segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A primeira (e espero que única) vez em Presidente Prudente



São Paulo e Palmeiras são dois times de futebol da cidade de São Paulo. Isto posto devemos concordar que não faz o menor sentido que uma partida envolvendo estas duas agremiações seja realizada fora da capital paulista. Todavia, como a palavra coerência inexiste no vocabulário daqueles que comandam o futebol, o Choque Rei de domingo foi disputado 560 Km distante da nossa Paulicéia cada vez mais Desvairada.
Atendendo um pedido do Palmeiras, que por migalhas vendeu o mando de jogo, a Federação Paulista transferiu o clássico para a longíqua cidade de Presidente Prudente, situada quase na divisa com o Mato Grosso do Sul. Dia 09 de Fevereiro quando foi oficializada a putaria envolvendo os dirigentes palmeirenses e o prefeito da cidade interiorana, passei a odiar ainda mais o decadente time de verde e a planejar a aventura para acompanhar este duelo.
Sim, pois não seria nada fácil e barato atravessar quase todo o estado para estar presente em mais um jogo do São Paulo. Como nesta primeira fase do Campeonato Paulista a única coisa que presta são os embates envolvendo o trio de ferro mais o Santos, não havia a menor possibilidade de eu não assistir esse jogo no estádio. Assim depois de 6 horas na estrada, 12 pedágios e 1 tanque de gasolina lá estava eu derretendo sob o escaldante calor de Presidente Prudente.
Toda a dificuldade e todo o esforço para estar junto com o São Paulo nessa batalha, fez com que eu ficasse completamente obcecado pela vitória. Contudo bastou alguns minutos de bola rolando para que eu voltasse a entender que exigir um triunfo deste time do São Paulo é pedir muito, sobretudo enquanto nosso sistema defensivo insistir em colocar tudo a perder.
A partida contra o porco foi praticamente uma repetição da partida no meio de semana contra o Bragantino. Não apenas o placar foi o mesmo como também os erros grosseiros dos jogadores de defesa, que sofriam no jogo aéreo e permitiam que os atacantes dos caras jogassem com muita liberdade. No fim o empate por 3x3 acabou sendo um grande alívio, pois voltar daquele fim de mundo com uma derrota, como se desenhou várias vezes ao longo do jogo seria um pesadelo.


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

E os problemas vão se agravando

Quem esteve presente ontem a noite no estádio do Bragantino (que nunca deveria ter mudado de nome), não ficou muito contente com o resultado da partida e completamente insatisfeito com a grotesca atuação dos nossos jogadores de defesa. Contudo, não há duvidas de que presenciamos um grande jogo de futebol.
Foi um belo confronto, não em termos táticos e técnicos, e justamente por isso, pela falta de categoria das duas equipes que São Paulo e Bragantino protagonizaram um jogo cheio de emoções. Infelizmente mais uma vez o sistema defensivo são paulino falhou feio, coroando uma atuação medonha tomando um gol de cabeça de um jogador pouca coisa maior que o Nelson Ned.
Posicionado no setor da torcida visitante, atrás do gol onde o Bragantino atacou no primeiro tempo, tive o "privilégio" de ver bem de perto, dada a proximidade da arquibancada com o gramado, que defensivamente o São Paulo não existe. A poucos metros de distância dos caras que permitiam os atacantes da equipe da terra da linguiça deitar e rolar, ficou claro para mim que nosso time não chegará a nenhum lugar enquanto a defesa não se acertar.
Somados aos crônicos problemas encontrados na retaguarda, temos ainda uma série de contusões em jogadores de meio de campo, lateral e ataque, jogadores sendo convocados para seleções e expulsões idiotas. Nunca podendo contar com todos os atletas do elenco vamos retardando cada vez mais a montagem de um time ideal. Será assim, repleto de desfalques e com uma defesa vacilante que domingo enfrentaremos o guarani da capital no interior (confuso, né?), um time com apenas uma jogada, a aterrorizante bola alçada na área.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Burocrático

Em um Morumbi quase sem ninguém, com um número tão pequeno de torcedores que a renda líquida da partida não deve ser suficiente para no fim do mês pagar o salário de um grosso como o Paulo Miranda ou do pseudo artilheiro Willian José, vencemos a equipe do Paulista pelo placar de 3x1 e amenizamos um pouco o baixo astral que se estabeleceu após a derrota no clássico.
O jogo em si não foi lá grande coisa, a vitória mesmo que conquistada mediante a marcação de três gols foi bastante burocrática. Não fizemos uma boa partida ( o segundo tempo foi de doer) e para piorar Willian José fez todos os gols do São Paulo, alcançou a artilharia do campeonato e após ser expulso teve seu nome gritado pela torcida como se ele fosse um atacante confiável.
Não é apenas nosso centroavante que não inspira confiança, sobre nosso time também recai uma série de dúvidas e desconfianças, contudo acredito que com o tempo o São Paulo possa se ajeitar, já nosso camisa 19 e mais uns três jogadores, sei não. Sei que até que a gente consiga se transformar num time de verdade teremos pela frente um longo e trabalhoso caminho, provavelmente com muitos jogos semelhantes ao presenciado na noite de ontem, feios e nada memoráveis, porém obrigatórios.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Alerta vermelho

Nada como um clássico contra um time forte, tranquilo e organizado, que dominou e venceu a partida sem precisar se esforçar muito, para expor alguns problemas graves do time do São Paulo. O jogo contra o small club serviu para notarmos deficiências preocupantes, que nos jogos contra os fraquíssimos times do interior paulista ficaram meio camufladas, mas que devem ser tratadas com o devido cuidado e atenção pela diretoria, do contrário a probabilidade desse time se transformar em um nada, mesmo com alguns bons talentos é bem grande.
Depois do jogo desta tarde no Pacaembu ficou claro que o São Paulo dificilmente se transformará em um time competitivo, capaz de fazer frente aos seus oponentes mais qualificados enquanto não consertarmos o desequilíbrio existente no atual elenco. Não será possível pensar em vitórias e conquistas, se no banco de reservas não existir ninguém capaz de substituir o titular da posição, ou se os que existirem forem coisas grotescas como a dupla de atacantes que atuou nas últimas partidas, enganações que nos assombram desde o ano passado.
A zaga, o setor do time que já nos jogos contra os caipiras chegou a passar apuros, deu hoje a prova definitiva que não possui em suas fileiras nenhum jogador de confiança, todos ali tem potencial para ser o novo Paulão Desmaio ou Reginaldo Cachorrão. Outros problemas também saltam aos olhos- como a improdutividade de algumas jovens promessas, que dentro de campo não conseguem corresponder a toda expectativa neles depositadas; e o nervosismo de determinados jogadores, incapazes de se controlarem. Tudo isso somado resultou na primeira derrota do ano, fazendo acender a luz de alerta vermelho que precisa ser apagada o quanto antes.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Instabilidade

Apenas hoje, dois dias depois do jogo entre São Paulo e Comercial é que consigo encontrar um tempo para escrever algumas linhas sobre o jogo de quinta-feira. Podendo agora pensar sobre a partida concluo que o empate aconteceu não porque o time do São Paulo é fraco, porque está sendo mal treinado ou porque 2012 tem sido uma continuação de 2011 (difícil fazer qualquer tipo de afirmação nesse sentido, com um número tão pequeno de partidas disputadas no ano); mas porque nem sempre conseguiremos superar os problemas oriundos da instabilidade natural de um elenco que está longe de ter definido seus 11 jogadores titulares.

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Não tem como não deixar de comentar por aqui a filha da putice cometida pela diretoria da portuguesa da zona oeste, que por algumas migalhas oferecidas pelo prefeito de Presidente Prudente transferiu para lá o Choque Rei do próximo dia 26, me obrigando a cruzar todo o estado para acompanhar uma partida que não faz nenhum sentido em ser disputada se não na cidade onde estão situados os dois times.
Confesso que não consigo entender porque os dirigentes do decadente time de verde da capital paulista, ainda insistem em manter a sede do nazi club na cidade de São Paulo. Como os caras adoram jogar em Presidente Prudente, está na hora deles se mudarem em definitivo para aquela distante cidade do interior, ao menos lá eles seriam um dos times grandes da cidade.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Na estrada



O futebol por si só já é uma das coisas mais maravilhosas que existe, e se há algo que o torna ainda mais especial sem dúvida alguma são os amigos e as viagens que fazemos por causa do futebol. Se aproximar de pessoas devido uma paixão clubística em comum, e posteriormente solidificar os laços de amizade na arquibancada; assim como conhecer lugares que se não fosse o futebol provavelmente nunca conheceríamos, demostra com clareza que o futebol não se trata apenas de um jogo.
Ontem como nenhum amigo manifestou  interesse em me acompanhar na primeira das várias viagens futebolísticas que farei este ano, fui até a cidade de Campinas assistir o confronto entre São Paulo e Ponte Preta sozinho. Mesmo que viajar sozinho tenha algumas peculiaridades interessantes, ir acompanhado é quase sempre melhor. Entretanto não será a falta de companhia que me impedirá de estar presente em uma partida do São Paulo.
Chegando em Campinas, já nas cercanias do estádios, após me proteger dos paus e das pedras arremessados pelos torcedores pontepretanos contra os torcedores são paulinos, fui atrás de comprar meu ingresso. Como acontece em todos os jogos contra Guarani e Ponte Preta em terras campineiras, as bilheterias dos visitantes estavam fechadas e os ingressos esgotados. Contrariando meus princípios, praticamente sem nenhuma escolha, adquiri minha entrada através de um cambista.
Dentro do estádio tudo conforme o esperado. Ofensas partindo de ambos os lados das arquibancadas, policiais militares atrasando a vida do torcedor e alguns idiotas sendo cúmplices da imprensa esportiva que trata o futebol como uma palhaçada. Durante os noventa minutos um São Paulo que jogou bem o suficiente para ganhar o jogo de ontem, nada além disso. Na volta para a capital pensamentos sobre a próxima viagem, marcada para a nona rodada rumo a Bragança Paulista.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Questão de paciência

Quando o juíz encerrou a partida em que empatamos com o Guarani original pelo placar de 1x1, foi possível presenciar no Morumbi muitos corneteiros torcedores vaiando nosso time. Concordo que o jogo não foi dos melhores e que o São Paulo não fez uma boa partida, contudo vaiar o time ontem não foi uma atitude nenhum pouco inteligente.
Não critico os torcedores pelo fato deles se irritarem com um engodo como o Casemiro, ou por considerarem que Fernandinho e William José não serviriam para formar dupla de ataque de time de desafio ao galo. Não, esses sentimentos são justos e compreensíveis, o que eu não aceito é a impaciência de parte da torcida com um time que se encontra no estágio inicial de um grande processo de reformulação.
É preciso entender que o time do São Paulo que foi a campo ontem a noite estava escalado com o ataque reserva, com uma dupla de zaga que jogava junta pela primeira vez e com um meio de campo sem os principais jogadores contratados. Convenhamos, estas não são as condições mais favoráveis para se exigir um futebol vistoso e competitivo e por consequência uma vitória.
A busca pela formação ideal do São Paulo (que sem dúvida alguma terá uma escalação consideravelmente diferente do time que jogou ontem) será um processo difícil e trabalhoso. Primeiro porque o tempo aqui é algo indefinido, de imediato é impossível tentar estabelecer qualquer prazo; segundo porque durante esse processo o time voltará a jogar mal e outros tropeços acontecerão. Portanto é aconselhável que a torcida começe a exercitar sua paciência para com o time.