Não há dúvidas de que Rivaldo foi um craque de bola, craque de verdade, daqueles que resolvem uma partida sozinho, tamanha a categoria e a aptidão do sujeito no trato com a bola. Rivaldo foi um dos melhores jogadores de sua geração, tanto que com muita justiça, foi eleito o melhor jogador do mundo no ano de 1999, e na Copa do Mindo de 2002, na minha opinião, deveria ter recebido o prêmio de melhor jogador do torneio, visto que nos gramados orientais, ele jogou o fino da bola.
Nunca imaginei que um dia, Rivaldo pudesse vir a jogar no São Paulo, no seu auge, para os clubes brasileiros, ele era uma espécie de amor platônico, completamente inalcançável. Mesmo quando seu declínio começou a chegar, o Brasil ainda não parecia uma morada adequada para Rivaldo, tanto que sua passagem pelo Cruzeiro não resultou em nada, e logo ele voltou para a Europa, primeiro para atuar em um centro menor como a Grécia, e posteriormente em um país desconhecido como o Uzbequistão.
O tempo passou, Rivaldo pouco jogou na ex- República Soviética, e no melhor estilo self made man caipira, o jogador retornou para Mogi Mirim para ser o presidente, o técnico, o jogador, e o filho do homem que dá nome ao estádio, tudo ao mesmo tempo. Porém, seus dias de patrão em Mogi foram curtos, logo Juvenal Juvêncio tratou de trazê-lo para o tricolor. Confesso que não gostei nenhum pouco dessa aquisição, achei mais um grande equívoco por parte de nosso presidente, pois levar para o Morumbi, um jogador a tanto tempo sem jogar um bom futebol, e com consideráveis 38 anos de idade, configura-se como uma contratação de alto risco.
Por melhor jogador que Rivaldo possa ter sido no passado, o tempo não o poupou e também foi cruel com ele, basta ver seu desempenho nos últimos clubes em que atuou, um verdadeiro fiasco (o que pode ser até algo natural, tratando-se de um veterano), daí eu não acreditar que ele ainda tenha tanto futebol assim para oferecer ao São Paulo. Evidente que minhas impressões, não passam de meras suposições, o tempo será o responsável por responder todos os questionamentos, que hoje recaem sobre nosso novo camisa dez.
O tempo que aqui me refiro, não são apenas os noventa minutos relativos a uma única partida de futebol. Uma análise segura e responsável a respeito de um jogador de futebol, requer determinados cuidados, como por exemplo, não tirar conclusões precipitadas (tanto para o bem quanto para o mal), portanto, por mais que ontem na difícil vitória sobre o Linense, Rivaldo tenha jogado muito bem e feito um golaço, isso com o tempo pode acabar não significando muita coisa. Lembram das estréias avassaladoras de Fernandinho e Fernadão? então... Mesmo que os dois Fernandos não tenham a mesma categoria e história de Rivaldo, considero o exemplo válido.
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