sábado, 2 de março de 2013

Sofrimento excessivo

Não sei até que ponto nossa situação no grupo se complicaria mediante um empate ou uma derrota em casa frente ao The Strongest, portanto por motivos óbvios uma vitória era necessária. Como a partida era contra um adversário que historicamente figura apenas como um mero coadjuvante nas Libertadores que participa, totalmente dependente da altitude da cidade de La Paz, imaginava que o São Paulo mesmo jogando um futebol abaixo da expectativa conseguiria vencer o jogo sem maiores dificuldades ou problemas.
A vitória conforme o esperado veio, mas não presumia que acompanhada de uma dose de sofrimento excessivo (e de certo modo até desnecessário). Foi um verdadeiro sufoco, suamos muito além do previsto para superar o adversário e garantir os três pontos que agora nos deixa melhor posicionado no grupo. Não fosse nossa história, nossa camisa e nosso estádio poderíamos ter complicado de maneira irreversível um jogo cuja natureza indica um retrospecto de amplo domínio são paulino dentro de campo.
Começamos bem a partida, fomos para cima e por muito pouco não abrimos o placar logo nos minutos iniciais, porém bastou tomar um gol idiota a partir de uma cobrança de escanteio, onde a defesa inteira parou e ficou olhando a bola passar ao longo de toda a área e mansamente tocar a rede, para o time virar uma confusão só. Abandonamos a tática e passamos a jogar no melhor estilo vaca loca, assim começamos a errar passes em profusão, a fazer jogadas completamente sem sentido e a finalizar para o gol quase que de qualquer jeito.
Mesmo não se apresentando bem conseguimos ir para o intervalo com o placar em igualdade. Não tínhamos escolha, virar o jogo era necessário, entretanto o time não funcionava e com o tempo passando e os jogadores se enervando as coisas se complicavam ainda mais. Mudanças eram necessárias, pois era preciso buscar novas alternativas na tentativa de furar o bloqueio imposto pelos bolivianos, elas vieram em dose tripla e a partir disso passamos a jogar com um pouco mais de fluidez.
Foi mais ou menos quando partimos definitivamente para o ataque, deixando em alguns momentos os atacantes do The Strongest sem marcação dentro da nossa área que o sofrimento chegou ao seu ápice. Felizmente, pouco tempo depois disso finalmente conseguimos anotar o gol da vitória, ainda foi preciso esperar mais dez minutos para o árbitro encerrar a partida, foi somente no momento em que ouvimos o apito final que pudemos respirar aliviado e comemorar uma vitória das mais complicadas e sofridas.


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