terça-feira, 8 de setembro de 2009

Que Virada!

Me desculpem pelo linguajar grosseiro e vulgar, mas a vitória do São Paulo domingo por 2x1 contra o Cruzeiro em Belo Horizonte, de virada, foi simplesmente do caralho, por tudo que ela representou e pode vir a representar à nosso time.
Toda a empolgação com nossa mais recente vitória, me levando a descrevê-la mediante o uso de um palavrão tão sujo, dá-se devido as circunstâncias em que a virada foi obtida, contrariando toda a lógica e a estrutura que permeava a partida, e na qual ela se desenrolava.
A equipe do Cruzeiro foi superior durante toda a partida, Rogério Ceni em sua melhor apresentação após seu retorno defendia tudo, garantindo o zero no placar, até que Richarlyson, um gigante em campo que parecia se multiplicar, aparecendo em todas as partes do campo, erra uma saída de bola, um erro fatal, 1x0 para o Cruzeiro, placar final do primeiro tempo.
No intervalo da partida, torci muito para que Ricardo Gomes voltasse para o segundo tempo com Marlos no lugar de Hugo, sei que muitos de nós torceram para isso, contudo o time voltava para a segunda etapa com a mesma formação que terminava a primeira. O Cruzeiro continuou em cima do São Paulo, desperdiçando chance atrás de chance, até que Hugo é substituído por Marlos, que em sua primeira jogada na partida, coloca a bola para o fundo do gol cruzeirense, igualando um placar que já parecia definido negativamente para nós.
Confesso que vibrei de uma forma muito intensa com nosso empate, pois ao menos para mim, este gol de Marlos simboliza o fim da trajetória de Hugo como jogador do São Paulo, e espero do fundo do meu coração, que Ricardo Gomes tenha enxergado este gol da mesma forma que eu, da mesma forma que muitos de nós. Um gol de um jogador que está longe de ser um craque, uma unanimidade ou alguém que irá sempre decidir os jogos à nosso favor, sabemos que a questão não é essa, o fato é que em comparação com Hugo, Marlos tem muito mais à nos oferecer, apenas isso, o que convenhamos para um time tão carente no que tange a criação de jogadas a partir do meio de campo, não é pouca coisa.
O empate pelo contexto da partida já me agradava e muito, evidente que uma vitória seria o mais desejado e adequado para nós torcedores, todavia o futebol apresentado pelo tricolor não permitia à ninguém sonhar com a vitória e os três pontos. Felizmente o futebol carece de uma certa lógica, e uma previsibilidade mais racional e cartesiana, sendo que o improvável, tanto para o nosso bem como para o nosso mal, costuma invariavelmente dar as caras nos estádios de futebol.
Dessa vez para nossa alegria, o improvável agiu em nosso favor, e após um esforço louvável de Dagoberto em acreditar numa bola que muitos dariam como perdida, Borges que acabara de substituir um pouco inspirado Washington marca, decretando nossa virada no placar e nossa surpreendente vitória.
Uma vitória nos moldes como foi essa contra o Cruzeiro, ao mesmo tempo em que causa uma empolgação acima do normal, dada toda a dificuldade enfrentada e superada por nós, cito que a mesma serve também como um alerta, para que o time volte a criar condições mais palpáveis de ganhar uma partida, contando deste modo cada vez menos com o improvável, visto que da próxima vez, ela pode muito bem não estar trajando as cores do nosso time.

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