Qualquer um que
olhasse a composição do grupo três da Libertadores, apontaria sem pestanejar o
São Paulo e o Atlético Mineiro como favoritos a conquista das duas vagas no
grupo. Não dava para pensar de outra forma, pois os dois clubes brasileiros tinham
a companhia do minúsculo Arsenal de Sarandi e do totalmente dependente da
altitude, The Strongest. Faltando apenas dois jogos para o fim da primeira fase
a expectativa inicial vai se confirmando, o Atlético é o primeiro e o
São Paulo o segundo colocado do grupo, mas enquanto o clube mineiro lidera com folga,
com a classificação já assegurada o São Paulo faz uma campanha sofrível.
Após quatro partidas
disputadas somamos míseros quatro pontos, o mesmo número de pontos do Arsenal,
ficamos em segundo lugar apenas por critérios de desempate, no caso temos saldo
de -1(!) enquanto os argentinos saldo de -3. Nosso aproveitamento é tão
ridículo, que caso estivéssemos em qualquer um dos outros sete grupos estaríamos
fora da zona de classificação, é graças ao Atlético que sem nenhuma dificuldade
derrotou nossos frágeis adversários em três ocasiões, que hoje ainda temos
chances de brigar por uma vaga para a próxima fase.
A derrota ontem a
noite em Buenos Aires para o Arsenal por 2x1 não impossibilita nossa presença
na fase de mata-mata, contudo estamos conseguindo complicar nossa situação de
uma maneira inacreditável. Disputar seis pontos contra um dos times mais
desqualificados da primeira divisão argentina, e conquistar apenas um é a prova
definitiva de que as coisas não vão nada bem pelos lados do Morumbi. Em
hipótese alguma era para nosso próximo jogo, contra o The Strongest na Bolívia,
ter se transformado em um jogo de vida ou morte, nessa altura do campeonato era
para estarmos com a classificação muito bem encaminhada.
Estamos jogando tão
mal que não me surpreenderia nenhum pouco caso fossemos eliminados já na primeira
fase, mesmo em grupo fraquíssimo como o nosso. Evidente que é possível seguir
adiante, além dessa ser nossa obrigação ainda podemos dizer que reunimos
condições para isso, entretanto desconfio das nossas possibilidades de seguir muito além
disso. Podemos até evitar o que seria uma precoce e vexatória eliminação,
todavia tenho sérias dúvidas se temos bola suficiente para encarar com condições de
sobrevivência as fases mais agudas e decisivas da Libertadores.
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