segunda-feira, 5 de março de 2012

Sofrimento em Piracicaba

Semana passada quando eu planejava a viagem para Piracicaba, não imaginava que ela me proporcionaria tanto sofrimento. A verdade é que não havia razões para eu me preocupar, afinal de contas a distância não é muito grande (180 km, apenas duas horas de carro), jogaríamos contra o último colocado  (o que em tese era positivo) e a torcida adversária embora numerosa e fanática não costuma causar problemas.
As adversidades começaram a surgir logo que eu adentrei em Piracicaba. Não sei por qual motivo, mas logo na entrada da cidade um comando montado pel PM parava aleatóriamente, sem nenhum critério decente e justificável carros com a placa de São Paulo pilotados por torcedores com a camisa tricolor. Depois de uma hora aguardando do lado de fora do carro fui liberado, o detalhe é que durante esse tempo não falaram nada nem me pediram algum documento pessoal ou do carro para consulta (!).
Passada a perda de tempo com os policiais era a hora de comprar meu ingresso. Como o site ingresso fácil é um verdadeiro lixo, visto que nem mesmo um simples cadastro é possível ser feito sem que ocorra algum erro, fui para Piracicaba sem ingresso. Como os ingressos para a torcida visitante já estavam esgotados não tive muita escolha, assim como aconteceu em Campinas fui "obrigado" a adquirir minha entrada com um cambista.
Com os times já perfilados para a execução do hino nacional finalmente consegui entrar no estádio, e foi a partir dai que começou o sofrimento maior. Mesmo que o São Paulo tenha jogado com muita raça, entrega e determinação, tecnicamente não fomos muito bem. Novamente deixamos a desejar, se dessa vez a zaga se comportou bem o meio de campo foi uma nulidade, e o fato de ganharmos do pior time do campeonato com um gol sem querer aos 44 do segundo tempo de certo modo é sintomático.
Para encerrar esse dia atribulado, não sei se por determinação da PM, da Federação, da diretoria do XV ou de todos eles, fomos obrigados a esperar a torcida local deixar o estádio para depois liberarem a nossa saída. Algo desnecessário, pois antes do início do jogo torcedores do São Paulo e do XV circulavam e conviviam tranquilamente nas cercanias do estádio, o que seguramente se repetiria ao final da partida.
O curioso é que a calmaria que reinava no Barão de Serra Negra deu lugar a tensão justamente quando a PM (a mando sabe-se lá de quem), com sua habitual truculência obstruiu por mais de meia hora o único portão de saída da torcida visitante. Quando o mesmo foi liberado lá fora um verdadeiro esquema de guerra foi montado, com várias ruas interditadas e bloqueadas. Isso porque conforme estava escrito em uma placa no estádio: "Aqui somos torcedores e não inimigos". Vai tentar explicar isso para um gambé.

2 comentários:

  1. PM fazendo cordão de isolamento, pois a ameaça era tanta, né? Muito perigosa a mãe com o filho assustado no colo e um monte de mulheres ali.

    Se a PM em SP já é despreparada, imagina no interior, onde um time grande joga ano sim, ano não.

    E o SPFC 2012 parece um cobertor pequeno: Se sobra técnica, tem frouxidão. Se não tem frouxidão, falta técnica.

    Abraço.

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  2. Rafael,
    Até agora não entendi porque os caras seguraram nossa torcida depois do jogo. Em Campinas contra a Ponte onde antes do jogo quebrou o pau saímos tranquilamente após o final da partida; em Prudente contra o Palmeiras a mesma coisa. Vai entender o que passa na cabeça dos gambés.
    Abraço

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