o ímpeto coritibano diminuiu, e o São Paulo finalmente conseguiu colocar a bola no chão, não demorou muito tempo para o placar marcar um retumbante 3x0 para nós, com destaque para o inacreditável tento anotado por Juan, que mesmo com o milagre do gol, continua o mesmo imprestável de sempre, já que o treinador se viu obrigado a substituí-lo, a fim de evitar que o nosso mítico lateral não fizesse suas costumeiras merdas e fosse expulso, o que seria inevitável caso o mesmo continuasse mais alguns minutos em campo.
Inicia-se o segundo tempo, o Coritiba tem um jogador expulso, e o São Paulo amplia a vantagem para incríveis 4x0 com um golaço de Lucas. Era natural e até esperado, que com um placar elástico como este, nossa equipe desse aquela relaxada básica, e levasse o jogo em banho Maria até o apito final do juiz, sofrendo um ou no máximo dois gols, contudo como nosso time ainda apresenta uma grande quantidade de deficiências, em especial no setor defensivo, que é de uma fragilidade de dar medo, a tranqüilidade logo se transformou em um desnecessário e preocupante sufoco, com a equipe o Coritiba pressionando e anotando três gols, não chegando por um triz, ao empate de uma partida em que já éramos vitoriosos desde o início da segunda etapa.
Independente dos grosseiros vacilos cometidos por Xandão e companhia, a vitória de ontem foi importantíssima, pois de certa forma conseguimos recuperar aqueles dois malditos pontos desperdiçados em casa frente ao inexpressivo Atlético Goianiense, e encostamos ainda mais no líder do campeonato. A lamentar, o fato dos times que estão na nossa cola, terem vencidos seus respectivos jogos, e que o São Paulo mesmo com a vitória, deixou uma série de problemas escancarados, que ontem fez o time flertar de perto com o fracasso, quase colocando tudo a perder novamente.

domingo, 24 de julho de 2011

Empate Frustrante

Olho para a tabela do campeonato e vejo que mesmo longe do ideal, o São Paulo está na vice liderança da competição, sendo que o mesmo vem de um triunfo por goleada contra o Internacional jogando no Sul do país, e que nosso próximo jogo é em casa contra o insignificante Atlético Goianiense, que está sem técnico e se encontra nas profundezas da tabela de classificação. Convenhamos, não havia como pensar e aceitar um resultado que não fosse uma vitória, no jogo de final de tarde começo de noite de ontem, o que proporcionaria ao São Paulo mais três pontos, e por consequência diminuiria bem a distância para o lider da competição, que só jogaria no dia seguinte.
Todavia, quando temos um time composto em sua maioria por um bando de jogadores incapacitados e ou descomprometidos como Xandão, Juan, Jean e Dagoberto (citando apenas os que ontem estiveram em campo); e uma diretoria de merda, que não tem dado o devido respaldo e amparo ao time, abandonando de vez a idéia de colocar em prática um planejamento visando a estruturação do time, temos mais é que estar preparados para lidar constantemente com as frustrações e os desapontamentos, pois dificilmente nossos desejos, anseios e expectativas serão concretizadas.
A omissão vista fora e dentro de campo, vai tirando do torcedor são paulino o direito de voltar a acreditar no time, pois ao longo dos últimos campeonatos vamos colecionando decepções atrás de decepções, e não me parece que os responsáveis por tudo isso estão conseguindo aprender alguma coisas com os próprios erros, pelo contrário, uma vez que eles seguem sendo cometidos e em escalas cada vez maiores. O que foi visto ontem Cícero Pompeu de Toledo, não foi fruto do acaso ou do azar, mas sim de toda uma mediocridade que custamos a aceitar e acreditar que esteja a tanto tempo rondando pelas bandas do Morumbi.
É absolutamente frustrante não conseguir ganhar em casa de um time da estirpe do Atlético Goianiense, e deixar dois preciosos pontos escapar, pontos estes que sem dúvida alguma farão muita falta ao final do campeonato, e que agora terão obrigatoriamente que ser recuperados numa improvável vitória contra o Coritiba no Paraná. Este empate por 2x2, ruim por natureza, torna-se ainda mais frustrante após a derrota dos gambás, contudo ele foi justo, haja vista o mau futebol praticado pelo São Paulo, em especial o setor defensivo tricolor, sobretudo os zagueiros, que fizeram merda nos dois gols sofridos. Enquanto isso na Argentina ao final da Copa América, o zagueiro uruguaio Coates, que ajudaria muito a arrumar nossa defesa, e não foi contratado devido a total inabilidade e incompetêncio dos dirigentes são paulinos, ganhava o prêmio de jogador revelação do torneio.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Algumas Considerações

Em uma rodada incompleta e esvaziada, que teve alguns jogos cancelados porque aqui no Brasil os mandatários do futebol, e os gênios que elaboram as tabelas das competições, nunca tomam o devido de cuidado de paralisar o campeonato nas semanas em que há jogos da maldita seleção brasileira, e ai quando os mesmos vêem a merda que fizeram, saem cancelando jogos de acordo com os interesses da emissora câncer, lesando um enorme número de torcedores, o São Paulo foi até Porto Alegre enfrentar a equipe do Internacional, e da lá saiu com uma vitória grandiosa.
Grandiosa não pelo futebol apresentado, que foi satisfatório apenas na etapa inicial, já que no segundo tempo passamos a maior parte do tempo nos defendendo, mas pela importância de enfiar um sonoro 3x0 na casa de um adversário sempre perigoso, e concorrente direto ao título. Este triunfo também foi de grande valor, para o bom posicionamento do São Paulo na tábua de classificação, que necessitava somar o maior número de pontos possíveis neste jogo, a fim diminuir a distancia para o líder da competição, que ali se estabelece mesmo tendo feito um número menor de partidas que a gente.
Bem posicionado no campeonato, o retorno de Lucas, o esvaziamento do Reffis, e a chegada de alguns reforços; embora sempre tenha um Juvenal Juvêncio para atrapalhar o bom funcionamento e a harmonia das coisas, Adilson Batista o escolhido para ser nosso novo treinador, assume um time que já esteve em condições bem mais desfavoráveis. Verdade que ainda estamos longe do ideal, principalmente em relação ao elenco, que ainda carece de bons jogadores em algumas posições, o que talvez possa comprometer o trabalho de Adilson, sobretudo por ele não ser um profissional de grandes qualidades.
Não gostei da contratação do Adilson, e acredito que teria sérias restrições caso outros técnicos fossem contratados no lugar dele. A realidade é que hoje, o mercado brasileiro não oferece praticamente nenhum técnico de qualidade, tirando um ou dois profissionais que já estão empregados, o resto é basicamente tudo igual- técnicos super limitados, caros, ultrapassados e que não tem muito o que oferecer para seus times. A dúvida que fica é em relação a duração do contrato de Adilson, apenas seis meses, será que isto é fruto da desconfiança da diretoria em relação ao trabalho do cara, ou a mesma já abandonou de vez a idéia de um planejamento a longo prazo? Não sei, mas acho que mais uma vez vamos obter essa resposta da pior maneira possível.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Putaria Institucionalizada

A vitória da seleção brasileira sobre o Equador, garantiu ao time da CBF o primeiro lugar no grupo B da Copa América, colocando o Paraguai como adversário do Brasil no confronto de quartas de final que será realizado no domingo. Sou obrigado a tratar dessa informação completamente irrelevante aos interesses deste blog, visto que eu estou cagando de montão para o time do vagabundo que atende pelo nome de Ricardo Teixeira, uma vez que o jogo entre estas duas seleções, muito provavelmente implicará no cancelamento de vários jogos nesta rodada do final de semana do Campeonato Brasileiro, o que se configura em outra afronta, outra amostra de desrespeito ao já tão mal tratado torcedor brasileiro.
Convenhamos, este não era um problema muito difícil de ser solucionado, bastava apenas que os gênios que elaboraram a tabela do Campeonato Brasileiro, tivessem levado em consideração uma questão tão elementar quanto óbvia: a evidente classificação do Brasil para a segunda fase do torneio Sul-Americano, e não marcado nenhum jogo nesta data, mas para que ter toda essa preocupação e consideração com o torcedor? Conforme eu já havia alertado em postagens feitas no mês de Março, que podem ser conferidas aqui e aqui, todo o meu receio em relação ao cumprimento das datas estabelecidas na tabela do campeonato fazia sentido, sobretudo no país onde a putaria está institucionalizada, e é comandada por aqueles que deveriam zelar pelo bem do esporte.
Sim, pois aqui em terras tupiniquins, o futebol é um grande negócio controlado por uma corja de filhos da puta da CBF e da Rede Globo, que ninguém se dispõe a tirar do poder, pelo contrário, são bajulados por aqueles que deveriam investigar e questionar, todas as barbaridades que estes malditos há anos vem cometendo contra o futebol. Assim, com o aval e a conivência das ditas autoridades, sem nenhum pudor, estes desgraçados fazem e desfazem, comandam a putaria sem que isso lhes acarrete nenhum tipo de punição, não, os prejuízos são contabilizados apenas no lado dos torcedores, que são tratados como um lixo, submetidos aos interesses e as vontades de quem comanda o futebol.
Para nós torcedores, resta apenas um Estatuto do Torcedor que não nos confere nenhum direito, apenas obrigações e deveres; e o transtorno de mais uma vez, ver a tabela do Campeonato Brasileiro sendo jogada no lixo, nos tornando vítimas da mesma, uma vez que todo o dinheiro gasto na compra de passagens antecipadas para os jogos que serão realizados em outros estados, será perdido, assim como nossa agenda particular, que terá muitos compromissos afetados, pois não sabemos em que data e horário estes jogos adiados serão remarcados. Sei que não foi a intenção, mas o saudoso Cazuza em sua música “O Tempo Não Pára”, resumiu bem o atual cenário do futebol brasileiro: “... te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro (no caso é mais comum e usual nos chamarem de vândalos, animais e analfabetos funcionais), transformam um país inteiro num puteiro, pois assim, se ganha mais dinheiro...”

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Contextualizando Vitórias

Sábado fui acompanhar o embate contra o Cruzeiro no Morumbi, sem muitas expectativas, pois na atual conjuntura em que o São Paulo se encontra, esperar por um bom futebol, e por conseqüência uma vitória, me parece que é pedir demais. Portanto, qualquer resultado diferente de um empate ou uma derrota, me causaria uma certa surpresa, e surpreso eu fiquei, ao ver que no decorrer dos noventa minutos, o São Paulo fez por merecer o placar de 2x1, jogando um futebol que ainda está muito longe de passar confiança e tranqüilidade à sua torcida, mas que foi muito mais digno em comparação aos nossos três últimos jogos.
A vitória contra os mineiros foi providencial, pois além dos motivos óbvios referentes a importância da soma de mais três pontos na tabela de classificação, finalmente conseguimos interromper uma incomoda séria de três derrotas consecutivas, o que é inadmissível para um time grande, que não pode ficar tantas rodadas sem somar pontos, tampouco pode permitir que suscite em parte da sua torcida, essa sensação perturbadora de encarar uma vitória como algo tão complexo. Quando um estágio de tamanha mediocridade é atingido, uma vitória torna-se um grande alento, e nela nos apegamos na esperança de que com o decorrer do campeonato, nossa condição melhore.
É sabido, porém, que nem sempre as vitórias podem significar que as coisas estão no caminho certo, nosso começo de campeonato e as cinco vitórias consecutivas, por exemplo, maquilaram muito bem uma situação que estava longe de ser a ideal. Situação esta que continua a mesma, ou talvez tenha até piorado, pois agora estamos sem técnico, e todo um trabalho terá obrigatoriamente que ser refeito, comandado sabe-se lá por quem, e com o campeonato em andamento. Consequências da desastrosa administração Juvenal Juvêncio, que mediante suas constantes falhas e seus constantes equívocos, mostram que o São Paulo está muito longe de ser aquele clube diferenciado e especial, que muitos acreditavam de fato existir, principalmente quando anos atrás, nossas vitórias nos permitiram ganhar uma série de títulos, que também tinham o poder de esconder e ocultar muita coisa errada, que já acontecia pelas bandas do Morumbi.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Caindo Pelas Tabelas

O ditado popular que uso como título para esta postagem, geralmente é utilizado quando vamos nos referir a um sujeito bêbado ou trôpego, que já não consegue mais se sustentar, e que precisa ser amparado por algo ou alguém, para não cair e se esborrachar no chão. Embora estas linhas iniciais, possam sugerir que eu vá falar do nosso presidente golpista, quem de fato está literalmente caindo pelas tabelas, no caso apenas uma tabela, a do Campeonato Brasileiro, é o nosso São Paulo, que ontem ao ser derrotado pelo Flamengo, alcançou a incrível marca de três derrotas nos últimos três jogos.
Novamente o São Paulo foi um time completamente passivo e inerte dentro de campo, finalizando pouquíssimas vezes contra a meta adversária, e tentando criar jogadas na base da ligação direta e do chutão, o que não por acaso resultou em outra derrota, justa e merecida por sinal, sendo que o Flamengo nem precisou se esforçar muito para construir o 1x0 no placar. E assim, com sucessivas derrotas, toda a famosa gordura de pontos acumulada nas cinco primeiras rodadas já não existe mais, e o topo da tabela, a liderança, além de ter sido perdido, mostra-se cada vez mais distante e inalcançável.
O campeonato que mal começou, mesmo que nivelado bem lá em baixo, parece que terá o São Paulo apenas como um mero coadjuvante, pois não me parece que com este grupo de jogadores que temos a disposição, será possível ir além da zona da Sul-Americana. Carpegiani que acabou de ser demitido, por mais limitado e fraco que fosse, não pode ser o único responsabilizado por todo esse futebol ordinário que o São Paulo vem praticando, nossos problemas vão muito além do treinador, e enquanto nosso elenco não passar por uma profunda reformulação, qualquer profissional que venha a ser contratado para assumir o cargo de técnico, não conseguirá mudar a essência do futebol são paulino.
Os próximos dias serão marcados por muita especulação, e é possível que nossa omissa e incompetente diretoria, tente capitalizar em cima dessa demissão, e deste momento delicado que o São Paulo vive, mediante aquele discurso hipócrita de sempre, dizendo: “... tudo está sob controle.”; e: “... estamos trabalhando incessantemente a procura de alguém qualificado para assumir um clube da nossa magnitude.” Mentira, a realidade é que hoje a administração comandada por Juvenal não se planeja para absolutamente nada, tudo é feito sem nenhum rigor e critério, e as conseqüências são sentidas dentro de campo, com o time literalmente caindo pela tabela, e como os verdadeiros responsáveis por criarem esta situação de merda, nunca são mandados embora, é provável que o próximo técnico, tenha um fim semelhante ao do que acabou de ser demitido, pagando não apenas pelos próprios erros, mas pelos erros daqueles que o contrataram.