A fácil vitória no domingo por 4x0 sobre o Atlético Mineiro, encerrou oficialmente nossas atividades futebolísticas neste ano de 2010. Um ano desastroso, que na prática já havia chegado ao fim, muito tempo atrás, antes mesmo de qualquer possibilidade matemática de conquista de título ou vaga à Libertadores, não mais existisse, uma vez que dentro de campo, o São Paulo foi de uma ineficiência crônica, não permitindo ao seu torcedor, almejar posições além do meio da tabela.
Uma análise mais imediatista, simplista e superficial dos acontecimentos, me levaria a classificar nossa temporada como um completo fracasso, devido exclusivamente a ausência de conquistas de títulos. Contudo, minha análise deve se orientar na busca fundamentalmente das causas, e não apenas das consequências do malogro são paulino, pois somente assim, eu conseguirei sustentar uma crítica minimamente aceitável.
Isto posto, toda e qualquer crítica que eu venha formular, será obrigatoriamente direcionada à Diretoria tricolor, pois é lá que encontraremos a gênese da grande maioria dos problemas que afetam nosso time. Não quero aqui poupar e isentar jogadores de qualquer tipo de culpa, entretanto se alguém ou algum grupo, merece ser responsabilizado diretamente por este lamentável momento vivido pelo São Paulo, ele atende pelo nome de Diretoria, personificada nas figuras de Juvenal Juvêncio, Leco, e João Paulo de Jesus Lópes.
Sim, pois foram eles que permitiram que tivéssemos no comando da equipe, profissionais completamente imaturos e inexperientes (Ricardo Gomes e Barese); que contrataram e insistem em manter na equipe jogadores descompromissados e desqualificados (Renato Silva, Samuel, Carleto, Cléber Santana, Miranda, Dagoberto, Richarlyson); que sem nenhum critério tentam desesperadamente aproveitar tranqueiras da base (Casemiro e Diogo); que não aproveitam a oportunidade de contratar bons profissionais disponíveis no mercado; e que ao empurrarem os problemas do clube e do time com a barriga, estão fazendo o São Paulo perder completamente o rumo.
O grande problema que vejo nisto tudo, é que hoje os mandatários são paulinos, que já não gozam mais da credibilidade de outrora, serão os responsáveis por conduzir o processo de renovação de que o São Paulo tanto necessita, o que convenhamos não é nenhum pouco animador. O ideal seria que dentro do São Paulo houvesse uma oposição mais forte, articulada e organizada, contudo o que vemos é um movimento oposicionista estéril, quase que inexistente, o que facilita e muito a continuidade de um mesmo grupo no poder, e por consequência seu acomodamento.
Resumindo, Juvenal e sua turma, que até fizeram em um determinado momento um bom trabalho, mas que hoje se mostram omissos e acomodados, deveriam ser os primeiros a dar lugar a um novo grupo, que tentasse juntar os cacos deixados por esta atual diretoria. Porém o que é ventilado nos bastidores, é que Juvenal tentará dar um golpe, e pleitear um novo mandato, o que seria algo por demais perigoso, tanto para o time, quanto para o clube.
Encerro nesta postagem as atividades deste blog neste ano. Visto que este espaço é feito por alguém que se posiciona a partir da arquibancada, e como nela não estarei tão cedo, me resta a partir de agora, aproveitar essas férias do futebol para descansar e me preparar para a próxima temporada. Aproveito para agradecer, e desejar um bom final de ano para os poucos, mas fiéis leitores deste blog, torcendo para que a última postagem de 2011, seja bem menos negativa e pesada do que a deste ano.