O intervalo de uma semana é um período muito longo para se esperar por uma partida de futebol. Durante o fim de um campeonato, até o começo de outro, é até suportável a espera de um mês ou mais por um jogo, contudo durante um campeonato, ficar exatos oito dias à espera de um jogo, e num momento tão decisivo como este que estamos inseridos, é algo angustiante.
Se amigos, familiares e namoradas não tão adeptos ao futebol agradecem essa pausa, e a partir dela buscam o estabelecimento junto a mim, um fanático, de um convívio onde eu possa proporcionar à eles, a atenção e a dedicação que eles tanto reinvidicam; eu aproveito esse triste momento de estiagem futebolística para prestar um esclarecimento. Saibam vocês que eu procuro ao máximo fazer minha parte e não decepcioná-los, verdade que acabo cometendo alguns deslizes, peço desculpas a todos que sofrem com esta minha obsessão. Futebol não é como muitos dizem: "Apenas um jogo", é algo muito maior do que isso, e nada consigo fazer a respeito disso, é como lutar contra moinhos de vento, algo em vão.
Ainda em minha defesa, digo que uma semana sem futebol, além de problemática pelos motivos óbvios, está envolta em uma atmosfera cercada de expectativas, tensão e falatórios, que a torna quase tão atrativa quanto uma semana com jogos, daí meu afastamento deste mundo não ser total.
Esses longos dias sem futebol, provocam toda uma conturbação não apenas em mim, mas na imprensa também, que ao se ver sem nada de significativo a ser publicado, começa a veicular notícias sem nenhum critério e responsabilidade. Somos então presenteados com manchetes apelativas como: "Atacante reclama de rodízio", "Volante diz que falta personalidade ao time", " Marcelinho Paraíba e Fernandinho já estão acertados com o São Paulo", "Companheiros de ataque passam por má fase", "Sem receber oferta por renovação do São Paulo, empresário admite interesse de outros clubes", e por ai vai.
Ficar indiferente a tudo isso é praticamente impossível, já não bastasse ver nosso time perder completamente o rumo dentro de campo, fora dele temos de aturar notícias que em nada contribuem para a manutenção de um ambiente harmonioso dentro do grupo. Todo esse blah blah blah, é fruto evidente da falta de comprometimento de alguns jogadores, loucos para irem respirar outros ares; da diretoria que joga para a torcida, ao não fazer muita questão de encaminhar suas negociações com descrição; e de determinados jornalistas, que na verdade não passam de grandes fofoqueiros.
Felizmente mais da metade da semana já passou, acredito que até agora tenho conseguido disfarçar bem um suposto desinteresse pelo futebol, e cumprindo de maneira adequada o papel de uma pessoa relativamente normal, podendo assim ir domingo até a Vila Belmiro sem deixar ninguém com cara feia.
Que o São Paulo faça sua parte dentro de campo, e contribua para que minha cara não destoe das que irei encontrar quando voltar à capital.
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