terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Balanço Final

A fácil vitória de ontem por 4x0 sobre a já rebaixada equipe do Sport, encerrou nossas atividades futebolísticas nesta temporada de 2009. Uma temporada diga-se muito intensa, onde tivemos que conviver com determinadas situações que já não faziam mais parte da rotina do clube; como a demissão de nosso até então técnico Muricy Ramalho (que com o tempo, longe do São Paulo, mostrou-se um grande de um hipócrita, visto todas as "indiretas" direcionadas à seu ex-clube, a cada entrevista coletiva em sua nova e tão amada agremiação), ao surgimento de algumas panelas dentro do time, e pela ausência de conquistas.
Ricardo Gomes, o escolhido pela diretoria para recolocar o São Paulo em seu devido lugar, ao mesmo tempo que recebia o apoio do torcedor são paulino, era visto com uma certa desconfiança pelo mesmo, já que seu curriculum não era dos mais vitoriosos. Contudo através de toda sua serenidade, boa educação e seriedade, nosso novo comandante conseguiu domar o ego e as vaidades de determinados jogadores, podendo deste modo trabalhar estabelecendo um diálogo mútuo.
Infelizmente o trabalho realizado por Ricardo Gomes não resultou na conquista de mais um título brasileiro, todavia se analisarmos o campeonato como um todo, não levando em consideração apenas as derradeiras rodadas, chegaremos a conclusão de que o trabalho de nosso técnico foi muito positivo.
Diferentemente do que muitos sentenciaram, não fomos meros figurantes, meros coadjuvantes neste campeonato (somos muito grande para ocuparmos uma posição de tão pouco destaque assim), saímos de uma preocupante e vexatória décima sétima, décima oitava posição, para terminarmos num digno terceiro lugar, que novamente nos garantiu na próxima edição da Libertadores da América.
Se deixamos este título escapar, não foi porque sucumbimos diante das primeiras adversidades, ou porque abrimos mão de jogar nossas partidas com um mínimo de dignidade ( como ocorreu com as comadres do futebol paulista), o que acontece é que em algum momento, nos depararíamos com determinadas circunstâncias que fariam o legítimo campeão não ser nosso querido São Paulo Futebol Clube, circunstâncias essas cujas quais espero que não se repitam ano que vem. Paciência, saber perder e aceitar a derrota, é uma virtude que ainda precisamos aprender a desenvolver;  e muito embora a dor da perda ainda se faça presente, não será a perda de um título que abalará todo o amor, todo o orgulho, e toda a gratidão que nutro pelo nosso tricolor paulista.
Encerro nesta postagem as atividades deste blog neste ano. Como este espaço é feito por alguém que se posiciona a partir da arquibancada, não tendo, e não fazendo a mínima questão de ter acesso as tão reveladoras informações de bastidores, não poderei proporcionar à vocês leitores nenhuma notícia sobre todas as negociações de atletas que o São Paulo venha fazer.
Uma vez que jogadores cada vez mais vão e vem, e como o São Paulo não mais joga este ano, portanto nada de tão relevante para este blog em termos de futebol acontecerá tão cedo, me resta a partir de agora, aproveitar essas férias do futebol para descançar e me preparar para a próxima temporada, que muito provavelmente será tão intensa como a deste ano.
Gostaria de agradecer, e desejar a todos aqueles(as), que se predisporam em gastar alguns minutos de suas preciosas vidas, com a leitura de meus textos, um feliz final de ano. Até ano que vem, dia 17 de Janeiro, no Morumbi contra a Portuguesa pela primeia rodada do Campeonato Paulista.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A Dor Da Perda

Não tenho dúvidas, este São Paulo e Goiás de ontem ficará para sempre guardado em minha memória, sei que dificilmente conseguirei esquecer esta fatídica partida que sacramentou a perda de nosso tetra-hepta campeonato. Terei de conviver até o fim da minha vida, com as tristes lembranças de cada um dos quatro gols da equipe goiana.
Contudo é vida que segue, muito mais triste e vazia é bem verdade, mas ainda digna de ser vivida, mesmo sabendo que não estou imune a dor da perda provocada por este grande percalço e por todos os outros que querendo ou não, uma hora se farão presentes.
Agora é aquele momento que ainda atordoado pela perda do título, irei me manter longe das páginas esportivas dos jornais, dos blogs e sites sobre futebol e das diversas mesas redondas espalhadas pela televisão. Tampouco por ora irei fazer qualquer tipo de crítica ou comentário tanto ao time quanto a comissão técnica, não por querer poupar alguém ou por fala de idéias (pelo contrário), mas única e exclusivamente por não conseguir raciocinar da maneira mais adequada no momento.
Quem sabe domingo quando eu estiver voltando do Morumbi, quando o campeonato finalmente tiver chegado ao seu fim, quando não tiver restado absolutamente mais nada além de um sonho e um desejo de novamente fazer história dentro do futebol nacional, quando já estiver desprendido de toda a tensão e toda a loucura que foi este campeonato, quando eu já tiver me conformado com a dor da perda e quando eu conseguir dimensionar o que deixamos de conquistar- eu possa transcrever para o papel tudo aquilo que agora me vejo impossibilitado de escrever.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Um Incômodo Chamado São Paulo F.C.

Estar a apenas duas vitórias (dependendo de nossa sorte, a até menos do que isso), de novamente fazer história dentro do futebol brasileiro, desta vez com a conquista do quarto título brasileiro em quatro anos, um legítimo tetracampeonato, é uma façanha que mesmo ainda não concretizada, deixa determinados torcedores e dirigentes extremamente frustados. Em especial aqueles que torcem ou comandam agremiações que a muitos anos não conquistam nada de relevante, tornando-se assim cada vez menores, e que recorrem a dossiês, com o objetivo de transformar uma conquista sem importância e esquecida pelo tempo, em algo parecido com um dos nossos três campeonatos mundiais.
Esta semana mesmo, tivemos a oportunidade de presenciar o desespero de um destes sujeitos desprezíveis. Falo do senhor Belloser, o caquético presidente do falido time de verde da capital paulista, que iludido com a então liderança de seu time no campeonato, aos berros conclamava seus pares a matar os bambis cidade afora. Pobre coitado, mal sabia ele que dias depois de sua deplorável performance no palco da principal torcida organizada do clube, seu timeco definharia e voltaria a ocupar uma posição na tabela mais condizente com sua patética realidade, a de eterno coadjuvante.
Não vejo necessidade alguma de revide por parte dos dirigentes são paulinos, aos ataques do Mussolinizinho da Barra Funda. Nossa resposta como sempre será dada dentro de campo, com nosso time lutando contra tudo e contra todos pela conquista de outro título, e a partir do momento em que mais essa taça venha fazer parte do nosso já glorioso memorial de conquistas, uma comparação de forças que hoje já é constrangedoramente desfavorável ao porco, passará a ser digna de pena.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Dos Males O Menor

Uma derrota nunca é bem vinda, sobretudo quando a mesma ocorre quando seu time lidera o campeonato, e faltando apenas três rodadas para seu término, esta derrota signifique ser ultrapassado e assim dar adeus a primeira colocação.
O epílogo acima, que para nós são paulinos se assemelha mais com um enredo de filme de terror, por muito pouco não se concretizou na rodada de ontem. Mesmo todo remendado devido uma série de desfalques, até que conseguimos jogar um bom futebol contra o desesperado time do Botafogo, contudo o time carioca soube se aproveitar muito bem das falhas, tanto indivíduais quanto coletivas de nosso setor defensivo, sacramentando no final do jogo sua vitória por 3x2.
Para nossa sorte, o Flamengo por mais incrível que possa parecer, não conseguiu tirar o zero do placar no jogo contra o Goiás, e terminada a rodada, a liderança ainda pertencia ao tricolor paulista, agora apenas um pontinho a frente da (c)urubuzuda.
Resta agora tão somente duas rodadas para o fim do campeonato, nosso próximo jogo coincidentemente é contra a equipe do Goiás, e pelo que o time do planalto central apresentou ontem frente ao segundo colocado, teremos de suar sangue para saírmos do Serra Dourada com os três pontos.
Como depender dos resultados das outras equipes é algo incomodo e cruel, e visto não saber se lá pelas 19:00 horas do próximo domingo a sorte novamente irá sorrir para nós, uma vitória é imprescindível para que possamos adentrar a derradeira rodada relativamente mais tranquilos, dependendo apenas de nossas forças para nos sagrarmos mais uma vez campeão.
Não que o sofrimento seja algo que evito a todo custo, muito pelo contrário, e mesmo que muitos me digam que quando se está muito próximo da casa dos trinta anos, e "ligeiramente" acima do peso, é aconselhável diminuir um pouco o ritmo e a intensidade de meu envolvimento com o futebol, e embora admita que os defensores dessa teoria tenham lá suas razões, agora não é a hora mais adequada de colocá-las em prática, não antes da prazerosa conquista desse sofrido tetra-hepta campeonato.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Uma Quarta-Feira Conturbada

Primeiro foi o São Paulo, e sua dissimulada tentativa de pedido de desculpas para os acontecimentos de sábado no portão de acesso à arquibancada azul na partida contra o Vitória.



Como vocês podem ler, o São Paulo Futebol Clube se compromete em tomar todas as atitudes dentro de SEU ALCANCE, para o que sucedeu-se no último final de semana não venha acontecer novamente.
Destaco as palavras SEU ALCANCE, pois é sempre amparados nelas, que os dirigentes de nosso time acabam por eximir-se de suas respectivas responsabilidades, e assim dão as costas para diversos problemas nos quais estão diretamente envolvidos. Deste modo, não cumprindo com suas devidas obrigações, muitos dos problemas que hoje contribuem e muito para o afastamento de vários torcedores do estádio, tornam-se cada vez mais rotineiros e longe de uma solução.
É evidente que o São Paulo, por meio de seus mandatários, através de determinadas atitudes e posturas, pode por exemplo: coibir as atividades dos cambistas, fazer com que aquela merda do Habib´s  venda os ingressos conforme o que é anunciado no site do clube, disponibilizar aos sócios-torcedores um canal de compra de ingressos via internet, auxiliar na organização das filas, não dificultar nossa entrada no estádio, etc, etc.
Contudo cada vez mais, alegando que só poderá fazer aquilo que estiver ao SEU ALCANCE, como se aquilo que não é realizado diretamente pelo clube, mas do qual é co-responsável, não se caracteriza como algo digno de sua atenção e fiscalização, e assim entendendo que não poderá ser cobrado por isso, o São Paulo me faz ter sérias dúvidas se realmente, como diz em seu pedido de sinceras desculpas, somos de fato, nós torcedores, sua maior prioridade.

Segundo foi o STJD, que mais uma vez mostrou que não pode ser levado a sério. Em se tratando de um tribunal composto em sua totalidade por um bando de desocupados, que através de suas últimas sentenças, foi tendenciosamente favorável à times de determinados estados (leia-se aqui Rio de Janeiro), em detrimento à times de outros estados (leia-se aqui quaisquer outros estados que ameacem os times cariocas), não poderíamos esperar por nada de muito positivo.
Verdade que Dagoberto e principalmente Borges, não fossem tão estúpidos, poderiam ter evitado toda essa situação, contudo condenar nossos três atletas, onde cada um cometeu um tipo de infração, com a mesma pena, é de uma falta de critério absurdo, que faz com que olhemos com muita desconfiança sim, para as decisões que partem daquele antro de canalhas e vigaristas, que expõem seu "modus operandi" sem cerimônias. Portanto fica aqui todo o meu repúdio ao que parte do STJD.
Por mais difícil que seja, o melhor que temos a fazer é ignorar todas essas patifarias praticadas contra nosso time, e nos concentrarmos na conquista deste título. E tenham certeza, que na medida em que dificultam cada vez mais nossa caminhada rumo ao tetra-hepta, inevitavelmente mais saboroso de ser comemorado será nossa conquista.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

No Caminho Certo

Se o jogo contra o Vitória foi nossa última partida do ano no estádio do Morumbi, sinceramente eu não sei, mas no caso de ter sido, confesso que foi uma despedida bastante agradável, não apenas pelo fato de nossa vitória, e os três pontos conquistados terem mantido o São Paulo na liderança do campeonato, mas sim devido nosso triunfo ser obtido através de um bom futebol, muito melhor do que o apresentado nas partidas anteriores.
Jogar bem, praticar um futebol de qualidade semelhante ao da partida de sábado, será fundamental para que possamos garantir as vitórias nas três partidas que nos restam, e assim podermos nos sagrar campeão mais uma vez. Um futebol vacilante, que por consequência nos leve a um empate ou a uma derrota, poderá ser fatal, visto que o Flamengo, o único time em minha opinião que poderá tirar esse título de nós, vem jogando o fino da bola, e encontra-se a apenas dois míseros pontos atrás de nós.
Em um campeonato tão equilibrado, e em um momento tão decisivo como este no qual estamos inseridos, o intervalo de uma semana até nossa próxima partida, domingo contra o Botafogo no Rio de Janeiro, é tempo demais para se esperar por um jogo de futebol. A ansiedade e a expectativa que agora já toma conta de nós torcedores, nos transformam em sujeitos impacientes, que necessitam urgentemente de uma definição rápida para todo esse drama, e toda essa angústia que o futebol provoca sobre nossas vidas.
Como não há outra saída além de esperar, o mais adequado será ocupar nossa mente com elementos que passam longe do futebol. Como se isso fosse possível, falar é extremamente fácil, contudo sobre o que pensamos e deixamos de pensar, é algo que foge do nosso controle, portanto desde já declaro-me culpado, e reconheço que meu comportamento sob vários aspectos, daqui até o fim deste campeonato estará longe de ser o mais apropriado e o mais correto, uma vez que ele já foi completamente afetado pela neurose que permeia o mundo do futebol.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Do Morumbi Para O Título

Amanhã a partir das 19:30, contra a equipe do Vitória no Morumbi, iniciaremos a primeira de nossas quatro partidas/batalhas na busca por mais um título do Campeonato Brasileiro. Muito provavelmente, será nosso último jogo do ano no Cícero Pompeu de Toledo, já que no final da tarde dessa sexta-feira treze, o São Paulo foi punido com a perda do mando de campo para a partida contra o Sport, válida pela derradeira rodada do campeonato, devido a atitude de um completo imbecil que no jogo contra o Internacional, invadiu o gramado do Morumbi no intuito de tornar público seu desejo de transformar-se em um jogador de futebol. Um  verdadeiro maldito sem dúvida alguma.
Com a punição, somos obrigados a jogar em um estádio no mínimo cem quilômetors distante da capital paulista. Não irei aqui entrar no mérito da questão, se foi algo justo ou não, ainda mais com a punição vindo de quem veio, o esquizofrênico (para dizer o mínimo) STJD, e porque esse episódio terá ainda muitos desdobramentos.
Independente de todas e quaisquer sanções que o São Paulo venha sofrer daqui até o fim do campeonato, seja mediante a impossibilidade do uso do Morumbi, ou com a suspensão de alguns atletas que ainda irão a julgamento, é fundamental que o time não perca seu foco, pois muito embora "apenas" quatro partidas/batalhas nos separem de um apoteótico tetra-hepta campeonato, não tenho dúvidas que as mesmas serão extremamente difíceis, tensas e nervosas.
Conclui-se então que não cabe a nenhum são paulino cantar vitória antes do tempo, seja através de camisetas, palavras, gestos ou atitudes. Ao invés disso, devemos focar todos nossos esforços e todas nossas energias, a fim de apoiarmos nosso time nessa reta final de campeonato; começando amanhã no Morumbi contra o Vitória, e terminando sabe-se lá onde contra o Sport.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Enfim Líder

Demorou trinta e quatro longas rodas, mas finalmente o São Paulo alcançou a liderança do Campeonato Brasileiro de forma isolada, graças as derrotas do porco e do galo, e principalmente ao ponto conquistado em Porto Alegre frente ao Grêmio, que finalmente passa a ser interpretável, e de um modo muito positivo, pois foi devido aquele empate que hoje ocupamos a primeira colocação.
Tão difícil e suado quanto foi chegar ao topo da tabela, será nos mantermos nessa privilegiada posição, visto que a difrença de pontos para o segundo e terceiro colocado é algo mínimo, que ao menor descuido e vacilo de nossa parte, poderá ser perdida da mesma forma que foi conquistada, sem muita cerimônia e subitamente.
Daqui até o fim do campeonato nos restam quatro jogos, na verdade quatro batalhas, que se devidamente superadas, colocará o São Paulo numa posição de destaque ainda mais incontestável e invejável dentro do futebol brasileiro, tornado cada vez mais risível e patético o comportamento de palmeirenses e corinthianos (as comadres do futebol paulista), que inferiorizados frente a tamanha superioridade são paulina, tentam deprimentemente e de uma maneira bem nojenta, forjar uma realidade deturpada a fim de desqualificar nossa história e nossos títulos. Algo que não precisa ser rebatido, uma vez que nossa resposta é dada dentro de campo, e não através de um blah blah blah sem fim e sem sentido.
Sábado às 18:30 no Morumbi contra o Vitória, teremos pela frente nossa primeira batalha, os três pontos são obrigatórios, contudo sabemos que não será nada fácil saírmos vitoriosos desse embate, vide nossas últimas apresentações. Portanto fica aqui o aviso aos torcedores de ocasião, aqueles que não deram as caras durante o ano inteiro no estádio; caso vocês estejam esperando por uma festa ou algo do tipo, e se não estão dispostos a apoiar e incentivar nosso time do começo ao fim, que continuem em vossas casas em seus respectivos sofás ou poltronas. Do contrário todos são bem-vindos.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Um Empate De Difícil Interpretação

Visto o fato do embate entre São Paulo e Grêmio na noite de ontem ter sido um jogo isolado, o único no meio da semana desta trigésima quarta rodada, enquanto nossos principais concorrentes ao título não realizarem suas respectivas partidas no final de semana, completando assim a rodada, fica difícil emitir uma opinião, e classificar mesmo que de uma forma maniqueísta, como bom ou ruim este nosso empate por 1x1 contra a equipe gaúcha.
O ponto conquistado no estádio Olímpico, que por enquanto nos coloca na liderança do campeonato, ao mesmo tempo que poderá ter sido o suficiente para domingo a noite confirmar nossa liderança, poderá ter sido pouco caso Palmeiras e Atlético Mineiro saiam vencedores de seus jogos, e assim sucedendo-se, da liderança despencaremos para a terceira posição.
Se por um lado não consigo interpretar e dimensionar o que a conquista deste ponto significa, emitir uma opinião a respeito da partida configura-se como uma tarefa relativamente fácil. As limitações táticas e técnicas das duas equipes, foram decisisvas para transformar o jogo em algo não muito vistoso, com o São Paulo levando outro gol devido a uma falha de nosso setor defensivo, e não conseguindo se impor diante de um Grêmio que nem de longe lembrava aqueles times do Grêmio de outrora, que suavam sangue e impunham uma pressão absurda contra aqueles que o desafiava em seus domínios.
Dada a incapacidade de ambas equipes, o empate foi sem dúvida alguma o resultado mais justo. Um empate que para o São Paulo adquire uma certa faceta heróica, a partir do momento em que temos três jogadores expulsos de campo, dois deles (Borges e Dagoberto) de maneira estúpida, principalmente Borges, que entrou em campo apenas para tomar o cartão vermelho, uma atitude nojenta de um jogador que já não engana mais ninguém, que nos fará um grande favor, caso seja punido com algumas partidas de suspensão e não vista mais nossa camisa nesse campeonato.
Agora nos resta esperar por longos dias até a próxima partida, até lá espero que o time tenha o tempo necessário para descansar, treinar, corrigir os erros de marcação em jogadas de bola parada, e principalmente, que eu chegue numa conclusão a respeito de nosso empate contra o Grêmio, de preferência numa conclusão positiva, onde eu possa comemorar esse empate como uma vitória.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Chegamos

Demorou, mas após exatas trinta e três rodadas, finalmente chegamos a tão desejada liderança do Campeonato Brasileiro, melhor dizendo, a co-liderança do campeonato, uma vez que temos de dividí-la com aquele maldito time de verde da região da Barra Funda, que nos critérios de desempate, posta-se à nossa frente por possuir um saldo de gols maior que o nosso.
Chegar até a parte mais alta da tábua de classificação não foi nada fácil, pois além da obrigatoriedade de uma vitória tricolor frente ao Barueri no Morumbi, seria necessário ocorrer uma combinação de resultados, que nos fazia depender de um resultado favorável da escória gamba, o que convenhamos é algo absolutamente incômodo.
Sábado com muita dificuldade fizemos nossa parte, sob duras penas ganhamos da equipe do Barueri pelo magríssimo placar de 1x0. O futebol apresentado pelo São Paulo outra vez não foi dos melhores, porém o suficiente para conquistarmos aquilo que de fato importa em uma partida de futebol (sobretudo em um momento do campeonato tão decisivo como este no qual estamos inseridos), a vitória, e por consequência os três pontos. Já pelo domingo, os dois times decadentes da capital paulista, outrora rivais, mas agora devido ao medo provocado pela hegemonia são paulina, tornaram-se melhores amiguinhos, ficaram no 2x2, um verdadeiro empate de comadres.
Tão difícil quanto foi chegar à liderança da competição, será a manutenção da mesma. Daqui por diante, os jogos que nos restam adquirirão ainda mais o caráter de decisivos, sendo que qualquer ponto deixado pelo caminho poderá ser fatal. Tudo ainda está muito indefinido, todavia creio que este título ficará em terras paulistanas, só não sei se para o nosso bem, ou para o nosso mal.
Ao contrário do que sugerem e insinuam as comadres do futebol paulista, chegamos onde chegamos, porque somos um time muito grande, maior até do que elas, e alguns jornalistazinhos de merda supõem, e com time grande não se brinca. As provas e as evidencias do tamanho de nossa grandeza estão aí, espalhadas ao longo de nossa história, construída através de nossas conquistas e nossa lisura, e não mediante a parcerias duvidosas e rebaixamentos vergonhosos.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Tricolor Celeste


Confirmado, dia 19 de Novembro, a partir das 19:00 no Bar Boleiros, Luis Augusto Simon lançara seu livro " Tricolor Celeste".

O livro aborda a passagem de Pablo Forlán, Pedro Rocha, Dario Pereyra e Diego Lugano pela equipe do Morumbi. Quatro lendários jogadores uruguaios, que marcaram época vestindo a camisa do Tricolor Paulista.
Leitura obrigatória à todos aqueles, que buscam entender um pouco mais da história daqueles que contribuíram e muito, para o São Paulo Futebol Clube ser o que é hoje.

Bar Boleiros
Rua Mourato Coelho, 1194
Vila Madalena-SP

Prazerosamente Sofrido

Não que eu me considere um masoquista ou algo do tipo, todavia tudo aquilo que conquisto, ou que chega até mim de uma maneira muito fácil, sem que seja necessário muito esforço e sofrimento, costumo não dar muito valor, caracterizando-se como acontecimentos de certo modo esquecíveis, que dificilmente farão parte de minhas memórias e lembranças.
O futebol, como um dos principais elementos que proporcionam à minha vida um sentido, é por consequência o responsavél por grande parte dos fatos que marcaram até agora minha existência, tanto pelo lado positivo, como pelo lado negativo. Vitórias e derrotas, assim como conquistas e perdas, são sentidas e guardadas para sempre junto comigo, de acordo com a intensidade com que elas foram vivenciadas.
Para minha felicidade, a visita que fiz ao estádio do Morumbi na noite de ontem, sem dúvida alguma será para sempre lembrada como um dos momentos mais memoráveis que já passei dentro de um estádio de futebol. Isso ocorreu não devido eu ter presenciado um futebol vistoso e de qualidade técnica apurada, pelo contrário, se saímos vitoriosos do embate contra a equipe do Internacional, foi porque o time do São Paulo jogou sobretudo com a alma e com o coração. E pouco importa se não jogamos absolutamente nada; se fomos sufocados pelos gaúchos no segundo tempo; ou se foi tenso dramático e sofrido, uma vez que o que de fato importava foi conquistado, a vitória e os três pontos, que finalmente nos colocam no topo na tabela, mesmo que momentaneamente.
Evidente que a qualidade do futebol praticado pelo São Paulo no jogo de ontem, se repetido nos jogos que ainda nos restam, poderá muito provavelmente não resultar em placares semelhantes ao conquistado frente ao Internacional. Contudo se o espírito guerreiro de entrega da equipe, e a atmosfera da partida criada pela torcida forem mantidas, com jogadores não se importando em dar bicudas para onde o nariz estiver virado,  e torcedores não poupando a garganta a fim de apoiar nosso time, e infernizar a vida do adversário, nossas chances de título são consideráveis. E ai tenho certeza, de que não apenas eu, mas todos aqueles torcedores que não abandonarem nosso time, e para o Cícero Pompeu de Toledo se encaminharem, terão motivos de sobra para celebrar esses momentos para o resto da vida.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Uma Vitória Para Embalar

Acredito que toda e qualquer partida, onde um time obtenha uma vitória pelo placar de 4x3, será sempre marcada por fortes emoções. Felizmente para nós são paulinos, todas as emoções sob as quais estivemos submetidos durante os noventa minutos no embate de ontem contra o Santos, ao apito final do juíz, transformaram-se numa felicidade extrema e absoluta.
A vitória que tanto precisávamos, após três rodadas finalmente foi conquistada, e com o advento de mais um tropeço palmeirense, estamos novamente vivos na disputa pelo título, agora apenas dois míseros pontos nos separam do líder da competição. Aqueles que duvidavam da possibilidade do tetra hepta campeonato ( me incluam dentro dessa lista), podem para alegria de nossa torcida, ao final de mais sete rodadas, terem suas respectivas línguas "queimadas".
O clássico de ontem, não foi uma das partidas mais apuradas tecnicamente, ambos os times mostraram enorme fragilidade defensiva, daí um placar tão elástico, onde quatro dos sete gols da partida, foram ocasionados a partir de falhas dos sistemas defensivos, três deles da zaga tricolor, com nossos homens de defesa mal posicionados. Algo preocupante e inadmissível, ainda mais quando temos como técnico, alguém que se destacou ao longo da carreira como um ótimo zagueiro; todavia não faltou ao time empenho e luta, que contrastando com nossas últimas partidas, mostrou jogadores muito mais aguerridos, conseguindo reverter um placar adverso, estando por duas vezes em desvantagem.
Bom também foi ver novamente Jean jogando como volante, posição onde ele melhor desempenha seu futebol; Adrian Gonzalez na lateral direita, mostrando-se ser um atleta capaz de finalmente suprir nossa crônica deficiência nesse setor do campo; e presenciar nosso capitão Rogério Ceni, finalmente voltar a marcar um gol, e um gol decisivo, que sacramentou nossa vitória.
Foi uma partida onde nosso futebol foi mediano, porém nosso resultado extremamente positivo; um jogo recheado de elementos que podem trazer aos jogadores, a confiança, e sobretudo, a vontade de fazer o São Paulo mais uma vez campeão. Uma tarefa que não será nada fácil, teremos pela frente sete batalhas, as duas próximas em nossa casa, contra Internacional e Barueri respectivamente, seis pontos em jogo, todos imprescindíveis ao nosso bom caminhar em busca de uma conquista, que materializada, nos tornará uma instituição ainda mais incontestada e admirada.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A Semana E Seus Desdobramentos

O intervalo de uma semana é um período muito longo para se esperar por uma partida de futebol. Durante o fim de um campeonato, até o começo de outro, é até suportável a espera de um mês ou mais por um jogo, contudo durante um campeonato, ficar exatos oito dias à espera de um jogo, e num momento tão decisivo como este que estamos inseridos, é algo angustiante.
Se amigos, familiares e namoradas não tão adeptos ao futebol agradecem essa pausa, e a partir dela buscam o estabelecimento junto a mim, um fanático, de um convívio onde eu possa proporcionar à eles, a atenção e a dedicação que eles tanto reinvidicam; eu aproveito esse triste momento de estiagem futebolística para prestar um esclarecimento. Saibam vocês que eu procuro ao máximo fazer minha parte e não decepcioná-los, verdade que acabo cometendo alguns deslizes, peço desculpas a todos que sofrem com esta minha obsessão. Futebol não é como muitos dizem: "Apenas um jogo", é algo muito maior do que isso, e nada consigo fazer a respeito disso, é como lutar contra moinhos de vento, algo em vão.
Ainda em minha defesa, digo que uma semana sem futebol, além de problemática pelos motivos óbvios, está envolta em uma atmosfera cercada de expectativas, tensão e falatórios, que a torna quase tão atrativa quanto uma semana com jogos, daí meu afastamento deste mundo não ser total.
Esses longos dias sem futebol, provocam toda uma conturbação não apenas em mim, mas na imprensa também, que ao se ver sem nada de significativo a ser publicado, começa a veicular notícias sem nenhum critério e responsabilidade. Somos então presenteados com manchetes apelativas como: "Atacante reclama de rodízio", "Volante diz que falta personalidade ao time", " Marcelinho Paraíba e Fernandinho já estão acertados com o São Paulo", "Companheiros de ataque passam por má fase", "Sem receber oferta por renovação do São Paulo, empresário admite interesse de outros clubes", e por ai vai.
Ficar indiferente a tudo isso é praticamente impossível, já não bastasse ver nosso time perder completamente o rumo dentro de campo, fora dele temos de aturar notícias que em nada contribuem para a manutenção de um ambiente harmonioso dentro do grupo. Todo esse blah blah blah, é  fruto evidente da falta de comprometimento de alguns jogadores, loucos para irem respirar outros ares; da diretoria que joga para a torcida, ao não fazer muita questão de encaminhar suas negociações com descrição; e de determinados jornalistas, que na verdade não passam de grandes fofoqueiros.
Felizmente mais da metade da semana já passou, acredito que até agora tenho conseguido disfarçar bem um suposto desinteresse pelo futebol, e cumprindo de maneira adequada o papel de uma pessoa relativamente normal, podendo assim ir domingo até a Vila Belmiro sem deixar ninguém com cara feia.
Que o São Paulo faça sua parte dentro de campo, e contribua para que minha cara não destoe das que irei encontrar quando voltar à capital.

domingo, 18 de outubro de 2009

Favor Não Peder Vaga À Libertadores

Visto a impossibilidade do São Paulo tornar-se campeão brasileiro nesta temporada, não devido a fatores de natureza matemática, mas pelo péssimo futebol apresentado pela equipe, esse sim o fator determinante para nossos insucessos (principalmente nas últimas três rodadas, onde dos nove pontos que disputamos, conquistamos apenas um), e por consequência para a perda de nosso tetra hepta campeonato; nosso objetivo a partir de agora, passa a ser a conquista de uma vaga à Libertadores.
Uma vaga à Libertadores, mesmo não sendo tão saborosa quando obtida através da conquista do título do campeonato brasileiro, convenhamos não é pouca coisa, e a luta pela conquista da mesma, pelo andar do campeonato será duríssima. A derrota de ontem para o Atlético Mineiro, junto com a combinação de alguns resultados, fizeram o São Paulo cair do segundo, para o quarto lugar na tábua de classificação, sendo que o quinto colocado, está apenas um mísero ponto atrás de nós.
Estamos no limite, e não teremos uma vida fácil daqui até a última rodada. O nível do futebol são paulino, não permite apontarmos nenhum jogo como favas contadas, e se mudanças não forem postas em curso, nossa temporada estará fadada ao completo fracasso.
Pelo que escutei na entrevista coletiva após o jogo, pude perceber que Ricardo Gomes não está nenhum pouco satisfeito com o desempenho da equipe, deste modo, gostaria de saber como ele analisa o rendimento de determinados jogadores (seja no treino, seja na partida), a fim de entender o porquê da insistência em alguns jogadores, e a falta de oportunidades para outros. Se o próprio comandante da equipe, não está satisfeito com o que o time vem, ou melhor, não vem demonstrando dentro de campo, não seria este o momento adequado para tentar outras alternativas???
Independente de como, e com quais jogadores Ricardo Gomes monte a equipe do São Paulo para as próximas partidas, espera-se que a qualidade do futebol melhore consideravelmente- quem sabe, talvez, não sei, isso é apenas um palpite, com a volta de Jean para a posição de volante, onde ele sempre atuou bem, uma chance de verdade para Adrian Gonzalez na lateral direita, e um meio de campo formado com Marlos e Oscar isso seja possível; e que o time demonstre mais garra e vontade- isso eu sei, todos nós sabemos, e não é um palpite, mas sim uma constastação, com o afastamente definitivo de Hugo da equipe.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Ingresso Indigesto

Já fazia algum tempo, que estava para escrever uma postagem sobre a palhaçada que é, a venda de ingressos para os jogos do São Paulo nas lojas do Habib´s. Deixei esta idéia de lado por um tempo, pois como não gosto nenhum um pouco de ser tratado desrespeitosamente, ou como um idiota, desde o meio do Campeonato Paulista, já havia desistido de adquirir minhas entradas para os jogos do tricolor através dos vendedores de esfihas, deste modo eles não mais me causariam aborrecimentos, a ponto de eu aqui querer compartilhá-los com vocês.
Como meu trabalho absorve todo meu tempo durante o período da manhã e da tarde, não consigo comprar ingressos dias antes das partidas nas bilheterias do Morumbi. Verdade que há canais para a compra antecipada de ingressos, sem a necessidade de deslocar-se até o Cicero Pompeu de Toledo, como o setor Visa, e as famigeradas lojas do Habib´s. Contudo assistir jogos no setor Visa é um verdadeiro suplício, visto a falta de apoio e a enorme impaciência dos frequentadores daquele espaço com o time, e com quem opta por assistir ao jogo em pé.
Minha saída então, é tentar chegar ao Morumbi nos dias de jogo com uma certa antecedência (nem sempre possível dado o trânsito de nossa cidade), a fim de evitar aquelas típicas filas tumultuadas de estádios de futebol. Vale aqui ressaltar, caso não fossem tão ínfimos os planos de Sócio-Torcedor de nosso time, que não disponibilizam à seus associados, a possibilidade de aquisição de ingressos por outros meios que não a meia dúzia de bilheterias exclusivas situadas no Morumbi, nossa luta por um ingresso poderia ser bem menor.
Como sábado será um dia que só poderei chegar ao Morumbi minutos antes do início de nossa partida contra o Atlético Mineiro, e ontem milagrosamente fui escalado para fazer alguns serviços externos no centro da cidade pela empresa que trabalho, me sobrava algum tempo para tentar comprar um ingresso para nosso próximo jogo. Não o tempo suficiente para me encaminhar até o Morumbi, e por lá adquirir meu ingresso, mas para mais uma vez, num ato de masoquismo tentar a sorte de uma compra via Habib´s.
No site oficial do São Paulo, está bem claro como, a partir de que dia e horário, e em quais unidades do Habib´s, os torcedores poderiam tentar adquirir um ingresso para Arquibancada Azul ou Cadeira Amarela. Por volta das 13:00 horas de ontem (dentro da data e do horário estabelecido para comercialização dos ingressos) cheguei a unidade do Habib´s na Avenida Liberdade número 1070, me encaminhei até o caixa e solicitei um ingresso, a atendente me informou que os mesmos só seriam comercializados a partir das 16:00 horas.
Já tinha visto esse filme de informações desencontradas por diversas vezes anteriormente, fui então a unidade do Habib´s na Avenida Ipiranga número 794, lá a caixa me disse que apenas os ingressos de Cadeira Amarela estavam disponíveis, a arquibancada azul que tanto queria apenas amanhã. Fui cuidar de fazer meu trabalho, por volta das 19:00 horas retornei ao Habib´s da Liberdade, procurei pelos ingressos, e por mais inacreditável que possa parecer, os mesmos ingressos que só seriam vendidos atrasados a partir das 16:00, já haviam sido comercializados, absolutamente todos!!! Porra, mas todos quantos, dez ou vinte??? sabemos que sábado se muito houver, teremos por volta de 25 mil à 30 mil pagantes, isso sendo deverás otimista.
Foi por mentiras descaradas como essa, que deixam bem claro o pouco que nós torcedores significamos para essas pessoas, que havia deixado de tentar comprar ingressos junto a este estabelecimento. Confesso, sou um idiota sim, pensei que talvez depois de algum tempo, já fossemos merecedores de um tratamento mais digno e honesto; ou que o São Paulo, como co-responsável por essas vendas, já tivesse de alguma forma pressionado e exigido do Habib´s um serviço de melhor qualidade, à quem ali inutilmente perde seu precioso tempo a procura de um ingresso de arquibancada, que para eles parece não significar tanta coisa assim.
"Engraçado", é que nem para terminar minha jornada em pizza esse Habib´s serviu, tinha a minha disposição apenas umas esfihas sebosas.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Sempre A Torcer

A derrota do Palmeiras para o Náutico, pelo vergonhoso placar de 3x0 nesta última segunda-feira, não me faz mudar de idéia quanto as chances do São Paulo tornar-se campeão brasileiro ao final da temporada, ainda acho que o título infelizmente ficará com a porcada maldita, que mesmo cometendo alguns vacilos nas últimas rodadas, aproveita-se dos vacilos ainda maiores cometidos pelo São Paulo, mantendo-se assim na liderança.
Não acreditar que o São Paulo possa ser campeão, felizmente não significa que ele de fato não será campeão, muito menos que deixarei de torcer desesperadamente pela nossa conquista, tampouco que abandonarei as arquibancadas do Morumbi. Reconheço que o que penso, em relação ao que desejo, manifesta-se de certa forma contraditória e conflitante, pois em um momento tão decisivo como este no campeonato, a emoção, a angustia e a expectativa acabam com qualquer traço de racionalidade e lucidez que posso carregar comigo, fazendo meus discursos carecerem e muito de alguma lógica e coerência.
Peço desculpas à todos, mas não consigo "raciocinar" de forma diferente, uma vez que falo de algo tão apaixonante, vital e doentio como é nosso futebol, e nosso sagrado São Paulo Futebol Clube.
A fase do tricolor convenhamos não é das melhores, embora nosso time figure na segunda posição, durante as últimas rodadas tivemos que conviver com alguns fracassos, que nos impediram de chegar no lugar mais alto da tabela, devido principalmente a falta de ambição daqueles que consideram já terem feito o suficiente com a camisa do São Paulo. Desculpe, mas não fizeram, e caso eles tenham alguma dificuldade em chegar nesta conclusão, muitos de nós estamos aqui para lembrá-los de que enquanto a camisa mais gloriosa do futebol brasileiro eles vestirem, a entrega deverá ser total.
Devemos lembrar que não existe futebol sem decepções e sofrimento, torcer para um time de futebol implica em não abandonar o clube de nosso coração e o estádio nos momentos de dificuldade maior. Conseguir conviver com as adversidades e torcer, mesmo quando nós não mais acreditamos, e temos sérias dúvidas quanto ao sucesso no final da temporada, por mais maluco que possa parecer, é o melhor que temos a fazer. E é o que irá diferenciar o torcedor de verdade, daquele que é apenas um simpatizante.

domingo, 11 de outubro de 2009

Fim Da Linha

É desolador, e me dói muito chegar à esta conclusão, contudo mesmo que a matemática através de números e combinações de resultados, nos mostre que ainda é possível o São Paulo ser campeão brasileiro neste ano de 2009, eu não acredito mais nessa possibilidade. A derrota de ontem para o Flamengo por 2x1 de virada, pôs fim (ao menos para mim) às nossas possibilidades de conquista de mais um título nacional.
Não considero que este meu pensamento seja precipitado, derrotista ou de alguma forma desrespeitoso com a história e as tradições do São Paulo, estou apenas analisando a realidade conforme ela se apresenta, realidade esta diga-se, pouco animadora, visto o que o São Paulo vem desenvolvendo dentro de campo.
Já faz algumas rodadas, que o time não vem mostrando o ímpeto e a gana de outrora, um certo conformismo se abateu sobre jogadores e comissão técnica, fazendo com que a luta e o empenho por placares mais significativos não seja uma das prioridades da equipe. Paira sobre todos uma falta de ambição irritante, que não permite ao São Paulo aproveitar-se dos poucos tropeços que o líder do campeonato vem cometendo, visando assim uma aproximação real e concreta, na busca por aquilo que tanto o torcedor ambiciona, o que pelo visto não é o mesmo desejado pelo time, que abdica constantemente da conquista pelos três pontos.
Soma-se à toda essa acomodação são paulina, alguns problemas táticos e técnicos, que limitam ainda mais nossas chances de sairmos vencedores de uma partida, vide a malemolência de uns, a incapacidade de outros, a ausência de um meio-campista minimamente cerebral, o esquema de jogo que posiciona nossos fracos atacantes de costas para o gol, as constantes falhas de nosso setor defensivo, e o excessivo número de cartões tomados por atitudes estúpidas; deste modo, não há matemática alguma, que consiga reverter uma quantidade tão grande assim de fatores negativos presentes em uma equipe de futebol, a ponto de transformá-la em um dos postulantes ao título.
De maneira alguma, essas minhas constatações farão com que eu vire as costas para meu time, meu apoio continuará sendo dado de forma incondicional, independente do que vejo e penso sobre meu time. A lamentar, apenas o fato de que daqui por diante, torcerei apenas para que o São Paulo se classifique à Libertadores, e não mais para ser campeão.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Dois Pontos No Lixo

O empate de ontem por 2x2 contra o Coritiba, causou uma sensação amarga à muitos são paulinos, semelhante a qual somos submetidos quando sofremos uma derrota. Esse dissabor que ainda se faz presente, é fruto de mais um vacilo cometido pelo São Paulo, que ao não sair vencedor de seu compromisso na rodada de ontem, viu suas chances de conquistar seu sétimo título brasileiro, diminuir consideravelmente.
Determinados pontos imprescindíveis, perdidos estupidamente ao longo do campeonato, agora começam a fazer falta. Destaco principalmente os quatro contra o Santo André, após dois frustrantes empates; os cinco contra o Patético Paranaense, após um empate e uma derrota; e mais cinco contra o Coritiba, após uma derrota e o decepcionante empate de ontem. Não que o São Paulo tivesse a obrigação de conquistar seis vitórias nos dois confrontos contra cada um desses três times, todavia um aproveitamento de pontos (sobretudo nos jogos disputados no Morumbi) acima dos medíocres 22,2% obtidos pelo tricolor, ajudaria bastante em nossa perseguição aos porcos.
Quanto ao jogo de ontem, podemos dizer que foi mais um da série: "Como complicar uma partida". Começamos o embate bem, e sem muitas dificuldades abrimos o placar com um gol de Hernanes, porém em poucos minutos, além de perdermos algumas oportunidades a fim de ampliarmos nossa vantagem, vimos a mesma ser revertida a favor da equipe paranaense, que por duas vezes chegou à nossa rede, ambas mediante a falhas terríveis de nosso setor defensivo, que já não se mostra tão coeso como em temporadas passadas. Conseguimos empatar, contudo quem esteve mais perto de assumir novamente a vantagem no placar foi a equipe do Coritiba, carimbando nossa trave nos minutos finais da partida.
A matemática diz que a probabilidade de conquistarmos o título ficou menor, contudo nunca fui de dar muita atenção à ela, desde os tempos de escola que não nos damos muito bem, nosso convívio foi sempre marcado por problemas de difícil solução, incógnitas de múltiplas variantes e expressões que não convergiam na busca por um entendimento. O duro é concluir que mesmo com todos esses poréns, a matemática parece nos dar mais esperança que nosso time e seu futebol vacilante.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A Vitória Da Camisa

Ser o time com a camisa mais gloriosa do futebol brasileiro, visto a quantidade de conquistas que possuímos em nossa vitoriosa história, sejam elas nacionais ou internacionais, serem incomparáveis com qualquer outra equipe do Brasil, confere ao São Paulo uma respeitabilidade que nos torna ainda mais forte, capaz de apenas com o peso de nossa camisa, colocarmos medo em muitos times por esse Brasil afora.
O comportamento do tricolor na partida de ontem contra o Náutico no estádio dos Aflitos, configura-se como um exemplo perfeito de toda essa mística, que repousa sobre nosso manto sagrado. Uma vitória frente a equipe pernambucana era de vital importância para nossas pretensões na luta pela conquista de mais um troféu, contudo com poucos minutos de jogo, percebia-se que precisaríamos de algo mais para sairmos dali com a vitória.
A partida começou com os jogadores do Náutico impondo um ritmo alucinante, o São Paulo mau conseguia passar do meio de campo, sufocado em seu campo de defesa, não demorou muito para acabarmos cometendo um penalti. Para nossa felicidade o mesmo foi defendido pelo goleiro Bosco, contudo nosso time continuou acuado, e o Náutico não diminuindo seu ímpeto, é presenteado com um gol- como diz o ditado: "desgraça pouca é bobagem", ainda neste primeiro tempo sofrível temos um jogador expulso.
O primeiro tempo encerra-se com o São Paulo não vendo a cor da bola, algo precisava ser feito para mudar o rumo daquela partida. Por mais inusitado que possa parecer, isso só veio acontecer quando passamos a atuar com dois homens a menos em campo, devido a expulsão de mais um de nossos atletas.
Foi assim, mediante uma inferioridade numérica que faria qualquer time se afundar, que nossos jogadores finalmente compreenderam o que é estar vestindo a camisa do São Paulo Futebol Clube. Seja ela branca, seja ela listrada, espera-se de quem tenha a felicidade de poder defender nossas cores, honre nossa história e nossas tradições, de modo que nossa camisa continue sendo a mais vencedora do futebol brasileiro, e a não permitir que times mesmo com dois a mais em campo, sintam-se seguros de sua vitória.

A Sinceridade E A Hipocrisia De Cada Um

Sinceramente, não fico nenhum pouco ofendido, irritado ou magoado quando algum torcedor de outra equipe se refere a mim, ou aos demais são paulinos como bambis, bichas, moças, gays ou algo do tipo. Esses tipos de provocações não fazem mal algum à ninguém, muito pelo contrário, algumas gozações e tirações de sarro mediante o emprego dessas palavras, ou uso dessas imagens são muito engraçadas e espirituosas, o mesmo valendo para quando damos o troco, e promovemos uma alopração em cima principalmente da porcada e da galinhada/gambazada.
Alguns fazem isso por inveja, outros simplesmente tentam menosprezar seus adversários, tem aqueles que se sentem menos frustrados quando lançam mão desses artifícios, e determinados fazem simplesmente por fazer- enfim, pouco importa os motivos e as razões que levaram um torcedor a se comportar de tal maneira, vindo de um torcedor é algo totalmente válido, dada a sinceridade e a espontaniedade com que adjetivamos nossos adversários, portanto qualquer contestação e repressão a respeito disso ao menos para mim soa como algo infantil e tolo.
O que não aceito, é quando a provocação parte de algum dirigentizinho de merda, seja do time que for, inclusive do meu. A recusa parte do princípio que invariavelmente através da mídia me deparo com declarações politiqueiras, demagógicas e oportunistas desses sujeitos, que quando estão em bando, seja numa reunião na federação, numa confraternização de alguma premiação, ou em algum programa esportivo mostram-se sempre respeitosos, unidos e preocupados em unir forças em prol de um bem maior chamado futebol.
Separados, cada um em seu curral, é que a faceta sórdida e mentirosa de muitos desses canalhas vem à tona. Foi deste modo que um desses desgraçados, de rosto todo empipocado, que junto de seus comparsas de clube, criaram um vídeo para a comemoração do centenário de seu time, onde em determinado momento aparece um gavião corinthiano, dando um olé em um bambi são paulino, com o intuito puro e simples de fazer uma média com sua torcida.
Após um ato desses, a relação entre as duas diretorias que já não é das melhores, sem dúvida alguma será cada vez mais baseada na hipocrisia, na trairagem e no egoísmo. Não que eu queira que eles sejam amiguinhos, longe disso, prezo pela rivalidade honesta e sincera no futebol, contudo eles poderiam ser um pouco mais inteligentes,e  ao invés de se auto destruirem, poderiam em conjunto fazer frente a aqueles que tanto prejudicam o futebol, porém eles preferem se tornarem cúmplices dos mesmos.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Caminhando Para Trás

Não podemos negar, as oportunidades para o São Paulo encostar e até ultrapassar o líder do campeonato (mesmo que momentaneamente) foram postas a sua frente, infelizmente ele não soube aproveitá-las, principalmente no deprimente empate contra o Santo André, e domingo contra o Corinthians. É verdade que com tantas rodadas ainda pela frente, outras oportunidades para uma maior aproximação e a conquista da liderança surgirão, contudo elas tendem a serem cada vez mais escassas e decisivas, portanto conclui-se que vaciladas semelhantes as ocorridas em nossos dois últimos empates, poderão ser fatais.
Embora em jogos tidos como clássicos sempre exista a máxima de que não há favoritos, sendo qualquer resultado possível e de certo modo aceitável, me nego em compactuar de respectiva lógica, dadas as circunstâncias da partida de ontem; com o São Paulo jogando em sua casa, com sua torcida em maioria, melhor posicionado na tabela, menos desfalcado, e com mais aspirações no campeonato- mediante essa série de fatores, o favoritismo e a obrigação da vitória estava sim com o time que veste vermelho, branco e preto.
Mais dois pontos ficaram pelo caminho, agora figuramos na terceira colocação, cinco pontos atrás do líder. Se analisarmos de maneira imparcial o jogo de domingo, chegaremos a conclusão de que o estrago poderia ter sido maior, já que o gol do desequilibrado (isso para dizer o mínimo) do Washington foi irregular, e um gol corinthiano foi erroneamente anulado. Olhando do nosso lado, o lado beneficiado pela arbitragem, isso não chega a incomodar tanto quanto o nível do futebol praticado pelo São Paulo.
Por mais que o domínio da partida tenha sido nosso, ele foi ilusório, pois não chegamos a de fato pressionar o Corinthians de maneira mais incisiva e latente, a ponto deles ficarem sufocados no campo de defesa, não, isso não aconteceu, e foi a partir de erros grotescos de nosso setor defensivo que presenteávamos os jogadores alvinegros com bolas açucaradas para eles partirem livremente em direção ao nosso gol, foi assim que sofremos nosso gol, e por muito pouco não sofremos outro.
Vale também aqui ressaltar, a falta de comunicação entre os jogadores dentro de campo, por incontáveis vezes muitos de nós presentes na arquibancada, mediante a falta de percepção e mudez de nossos jogadores, alertávamos os mesmos da presença de algum jogador corinthiano de prontidão a roubar a bola de nós, o que ocorreu durante o jogo todo, irritando a todos nós.
O comportamento de nosso time e nosso técnico no clássico de domingo, mostrou que sérias limitações táticas e técnicas ainda assombram o São Paulo, uma vez que poucas alternativas foram mostradas a fim de superarmos as dificuldades surgidas no decorrer da partida, o que em um momento tão decisivo do campeonato, torna-se um fator de risco ao nosso bom caminhar na busca de mais um de título.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A Dissonância Dos Números

No futebol, dentro de campo a matemática é bem simples, como é de conhecimento de todos nós, vitórias valem três pontos, empates um e derrotas absolutamente nenhum, zero. Uma equação tão básica quanto prática, sem mais variantes, que deixa bem claro o que um time perde ou ganha em termos de números-pontos dentro de campo, e que facilita e muito a vida de nós torcedores, quando nos propomos a fazer aquelas imaginosas projeções, onde tudo parece ser possível e alcançavel.
Esses números que se mostram tão exatos e precisos, ao abordar um aspecto mais cartesiano e sistemático do futebol, demonstram uma enorme fragilidade quando através deles, buscamos o entendimento da natureza humana mediante o futebol. Me refiro aqui ao reflexo que determinados resultados, determinados placares provocam em nós torcedores, uma vez que eles não condizem com o verdadeiro sentimento que se estabelece na mente do torcedor.
Quantas vezes nos pegamos comemorando muito mais um empate, que nos proporcionou apenas um ponto, do que uma vitória, que valeu três? Ou ainda, em quantas situações uma derrota doeu menos que aquele maldito empate, com o adversário fazendo o gol da igualdade nos minutos finais ou nos acréscimos? Acontece que todo esse universo de números, não consegue contemplar as circunstâncias nas quais estes placares-resultados se estabeleceram, nunca nenhum algarismo dará conta disso, dado que esta esfera específica do futebol carece de certa lógica e coerência, é uma parte do mesmo que beira a esquizofrenia.
O ápice dessa dissonância dos números, é atingida quando chegam os clássicos contra Palmeiras e Corinthians. São contra esses times que os números se mostram completamente irreais e inadequados, pois o impacto em nós torcedores de uma vitória, um empate ou uma derrota frente esses dois times, independente do contexto na qual a partida está inserida, nunca poderá ser medido através dos pontos ganhos ou perdidos, o sentimento vai muito além disso, ultrapassando os limites da matemática.
Domingo próximo é dia de clássico no Morumbi, teremos pela nossa frente aquele maldito time que atende pelo nome de Corinthians, um time que nós não vencemos já faz sete partidas, algo que incomoda, não apenas pelos pontos que deixamos pelo caminho durante esses embates, mas por tudo que significa perder uma partida para esses caras.
O momento é agora, não podemos deixar essa oportunidade escapar, o São Paulo precisa vencer para colocar aquele time em seu devido lugar. Nossa vitória trará três pontos que serão importantíssimos e muito bem vindos para o nosso bom caminhar no campeonato, contudo desproporcional ao tamanho da alegria que sentimos quando enxotamos aquela corja, e saímos vitoriosos de uma partida como essa.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Inaceitável

Em um campeonato marcado pelo forte equilíbrio, como tem se caracterizado este Campeonato Brasileiro, deixar escapar dois preciosos pontos para um time como o Santo André, que se encontra na zona de rebaixamento, e muito provavelmente por lá deverá permanecer até o fim do campeonato, é absolutamente inaceitável, inadmissível, imperdoável, inadequado e mais quantos outros adjetivos forem necessários utilizar para descrever tamanha vacilada de nosso time.
Confesso que todo esse meu descontentamento com o empate de ontem por 1x1, se estabelece de uma maneira mais aguda e intensa que o normal (porém não de uma forma menos legitíma), visto o gesto estúpido da diretoria do Santo André, tirando o jogo do ABC Paulista e transferindo-o para Ribeirão Preto, obrigando deste modo a quem quisesse acompanhar a partida, encarar uma viagem de aproximadamente quatrocentos quilometros; e pela maneira ordinária como deu-se o empate de ontem, com o tricolor desperdiçando assim uma oportunidade de ouro de alcançar a liderança da competição pela primeira vez, mesmo que talvez de uma maneira provisória, todavia em um momento crucial do campeonato, jogando para os adversários a pressão de estarem atrás na tábua de classificação.
De nada adianta vir a público agora, e culpar o estado do gramado, o calor, ou qualquer outro fator extra campo para justificar a ineficiência apresentada pela equipe, como foi sugerido por alguns durante as entrevistas pós jogo, não, o fracasso de ontem não se explica por ai. A questão é que mesmo em nossas últimas vitórias, contra Cruzeiro e Avaí respectivamente, as mesmas foram conquistadas sob duras penas, mediante um futebol que já vinha apresentando algumas deficiências, de certo modo relevadas em nossas análises devido a empolgação com as vitórias, com a ascenção na tabela, e pelo fato da equipe nunca ter abdicado de lutar em campo na busca pelos três pontos. Reconheço que em momentos de decepção como esse, um parecer mais racional e criterioso dos acontecimentos, pode muito bem sofrer um tipo de interferência emocional parecida quando das análises das vitoriosas, só que com o efeito oposto.
Evidente que tudo isso não nos impede, nem torna menos válida a manifestação de nossas impressões, a respeito do que tenha ocorrido dentro das quatro linhas, e o que se constatou ontem, foi que o São Paulo se comportou de uma maneira que irritou a todos, dada sua soberba, sua falta de empenho, vontade, e dedicação na luta pela vitória, o que se caracteriza como um desrespeito para com aqueles que ontem se propuseram em acompanhar seu time, seja indo até o estádio, ou através do rádio ou da tv. Uma vergonha que não pode ser aceita e nunca mais repetida.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Modernidade Às Avessas

Vejam com atenção, a parte deste vídeo que versa sobre o estimado e cheio de mordomias Santo Paulo Bar, localizado no estádio do Morumbi, onde outrora existia a geral amarela.



Este é um vídeo que se propõe a tratar de um assunto relacionado diretamente com o futebol, mais exatamente sobre assistir uma partida de futebol dentro de um estádio. Em minha cabeça, quando tento imaginar como será, ou ao menos como deveria ser uma matéria abordando tal assunto, o que me vem a mente são imagens de arquibancadas habitadas por torcedores empenhados em empurrar seu time à vitória, de forma incondicional, independente do que à eles é oferecido.
Devemos lembrar porém, que infelizmente nos dias de hoje, dias do tão propalado futebol moderno, o esporte que um dia foi classificado como algo popular, gradativamente vai se transformando num ramo privilegiado da lucrativa indústria do entretenimento (como se o futebol fosse uma festa ou algo do tipo), portanto esperar por matérias sobre torcedores de futebol, da maneira que eu considero a mais adequada, está praticamente fora de cogitação. A tendência é que eu me depare cada vez mais, com matérias como a do vídeo acima, onde o torcedor é substituído por um consumidor em busca de satisfação garantida, sendo este um processo que ruma por um caminho sem volta.
Reparem que a matéria começa com o repórter perguntando, o que fazemos aos sábados a noite, se somos chegados num bar, ou o nosso negócio é o futebol. Imagens de baladas e bares são contrapostas as imagens de torcedores são paulinos nas cercanias do Morumbi. O mesmo repórter que fizera a pergunta inicial, a respeito de nossa preferência em relação ao que fazer num sábado a noite, encontra-se sentado em uma mesa de bar com sucos, refrigerantes, petiscos e lanchinhos à sua disposição, posteriormente nos indaga se achamos que sua escolha foi curtir a noite de sábado em um bar. Parece que sim, pois de fato ele se encontrava em um bar, mas ao mesmo tempo ele estava no Morumbi, mais precisamente no requintado Santo Paulo Bar, assim como muitos outros "torcedores", que comiam, bebiam, confraternizavam, e talvez assistiam ao jogo, mas não olhando diretamente para o gramado, mas sim por uma das várias televisões espalhadas pelo bar, como se aquilo fosse um privilégio ou um luxo, e não algo que beira o ridículo.
Foi-se o tempo em que estádios de futebol eram apenas estádios de futebol, hoje eles são arenas multiuso, onde muitas vezes o futebol é relegado à um segundo plano, também não são mais frequentados em sua maioria por verdadeiros obstinados. Não, hoje temos que dividir nosso sagrado espaço com o pai ansioso pela próxima porção de acepipes, com a mãe impaciente com as peraltices da prole, com a tia-avó preocupada com a chegado do bolo de aniversário do sobrinho, e com a molecada mais interessada no pebolim do que com o jogo do São Paulo.Espectadores de ocasião, que não estão acostumados com o futebol, e não sabem como se comportar numa partida de futebol.
Tudo isso acontece porque os incumbidos de dirigir nosso futebol, o enxerga como um grande negócio, todos estão de comum acordo que o torcedor hoje é um mero consumidor, que não tem direito a praticamente nada. Deste modo, tudo aquilo que um dia nos encantou, por trazer consigo traços que tornavam o futebol algo espontâneo, humano, com alma e do povo, rapidamente devido as atitudes equivocadas de nossos dirigentes, que se iludem com o falso brilho da modernidade, estão sendo substituídos por elementos e espaços que buscam levar à agora seus clientes conforto e sobriedade, segurança e intimidação.
Todo este novo conceito que permeia o mundo do futebol, logo se tornara um canto uníssono, e o esporte que tanto aprendemos a amar perderá muito de sua identidade e seu sentido.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Mais Três Pontos Em Nossa Conta

São Paulo e Avaí era um jogo onde o único resultado aceitável seria uma vitória são paulina. Em um campeonato tão equilibrado como este, não podíamos sob hipótese alguma deixar escapar nenhum ponto sequer jogando em nosso domínio, mesmo o adversário sendo o surpreendente Avaí.
Comandado pelo ex "menudo do Morumbi" Silas, do saudoso time campeão paulista de 1985, o Avaí mostrou por que é a maior surpresa deste campeonato. Muito bem treinado e postado em campo, a equipe catarinenense durante todo o primeiro tempo foi superior ao São Paulo, chegando até a abrir o placar, porém o gol foi imediatamente anulado, devido a um impedimento que até agora me gera dúvidas. Os quarenta e cinco minutos iniciais, terminando com o placar em igualdade frustrava, mas ao mesmo tempo se pararmos para refletir como foi o desenrolar da primeira etapa, a sensação que fica é a de alívio, dado o pior ter sido evitado.
O segundo tempo mau começava, e logo no primeiro minuto, Dagoberto faz 1x0 para o São Paulo, a tensão que tomava conta da arquibancada é substituída pela alegria de um gol tão aguardado quanto providencial. A equipe do Avaí sente o golpe, o São Paulo cresce no jogo, criando e desperdiçando algumas oportunidades, e quando chegamos ao segundo gol, o mesmo é anulado por outro impedimento que ainda me causa dúvidas.
O placar que insistia em permanecer estagnado na vantagem mínima, e a equipe do Avaí que voltava a gostar da partida, deixando-a completamente aberta e indefinida, fazia com que uma certa apreensão voltasse a rondar a arquibancada, completamente afastada quando Hugo, a quem eu tanto repudio, que acabara de entrar no lugar de Marlos, faz o segundo gol do São Paulo sacramentando nossa vitória, e fazendo por ora eu engolir minhas críticas a nosso camisa dezoito.
A parte do objetivo que cabia a nós estava realizada, restava agora esperar pelo domingo e praticar o exercício da "secação" ao adversário, no caso específico contra as equipes do Internacional, e principalmente do Palmeiras. Podemos dizer que a mandinga são paulina vai muito bem obrigado, ambas equipes perderam seus respectivos jogos pelo placar de 3x2, deixando o tricolor paulista a apenas um mísero ponto do líder do campeonato.
A próxima rodada, em termos de confronto envolvendo os três primeiros colocados do campeonato, beneficia novamente o São Paulo, pois jogamos contra o Santo André não no ABC Paulista, mas sim no interior do estado, o que nos favorece, já tanto Internacional quanto Palmeiras, jogam suas partidas fora de casa, contra Vitória e Cruzeiro respectivamente, o que convenhamos é uma tarefa muito mais complicada que a nossa.
Acredito que o São Paulo vença seu compromisso, e espero contar mais uma vez com os tropeços de nossos adversários diretos, podendo desta forma assumir pela primeira vez a ponta da tabela, e espero não a largando mais. A arte de secar o adversário, ao menos de minha parte, será exercitada ao máximo para que isso se concretize.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A Copa Do Mundo E O Morumbi

Dada toda a polêmica causada pelas críticas do secretário geral da Fifa, Jérôme Valcke, onde o mesmo alegou que o Morumbi não tem condições mínimas de abrigar uma partida da Copa do Mundo de 2014, considero o momento oportuno para reproduzir uma postagem aqui publicada no dia 04 de Junho, a respeito de minhas impressões sobre as chances do Morumbi ser escolhido como o estádio paulista para a Copa do Mundo. Segue abaixo.

Por não ser um sujeito alienado, ter um grau de esclarecimento de certo modo suficiente, bem como não ter o mínimo interesse em obter qualquer tipo de vantagem ou favorecimento, sempre me posicionei de forma contrária à realização da Copa do Mundo no Brasil. Posicionamento este não compartilhado por grande parte dos mandatários do futebol e autoridades locais.
Para os mesmo a Copa do Mundo é uma oportunidade de ouro para colocar em prática um esquema que, através de métodos nada louváveis beneficiará um grupo muito grande e selecionado de pessoas em termos políticos e financeiros. E através da construção de novos estádios ( ou arenas como convencionou-se a dizer nos dias de hoje) este grupo encontra um campo propício à materialização de suas torpes ambições.
O evento máximo do futebol mundial na realidade será extremamente danoso ao bolso do contribuinte brasileiro, dado seu caráter predatório e de favorecimentos, assim como as exaltadas benesses oriundas do privilégio que é ser sede de uma Copa do Mundo, com o tempo mostrará sua verdadeira faceta; soma-se à isso o fato de o Brasil, como um país pobre que é, apresentar sérias limitações em termos de infra estrutura à realização da Copa. Por aqui tudo é muito precário e insuficiente, nossos estádios de futebol são um grande exemplo disso.
Me limitarei a falar apenas do estádio que melhor conheço, no caso, nosso querido Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi. Um estádio que assim como os demais estádios tupiniquins, é bastante obsoleto, talvez um pouco menos que outros, mas que no compto geral está recheado de falhas e problemas, com as quais sempre me deparo cada vez que vou ao banheiro e as bilheterias do Morumbi, mas que para um abnegado como muitos de nós, não torna a ida aos estádios menos prazerosa.
Reconheço sim que muitas melhorias foram feitas no Morumbi, mas com o claro objetivo de aos poucos "qualificar" o público que frequenta estádios de futebol, substituindo através de preços proibitivos os indesejados (aqueles que tem pelo futebol, por seu time de coração "apenas" uma relação de amor) pela classe média; que ve o futebol como um espetáculo, como mais uma opção de entretenimento dentre as tantas que estão à sua disposição. Sei que o time precisa incrementar receitas e tudo mais, todavia esta nova dinâmica que se estabelece aos poucos trará prejuízos irremediáveis, como disse não agora, mas em médio e longo prazo, em especial pela perda de identidade com a massa, que contrastando com o novo público, não mede esforços para acompanhar seu time de coração.
Independente de todas as melhorias que o São Paulo se proponha a fazer em seu estádio, visando à adequação do mesmo às exigências da Fifa, necessitando na verdade para que isso talvez aconteça, uma grandiosa série de reformas, não apenas dentro do estádio, mas em seu entorno também, o que demandará uma quantidade enorme de dinheiro, um investimento que sinceramente eu não sei se o São Paulo terá lastro suficiente para bancar, mesmo com o apoio de eventuais parceiros, já que estamos falando em cifras significativas, algo na casa das centenas de milhões de reais, as chances do Morumbi não sediar o jogo de abertura da Copa, quiçá de ser um estádio utilizado na Copa é muito grande, visto que a construção de um novo estádio na cidade seria mais adequado ao pleno funcionamento de toda essa rede de falcatruas.
Caso o São Paulo insista nesta louca obsessão de ter o Morumbi como palco de abertura da Copa, que ele faça isso com responsabilidade, sabendo exatamente onde ele está se metendo, dimensionando com exatidão todas as perdas, e de tudo que ele terá de abrir mão (sim, falo da montagem de times competitivos e qualificados), a partir do momento em que ele começar a pagar a dívida (e os juros) que ele contraiu para a reforma de um estádio imposta por um bando de engravatados, que não tem a mínima idéia do que é amar um time de futebol.
Quem vencerá essa disputa eu não sei, o que sei é que para mim o Morumbi será sempre o melhor estádio do mundo, o estádio em que mais me sinto a vontade, o estádio onde muitos dos meus sonhos se tornaram realidade, mesmo sem o aval da Fifa.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Que Virada!

Me desculpem pelo linguajar grosseiro e vulgar, mas a vitória do São Paulo domingo por 2x1 contra o Cruzeiro em Belo Horizonte, de virada, foi simplesmente do caralho, por tudo que ela representou e pode vir a representar à nosso time.
Toda a empolgação com nossa mais recente vitória, me levando a descrevê-la mediante o uso de um palavrão tão sujo, dá-se devido as circunstâncias em que a virada foi obtida, contrariando toda a lógica e a estrutura que permeava a partida, e na qual ela se desenrolava.
A equipe do Cruzeiro foi superior durante toda a partida, Rogério Ceni em sua melhor apresentação após seu retorno defendia tudo, garantindo o zero no placar, até que Richarlyson, um gigante em campo que parecia se multiplicar, aparecendo em todas as partes do campo, erra uma saída de bola, um erro fatal, 1x0 para o Cruzeiro, placar final do primeiro tempo.
No intervalo da partida, torci muito para que Ricardo Gomes voltasse para o segundo tempo com Marlos no lugar de Hugo, sei que muitos de nós torceram para isso, contudo o time voltava para a segunda etapa com a mesma formação que terminava a primeira. O Cruzeiro continuou em cima do São Paulo, desperdiçando chance atrás de chance, até que Hugo é substituído por Marlos, que em sua primeira jogada na partida, coloca a bola para o fundo do gol cruzeirense, igualando um placar que já parecia definido negativamente para nós.
Confesso que vibrei de uma forma muito intensa com nosso empate, pois ao menos para mim, este gol de Marlos simboliza o fim da trajetória de Hugo como jogador do São Paulo, e espero do fundo do meu coração, que Ricardo Gomes tenha enxergado este gol da mesma forma que eu, da mesma forma que muitos de nós. Um gol de um jogador que está longe de ser um craque, uma unanimidade ou alguém que irá sempre decidir os jogos à nosso favor, sabemos que a questão não é essa, o fato é que em comparação com Hugo, Marlos tem muito mais à nos oferecer, apenas isso, o que convenhamos para um time tão carente no que tange a criação de jogadas a partir do meio de campo, não é pouca coisa.
O empate pelo contexto da partida já me agradava e muito, evidente que uma vitória seria o mais desejado e adequado para nós torcedores, todavia o futebol apresentado pelo tricolor não permitia à ninguém sonhar com a vitória e os três pontos. Felizmente o futebol carece de uma certa lógica, e uma previsibilidade mais racional e cartesiana, sendo que o improvável, tanto para o nosso bem como para o nosso mal, costuma invariavelmente dar as caras nos estádios de futebol.
Dessa vez para nossa alegria, o improvável agiu em nosso favor, e após um esforço louvável de Dagoberto em acreditar numa bola que muitos dariam como perdida, Borges que acabara de substituir um pouco inspirado Washington marca, decretando nossa virada no placar e nossa surpreendente vitória.
Uma vitória nos moldes como foi essa contra o Cruzeiro, ao mesmo tempo em que causa uma empolgação acima do normal, dada toda a dificuldade enfrentada e superada por nós, cito que a mesma serve também como um alerta, para que o time volte a criar condições mais palpáveis de ganhar uma partida, contando deste modo cada vez menos com o improvável, visto que da próxima vez, ela pode muito bem não estar trajando as cores do nosso time.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Ídolos?

Futebol, cinema e rock and roll, sem dúvida alguma são minhas grandes paixões. São com eles que gasto a maior parte de meu tempo livre, e neles que muitas vezes encontro a energia, o ânimo e a felicidade para ir vivendo os dias, tocando a vida e proporcionando um sentido à mesma.
Embora minha relação com estes três elementos, seja permeada por uma certa radicalidade, um certo extremismo e uma certa incondicionalidade ( sendo por isso muitas vezes chamado de romântico, polêmico, chato e maluco); não consigo nutrir por nenhuma banda, nenhum jogador, nenhum ator-atriz, nenhum diretor; tampouco por pessoas de outros segmentos e esferas, o sentimento de idolatria. Tenho sim por algumas pessoas, uma admiração muito grande sob determinados aspectos, mas que não me permite tê-los como ídolos.
A relação de idolatria a meu ver é uma relação cega, que acaba por ignorar vários aspectos da pessoa considerada como ídolo, sendo o fã sempre condescendente com o comportamento e a conduta, seja ela qual for da pessoa idolatrada, não conseguindo ter uma postura minimamente crítica a respeito do mesmo.
Percebo que meu raciocínio faz cada vez mais sentido, quando me deparo com declarações semelhantes a do nosso ótimo zagueiro Miranda. Não escondendo certa mágoa, nosso camisa cinco disse: " Estava praticamente certo, os clubes estavam negociando, mas na hora H o São Paulo recusou a proposta." " Era um bom dinheiro. A negociação seria boa financeiramente para mim. Perdi muito, mas a vida não é só dinheiro."
Miranda diz isso, como se o São Paulo fosse obrigado a aceitar qualquer proposta, qualquer valor oferecido por ele, mas não é, justamente por ser o São Paulo, um time que não se sujeita a quaisquer propostas, procurando sempre exercer seus interesses, mediante aquilo estabelecido em contrato, doa a quem doer.
A atitude de Miranda, não fará com que eu venha a mudar o que penso a respeito sobre seu futebol, nem que eu venha a exercer qualquer tipo de patrulha à sua pessoa, sei que ele continuará jogando muita bola e se dedicando ao máximo, pois do contrário ele mesmo estaria se prejudicando. Contudo assim como ele ficou chateado com a atitude de Juvenal Juvêncio, eu também tenho o direito de ficar triste quando leio suas declaraçãoes, e constatar mais uma vez que nunca terei um ídolo na vida.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Zerados

Sempre que me encaminho à um estádio de futebol, no intuito de ver o São Paulo jogar, vou independente do que o time tem a me oferecer, e das impressões que tenho a respeito do mesmo. A motivação maior reside no fato de que, ali dentro daquelas quatro linhas, durante aqueles noventa minutos, estarei mediante um evento muito significativo, e de valor inestimável à minha vida, portanto poder estar ali já me basta.
Todavia como ser humano que sou, tenho lá minhas expectativas, e no que diz respeito ao futebol, mesmo por muitas vezes contrariando uma certa lógica e coerência, espero sempre por um resultado positivo de nosso time, principalmente quando jogamos contra nossos dois maiores rivais, Corinthians e Palmeiras, ou galinhada e porcada se assim preferirem.
Uma partida entre São Paulo e Palmeiras, por si só já é aguardada com muita expectativa e ansiedade, a de ontem em especial, por todo o contexto na qual estava inserida, tornava o Choque-Rei ainda mais tenso e especial. Confesso que o empate por 0x0 me deixou frustrado sim, não pelo futebol praticado pelo São Paulo não ter sido vistoso ou algo do tipo, mas por tudo que uma vitória são paulina no clássico de ontem poderia significar, para ambas equipes.
A frustração é oriunda um pouco da expectativa por mim criada, e por termos desperdiçado uma chance de reduzir para apenas um ponto nossa diferença para o líder, e por consequência dar uma conturbada no ambiente palmeirense, que com certeza sentiria e muito, mais uma derrota para o tricolor do Morumbi.
O que me conforta, é que daqui até o fim do campeonato ainda restam dezesseis rodadas, tempo suficiente para que o São Paulo recupere os pontos que foram deixados pelo caminho, contanto que não deixemos outros pontos para trás, visto que não haverá um outro turno para tentarmos recuperá-los.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Era Uma Vez Um Estádio De Futebol

Segunda-feira dia vinte e quatro, Juvenal Juvêncio anunciava à todos que o São Paulo acabava de estabelecer uma nova parceria. O novo parceiro em questão, é uma badalada rede de academias chamada Cia Athletica, que instalará no anel inferior do Morumbi, mais precisamente atrás do gol do setor laranja, uma academia (!!!) com visão panorâmica para o gramado.
A previsão inicial é que a academia fique pronta entre Fevereiro e Março do ano que vem. Além dos tradicionais equipamentos presentes em uma academia, a pista de atletismo em volta do gramado será reformada e poderá ser usada pelos alunos. Nos dias de jogos, o local se transformará em um camarote, com o valor dos ingressos sendo equivalente ao valor das cadeiras cativas do estádio, sendo que a Cia Athletica terá direito a um determinado número de entradas, podendo distribuí-los à quem ela quiser, seja ele são paulino ou não, amante do futebol ou não.
Segundo palavras de Juvenal Juvêncio, irradiante no dia do anúncio da parceria: " A academia é uma coisa moderna para o estádio, algo higiênico, inovador, um plus nas arenas nossas que são arcaicas e obsoletas." Mais adiante o mesmo finaliza e sentencia: " Acabou esse conceito de que estádio é apenas um local para receber jogos nos fins de semana."
Confesso que não consigo compartilhar do mesmo pensamento de nosso presidente. Entendo perfeitamente que o clube necessita buscar todo um equilíbrio financeiro, todavia o método que o São Paulo adota nessa busca é elitista, reacionário e higienista; que além de desfigurar ainda mais nosso sagrado estádio, trará prejuízos irremediáveis ao torcedor e a tudo que o futebol representa na cultura popular brasileira, talvez nem hoje nem amanhã, mas em médio e longo prazo, em especial pela perda de identidade com a massa.
Não será esse público mais qualificado e abastado financeiramente, que o São Paulo tanto privilegia e se esforça em ter frequentando o Morumbi, que proporcionará ao clube um fôlego financeiro maior e mais saudável. Essas pessoas não hesitarão em abandonar o clube num momento de crise ou dificuldade maior, pois seu envolvimento e sua relação com o futebol não é uma relação de amor, mas sim uma relação descartável baseada em preceitos comerciais, onde os mesmos estão mais interessados em comer, beber, confraternizar, e agora malhar, do que com o que se passa dentro de campo.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Acerca De Uma Derrota

Querendo ou não, infelizmente em determinado momento nossa fantástica reação no Campeonato Brasileiro seria interrompida, e nossa sequência de vitórias chegaria ao fim. Embora torcemos para que esse triste momento tarde ao máximo à chegar, uma hora ele chega, e devemos estar preparados para encará-lo conforme ele se apresenta.
Se derrotas esporádicas são parte do processo na trajetória de qualquer time campeão, para nós são paulinos esse momento se dará quase que obrigatoriamente quando visitamos a Arena da Baixada para enfrentar o Atlético Paranaense. Ali naquele maldito campo nossos insucessos são constantes, nunca conseguimos sair de lá vitoriosos, ontem não foi diferente, outra derrota na Arena, 1x0 para os paranaenses.
O jogo em si não foi dos piores, resistiamos bem a pressão atleticana que não foi das maiores, e conseguíamos levar algum perigo à meta adversária mediante alguns contra ataques esporádicos. Tudo parecia se encaminhar para um empate sem gols, mas aos quarenta minutos do segundo tempo, o veterano Paulo Baier após ótima jogada marca e decreta a vitória dos atleticanos. Já não havia mais tempo suficiente para uma recuperação, não naquele campo, contra aquele time.
Perdemos uma partida que historicamente não conseguimos ganhar, o que causa um certo incômodo sim, mas que não pode abalar a confiança do time e da torcida, pois a distância para o líder embora tenha aumentado, ainda é consideravelmente pequena, apenas quatro pontos nos separam da porcada.
Domingo próximo, dia trinta, temos pela frente no Morumbi justamente um embate contra o líder Palmeiras. Uma vitória torna-se obrigatória, pois somente deste modo é que estaremos colocando cada time em seu devido lugar.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Uma Rodada Especial

Para nós são paulinos, a rodada de ontem não seria uma rodada igual as outras. A volta do mítico Rogério Ceni ao gol do São Paulo após quatro meses, por si só conferia à noite de ontem uma atmosfera especial, que se intensificou dada a combinação de resultados favoráveis ao tricolor do Morumbi.
A vitória sobre o Fluminense pelo placar mínimo, e as derrotas tanto do Palmeiras como do Internacional, colocaram o São Paulo na vice liderança do campeonato, um ponto apenas atrás do líder. Já não há mais uma diferença significativa de pontos a ser recuperada, Jason cumpre seu legado como poucos.
O jogo em si não foi dos melhores, mesmo com o São Paulo não demorando a marcar, tivemos dificuldades em fazer fluir nosso jogo de uma maneira mais sólida e eficiente. Embora posicionado entre os rabeiras da competição, o Fluminense mais uma vez foi um adversário duro de ser batido, mostrando que daqui até a última rodada do campeonato, quando acredito eu, será definido o campeão, independente da classificação das equipes, teremos jogos cada vez mais equilibrados.
Outra rodada fica para trás, as próximas que estão por vir se tornarão cada vez mais decisivas e tensas, conferindo uma dramaticidade especial ao campeonato, a ponto de deixar muitos de nós enlouquecidos. Mas isso é o futebol e muito do que o cerca, algo doentio, uma doença que me acomete a anos, da qual espero nunca ser curado.

domingo, 16 de agosto de 2009

Considerações Sobre O Primeiro Turno

Dezenove rodadas atrás, quando fazíamos nossa estreia no Campeonato Brasileiro, perdendo de maneira lamentável para o Fluminense no Maracanã por 1xo, mediante uma apresentação sofrível de nossa parte, concentrávamos nossas forças na tentativa da conquista do tetra campeonato da Libertadores, e enquanto essa possibilidade existisse, o Campeonato Brasileiro não receberia sua merecida atenção.
O sonho de mais uma conquista internacional foi frustrantemente interrompida, nos restava mais uma vez o campeonato nacional para salvar a temporada, porém tanto nossa classificação como nosso futebol eram horríveis, o que após muitos anos acarretou na demissão de nosso técnico. A aposta de nossa diretoria, em um novo comandante de qualidade duvidosa e curriculum medíocre, deixou nós torcedores apreensivos, apreensão esta que se tornou ainda maior, atingindo níveis preocupantes quando o time começou a flertar perigosamente com a zona de rebaixamento.
Todavia o tempo conspirou a nossa favor, Ricardo Gomes foi mostrando suas preciosas qualidades, conquistando o respeito do time e da torcida, e o São Paulo por consequência, também aos poucos foi se posicionando na parte de cima da tabela. Posição esta que se mostra cada vez mais consolidada, dada a sequência avassaladora de vitória obtidas pelo São Paulo nas últimas rodadas. A de hoje por 2x1 contra o Sport em Recife, com um gol nos acréscimos, foi a sexta seguida, fazendo o tricolor paulista pela primeira vez figurar entre os quatro primeiros do campeonato.
O primeiro turno chega ao seu fim, com o São Paulo apenas quatro pontos atrás do líder, e o que parecia algo inalcançavel, tamanha nossa ineficiência, mostra-ser algo totalmente viável, visto nosso poder de reação. Que ninguém ouse novamente duvidar do que nossa camisa é capaz.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Tristes Tendências

A tempos que São Paulo detém a hegemônia do futebol nacional. Os principais times do estado mais rico da federação, embora sofram dos mesmos males que os times de outros estados, por estarem situados numa cidade de grande poderio economico como é nossa Paulicéia, apresentam um fôlego maior que seus concorrentes oriundos de outros estados.
Se por um lado os torcedores dos maiores clubes paulistas são de certo modo uns privilegiados, dada a frequência com que seus times são campeões ( embora um certo time de verde não ganhe nada de significativo a quase uma década), por outro somos uns grandes azarados, visto morarmos na cidade mais proibitiva do país.
Lembro-me quando da primeira em que fui à um estádio de futebol, o fascínio que me causou toda a atmosfera encontrada dentro e fora do estádio, me refiro as bandeiras, faixas, fumaça colorida, papéis picado; bem como Os ambulantes e suas barracas de lanches e bebidas nas cercanias do estádio, conferindo um brilho especial à toda aquela maravilhosa experiência que era assistir um jogo de futebol no estádio.
Todavia hoje os tempos são outros, o Morumbi já não é mais exclusivamente um estádio de futebol, temos que dividir nosso sagrado espaço com o pessoal dos camorotes corporativos, do Santo Paulo Bar e afins, mais interessados em comer, beber e confraternizar do que naquilo que se passa dentro de campo; e passamos a viver numa sociedade de controle, que tende a normalizar nosso comportamento, e onde há uma vigilância contínua de nossos atos. O controle individual "justificado" pela segurança coletiva torna-se um fato, deste modo o desejo de previsão do comportamento humano por parte da sociedade de controle, projetado na ameaça do imprevisível sobre a segurança e o bem estar social, transporta-nos para um ambiente de tolerância zero.
Deste modo, tudo aquilo que tanto me fascinava já faz parte de um passado cada vez mais distante, que só tende a piorar, visto as novas proibições que nos são impostas (mesmo considerando que ir para o estádio mascarado não seja algo que combine, há quem pense diferente, e proibi-los de usarem suas máscaras , sejam elas de quem forem, não trará nada de positivo ao futebol, ao contrário, o tornará ainda mais burocrático), e aos novos elementos difundidos pela sociedade, e infelizmente cada vez mais presentes no mundo do futebol, como a intolerância e o preconceito, disseminados por aqueles imbecis que insistem em ofender um jogador digno e esforçado como o Richarlyson.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Nosso Devido Lugar

Porfírio Da Paz, autor do hino do São Paulo Futebol Clube, inicia sua composição a partir do momento em que é despejado de sua casa por falta de pagamento, muito devido a todos seus recursos serem destinados ao São Paulo. Perambulando sem rumo com sua família pelas ruas da cidade de São Paulo, Porfírio começa a cantarolar o que mais tarde viria à ser o hino do nosso glorioso tricolor paulista.
Torcedor símbolo na década de quarenta, Porfírio Da Paz foi um grande defensor do São Paulo Futebol Clube e suas causas, nunca medindo esforços em prol de seu clube de coração. De certo modo podemos classificá-lo também como um profeta, quando na quarta estrofe de nosso hino o mesmo vaticinou: " Dentre os grandes és o primeiro"
Uma verdade que nos dias de hoje torna-se ainda mais incontestável, nossa história e nossos títulos falam por si só, e reduzem a pó os argumentos dos torcedores adversários, que tentam inutilmente contrariar uma afirmação irrefutável.
Contudo por vezes ficamos pelo caminho, e tristemente somos testemunhas da conquista adversária, que mesmo ocorrendo numa frequência menor que a nossa, é capaz de provocar uma sensação de desconforto enorme sobre nós.
2009 para meu desgosto, adquiriu características que me levaram a crer que seria um ano esquecível, visto as eliminações as quais fomos submetidos, mediante derrotas incontestáveis, tanto no Paulista quanto na Libertadores. Todavia o que mais me aborrecia e decepcionava, era o péssimo futebol praticado pela equipe, que não permitia ao torcedor são paulino perspectiva alguma. A parte debaixo da tabela do Campeonato Brasileiro que se fazia presente, era uma morada inadequada para o gigante bandeirante do Morumbi, não condizente com o tamanho de nossa história.
Felizmente os responsáveis por todo este estado lamentável de coisas, começaram a também sentir um certo incômodo com nossa vexatória situação, e mudanças foram postas em curso. Assim aos poucos o bom futebol ressurgiu, a torcida voltou a acreditar no time, os jogadores retomaram a confiança, um novo técnico mostrou suas preciosas qualidades, e as vitórias voltaram a fazer parte de nossa rotina.
Assim foi contra o Barueri, Grêmio, Vitória, Botafogo e ontem contra o Goiás; um 3x1 com propriedade, nos alçando à uma posição mais apropriada na tábua de classificação, ainda não aquela que Porfírio Da Paz sempre desejou, mas bem mais próxima de nosso devido lugar.