Diferente do que
acontece quando vamos até o ABC Paulista enfrentar o São Caetano, onde dada a
inexistência da torcida do time local a condição de visitante praticamente
inexiste, enfrentar o São Bernardo no histórico estádio Primeiro de Maio, local
este onde no início da década de 80 eram realizadas as assembleias do movimento
sindical dos metalúrgicos do ABC, comandadas pelo então líder do sindicato
Lula, é ver a torcida do time mandante lotar o estádio e ter que se contentar
com o pequeno espaço destinado aos torcedores do time visitante atrás de um dos
gols. Mesmo que a torcida do São Bernardo não faça muito barulho, impressiona
ver a quantidade de gente que eles conseguem levar para o estádio,
principalmente por se tratar de uma equipe fundada em 2004 e que se encontra
próximo da zona de rebaixamento.
O clima era de
completa paz entre são paulinos e são bernardenses ou são bernardinos? (não sei
qual a denominação correta), que se cruzavam constantemente tanto na entrada
quanto na saída do jogo na maior tranquilidade, entretanto a polícia armou um
desnecessário e exagerado esquema de guerra nas cercanias do estádio. Era rua
interditada, bloqueio policial e barreiras para tudo quanto era lado, para
conseguir chegar até a bilheteria e o portão de acesso da torcida tricolor
fomos obrigados a dar uma volta gigantesca em tono do estádio, tudo porque na
limitada e oca cabeça dos nossos exemplares e valorosos policiais militares, um convívio harmonioso entre os torcedores dos dois clubes parecia ser algo impossível.
Dentro do estádio me
surpreendi com a ótima visão do campo de jogo, tudo graças a proximidade da
arquibancada com o gramado. De lá vi um São Paulo com modificações em
praticamente todos os setores da equipe, todas elas dentro da normalidade,
aceitáveis e esperadas, sobretudo para um time em formação que busca a
definição de seus onze titulares. O jogo em si não foi muito diferente dos
últimos confrontos disputados pelo São Paulo no Campeonato Paulista- vitória
apertada, falhas de marcação nas jogadas aéreas e desentrosamento; fato este
que não é exclusividade do São Paulo e que deveria ser melhor compreendido por
parte da imprensa e torcida. Quem sabe após a precisa declaração de Rogério ao
final da partida, os imbecis de sempre nos deixem um pouco em paz.
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