Não sinto ser necessário ter de esperar até o final do ano, para afirmar que nossa temporada, ainda a dois meses do fim, já está completamente perdida. Essa assertiva, hoje já é constatada, independente da confirmação oficial de que não venceremos o Campeonato Brasileiro, e tampouco conquistaremos uma vaga à próxima Libertadores.
Na verdade, essas perdas que serão decretadas no final do ano, ocorrerão em consequência deste ano já perdido a muito tempo atrás. Hoje, a menos de três meses do fim da temporada, fica mais claro e mais fácil compreender em que momento começamos a jogar nosso ano no lixo, e o que fizemos e deixamos de fazer para transformar 2010 em um ano esquecível.
As evidências de que nosso ano seria uma dureza, começam a aparecer logo no início da temporada, quando nossas contratações são anunciadas. Não dava mesmo para esperar muita coisa de jogadores do gabarito de Léo Lima, André Luis, Cléber Santana e Carlinhos Paraíba; assim como insistir em um atleta malevolente como o Dagoberto, e jogadores (para pegar leve com eles) pouco produtivos como Richarlyson, Roger e Renato Silva, como se eles pudessem nos levar a algum lugar de destaque. O reflexo dessas decisões equivocadas de nossa desastrosa diretoria, logo começaram a serem sentidas dentro de campo, com o São Paulo praticando um futebol capenga e ordinário, sendo eliminado de todas as competiçoes que participou.
Dentro deste contexto nada animador, no qual ainda estamos inseridos, mudanças são necessárias, e elas não se resumem apenas a troca de técnico, uma vez que nossos problemas vão muito além daquele cidadão que fica à beira do gramado. Na verdade, a questão do técnico tornou-se um problema, a partir do momento em que Juvenal começou a colocar profissionais limitados a frente da nossa equipe, e não deu o devido respaldo aos mesmos, tanto no que tange a contratação de jogadores minimamente capacitados, como em questão de respeito e transparência na relação profissional com eles.
Precisamos buscar o tempo perdido, recuperar nossa condição de protagonista, do contrário, continuaremos a nos apequenar, ganhando uma partida contra um Vitória da vida, e posteriormente empatando ou perdendo para um time um pouco mais qualificado. O problema é que os grandes responsáveis por conduzirem este profundo processo de renovação que necessitamos, são os mesmos que fazem esta busca pelo tempo perdido, se tornar algo incessante.
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