sexta-feira, 15 de março de 2013

Situação complicada

Qualquer um que olhasse a composição do grupo três da Libertadores, apontaria sem pestanejar o São Paulo e o Atlético Mineiro como favoritos a conquista das duas vagas no grupo. Não dava para pensar de outra forma, pois os dois clubes brasileiros tinham a companhia do minúsculo Arsenal de Sarandi e do totalmente dependente da altitude, The Strongest. Faltando apenas dois jogos para o fim da primeira fase a expectativa inicial vai se confirmando, o Atlético é o primeiro e o São Paulo o segundo colocado do grupo, mas enquanto o clube mineiro lidera com folga, com a classificação já assegurada o São Paulo faz uma campanha sofrível.
Após quatro partidas disputadas somamos míseros quatro pontos, o mesmo número de pontos do Arsenal, ficamos em segundo lugar apenas por critérios de desempate, no caso temos saldo de -1(!) enquanto os argentinos saldo de -3. Nosso aproveitamento é tão ridículo, que caso estivéssemos em qualquer um dos outros sete grupos estaríamos fora da zona de classificação, é graças ao Atlético que sem nenhuma dificuldade derrotou nossos frágeis adversários em três ocasiões, que hoje ainda temos chances de brigar por uma vaga para a próxima fase.
A derrota ontem a noite em Buenos Aires para o Arsenal por 2x1 não impossibilita nossa presença na fase de mata-mata, contudo estamos conseguindo complicar nossa situação de uma maneira inacreditável. Disputar seis pontos contra um dos times mais desqualificados da primeira divisão argentina, e conquistar apenas um é a prova definitiva de que as coisas não vão nada bem pelos lados do Morumbi. Em hipótese alguma era para nosso próximo jogo, contra o The Strongest na Bolívia, ter se transformado em um jogo de vida ou morte, nessa altura do campeonato era para estarmos com a classificação muito bem encaminhada.
Estamos jogando tão mal que não me surpreenderia nenhum pouco caso fossemos eliminados já na primeira fase, mesmo em grupo fraquíssimo como o nosso. Evidente que é possível seguir adiante, além dessa ser nossa obrigação ainda podemos dizer que reunimos condições para isso, entretanto desconfio das nossas possibilidades de seguir muito além disso. Podemos até evitar o que seria uma precoce e vexatória eliminação, todavia tenho sérias dúvidas se temos bola suficiente para encarar com condições de sobrevivência as fases mais agudas e decisivas da Libertadores.


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