sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Se acertando

Fazia um bom tempo que o São Paulo não ganhava do Botafogo, nossa última vitória contra eles datava de 2009, desde então seis jogos foram disputados com cinco vitórias botafoguense e um empate. Tratando-se de um São Paulo e Botafogo, um confronto onde historicamente sempre fomos superiores ficar três anos sem vencer esta decadende agremiação do futebol brasileiro chega a ser inadmissível e constrangedor.
Caso o São Paulo tivesse enfrentado o Botafogo umas quatro ou cinco rodadas atrás, a probabilidade da vitória novamente não acontecer seria muito grande uma vez que o time se afundava cada vez mais. Contudo, desde o jogo contra a Ponte Preta aos poucos o tricolor vem se acertando, paramos de levar aquela quantidade absurda de gols de cabeça, o meio de campo passou a ser mais eficiente e no ataque temos o artilheiro da competição vivendo um grande momento.
Não digo que voltei a ficar totalmente empolgado com o time pois sabemos que o São Paulo nos últimos tempos se especializou em nos proporcionar desilusões, todavia uma evolução é perceptível e isso faz bem a toda coletividade são paulina. Onde podemos chegar eu sinceramente não sei, depois do jogo do final de semana contra o Bahia teremos uma sequência complicada pela frente com jogos contra Inter, Santos e Atlético Mineiro. Acho que só depois dessas três pedreiras é que a gente talvez consiga tatear nossas possibilidades com alguma precisão.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Jogos para sempre



Jogos contra Corinthians e Palmeiras, independente do contexto que as partidas estejam inseridas sempre serão os confrontos mais interessantes e importantes dentro da temporada. Enfrentar nossos dois eternos e odiosos rivais tem um significado especial, que extrapola aquilo que está sendo disputado, com consequências que podem se estender por toda uma vida, tanto positivamente quanto negativamente.
Dada toda a importância e a rivalidade presente nestes dois clássicos acompanhá-los no estádio tona-se algo fundamental e obrigatório, pois é somente na arquibancada que os vivenciaremos em sua plenitude. Portanto não importa o dia, o horário e o local, sempre que o São Paulo for a campo contra Corinthians e Palmeiras eu devo estar junto, é assim que vem acontecendo de forma ininterrupta desde 2004 e assim continuará acontecendo enquanto eu estiver vivo.
É verdade que não é nada fácil estar presente nestes jogos quando o São Paulo é visitante. Além da quantidade de ingressos disponíveis à nossa torcida ser reduzida, a diretoria são paulina faz o desserviço de reservar boa parte das entradas para as organizadas, não comercializando-as nas bilheterias e assim estimulando e oficilizando a prática do cambismo e diminuindo consideravelmente as chances de um torcedor "comum" ir no jogo.
O ingresso para o clássico de ontem contra o Corinthians no Pacaembu eu consegui sacrificando meu horário de almoço na quinta-feira, e contando com a inestimável ajuda de um amigo santista que me deu cobertura e segurou as pontas no trabalho enquanto eu não voltava do Morumbi. A satisfação e o privilégio sentido no momento da aquisição de um ingresso tão difícil e disputado foi semelhante a de um gol, fazendo valer a pena todos os contratempos e dificuldades enfrentadas.
Superada a batalha do ingresso era a hora do São Paulo vencer seu rival dentro de campo, o que convenhamos não seria uma tarefa das mais fáceis. O Corinthians hoje tem um time de futebol muito bom, superior ao nosso em termos táticos e técnicos, sendo apontado como favorito com toda a justiça. Quando a bola começou a rolar pudemos comprovar isso, a superioridade corinthiana era tamanha que o gol deles foi apenas uma questão de tempo.
Completamente perdido em campo o São Paulo se livrou de ainda na metade do primeiro levar mais uns três ou quatro gols. Para nossa sorte e felicidade eles não aconteceram e aos poucos o ímpeto corinthiano foi diminuindo e os jogadores são paulinos foram se acalmando, equilibramos a partida e fomos para o intervalo com a igualdade no placar em 1x1.
O segundo tempo começou com os times pouco se arriscanso ao ataque, a morosidade que parecia querer tomar do clássico desapareceu quando viramos o jogo para 2x1. O placar assim permaneceu até o juiz finalmente pôr fim aquela partida que insistia em não acabar. Agora quase um dia depois do jogo ter acabado vejo que não haveria problema algum em permanecer ali por mais algumas horas. Sim, eu gostaria de ainda estar no Pacaembu vendo os corinthianos indo embora em silêncio e de cabeça baixa enquanto nossa torcida fazia a festa.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Uma mera formalidade

Por mais que o time do São Paulo não inspire a menor confiança, que seja muito difícil acreditar em vitórias e classificações e que mais cedo ou mais tarde inevitavelmente iremos nos deparar com novas derrotas e frustrações, não havia a menor chance do São Paulo perder para o Bahia a vaga na próxima fase da Copa Sul-Americana ontem a noite no Morumbi.
Entramos em campo com a classificação praticamente assegurada, para que a mesma fosse oficializada bastava apenas esperar os noventa minutos, o jogo em si era uma mera formalidade. Conforme o esperado a equipe do Bahia veio até a capital paulista para cumprir tabela, totalmente impotente e entregue o tricolor baiano voltou para casa com outro 2x0 nas costas, mesmo com o São Paulo fazendo uma partida sem inspiração e burocrática.
Presenciamos um jogo muito do sem vergonha, reflexo da incapacidade técnica de ambas equipes. Se existe algo positivo a ser dito ou escrito a respeito deste confronto, foi o fato do São Paulo finalmente ter acabado com a desvantagem histórica que tinha contra o time do Bahia. Agora são 37 jogos entre os dois tricolores, com 13 vitórias do Bahia, 11 empates e 13 vitórias do São Paulo.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Horários

No final dos anos oitenta quando começei a gostar de futebol e a frequentar estádios as partidas geralmente eram disputadas em horários decentes, 20h30 no meio de semana e 16h00 no final de semana. Aqueles eram outros tempos, naquela época o futebol ainda não tinha se transformado em um valioso produto da indústria do entretenimento e diferente do que acontece hoje, o mesmo não era movido segundo os interesses da televisão e sua grade de programação.
De uns tempos para cá como uma das consequências diretas do advento do maldito futebol moderno, jogos no meio de semana às 20h30 já não existem mais e jogos no final de semana foram desmembrados em mais dois horários, 18h30 e 21h00. Sábado contra a Ponte Preta o Morumbi novamente foi palco de mais um jogo disputado em um desses horários indecentes impostos pela nefanda Rede Globo.
O relógio marcava 21h05 quando a bola começou a rolar no Cícero Pompeu de Toledo. Sem fazer muito esforço antes do primeiro tempo chegar na metade o placar apontava 2x0 para o São Paulo, no segundo tempo mesmo diminuindo o ritmo e apenas administrando a partida o terceiro gol foi alcançado pondo números finais na partida e iniciando o processo de esvaziamento do  Morumbi. Como o jogo foi realizado em um horário inapropriado muita gente precisou ir embora antes do apito final do juiz, isso começou a acontecer quando fizemos 3x0 e matamos o jogo.
É baseado no que mais uma vez eu presenciei que não aceito e sempre criticarei a realização de jogos em horários absurdos como este. Muitos torcedores dependentes do transporte público simplesmente foram obrigados a deixar o estádio antes mesmo da partida acabar e sair correndo em direção ao ponto de ônibus, do contrário eles não conseguiriam voltar para casa.
Eu que moro em São Caetano no ABC Paulista também não chegaria em casa depois de um jogo no meio de semana às 21h40 ou em um final de semana às 21h00 se não tivesse um carro. Imagino o quanto frustrante seria ter que ir embora durante uma partida ou mesmo não ir, porque uma meia dúzia de filhos da puta decidiram que assim é bem melhor para eles e que se foda o resto.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Suspeitando desde o princípio

A desconfiança que eu tinha já há um certo tempo de que este time do São Paulo é uma porcaria de proporções grandiosas, uma verdadeira farsa que não chegaria a lugar nenhum nesta temporada se transformou em uma certeza absoluta domingo após a derrota para o Grêmio. Ontem no jogo contra o Náutico pude confirmar que eu não estava errado e não fui precipitado em minhas afirmações a respeito do São Paulo e sua atual subcondição.
O São Paulo neste confronto contra o Náutico fez uma de suas atuações mais repugnantes no ano, aquilo que foi visto no estádio dos Aflitos foi praticamente uma ofensa à torcida tricolor. Conseguimos ser engolidos por um time que faz uma campanha extremamente irregular, durante os noventa minutos não fomos capazes de incomodar a terceira pior defesa do campeonato e o pior, após estarmos apanhando pelo placar de 2x0 nossos defensores protagonizaram uma cena bizarra que terminou com a bola e mais três jogadores são paulinos dentro do gol.
Encerrado o jogo fui tentar dormir pensando se existe alguém que ainda consegue acreditar neste time. Uma coisa é você continuar indo aos jogos posicionando-se junto ao São Paulo, isso é uma obrigação e a cumpro meio que por inércia, agora ir até o estádio acreditando que as coisas vão funcionar é algo completamente diferente. Faz um bom tempo que o São Paulo tenta me enganar, todavia até nisso hoje em dia ele se mostra um incapaz, uma vez que eu já não consigo mais me iludir e me passar por idiota ao mesmo tempo.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Um mero figurante

Teremos daqui até o fim do Campeonato Brasileiro mais vinte e duas rodadas. Times que se organizaram e se prepararam de maneira adequada para a disputa deste que é um campeonato longo e difícil, contratando reforços de maneira equilibrada, tendo hoje um elenco entrosado e que funciona taticamente certamente vão lutar pelo título. O São Paulo que hoje é uma bagunça generalizada, com seu planejamento falho e equivocado e com um elenco bastante questionável, apenas cumprirá tabela nestas infindáveis vinte e duas rodadas.
Ontem após outra partida em que não nos apresentamos bem e que todas as nossas deficiências novamente foram explicitamente expostas, ficou claro que esse time do São Paulo não tem fôlego nem bola suficiente para tirar uma diferença que já é superior a dez pontos (treze para ser mais exato) para o líder da competição. A derrota de virada para o Grêmio no Morumbi pelo placar de 2x1, mediante mais um gol de cabeça e outro de um dos piores atacantes da face da terra já nos acréscimos, ratificou de vez nossa condição de figurante.
Até mesmo uma vaga para a Libertadores é difícil. Embora a diferença de pontos para o quarto colocado seja de “apenas” seis pontos, o São Paulo rodada após rodada vem despencando e ao menos para mim nenhuma perspectiva de mudança é possível de ser enxergada. Quem está fora por contusão dificilmente vai conseguir mudar esse panorama desfavorável, uma vez que nossos problemas transcendem as quatro linhas e são um reflexo da má administração de nossos ultrapassados dirigentes.
É triste pra caralho escrever um texto dessa natureza sendo que o campeonato sequer chegou na sua metade, contudo não consigo produzir nada sob um outro viés, até queria mas infelizmente isso não é  possível. Daqui até dezembro o enredo será basicamente o mesmo, o desenrolar dos acontecimentos seguirá praticamente a mesma lógica do momento: pouca alegria, felicidade e êxtase e muita dor, sofrimento e desilusão.
Não que eu queira justificar todas as merdas que estes putos estão fazendo dentro e fora de campo, mas devemos nos lembrar que futebol é assim mesmo. Ele não existe sem decepção e sofrimento, torcer para um time implica em não abandonar o clube que amamos e o estádio nos momentos mais difíceis. Conseguir conviver com as adversidades e torcer, mesmo quando nós não mais acreditamos e temos sérias dúvidas quanto ao sucesso no final da temporada, por mais incoerente que possa parecer é o melhor que temos a fazer. É isso o que eu já fiz trinta e sete vezes esse ano e continuarei fazendo.

sábado, 11 de agosto de 2012

Postagem atrasada

Ao perder para o Fluminense quinta-feira a noite no Rio de Janeiro, o São Paulo atingiu a desastrosa marca de seis derrotas em quinze jogos disputados neste Campeonato Brasileiro. Números como estes tornam as coisas bem difíceis, estamos agora dez pontos atrás do líder da competição que tem uma partida a menos ou seja, essa diferença pode aumentar ainda mais.
Diferente do que aconteceu quando perdemos para o Vasco, para o Atlético Goianiense e para o Botafogo por exemplo, a derrota para o Fluminense não me deixou triste ou emputecido, reagi bem a outro revés são paulino pois de certo modo eu já esperava por isso. A questão não era eu acreditar na vitória do tricolor carioca, mas sim eu duvidar da capacidade do tricolor paulista em conseguir derrotar seu adversário.
Todos sabem que o Fluminense tem um elenco melhor que o nosso e que o mesmo é comandado por um treinador que está a bastante tempo no cargo, todavia os caras não são lá grande coisa, quinta-feira pudemos constatar isso. Acontece que hoje o São Paulo está enfraquecido demais, ao ponto de não conseguir fazer frente nem mesmo à uma agremiação que historicamente sempre apanhou da gente.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Time e postagem sem inspiração

Após acompanhar dois jogos onde o São Paulo conseguiu jogar de maneira decente e digna, contra Flamengo e Bahia respectivamente, me animei com o time e fui para o Morumbi esperançoso de que o São Paulo pudesse novamente fazer uma boa partida. Fazia um bom tempo que eu não ia para o estádio com tanta confiança, e o fato do adversário ser o fraco e limitado time Sport tornava a expectativa ainda maior.
Bastou a bola começar a rolar para concluir que os dois jogos acima citados continuarão a fazer parte da execeção e não da regra dentro da temporada. A dificuldade para criar jogadas e a maneira bisonha como algumas oportunidades de gol foram desperdiçadas, especialmente pelo horroroso camisa dezenove, evidencia muito bem quais as possibilidades e os limites deste irregular e fraco time são paulino.
A vitória e os três pontos vieram, mas de um modo tão penoso e sofrido que fica difícil sustentar qualquer tipo de esperança em relação as chances de sucesso do tricolor. Acho que daqui até o final do ano conseguiremos fazer mais algumas partidas boas, fazendo com que eu volte a me empolgar com o time, contudo no final das contas o verdadeiro e legítimo sentimento que recairá sobre este time será o da desconfiança e do receio.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Um grande campeonato

Começou ontem para o São Paulo a interessantíssima Copa Sul-Americana. Jogando em Salvador vencemos a equipe do Bahia pelo placar de 2x0 e praticamente garantimos nossa classificação para a próxima fase do torneio, onde enfrentaremos caso não ocorra nenhuma zebra os uruguaios do Nacional ou os equatorianos da LDU. Tão importante quanto a boa vitória fora de casa, foi ver o time novamente se comportando bem dentro de campo, conseguindo jogar um futebol que se não é exuberante ao menos vai se mostrando um pouco mais seguro e organizado.
Competição outrora ignorada por muitos clubes, torcedores e jornalistas esportivos brasileiros sob o risível argumento de que ela não valia absolutamente nada, já que não levava a lugar nenhum (como se a função de todos os campeonatos fosse levar um time para a disputa de outro campeonato), hoje a Copa Sul-Americana por oferecer ao campeão uma vaga para a Libertadores começa a ser valorizada no Brasil, porém ainda pela razão errada. A importância da Copa Sul-Americana vai muito além do que ela pode oferecer como prêmio ou bônus ao vencedor, portanto não é correto classificá-la ou resumi-la apenas como um torneio que serve de atalho para Libertadores.
A Copa Sul-Americana é um grande campeonato; um troféu bonito, uma fórmula de disputa interessante, uma quantidade significativa de equipes importantes e de tradição, grandes jogos e o atrativo principal: vale uma taça e o prestígio de ser campeão, o que por si só bastaria para os times levarem a sério a disputa. É assim que eu espero que o São Paulo encare este torneio, com dedicação e seriedade, pois temos pela frente um torneio que vale muito, mas muito mesmo, que ainda não tivemos a honra e a capacidade de ganhar e que não pode ser menosprezado e deixado de lado para priorizar a disputa de outro campeonato, que pode até valer mais, mas que não justifica ou implica em um descompromisso com a valiosa Copa Sul-Americana.