segunda-feira, 30 de julho de 2012

Uma tarde especial

Fazia um bom tempo que eu não saia do Morumbi verdadeiramente feliz e satisfeito com uma apresentação do São Paulo. Minhas últimas idas tanto ao Cícero Pompeu de Toledo quanto a outros estádios Brasil afora não tinham sido nada agradáveis, pois dentro de campo os resultados e o futebol do tricolor foram insatisfatórios, e nas arquibancadas imperava um clima pesado e hostil, com torcedores transtornados de raiva e impacientes com o time.
Ontem ao contrário do que vinha acontecendo estar no Morumbi me fez bem, finalmente pude voltar para casa com aquela gostosa sensação de que o futebol é sempre a escolha certa. Mesmo sentindo e sabendo que o futebol mais tira do que dá, que teremos mais desilusões do que alegrias e que as derrotas e as eliminações são mais frequentes do que as vitórias e os títulos, quando somos recompensados percebemos que todo o esforço e o sacrifício que as vezes somos obrigados a fazer por nosso time é válido.
A recompensa a qual me refiro aqui está muito mais relacionada a vontade e a entrega dos jogadores tricolores e ao fato da torcida enfim ter jogado junto com o time, do que com a vitória e a goleada em si. Depois de passar algumas rodadas empatando contra time de ressaca pós conquista de título, perdendo para concorrente direto ao título dentro de casa e sendo humilhado por time da zona de rebaixamento em apenas 45 minutos, voltar a vencer uma partida jogando de maneira digna foi alentador.
Não que o São Paulo tenha feito um jogo perfeito e irrepreensível, longe disso, com o que temos a disposição isto está completamente fora de cogitação. Ontem, mesmo com a vitória e o elástico placar de 4x1 alguns dos vários problemas que nos afligem se fizeram notar. Contudo, ao menos nesse jogo contra o Flamengo as coisas funcionaram de uma maneira mais ordenada e segura, a começar pela presença de Rogério Ceni de volta ao gol são paulino.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

2012 modelo 2011

- derrota para o lanterna do campeonato
- 4 gols sofridos em apenas 45 minutos
- mais 2 gols para a lista do time que mais toma gol de cabeça no mundo
- futebol abaixo da crítica
- jogadores perdidos em campo
- técnico fazendo substituição aos 42 minutos do segundo tempo
- muros do CT pichados
- contratações equivocadas
- dirigentes se escondendo após outro fiasco
- distância considerável para os líderes do campeonato
- torcida protestando da maneira mais escrota possível
- vexame atrás de vexame
- nada de positivo para ser escrito

Sim, você também já deve ter percebido que 2012 é uma triste e deprimente continuação de 2011.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Vitória do "menos pior"


A tabela apontava que seria o jogo do São Paulo sétimo colocado contra o Figueirense décimo sétimo colocado, todavia este era o confronto entre provavelmente dois dos times que atravessam os momentos mais conturbados dentro do campeonato, muito pior do que é refletido por suas respectivas posições na tábua de classificação. Os catarinenses amargando até então uma sequência de nove jogos sem vitória, e a gente praticando faz um bom tempo um futebolzinho ridículo e judiando da bola.
As duas torcidas estavam cientes que não poderiam esperar muita coisa de seus times. Eu sabia que o maravilhoso final de semana que havia passado neste lugar incrível chamado Florianópolis chegaria ao fim, a partir do instante que eu atravessasse o portão de acesso da torcida visitante do estádio Orlando Scarpelli. A paz e a tranquilidade proporcionada pelas belezas naturais florianopolitanas daria lugar aos aborrecimentos e desgostos oferecidos pelo time são paulino.
A vantagem conquistada com menos de um minuto de bola rolando me fez pensar que talvez naquela tarde o São Paulo conseguisse enfim fazer uma boa partida, se impondo diante do adversário e anulando-o dentro de campo. O que um gol não faz com o torcedor, contudo bastou o desenrolar dos minutos para ver o São Paulo esbarrar em suas próprias limitações e fazer outra apresentação que ilude apenas os mais incautos.
Vencemos porque fomos "menos pior", fosse o Figueirense um time pouca coisa melhor fatalmente nossa vitória teria escapado. Se posso destacar algo de positivo nos 2x0 frente um grande candidato ao rebaixamento é que a parte acéfala da torcida (Independente e seus simpatizantes) vai dar um tempo nos chiliques, e Ney Franco poderá respirar um pouco mais aliviado até a próxima partida, para nossa sorte contra o lanterna da competição.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Coletânea deplorável

A verdade é que este jogo contra o Vasco não merecia uma postagem, contudo resolvi fazer uma coletânea com trechos de textos publicados neste blog que ilustram muito bem o porquê de outra derrota são paulina.

“Como nossos fracassos fazem parte de uma rotina que se repete há quase quatro anos, e todos esses doloridos acontecimentos já foram devidamente analisados por aqui, não faz muito sentido ficar agora esmiuçando as causas de outra eliminação são paulina. Tudo o que eu poderia escrever sobre nossa derrota de 2x0 para o Coritiba ontem no Couto Pereira já foi escrito em postagens anteriores, da mesma maneira que já está em curso o que será escrito em futuras eliminações.” Rotina de fracassos (22/06/2012)

"Um futebol sem inspiração e pouco eficiente que não nos permite sonhar com nada além da Sul-Americana.” Quando o que você vê não te agrada (18/06/2012)

"... um começo de campeonato desastroso, que expôs logo de cara todas as nossas fragilidades e deficiências, deixando claro que o São Paulo terá muito dificuldade para ocupar as posições da parte mais alta da tabela.” Começo desastroso (21/05/2012)

“O jogo contra o small club serviu para notarmos deficiências preocupantes, que nos jogos contra os fraquíssimos times do interior paulista ficaram meio camufladas, mas que devem ser tratadas com o devido cuidado e atenção pela diretoria, do contrário a probabilidade desse time se transformar em um nada, mesmo com alguns bons talentos é bem grande.” Alerta vermelho (13/02/2012)

“A questão no entanto não se resume apenas ao Atlético Paranaense e seu estádio. Este time do São Paulo se especializou ao longo deste ano em tomar sacode de tudo que é time, em tudo que é estádio e das mais diversas maneiras possíveis. Assim, alijado da disputa dos primeiros, segundos, terceiros... sétimos lugares na tabela, pelo segundo ano consecutivo teremos que nos conformar com uma campanha nojenta e ofensiva, passando as finais e decisivas rodadas do campeonato apenas cumprindo tabela...”  Roteiro conhecido (17/11/2011)

“Poucas vezes na história do São Paulo vimos o clube imerso em uma crise tão generalizada e profunda, como essa que nos assola desde o terceiro mandato do nosso presidente golpista. A bagunça e a completa perda de rumo atingiram proporções grandiosas, o Morumbi é hoje um caos total e a previsão é que dias piores virão, pois não vejo qualquer perspectiva de mudança na mentalidade dos inábeis dirigentes são paulinos.” “Este nosso novo fracasso é uma consequência direta de toda essa política de abandono e descaso destes velhos parasitas que não param de vitimar o São Paulo, afastando para bem longe do Morumbi qualquer possibilidade de sucesso.” O Horror! O Horror! (28/10/2011)

“A verdade é que de certa forma eu já estou me acostumando com esse monte de resultados ridículos do São Paulo.” Qualquer nota (24/10/2011)

“Olhando em perspectiva, vejo que não faz sentido nutrir qualquer tipo de esperança em relação ao título, nosso fracasso é inevitável, somos impotentes demais para engrenar uma sequência de vitórias e aproveitar os tropeços dos nossos adversários.” “Não é questão de ser pessimista, é enxergar a realidade conforme ela se apresenta, e já faz um tempo considerável que ela é totalmente desfavorável ao São Paulo.” A impossibilidade do título (13/10/2011)

“A frustração é praticamente garantida nas apresentações são paulinas...” “... é certo que nosso time não conseguirá fazer uma partida digna, que veremos um bando de jogadores sem técnica judiando da bola e que fatalmente deixaremos de somar os três pontos que estão em jogo.”  Frustração absoluta 22/08/2011

“Faz tempo que o São Paulo não joga rigorosamente nada, já estamos habituados com atuações medonhas e pouco futebol, portanto não é surpresa para nenhum torcedor são paulino uma campanha repleta de resultados negativos e desfavoráveis, pois há tempos isso se tornou uma triste rotina.” Incompetência em estado bruto 19/08/2011

“Bastou o Vasco fazer o seu gol para que tudo ruísse de vez...”  “... o São Paulo ia definhando e se apequenando dentro de campo, enquanto que o Vasco mostrava-se absoluto.”  Anticlimax total 01/08/2011

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Empate amargo

O jogo de ontem era importante por vários motivos, mas o principal deles sem dúvida alguma era por se tratar de um clássico contra o Palmeiras. Independente do que os três pontos poderia significar para o São Paulo em termos de posicionamento na tabela, carimbar a faixa do porco e impor uma derrota a nosso odioso rival verde por si só já deveria motivar a torcida e o time para ir com tudo para cima daqueles malditos.
Não foi o que aconteceu. O número de torcedores de ambos os lados foi decepcionante, o estádio estava tão vazio que antes do primeiro tempo chegar ao fim público e renda foram anunciados. Mesmo com o jogo sendo realizado na imprópria cidade de Barueri, o tempo frio e o horroroso horário das 18h30, qualquer que seja o contexto que a partida esteja inserida oito mil e poucos torcedores será sempre um número inaceitável para um Choque-Rei.
Dentro das quatro linhas foi o time do São Paulo que não correspondeu as expectativas. Jogar contra um adversário ainda de ressaca das comemorações do título da Copa do Brasil, desfalcado de seu principal jogador e em inferioridade numérica durante boa parte do segundo tempo e não conseguir ir além de um empate de 1x1 é deprimente demais. Ser dominado pelo Palmeiras nessas condições e ver nosso goleiro ter uma atuação estupenda, fechando o gol e defendo até pênalti torna esse empate ainda mais amargo.
Não jogamos bem e não fosse Denis o pior poderia ter acontecido, contudo não é o caso de fazer como alguns “torcedores” cibernéticos e de ocasião e já sair detonando o trabalho de Ney Franco logo na sua primeira partida. O cara chegou no clube faz apenas uma semana, tempo insuficiente para promover qualquer tipo de melhoria no padrão de jogo da equipe, sobretudo em um time feio e limitado como o nosso. Portanto é uma grande covardia fazer cobranças e avaliações neste momento.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Aproveitamento de oportunidades

Por ironia do destino e da tabela, o primeiro jogo do São Paulo no Morumbi após a eliminação da Copa do Brasil foi justamente contra o Coritiba, nosso algoz. Finalista da competição o time paranaense veio até nosso estádio com uma equipe formada por jogadores reservas, já que na próxima semana eles disputarão contra o porco a segunda e decisiva partida valendo a taça.
Focado apenas na disputa do Campeonato Brasileiro e com o time quase completo, o São Paulo tinha uma grande chance de frente um adversário totalmente desfigurado e enfraquecido conquistar uma vitória que em condições normais seria muito mais difícil. Não poderíamos deixar de aproveitar a oportunidade de somar três pontos que nos deixaria muito bem posicionados.
Diante de vinte e dois mil torcedores que ignoraram o frio e qualquer tentativa de boicote ao time, o São Paulo alcançou a quarta vitória em quatro jogos disputados no Morumbi neste campeonato. A ausência de titulares na equipe coxa branca e o placar final de 3x1 pode sugerir que a partida foi fácil, contudo o jogo foi mais duro do que o esperado, sendo que em alguns momentos parecia que a vitória tricolor iria escapar.
Novamente não jogamos bem, novamente nossos volantes deixaram os jogadores adversários à vontade em campo e novamente um dos nossos limitados zagueiros cometeu um erro grosseiro que resultou em gol. Presente no estádio, Ney Franco pode acompanhar de perto a bagunça que é este time do São Paulo e o quanto ele terá que trabalhar para tentar colocar a casa em ordem. Que ele consiga aproveitar a maior oportunidade da sua carreira e obtenha sucesso no São Paulo.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Referente aos últimos acontecimentos

Não gosto do Leão, minha bronca contra este sujeito vem desde 2005 quando ele nos abandonou no meio da Libertadores para ajudar um suposto amigo japonês. Odiei o anúncio de sua contratação ano passado, pois além dele ser um técnico ultrapassado, meu orgulho e meu rancor me impediam de aceitá-lo trabalhando novamente no São Paulo.
Como era de se esperar sua segunda passagem pelo tricolor foi bem curta. Colocar na mão de um profissional limitado, que tem muito pouco a oferecer para a equipe em termos táticos um elenco cheio de carências e deficiências como o nosso, era pedir para as coisas não darem certo. Dito e feito, bastou o São Paulo enfrentar adversários mais competentes para nosso time e nosso técnico mostrarem todas suas limitações.
Para ocupar a vaga deixada por Leão, a diretoria são paulina confirmou na tarde de ontem a contratação de Ney Franco que estava escondido no comando de uma daquelas merdas de seleções sub qualquer coisa. Honestamente não sei o que pensar sobre nosso novo técnico, como não lembro do desempenho dele quando treinava clubes e não acompanho os jogos dos times da CBF, não tenho uma opinião formada e não nutro qualquer tipo de expectativa em relação a Ney Franco.
Uma coisa ao menos me parece certo, se o São Paulo não se reforçar, contratando jogadores mais qualificados, técnico nenhum conseguirá dar jeito neste time. Todos eles sem exceção, uns mais outros menos enfrentarão sérios problemas (zagueiros medonhos, volantes que não marcam ninguém e nenhum meio campista criativo), que sem dúvida alguma comprometerá o trabalho a ser desenvolvido.
O que a diretoria (principal responsável pela bagunça instaurada hoje no Morumbi) precisa entender é que o papel dela concentra-se em fora do campo, criar as condições necessárias para que dentro de campo o time seja capaz de lutar por títulos. Enquanto isso não acontecer continuaremos empurrando o problema com a barriga, e logo logo estaremos procurando um novo burro para dirigir a equipe.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Das escolhas certas


Quando decidi que iria para Belo Horizonte acompanhar o São Paulo no jogo contra o Cruzeiro, futebolísticamente as coisas caminhavam dentro de uma certa normalidade. Estávamos classificados para a semifinal da Copa do Brasil, bem ou mal tínhamos um técnico, a torcida apoiava o time e mesmo desconfiado eu ainda acreditava que poderíamos obter algum sucesso nos campeonatos que ainda disputávamos.
Sábado quando embarquei rumo a capital mineira o panorama já havia mudado consideravelmente. O  Coritiba sem muita dificuldade nos eliminou da Copa do Brasil, um interino passou a ser o comandante da equipe, a torcida decidiu boicotar o time e enquanto nossos rivais chegavam nas finais dos dois principais campeonatos disputados no primeiro semestre, o São Paulo se mostrava cada vez menos capaz de lutar por títulos.
Uma vez que minha presença nos estádios é determinada por aquilo que meu time representa na minha vida (um amor duradouro, verdadeiro, doentio e obsessivo), e não pelo o que ele faz ou deixa de fazer dentro e fora de campo, pouco ou de nada importava o atual momento vivido pelo São Paulo. Assim, junto com outros dois grandes são paulinos fomos até o estádio Independência empurrar nosso time à vitória.
Presenciamos um grande jogo de futebol. São Paulo e Cruzeiro desde os primeiros minutos de bola rolando se lançaram ao ataque, chances de gol eram criadas e desperdiçados pelos dois lados. Conseguimos abrir uma boa vantagem jogando um bom futebol do meio para a frente, já nosso sistema defensivo voltou a falhar. Mais dois gols foram acrescentados a lista do time que mais toma gol de cabeça no mundo, felizmente eles não custaram nossa vitória.
A viagem para Belo Horizonte não poderia ter sido melhor. As boas companhias, o delicioso tropeiro em frente o estádio, o bate papo antes da partida com os amigáveis e simpáticos cruzeirenses, a oportunidade de conhecer mais um estádio (meio esquisito, diga-se), o ótimo tempo e a vitória do tricolor transformou o sábado em um dia memorável.
É verdade que enfrentamos algumas adversidades antes e depois da partida como a grande distância do aeroporto até o estádio, uma policial com cara de assustada segurando uma doze no portão de saída da torcida são paulina e um GPS maluco que a todo momento traçava a rota errada e nos levou até a cidade de Contagem quando o bar que queríamos ir estava localizado na zona oeste de Belo Horizonte. Contudo, mesmo com todos os percalços essa viagem valeu muito a pena. Acompanhar o São Paulo será sempre a escolha certa.