quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Classificação encaminhada

Campeonatos onde a fórmula de disputa é o mata-mata impera uma lei não escrita que considera o empate fora de casa como um bom resultado. Se neste mesmo campeonato existir o tal gol qualificado, um resultado de igualdade na casa do adversário será ainda melhor caso gols aconteçam.
Evidente que empatar a primeira partida jogando como visitante não garante absolutamente nada, entretanto a classificação fica bem encaminhada. Basta a equipe com mando de campo no segundo jogo não fazer muita merda em casa que a vaga para a próxima fase é conquistada.
O empate em 1x1 no primeiro jogo do confronto de oitavas de final entre São Paulo e Liga de Loja no Equador, ilustra bem uma parte do que foi dito acima. Não jogamos rigorosamente nada, porém o resultado alcançado no campo do adversário deixa o São Paulo numa posição relativamente tranquila para o segundo e decisivo jogo.
É difícil acreditar que o São Paulo possa ser eliminado pelos equatorianos, não apenas pela vantagem a nosso favor, mas por tudo que cerca os dois times. Mesmo que a gente faça uma partida ridícula como a de ontem nosso estádio, nossa camisa e nossa história trata de acabar com a Liga de Loja.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

De bom tamanho

Diferente da maneira como eu penso, grande parte da torcida são paulina (diria eu que quase a totalidade) está bastante empolgada e animada com a contratação de Ganso. Isto pôde ser claramente comprovado ontem a tarde no Morumbi, 40 mil torcedores, a maioria ali presente por causa da apresentação de Ganso.
Uma cerimônia bem bacana por sinal, simples e objetiva, sem muita frescura e enrolação, muita mais digna do que aquela feita no começo do campeonato para os campeões da Libertadores de 92. Legal também foi ver nosso estádio repleto de torcedores, contudo será ainda melhor se todo esse pessoal que foi ao Morumbi motivado pela presença do nosso futuro camisa 8 decidir aparecer novamente nos próximos jogos.
Passado os festejos com o novo jogador bastou a bola começar a rolar para a euforia dar lugar a insatisfação. São Paulo e Cruzeiro fizeram um primeiro tempo medonho, o negócio foi tão feio que os times não conseguiram criar condições de finalizar para o gol, Rogério Ceni e Fabio praticamente não foram incomodados e de suas metas assistiram uma profusão de passes errados e sem direção.
No segundo tempo o jogo deu uma ligeira melhorada, todavia os times continuavam judiando da bola. Era tanta ineficiência que um gol só seria alcançado mediante alguma falha grosseira. Exatamente assim fizemos o gol e vencemos a partida, no único cruzamento certo do nosso lateral direito o goleiro cruzeirense errou o tempo de bola  e Osvaldo disparado o melhor jogador em campo anotou o gol da vitória.
O resultado até que foi de bom tamanho pois definitivamente não fizemos uma boa partida, na verdade estivemos bem longe disso mas ainda assim conseguimos garantir três pontos dos mais importante na luta pela quarta colocação. Suada, merecida, injusta, polêmica, grandiosa... nessa altura do ano o adjetivo que usaremos para classificar nossas vitória já não importam tanto, o que vale agora é vencer a qualquer custo.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Sobre o novo contratado

Depois de semanas vendo a imprensa tratar a negociação envolvendo São Paulo-Ganso-Santos e Dis de uma forma bem tosca, com matérias baseadas em fontes duvidosas e achismos sem nenhum fundamento, transformando todas as notícas a respeito do assunto em verdadeiras fofocas, eis que finalmente o imbróglio chegou ao fim.
Confesso que não consigo me empolgar com a contratação do Ganso. Não que eu ache ele um grosso, apenas considero-o um jogador que tem mais fama do que futebol, um cara que apareceu jogando muita bola mas que atualmente já não tem mais o brilho de outrora, contudo ainda é classificado e tratado como um craque diferenciado e de raro talento.
Hoje aquele Ganso que surgiu no Santos não existe mais, aquele jogador cerebral de encher os olhos ficou no passado. Dentro de campo faz tempo que Ganso vem deixando a desejar e não rendendo o que dele é esperado, fora de campo a situação é ainda mais preocupante, uma vez que o mesmo adota um comportamento dos mais questionáveis e escrotos possíveis.
Não há absolutamente nada de errado um jogador desejar mudar de time, no propalado futebol moderno de hoje em dia isso é a coisa mais natural e comum do mundo. A maneira, porém, como Ganso optou por mostrar suas vontades evidenciou uma falta de profissionalismo de dar medo.
Descontente com o Santos o cara simplesmente sumiu em campo, sua dedicação e seu comprometimento com a camisa que defendia desapareceu junto. Evidente que o Santos também cometeu alguns equívocos no andamento do caso, todavia um erro não justifica o outro.
Não lamentaria se o desfecho do negócio não trouxesse Ganso para o Morumbi. Entendo a posição do São Paulo e não critico a diretoria por sua escolha, uma aposta foi feita e torcerei até o fim para ela dar certo, mesmo que a gente esteja falando de um pseudo craque com uma contusão séria, muito do mimado e mal assessorado, que está longe de valer e representar tudo aquilo que o São Paulo investiu nele.

domingo, 16 de setembro de 2012

Voltando a vencer

Independente do que uma vitória pudesse significar em termos de posicionamento na tabela, vencer a Portuguesa no Morumbi era imprescindível. Derrotar os lusitanos era necessário, principalmente porque estava mais do que na hora do São Paulo pôr fim aquela incômoda sequência de quatro jogos sem vitória.
Quando o time entrou em campo com aquelas esquisitas camisas tricolor celeste, mas com aqueles abençoados nomes nas costas a vitória se tornou uma obrigação ainda maior. Meio que sob o efeito do espírito de garra, luta e entrega daqueles quatro históricos jogadores uruguaios armamos uma blitz pesada para cima da Portuguesa.
O volume de jogo do São Paulo nos minutos iniciais da partida foi tão grande que parecia que a vitória seria por uma goleada das mais elásticas. Rapidamente fizemos 1x0, logo em seguida perdemos várias oportunidades de fazer mais dois ou três gols, o que mataria o jogo antes da metade do primeiro tempo.
Talvez por terem ficado somente uns cinco minutos trajados com as camisas comemorativas aos uruguaios, tempo insuficiente para alguns pulhas do nosso elenco absorverem o espírito celeste, fomos para o intervalo com o jogo em igualdade. Uma partida tranquila com amplo domínio do São Paulo fugia do nosso controle e se transformava em um empate bastante amargo.
Felizmente na segunda etapa as coisas voltaram ao normal, sem muita dificuldade chegamos ao segundo e terceiro gol e finalmente voltamos a vencer uma partida no Campeonato Brasileiro. Uma vitória importante, sem dúvida, mas como bem disse Rogério ao final da partida: a vitória de um time irregular, que precisa melhor e evoluir muito para aspirar algo maior.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Um mantra

" O que esperar do time daqui pra frente? Só espero uma vitória no próximo jogo. Não vou ficar pensando adiante, fazendo contas e analisando rodada por rodada. Quero ir pro Morumbi, rever os de sempre, tomar uma cerveja, ficar 90 minutos de pé na arquibancada e empurrar o time rumo a vitória. Isso, às vezes, basta."

Depois do que vi ontem me sinto totalmente incapaz de elaborar um texto minimamente decente sobre outro revés do São Paulo, portanto reproduzo acima as sábias palavras (que para mim serve como uma espécie de mantra) do amigo Rafael Techima do ótimo blog Um São Paulino. De maneira contundente e inteligente o texto exprime toda a desesperança e o infortúnio que toma conta de boa parte dos são paulinos.
De nada adianta a gente querer recorrer aos números e a matemática simulando prováveis resultados, analisando aproveitamento de pontos e fazendo comparações com campanhas e campeonatos passados. Qualquer que seja a análise os números sempre demonstrarão o quão desfavorável é o nosso momento.
Do contrário como bem finaliza o japonês: "...ficaremos impacientes, iremos poluir as redes sociais de hashtags, nos tornaremos torcedores insuportáveis e o SPFC? O SPFC nada ganha com isso."  Ou seja, devemos adotar um comportamento que seja benéfico ao São Paulo e também a nossa saúde mental.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Impedido de ir ao jogo

Ontem o São Paulo jogou a menos de 100 km da capital paulista, minha obrigação como torcedor era me encaminhar até Santos e apoiar meu time no estádio, contudo me impediram de fazer isso. Por culpa da diretoria do São Paulo não pude ir até a Vila Belmiro, fui forçado a ficar em casa e acompanhar o jogo sentado no sofá.
Ao não comercializar os ingressos disponíveis à nossa torcida para o clássico contra o Santos nas bilheterias, optando por distribuir TODOS eles entre as torcidas organizadas a diretoria são paulina me tirou o direito de ir no jogo. Eu que sou sócio e sempre vou aos estádios não tive sequer a chance de TENTAR comprar um ingresso.
Uma filha da putice e um desserviço sem tamanho de nossos dirigentes, pois além deles ignorarem e excluirem uma parcela gigantesca da nossa torcida, eles oficializam e incentivam a prática do cambismo. Como nossas organizadas de merda não conseguem "consumir" todos os ingressos que recebem eles acabam sendo comercializados paralelamente por até o dobro do preço oficial.
Completamente desapontado e frustrado com a atitude daqueles que desde de 2008 me tiram do jogo da Baixada Santista, vi pela televisão um das partidas mais sem vergonha desse campeonato. São paulinos e santistas maltrataram a bola durante os noventa minutos; era passe errado atrás de passe errado, finalizaçãoes tortas e sem direção e jogadores doidinhos para contribuir com o adversário.
Foi aquele típico jogo onde quem tivesse a sorte de fazer o primeiro gol com certeza venceria a partida, já que nenhum dos dois times teria força e capacidade para reagir. Como as duas equipes são uma porcaria de dar medo o 0x0 no placar foi mais do que justo e merecido, porém péssimo para a gente uma vez que conseguimos cair uma posição na tabela e complicar ainda mais nossa situação.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Irregularidade e oscilação

Quando o São Paulo goleou o Botafogo no Morumbi jogando um bom futebol pelo placar de 4x0 no início do segundo turno, admito que eu me animei. Tive meus motivos afinal era a terceira vitória nos últimos três jogos, totalizando uma marca de nove gols marcados e apenas um sofrido, incluindo aí também uma sensacional vitória em um clássico fora de casa.
Caso conseguissemos somar seis pontos nos dois próximos jogos, contra o Bahia que lutava para se afastar da zona de rebaixamento fora de casa e o Inter em casa, eu talvez voltasse a acreditar que algo além do quinto lugar fosse possível. Voltando de Salvador após a derrota percebi que era complicado nutrir muitas expectativas, ontem ao sair do Morumbi após o frustrante empate em 1x1 cheguei a conclusão de que não faz o menor sentido ter qualquer tipo de esperança com esse time.
O time do São Paulo é irregular e oscila demais dentro da competição, com isso uma quantidade enorme de pontos é deixada pelo caminho, consequentemente as rodadas passam e no final das contas não conseguimos sair do lugar. Nossa melhora e evolução dificilmente é vista na prática além de dois ou três jogos, posteriormente voltamos aquelas derrotas e empates que definem qual o nosso verdadeiro e merecido lugar na tabela

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Um tributo à Bahia


Ao longo do tempo tive a oportunidade de acompanhar o São Paulo jogando em várias capitais brasileiras. Se ainda não vi um jogo em alguma cidade é porque em alguns estados os times são inexpressivos e o futebol é praticamente amador como por exemplo no Acre, Roraima e Mato Grosso, ou porque faz algum tempo que os times de determinados estados estão fora da primeira divisão como acontece no Pará, Brasília e Rio Grande do Norte.
A Bahia mesmo sendo um dos principais centros do futebol brasileiro e tendo constantemente ao menos um de seus dois principais times disputando a série A, por jamais ter feito parte das minhas viagens futebolísticas sempre foi a exceção dos exemplos acima. Nunca consegui assistir um jogo em Salvador, por mais que eu planejasse sempre aparecia um problema de última hora ou ocorria um conflito de datas que lamentavelmente me impedia de ver o São Paulo jogar na capital baiana.
No final de semana com tudo conspirando a favor finalmente pude conhecer Salvador, confesso que fiquei impressionado com o lugar e principalmente com as pessoas. Além de ser uma cidade riquíssima do ponto vista histórico e cultural, a hospitalidade dos soteropolitanos é algo fora do comum, sempre solicitos eles não se recusam em te oferecer ajuda e estão sempre dispostos a bater um bom papo, quase sempre começando ou terminando com futebol.
Nunca vi em nenhum outro lugar um povo tão apaixonado por futebol quanto o povo baiano, a cidade respira futebol. Para onde quer que você olhe haverá um sujeito com a camisa do Bahia ou do Vitória, a maioria dos comércios são decorados com bandeiras de um dos dois times e todos os lugares que frequentei havia um grupo de pessoas conversando sobre futebol e defendendo suas cores favoritas com um amor e uma devoção incrível.
É um negócio diferente do que acontece por aqui, lá além do envolvimento e do orgulho dos torcedores ser maior me parece que ele é também mais puro e verdadeiro, quando cheguei em Pituaçu isso ficou ainda mais evidente. Apoio total e irrestrito,  torcedores cantam pelo e para o Bahia, automaticamente me lembrei de alguns cantos proferidos por nossas organizadas e fiquei com inveja dos tricolores baianos.
Entramos em campo tendo que derrotar time e torcida, perdemos para os dois. O revés de 1x0 que fez o São Paulo voltar a se distanciar dos líderes da competição e a ficar novamente em desvantagem histórica contra o Bahia, fez também a festa explodir em Salvador. Uma vitória justa e uma comemoração enorme, que prova que os dois times da capital baiana e seus fanáticos torcedores merecem fazer parte dos campeonatos da primeira divisão.