segunda-feira, 28 de maio de 2012

Mínimo

Tudo o que envolveu a partida entre São Paulo e Bahia pode ser muito bem resumido através do adjetivo mínimo, acredito que nenhuma outra palavra seria mais adequada e teria um poder de síntese tão grande para descrever como foi o encontro entre os dois tricolores. Como não há muita coisa para ser dita e escrita sobre o que aconteceu ontem a tarde no Morumbi e o tempo é escasso, esta postagem seguirá o padrão da partida e também será mínima.
Apenas mais este parágrafo será suficiente para descrever este jogo de público, placar e futebol de proporções mínimas. Muito desfalcado e completamente sem inspiração conseguimos a primeira vitória no campeonato, triunfo este obrigatório, sobretudo por se tratar de um jogo em casa contra um adversário que provavelmente lutará contra o rebaixamento. Os três primeiros pontos foram conquistados, mas junto com eles a constatação de que nosso elenco é limitado e de qualidade duvidosa.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Objetivo alcançado

Jogávamos por um gol no Serra Dourada. Não importava em qual momento, quais as circunstâncias e o placar da partida, quando o São Paulo fizesse um gol no Goiás a classificação para as semifinais da Copa do Brasil estaria assegurada. Sabendo exatamente o que era necessário ser feito, e ciente de que nossa tarefa não era das mais difíceis, entramos em campo para confirmar a vaga deixando de lado todas as trapalhadas criadas pela diretoria e potencializadas e exploradas ao máximo pela imprensa.
O objetivo foi alcançado logo após o Goiás abrir o placar. Poucos segundos depois do gol que colocou o time esmeraldino em vantagem, empatamos a partida e a classificação são paulina que estava muito bem encaminhada desde o jogo de ida no Morumbi foi definitivamente decretada. Na segunda etapa ainda tivemos mais um gol para cada time, contudo eles não fizeram a menor diferença para o andamento da partida, pois a partir do instante que buscamos a igualdade no placar o confronto se encerrou.
São Paulo semifinalista, teremos agora pela frente a perigosa equipe do Coritiba, que com muita segurança e praticando um bom futebol goleou o Vitória. Condições para garantir um lugar na grande final o tricolor tem, se Juvenal e sua turma conseguirem dimensionar o quão próximo da conquista nós estamos e decidirem parar de alimentar jornalista abutre nossas chances aumentam ainda mais. Que a CBF divulgue logo as datas do confronto para que eu comece a programar a viagem até o sul do país.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Começo desastroso


Começou aquele que na minha opinião é o mais legal de todos os campeonatos. Minha preferência pelo Campeonato Brasileiro deve-se a vários motivos- ótima fórmula de disputa, grande quantidade de jogos contra times fortes e tradicionais e a possibilidade de poder se planejar com alguma antecedência para acompanhar as partidas fora de casa são alguns dos fatores que fazem eu apreciar este campeonato mais do que qualquer outro.
Nossa estreia pelo quarto ano consecutivo foi na maravilhosa cidade do Rio de Janeiro. Assim como em 2009 quando estreiamos com derrota para o Fluminense no Maracanã, voltamos ontem para casa com nosso primeiro revés na competição. No Engenhão mesmo depois de estar na frente no marcador em duas oportunidades, ao final dos noventa minutos o placar marcava 4x2 para o Botafogo.
Foi um começo de campeonato desastroso, que expôs logo de cara todas as nossas fragilidades e deficiências, deixando claro que o São Paulo terá muito dificuldade para ocupar as posições da parte mais alta da tabela. Não que atuações desastrosas (principalmente dos jogadores de defesa) seja novidade, o que acontece é que elas eram maquiladas pelas vitórias contra aqueles timecos do interior paulista.
Agora com todo um segundo semestre pela frente, com partidas contra times de verdade, que estão basicamente no mesmo patamar que a gente a história será outra. Quem sabe assim, tendo que lidar rodada após rodada com a frustração de ver uma quantidade muito grande de pontos sendo deixados pelo caminho, Juvenal se convença que disputar um campeonato forte como é o Campeonato Brasileiro, com um elenco limitado e reduzido como o nosso as chances de sucesso são bem pequenas.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Boa vantagem

Diferente do ocorrido no confronto contra a Ponte Preta, onde nos classificamos para as quartas de final na marra, a base de muito suor e sofrimento, nossa classificação para a semifinal da Copa do Brasil ao que tudo indica está muito bem encaminhada. Para o jogo de volta semana que vem em Goiânia nossa situação é confortável, a boa vantagem construída no Morumbi nos deixou em ótimas condições, dificilmente o tricolor paulista não será um dos quatro semifinalistas do torneio.
Não há dúvidas de que o resultado foi ótimo, sobretudo se compararmos o placar da partida com o que foi visto dentro de campo. Não que o São Paulo tenha jogado mal ou que não merecemos a vitória, mas definitivamente nossa atuação não foi das melhores. Contudo fomos superiores e competentes o suficiente para construir um 2x0 de fundamental importância para avançarmos de fase, principalmente por se tratar de uma disputa com o infernal gol qualificado.
Não quero dizer que na próxima quarta-feira o jogo no Serra Dourada será uma mera formalidade, longe disso, outros noventa minutos obrigatoriamente terão que ser disputados, e como futebol é um esporte imprevisto... Entretanto, acredito que muita coisa tem que dar errado do lado do São Paulo e praticamente tudo tem que dar certo do lado do Goiás para perdermos essa vaga, sendo que um gol são paulino nos dá até alguma margem para cometermos um ou dois errinhos, pois no caso eles necessitarão de quatro gols para nos eliminar, algo bem improvável.
Classificaremos, e depois de muito tempo (mais precisamente dez anos) voltaremos a disputar um confronto valendo vaga para a final da Copa do Brasil. Um torneio importantíssimo, que equivocadamente é classificados por alguns torcedores e jornalistas como um mero atalho à Libertadores.  Errado, a Copa do Brasil vale muito, vale uma taça, vale um título nacional que ainda não tivemos a capacidade e a honra de ganhar e que faz muita falta no nosso memorial de conquistas.


sábado, 12 de maio de 2012

Classificação à fórceps

Fui para o Morumbi ciente de que encontraríamos dificuldades, sabia que o jogo por si só não seria nada fácil, e que as presepadas da diretoria e o placar adverso no jogo de ida em Campinas tornaria tudo ainda mais complicado. Mesmo preparado psicologicamente para a partir da arquibancada enfrentar um jogo duro e catimbado, acreditava piamente na nossa classificação.
A vaga para a próxima fase veio exatamente da maneira como eu imaginava, suada e no limite, praticamente à fórceps. É verdade que as adversidades surgiram muito antes do esperado, o gol da Ponte Preta pegou a todos de surpresa, aumentando ainda mais a tensão da partida, todavia com um sistema defensivo frágil como o nosso era quase inevitável sair ileso ao longo dos noventa minutos.
Confesso que temi pelo pior quando sofremos o primeiro gol, pois além da desvantagem ter aumentado significativamente, não parecia que o São Paulo seria capaz de fazer os três gols necessários para conquistar sua classificação. Completamente desorganizado não conseguíamos nos encontrar dentro de campo, a bola saía dos pés dos jogadores são paulinos rumo a vários lugares, menos em direção a meta adversária.
Apenas um gol casual ou uma jogada de sorte poderia mudar o rumo da partida, colocando o São Paulo novamente em condições de buscar a classificação. Exatamente deste modo conseguimos a virada no placar, após cobrança de falta Casemiro livre debaixo do gol empatou a partida e Lucas após um erro grosseiro do goleiro da Ponte nos colocou em vantagem.
Faltava mais um gol e todo um segundo tempo para ser jogado. Percebendo o quanto era perigoso esperar que o gol da classificação saísse mediante outro lance fortuito, Leão tratou de colocar alguém para tentar organizar o meio de campo. Funcionou, o time passou a jogar de maneira organizada articulando e criando boas jogadas, o gol da classificação agora parecia algo mais palpável era apenas uma questão de tempo. Quando ele aconteceu e a classificação finalmente se concretizou, todo o sofrimento se transformou num delírio coletivo.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Perdendo o rumo

Sabe quando determinados acontecimentos, sejam eles provocados por nós mesmos ou por outros fazem com que as coisas saiam completamente do rumo e a gente perca o controle da situação, transformando tudo em uma verdadeira bagunça? Pois bem, é isso que parece estar acontecendo com o São Paulo. A temporada que até a partida contra o Santos caminhava bem, com um problema aqui e outro ali, mas tudo dentro de uma certa normalidade, sem grandes atribulações, começa a querer ficar fora do eixo.
Depois do sacode que tomamos do Santos, a escalação do medonho Paulo Miranda no time titular passou a ser ainda mais questionada. Leão que parece ter algum tipo de tara pelo cara, já que não o tira nunca do time titular, continuaria insistindo com camisa treze em sua escalação. Diante disso, dirigentes da alta cúpula são paulina resolveram passar por cima das decisões do técnico e horas antes do jogo contra a Ponte resolveram afastar o jogador.
Nós todos sabemos que Paulo Miranda é um imprestável, um jogador que jamais deveria ter sido contratado e que o ideal seria vê-lo bem longe do time. Todavia a forma como as coisas se sucederam e foram conduzidas foi de uma inabilidade grosseira, que ao que parece não foi bem aceita por ninguém e causou um grande mal estar no elenco. Não é segredo para mais ninguém que os jogadores não gostaram da atitude da diretoria, pois eles sabem que nada pode impedir Juvenal e sua turma de fazer outras mudanças de última hora.
O correto seria estabelecer um diálogo envolvendo dirigentes, jogador e técnico a fim de buscar uma maneira mais inteligente para resolver este caso. Não, a decisão foi unilateral, agora além de contratar errado a diretoria escolhe a forma errada de afastar o atleta da equipe. Não sei até que ponto este episódio refletiu no desempenho do time no jogo contra a Ponte, mas ao que tudo indica ele pode ser uma das explicações para o desastroso futebol praticado ontem a noite em Campinas, que por muito pouco não resultou na nossa eliminação da Copa do Brasil.