Embora não tenha sido uma vitória de encher os olhos de ninguém, daquelas conquistadas muito mais pela força e insistência do que mediante um futebol técnico, de toque de bola envolvente e jogadas bem articuladas, sair do Morumbi hoje com a vitória de foi de vital importância. A torcida certamente dará uma acalmada, quem sabe até volte a prestigiar o time em maior número nos jogos em casa, e Ricardo Gomes terá uma semana mais tranquila para trabalhar no ajuste do time.
Um time que ainda apresenta uma série de problemas, e não seria no jogo de hoje que o time praticaria um futebol diferente, visto que Ricardo Gomes, no comando da equipe a menos de uma semana, não tinha como, mediante tempo tão curto, colocar em prática mudanças significativas no modo de jogar são paulino.
Deste modo, a vitória de hoje por 2xo frente ao Náutico não foi nada fácil. O primeiro tempo foi muito parecido com o jogo de quinta-feira passada contra o Cruzeiro pela Libertadores, um 0x0 com o São Paulo tendo mais posse de bola, porém agredindo pouco o adversário. O mesmo pelo contrário, iniciando suas jogadas de contra ataque a partir do erro de passe do São Paulo, conseguiu por três vezes chegar com perigo a nossa meta, não as convertendo em gol devido a ruindade de seus jogadores de frente.
No segundo tempo, logo no primeiro minuto Jean Rolt de cabeça, aproveitando cruzamento de Hernanes a partir de uma falta, abre o placar para o São Paulo. Ficamos à mercê de um empate, levando inclusive uma bola na trave até nosso segundo gol, quando mais uma vez através da bola parada, em cobrança de falta de Hernanes contando com a ajuda do jogador pernambucano, que a colocou para o fundo do próprio gol, decretamos o 2x0 no placar. A partir daí, com a certeza da vitória o São Paulo solta-se em campo, conseguindo inclusive articular algumas jogadas interessantes a partir da triangulação entre meio de campo-ataque.
Devido ao escasso tempo frente a equipe, emitir uma opinião acerca do trabalho de nosso novo treinador, torna-se algo totalmente insustentável e fora de propósito, contudo fica-se uma boa impressão a partir do momento em que, mesmo com o placar a nosso favor, Ricardo Gomes fez substituições privilegiando a ofensividade, dada a entrada de meias armadores e não volantes de contenção, e dando oportunidade à quem até então estava abandonado no clube, Oscar.