Teremos daqui até o
fim do Campeonato Brasileiro mais vinte e duas rodadas. Times que se
organizaram e se prepararam de maneira adequada para a disputa deste que é um
campeonato longo e difícil, contratando reforços de maneira equilibrada, tendo
hoje um elenco entrosado e que funciona taticamente certamente vão lutar pelo
título. O São Paulo que hoje é uma bagunça generalizada, com seu planejamento
falho e equivocado e com um elenco bastante questionável, apenas cumprirá
tabela nestas infindáveis vinte e duas rodadas.
Ontem após outra
partida em que não nos apresentamos bem e que todas as nossas deficiências
novamente foram explicitamente expostas, ficou claro que esse time do São Paulo
não tem fôlego nem bola suficiente para tirar uma diferença que já é superior a
dez pontos (treze para ser mais exato) para o líder da competição. A derrota de
virada para o Grêmio no Morumbi pelo placar de 2x1, mediante mais um gol de
cabeça e outro de um dos piores atacantes da face da terra já nos acréscimos,
ratificou de vez nossa condição de figurante.
Até mesmo uma vaga
para a Libertadores é difícil. Embora a diferença de pontos para o quarto
colocado seja de “apenas” seis pontos, o São Paulo rodada após rodada vem
despencando e ao menos para mim nenhuma perspectiva de mudança é possível de
ser enxergada. Quem está fora por contusão dificilmente vai conseguir mudar
esse panorama desfavorável, uma vez que nossos problemas transcendem as quatro
linhas e são um reflexo da má administração de nossos ultrapassados dirigentes.
É triste pra caralho
escrever um texto dessa natureza sendo que o campeonato sequer chegou na sua
metade, contudo não consigo produzir nada sob um outro viés, até queria mas
infelizmente isso não é possível. Daqui
até dezembro o enredo será basicamente o mesmo, o desenrolar dos acontecimentos
seguirá praticamente a mesma lógica do momento: pouca alegria, felicidade e êxtase e muita
dor, sofrimento e desilusão.
Não que eu queira justificar todas as merdas que estes putos estão fazendo dentro e fora de campo, mas devemos nos lembrar que futebol é assim mesmo. Ele não existe sem decepção e sofrimento, torcer para um
time implica em não abandonar o clube que amamos e o estádio nos momentos mais
difíceis. Conseguir conviver com as adversidades e torcer, mesmo quando nós não
mais acreditamos e temos sérias dúvidas quanto ao sucesso no final da
temporada, por mais incoerente que possa parecer é o melhor que temos a fazer. É isso o que eu já fiz trinta e sete vezes esse ano e continuarei
fazendo.
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