sábado, 27 de junho de 2009

O Reencontro Com A Vitória

Embora não tenha sido uma vitória de encher os olhos de ninguém, daquelas conquistadas muito mais pela força e insistência do que mediante um futebol técnico, de toque de bola envolvente e jogadas bem articuladas, sair do Morumbi hoje com a vitória de foi de vital importância. A torcida certamente dará uma acalmada, quem sabe até volte a prestigiar o time em maior número nos jogos em casa, e Ricardo Gomes terá uma semana mais tranquila para trabalhar no ajuste do time.
Um time que ainda apresenta uma série de problemas, e não seria no jogo de hoje que o time praticaria um futebol diferente, visto que Ricardo Gomes, no comando da equipe a menos de uma semana, não tinha como, mediante tempo tão curto, colocar em prática mudanças significativas no modo de jogar são paulino.
Deste modo, a vitória de hoje por 2xo frente ao Náutico não foi nada fácil. O primeiro tempo foi muito parecido com o jogo de quinta-feira passada contra o Cruzeiro pela Libertadores, um 0x0 com o São Paulo tendo mais posse de bola, porém agredindo pouco o adversário. O mesmo pelo contrário, iniciando suas jogadas de contra ataque a partir do erro de passe do São Paulo, conseguiu por três vezes chegar com perigo a nossa meta, não as convertendo em gol devido a ruindade de seus jogadores de frente.
No segundo tempo, logo no primeiro minuto Jean Rolt de cabeça, aproveitando cruzamento de Hernanes a partir de uma falta, abre o placar para o São Paulo. Ficamos à mercê de um empate, levando inclusive uma bola na trave até nosso segundo gol, quando mais uma vez através da bola parada, em cobrança de falta de Hernanes contando com a ajuda do jogador pernambucano, que a colocou para o fundo do próprio gol, decretamos o 2x0 no placar. A partir daí, com a certeza da vitória o São Paulo solta-se em campo, conseguindo inclusive articular algumas jogadas interessantes a partir da triangulação entre meio de campo-ataque.
Devido ao escasso tempo frente a equipe, emitir uma opinião acerca do trabalho de nosso novo treinador, torna-se algo totalmente insustentável e fora de propósito, contudo fica-se uma boa impressão a partir do momento em que, mesmo com o placar a nosso favor, Ricardo Gomes fez substituições privilegiando a ofensividade, dada a entrada de meias armadores e não volantes de contenção, e dando oportunidade à quem até então estava abandonado no clube, Oscar.

domingo, 21 de junho de 2009

Momento Delicado

Da costumeira música que a torcida do São Paulo canta em jogos contra o Corinthians: "Galinha Galinha sem história, Galinha sem estádio, Freguês do tricolor! " ficaram apenas os dois primeiros versos. Hoje o São Paulo é um time que não ganha do Corinthians, na verdade, hoje o São Paulo é um time que não ganha de mais ninguém.
Os fatores, as causas que transformaram o São Paulo de um time campeão em um time de categoria varzeana, são extremamente difíceis de serem diagnosticadas por um torcedor como eu, que estabelece sua relação com o time a partir do cimento da arquibancada, não tendo acesso assim às tão reveladoras informações de bastidores.
Assim sendo, não tenho condições de proporcionar a ninguém, um parecer mais preciso sobre esta triste realidade na qual estamos envolto. Todavia, mesmo em uma posição limitada, posso ao menos balbuciar algumas impressões que tenho a respeito do time-comissão técnica e dirigentes. Um time com determinado jogador sem vontade de praticar seu ofício, acomodado (Hugo); outros que se julgam intocáveis (Washington e bem menos Borges); alguns em péssima fase, com dificuldade de executar um passe, um cruzamento e uma finalização (Hernanes e Jorge Wagner); os que não rendem em posição nenhuma (Zé Luis e Richarlyson) e finalmente aqueles que não apresentam condições mínimas de vestir nossa sagrada camisa ( Jean Rolt André Lima). Soma-se a isso, uma diretoria obcecada em fazer do Morumbi um dos estádios da Copa de 2014, relegando o futebol à um segundo plano. Deste modo não há time que se mantenha em alto nível.
Mudanças urgentes precisam ser postas em curso, a primeira já foi tomada com o desligamento de Muricy do comando da equipe, visto que ele não conseguia mais fazer o time render, (e ou) o time não rendia mais com ele.
Ricardo Gomes está para chegar, e espero que ao menos ele possa contar com o apoio, a dedicação e a colaboração daqueles que deixaram de contribuir com suas respectivas parcelas de responsabilidade, para a manutenção do São Paulo em seu devido lugar: o topo.

sábado, 20 de junho de 2009

O Fim De Uma Era

Dia 18 de Dezembro de 2005, dia esse que poderia não ter fim, o São Paulo conquistava seu terceiro título mundial interclubes. A partir dali, Paulo Autuori deixava o comando do clube para ser treinador no Japão, era o começo da era Muricy Ramalho no São Paulo.
Ostentando o título de melhor técnico do ano de 2005, fruto de seu ótimo trabalho frente ao Internacional, Muricy voltava a comandar o time que o projetou para o futebol, clube este que ele já havia sido treinador em meados dos anos noventa, porém sem muito sucesso.
Nos três anos e meio de sua segunda passagem pelo São Paulo, Muricy entrou definitivamente para a história do clube, o tri campeonato brasileiro conquistado de forma consecutiva pelo time falam por si só. Porém a mesmo tempo em que convivíamos com as glórias dos títulos brasileiros, as dores provocadas pelas eliminações na Libertadores se tornavam cada vez mais agudas. Conseguimos conviver sob estas circunstâncias por três anos, contudo o péssimo futebol apresentado pelo São Paulo neste ano de 2009, que culminaria com mais uma eliminação na Libertadores, tornou uma situação que já estava difícil, insustentável; conclusão: Muricy é demitido do São Paulo.
Confesso que é uma situação paradoxal, ao mesmo tempo que Muricy é hoje o melhor técnico do Brasil, ele já não conseguia mais desenvolver um trabalho de qualidade frente ao São Paulo. Os motivos de tamanha queda do padrão de qualidade ninguém consegue explicar, quem sabe agora, com Muricy fora do time essa explicação venha à tona.
Mesmo me posicionando a favor da saída de Muricy, por considerar uma mudança neste sentido e neste momento o mais adequado, ( e se necessário for, dispensar também aqueles jogadores que se julgam intocáveis, pensando e agindo de forma individualista) quero aqui agradecer sim Muricy Ramalho por tudo que ele fez pelo São Paulo nesses três anos e meio frente ao clube. Muito obrigado mesmo Muricy, e lembre-se, você já está marcado na história do tricolor paulista não como o técnico que participou de quatro eliminações seguidas da Libertadores, mas sim como o técnico que participou da conquista de três campeonatos brasileiros seguidos.
Quanto a Ricardo Gomes, nosso novo comandante, vejo-o como um técnico medíocre, que até hoje em minha opinião não conseguiu desenvolver nenhum trabalho consistente. Nos resta apoiá-lo e torcer para que no São Paulo ele possa melhorar seu curriculum.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Crônica De Uma Morte Anunciada

Futebol é uma paixão sem explicações mais lógicas e coerentes. Eu sei e vejo que meu time vem se arrastando em campo quase que na totalidade das partidas que participou este ano, com resultados e futebol que não animam ninguém; que jogadores e técnico não demonstram a capacidade de outrora; que o ambiente é pesado, visto as manifestações de insatisfação de determinados jogadores que se julgam intocáveis; que dirigentes se mostram mais preocupados na inclusão do Morumbi à Copa de 2014 do que com o dia a dia do clube.
Contudo, mesmo ciente de toda essa mediocridade que assola o clube, quando me deparo com um jogo de tamanha importância como este contra o Cruzeiro, ignoro tudo e me encaminho até o estádio, acreditando na possibilidade de uma reação, de uma mudança no curso dos acontecimentos, enfim, de um final mais feliz do que os últimos que o São Paulo tem me proporcionado.
No decorrer do jogo, mesmo percebendo que o enredo é semelhante ao daqueles jogos que agrada mais a torcida do time adversário do que a nossa, continuo à acreditar. Acabado o primeiro tempo, um 0x0, onde o Cruzeiro foi superior, mais organizado em campo, sabendo exatamente como se postar para alcançar seu objetivo; e o São Paulo novamente foi mais do mesmo, desorganizado, sem padrão tático, previsível e ineficiente, insisto em acreditar, todavia pensando no que o Cruzeiro poderia fazer para perder esta classificação, já que o São Paulo se mostrava incapaz de conquistá-la.
Começa o segundo tempo e nada muda, o São Paulo segue maltratando a bola, o Cruzeiro por sua vez, através de seu eficiente e objetivo futebol, conduz a pelota por duas vezes para o fundo do gol são paulino. A impiedosa realidade que se fazia presente à meus olhos, não me permitia mais acreditar em absolutamente nada, o sonho da conquista de mais uma Libertadores chegava ao fim.
Acho que talvez lá no meu inconsciente essa eliminação já era algo esperado, confesso não admitir, porém é algo totalmente aceitável dentro de uma linha de raciocínio mais ponderada e menos apaixonada. Só que se dessa forma conduzisse meus pensamentos, o futebol seria muito chato, a ponto de deixá-lo como algo qualquer, perdendo muito do sentido que ele faz à minha vida.
A dolorosa eliminação de ontem não muda o que penso a respeito do time: acima de tudo mau treinado, portanto não vejo mais sentido na manutenção de Muricy no comando da equipe, um técnico muito bom, (que para mim será lembrado na história do São Paulo, caso ele seja demitido, não como o técnico que participou da eliminação de quatro libertadores seguidas, mas sim como o cara que participou da conquista de três títulos brasileiros de forma consecutiva) mas que já não consegue mais fazer o time render.
Como bons técnicos de futebol estão em extinção no Brasil, e os poucos que restam já estão empregados, apostaria em Abel Braga, não por julgá-lo mais mais capacitado que Muricy, mas por tudo que uma mudança poderia significar à equipe, a princípio pelo técnico, posteriormente com aqueles jogadores que não se comprometem de forma profissional ao clube, agindo como se o São Paulo fosse um time carioca da vida.
Talvez assim quem sabe, tudo aquilo em que acredito e desejo para o clube, mesmo que contrariando uma lógica mais racional, possa se tornar algo mais compatível com a relidade.

domingo, 14 de junho de 2009

Nada Muda

Em mais um jogo válido pelo Campeonato Brasileiro, mais um jogo que o São Paulo não consegue sair vencedor de campo. O empate por 1x1 contra o Santo André ontem foi horroroso, tanto em termos de resultado, quanto em termos de futebol apresentado.
As vésperas de sua partida mais importante e decisiva do ano, o São Paulo voltou a ser aquilo que seu torcedor mais odeia: um time previsível, mal escalado e pouco competitivo; deixando assim todo são paulino cético quanto ao sucesso da equipe nas competições que está envolvido; que só voltará a ter confiança no time ( isso não quer dizer que deixaremos de apoiá-lo), a partir do momento que alguns conceitos, principalmente de nosso treinador forem revistos.
Conceitos como: banco de reservas para aqueles jogadores que não passam por um bom momento, principalmente Hernanes e Jorge Wagner, que vivem seus piores momentos na carreira; escalação de jogadores em suas respectivas posições, chega de improvisações absurdas e sem sentido; oportunidades à atletas da base, não é possível o Aislan ser tão pior que o Jean Rolt a ponto de não ter uma chance no time, situação semelhante vivida por Oscar, Wellington e Henrique, que mofam no clube.
Envolto em um contexto nada animador, quinta-feira se aproxima. Nossa classificação torna-se uma incógnita, do mesmo modo que podemos obtê-lá, muito provavelmente de uma forma sofrida, aos trancos e barrancos, uma eliminação é uma hipótese tão concreta e palpável que caso se materialize, tornará uma situação que já é delicada, insustentável, visto que se assim infelizmente se suceder, já não vejo mais sentido na parmenencia de Muricy no comando da equipe, não por ele ser o único responsável por tudo de ruim que acontece ao São Paulo, mas por ser sim o principal responsável desse estado horrível de coisas.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Aparências Enganadoras


No ano de 2007, São Paulo e Manchester United firmaram uma parceria no intuito de estabelecer uma troca de conhecimentos nas áreas de medicina e marketing esportivo. No caso, o São Paulo transmite aos ingleses toda a sua sapiência na recuperação clínica de atletas, e o clube inglês retribui nossa gentileza nos colocando a par de seus preceitos no que diz respeito a marketing esportivo.
Confesso que não consigo me convencer da existência de benefícios para o São Paulo nesta suposta troca, reconheço toda a capacidade do Reffis na recuperação de atletas, uma referência- contudo acreditar que o interesse do Manchester United resume-se exclusivamente ao aprendizado da metodologia clínica são paulina é muita inocência. Só não se trata de um típico exemplo do clássico ditado: " Para inglês ver", pois no caso, a parte iludida e enganada somos nós.
Do mesmo modo que as colônias de férias que determinados clubes europeus trazem para o Brasil, não tem o intuito de entreter nenhum garotinho, mas sim seduzir e selecionar quem demonstra alguma intimidade com a bola, esta aproximação entre São Paulo e Manchester United se assenta sob as mesmas bases, dada a aparência benéfica com que ela se apresenta num primeiro momento, mas que aos poucos vai revelando sua verdadeira faceta, suas verdadeiras intenções, onde perde-se muito e ganha-se muito pouco, melhor dizendo, quase nada.
Passada desapercebida pela grande mídia brasileira, recente notícia publicada pelo jornal inglês The Guardian, revelou que a saúde financeira dos times ingleses não vai nada bem. A soma das dívidas das vinte equipes participantes da primeira divisão chega a alarmantes 3.500.000.000,00 ( isso mesmo, três bilhões e quinhentos milhões... de euros), só nosso "parceirão" Manchester United deve 806,7 milhões de euros, dívida esta que convenhamos, administrável apenas sob à égide de falcatruas, ao melhor estilo Roman Abramovich- máfia russa.
Os valores das dívidas dos clubes ingleses, colocam em xeque todo um modelo de futebol e administração tido como moderno e bem sucedido. Exaltado como modelo à ser seguido, aos poucos o futebol na terra da rainha vai perdendo sua aparência que encanta e engana, mostrando sua verdadeira essência imoral, daí o nosso São Paulo só ter a perder ao praticar qualquer tipo de parceria com pessoas deste tipo. Ou alguém ai ainda vai dizer que há algo de positivo à ser aprendido com alguém que deve a bagatela de 806,7 milhões de euros????

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Mais Do Mesmo

No primeiro confronto envolvendo São Paulo e Avaí por um campeonato nada de vencedores, um 0x0 que não foi bom para nenhuma das equipes. O Avaí segue sem obter nenhuma vitória no campeonato, e o São Paulo mais uma vez, como na maioria de suas partidas este ano, não conseguiu por em prática um futebol consistente e de qualidade.
Aquela boa impressão causada após a vitória sobre o Cruzeiro, onde o São Paulo apresentou de fato um futebol positivo não foi repetida ontem contra o modesto Avaí. Novamente não nos mostramos merecedores de algo melhor do que conseguimos conquistar, fomos inferior ao nosso adversário no primeiro tempo, criando pouquíssimas jogadas que levassem perigo à meta adversária, falhamos também na marcação, dando muito espaço para o Avaí jogar, sorte a nossa os jogadores avaíanos não serem capazes de melhor concluir e articular as jogadas.
No segundo tempo com a saída do irritadinho Washington e a entrada de Dagoberto, o São Paulo ganhou mais mobilidade, conseguindo assim jogadas mais agudas de ataque, mas insuficientes para tirar o zero do placar.
Passadas cinco rodadas, onde em todas elas jogamos com o que tinhamos de melhor a nossa disposição, figuramos na nada gloriosa décima segunda posição, com apenas seis pontos conquistados em quinze disputados, um aproveitamento que não empolga ninguém, pelo contrário, deixa todos apreensivos e céticos quanto ao bom caminhar do São Paulo nas competições em que está envolvido, não por estarmos tão mau posicionados na tabela como o que ocorre agora, dado que isto de certa forma é comum à vários times, visto que muitos times que ao final dos campeonatos figuram entre os pimeiros conseguem tal posição de liderança apenas quando o campeonato caminha para seu fim, vide nosso próprio São Paulo, que ano passado passou inúmeras rodadas fora do G4, mas que no final após uma histórica reação sagrou-se tri hexacampeão.
Todavia este ano, diferente do ano passado,ainda não nos mostramos capazes de sair de posição tão incomoda, dado nosso futebol ineficiente, que já perdura por um tempo considerável, além do que qualquer um de nós esperava.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

A Copa Do Mundo E O Morumbi

Por não ser um sujeito alienado, ter um grau de esclarecimento de certo modo suficiente, bem como não ter o mínimo interesse em obter qualquer tipo de vantagem ou favorecimento, sempre me posicionei de forma contrária à realização da Copa do Mundo no Brasil. Posicionamento este não compartilhado por grande parte dos mandatários do futebol e autoridades locais.
Para os mesmo a Copa do Mundo é uma oportunidade de ouro para colocar em prática um esquema que, através de métodos nada louváveis beneficiará um grupo muito grande e selecionado de pessoas em termos políticos e financeiros. E através da construção de novos estádios ( ou arenas como convencionou-se a dizer nos dias de hoje) este grupo encontra um campo propício à materialização de suas torpes ambições.
O evento máximo do futebol mundial na realidade será extremamente danoso ao bolso do contribuinte brasileiro, dado seu caráter predatório e de favorecimentos, assim como as exaltadas benesses oriundas do privilégio que é ser sede de uma Copa do Mundo, com o tempo mostrará sua verdadeira faceta; soma-se à isso o fato de o Brasil, como um país pobre que é, apresentar sérias limitações em termos de infra estrutura à realização da Copa. Por aqui tudo é muito precário e insuficiente, nossos estádios de futebol são um grande exemplo disso.
Me limitarei a falar apenas do estádio que melhor conheço, no caso, nosso querido Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi. Um estádio que assim como os demais estádios tupiniquins, é bastante obsoleto, talvez um pouco menos que outros, mas que no compto geral está recheado de falhas e problemas, com as quais sempre me deparo cada vez que vou ao banheiro e as bilheterias do Morumbi, mas que para um abnegado como muitos de nós, não torna a ida aos estádios menos prazerosa.
Reconheço sim que muitas melhorias foram feitas no Morumbi, mas com o claro objetivo de aos poucos "qualificar" o público que frequenta estádios de futebol, substituindo através de preços proibitivos os indesejados (aqueles que tem pelo futebol, por seu time de coração "apenas" uma relação de amor) pela classe média; que ve o futebol como um espetáculo, como mais uma opção de entretenimento dentre as tantas que estão à sua disposição. Sei que o time precisa incrementar receitas e tudo mais, todavia esta nova dinâmica que se estabelece aos poucos trará prejuízos irremediáveis, como disse não agora, mas em médio e longo prazo, em especial pela perda de identidade com a massa, que contrastando com o novo público, não mede esforços para acompanhar seu time de coração.
Independente de todas as melhorias que o São Paulo se proponha a fazer em seu estádio, visando à adequação do mesmo às exigências da Fifa, necessitando na verdade para que isso talvez aconteça, uma grandiosa série de reformas, não apenas dentro do estádio, mas em seu entorno também, o que demandará uma quantidade enorme de dinheiro, um investimento que sinceramente eu não sei se o São Paulo terá lastro suficiente para bancar, mesmo com o apoio de eventuais parceiros, já que estamos falando em cifras significativas, algo na casa das centenas de milhões de reais, as chances do Morumbi não sediar o jogo de abertura da Copa, quiçá de ser um estádio utilizado na Copa é muito grande, visto que a construção de um novo estádio na cidade seria mais adequado ao pleno funcionamento de toda essa rede de falcatruas.
Caso o São Paulo insista nesta louca obsessão de ter o Morumbi como palco de abertura da Copa, que ele faça isso com responsabilidade, sabendo exatamente onde ele está se metendo, dimensionando com exatidão todas as perdas, e de tudo que ele terá de abrir mão (sim, falo da montagem de times competitivos e qualificados), a partir do momento em que ele começar a pagar a dívida (e os juros) que ele contraiu para a reforma de um estádio imposta por um bando de engravatados, que não tem a mínima idéia do que é amar um time de futebol.
Quem vencerá essa disputa eu não sei, o que sei é que para mim o Morumbi será sempre o melhor estádio do mundo, o estádio em que mais me sinto a vontade, o estádio onde muitos dos meus sonhos se tornaram realidade, mesmo sem o aval da Fifa.