segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Acabou


Comecei a pensar sobre o que eu poderia escrever nesta postagem, a derradeira deste blog neste esquecível ano de 2011 no final da tarde de ontem, precisamente quando peguei a estrada que me levaria de volta para casa, após a inútil vitória sobre o time reserva do Santos na cidade de Mogi Mirim. Mais de 24 horas depois do apito final do juiz, ainda não consegui encontrar praticamente nada de significativo ou relevante a ser dito sobre o que presenciei junto de mais alguns abnegados são paulinos no interior paulista.
A verdade é que minhas impressões sobre o desempenho do São Paulo já foram devidamente expostas inúmeras vezes ao longo deste ano neste blog. E não é um jogo insignificante, quase um amistoso contra o que existe de pior no time do Santos, que fará com que eu mude uma vírgula a respeito do que penso sobre o elenco e a diretoria do São Paulo. Portanto, não é o caso de ficar repetindo e relembrando tudo aquilo que já foi dito à exaustão, sobretudo quando o que a gente mais quer é apagar da nossa memória esta horrorosa temporada de 2011.
Nestas linhas finais só me resta desejar um bom final de ano para a meia dúzia de leitores deste blog; torcer para que ano que vem Juvenal e seus comparsas parem de atrapalhar o São Paulo; que Leão não abandone o time para ajudar algum amigo e que o camisa seis, o camisa dois, o camisa treze, o camisa cinco, o camisa vinte, o camisa dezesseis, o camisa oito, o camisa onze, o camisa doze, o camisa dezessete, o camisa dezenove, o camisa trinta e quatro e o camisa dezoito (esqueci alguém?) se juntem ao camisa dez e ao camisa vinte e cinco e desapareçam do Morumbi. Quem sabe assim 2012 não seja uma triste continuação de 2011.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Resta um


Se ainda existe algo de positivo a ser escrito sobre a participação do São Paulo neste Campeonato Brasileiro, com certeza absoluta é o fato dela estar muito próxima do fim. Apenas mais um jogo e estaremos livres (ao menos temporariamente), da obrigação de acompanhar jogos e derrotas ridículas como a de ontem a tarde no estádio municipal.
O mais irônico nisso tudo é que o ano irá terminar da mesma forma como começou. Explico, visto que só agora os notáveis que elaboraram a tabela do Campeonato Brasileiro, perceberam a burrice que fizeram ao marcar para a última rodada dois clássicos na capital paulista, a partida entre São Paulo e Santos que deveria ser disputa no Morumbi foi transferida para Mogi Mirim.
Foi exatamente nesta cidade do interior que o São Paulo fez seu primeiro jogo no ano. Contudo dez meses atrás, quando fazíamos nossa estreia no Paulistão, mesmo sabendo que o time tinha uma série de limitações, tinhamos a esperança de que com o tempo o time fosse se entrosar e adquirir um padrão de jogo minimamente aceitável. Dez meses se passaram, e hoje restando apenas um jogo para o fim da temporada nos sobrou apenas uma certeza, a de que esse time do São Paulo não passa de uma grande piada.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Pacaembu, domingo 17:00 horas

2011 tem sido um ano terrível para São Paulo e Palmeiras. Ao longo de toda a temporada ambas equipes praticaram um futebol precário, sendo meros coadjuvantes nas competições que disputaram e ainda disputam, proporcionando apenas desgosto aos seus torcedores. Fora de campo as coisas também não caminham nada bem, podemos facilmente enumerar uma série de ações desastrosas de dirigentes de merda que mais atrapalham do que ajudam as respectivas instituições que comandam.
Não que eu esteja preocupado com os problemas do outro lado do muro (que são mais crônicos que os nossos, reflexo disso é que os caras só conseguiram se livrar do fantasma do rebaixamento na rodada passada), na verdade eu quero mais é que eles se fodam, que as coisas fiquem cada vez mais tensas e difíceis pelos lados da turiaçu. No entanto o São Paulo também não tem muito o que comemorar, assim o Choque-Rei de domingo transformou-se numa disputa entre duas agremiações em baixa, que não conseguem mais serem protagonistas de nada.
Independente da atual situação de cada equipe, São Paulo e Palmeiras provavelmente farão um bom jogo. Ao menos é isso o que eu espero, que o Pacaembu seja palco de mais uma memorável batalha envolvendo estes dois times. Sim, pois mesmo que as duas equipes sejam compostas em sua maioria por um bando de pulhas, a rivalidade e a história que nos opõem e nos fazem inimigos, ainda é capaz de proporcionar um cenário favorável para uma grande partida.
Do São Paulo não exijo espetáculo ou goleada, espero apenas que o time faça uma partida digna, que os jogadores compreendam o que significa um confronto contra o porco e entrem em campo dispostos e empenhados em honrar a camisa que vestem. Quem sabe assim, lutando até o fim por uma vitória contra um histórico rival, poderemos recuperar uma parte da confiança perdida há tempos e amenizar as dores ocasionadas por um campanha esquecível, repleta de pontos negativos.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Mea culpa

São tantas as postagens ao longo do ano falando sobre futebol deficitário, derrotas vexatórias, jogadores inaptos, dirigentes picaretas e eliminações perturbadoras que no momento em que o São Paulo vence uma partida e consegue apresentar um futebol com alguma qualidade, eu encontro uma dificuldade enorme em elaborar um texto adequado a respeito da vitória de sábado por 3x1 contra o América Mineiro.
Acho que depois de ver tantos jogos ruins, depois de presenciar o São Paulo fazendo tanta merda dentro de campo, automaticamente eu acabei me condicionando a escrever apenas coisas negativas sobre o nosso time. Faz tanto tempo que eu não elogio uma apresentação do tricolor, que tentar fazer isto agora me causa até um certo estranhamento.
Não que o jogo tenha sido uma maravilha absoluta, mas sábado no Morumbi vi um São Paulo aplicado e disposto. Tabelas e triangulações eram articuladas com algum sucesso, lateral direito chegava na linha de fundo e fazia bons cruzamentos, atacante finalizava com perfeição e todas as investidas do adversário eram neutralizadas. Tudo parecia uma grande novidade, e meu cérebro até agora não conseguiu processar direito o que foi visto.
Acredito que serão necessários mais alguns jogos como este, para que pouco a pouco minha desconfiança comece a desaparecer e eu volte a me acostumar com um São Paulo que consegue se impor em campo. Somente quando isso tornar-se novamente a regra e não a exceção, é que conseguirei escrever um texto sobre um triunfo são paulino de forma natural e espontânea.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Roteiro conhecido

A arena da baixada definitivamente é um estádio amaldiçoado, e a maldição que recai sobre nós todas as vezes que lá pisamos parece que aumenta a cada confronto. Nosso retrospecto naquele campo é desastroso, e com a derrota de ontem por 1x0 o São Paulo atingiu a vexatória marca de 9 derrotas, 5 empates e 0 vitórias em 14 jogos disputados contra o Atlético Paranaense na casa dos caras.
Perder para o Atlético Paranaense em Curitiba já faz parte de um roteiro conhecido. Se nas oportunidades em que os desafiamos como visitantes com times qualificados e competitivos, historicamente sempre o São Paulo se deu mal, era natural e até esperado voltar para casa mais uma vez derrotado, principalmente com um time indecente como o que foi a campo ontem a noite, com tosqueiras como Xandão, Jean, Wellington, Casemiro, Carlinhos Paraíba, Cícero, William José e Fernandinho.
A questão no entanto não se resume apenas ao Atlético Paranaense e seu estádio. Este time do São Paulo se especializou ao longo deste ano em tomar sacode de tudo que é time, em tudo que é estádio e das mais diversas maneiras possíveis. Assim, alijado da disputa dos primeiros, segundos, terceiros... sétimos lugares na tabela, pelo segundo ano consecutivo teremos que nos conformar com uma campanha nojenta e ofensiva, passando as finais e decisivas rodadas do campeonato apenas cumprindo tabela e secando o rival monocromático.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Aleluia!

Depois de quase dois longos meses sem conseguir vencer uma mísera partida no Campeonato Brasileiro, eis que finalmente o São Paulo pôs fim a esta deprimente série de nove jogos sem vitória. O triunfo do tricolor por 2x0 sobre o atual lanterna da competição, quando analisado com um mínimo de critério demosntra que a vitória são paulina serviu apenas para acabar com essa zica que insistia em nos atormentar, nada além disso.
Confesso que não consigo compartilhar do mesmo otimismo e da mesma confiança de muitos torcedores, que após a vitória de sábado e a derrota de alguns times que estão posicionados na nossa frente na classificação, voltaram a se empolgar com a possibilidade da conquista de uma vaga para a Libertadores. Continuo cético quanto nossas chances de disputar a Libertadores ano que vem, e essa vitóriazinha contra o Avaí contribui bastante para que eu continue desconfiando do time.
A verdade é que novamente o São Paulo não jogou bem, não fosse algumas defesas milagrosas de Rogério Ceni e o Avaí um timinho um pouco menos sem vergonha ( e pensar que fomos eliminados por esses caras na Copa do Brasil, puta que pariu vai ser foda esquecer essa eliminação) certamente o rumo do jogo seria outro. Mas se passamos o ano inteiro jogando mal, não será agora que essas coisas que vestem nosso uniforme serão capazes de fazer alguma coisa de encher os olhos. Me contento que ao menos dessa vez, ao final dos noventas minutos o placar registrava nossa vitória- Aleluia!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sessão de horror 2012

Abaixo datas dos futuros vexames protagonizados pelo São Paulo no Campeonato Paulista 2012

22/01 São Paulo x Botafogo
25/01 Oeste x São Paulo
29/01 São Paulo x São Caetano
01/02 São Paulo x Guarani
05/02 Ponte Preta x São Paulo
08/02 São Paulo x Comercial
12/02 Small Club x São Paulo
18/02 São Paulo x Paulista
22/02 Bragantino x São Paulo
26/02 Portugues da Turiassu x São Paulo
29/02 São Paulo x Americana
04/03 XV Piracicaba x São Paulo
11/03 São Paulo x Portuguesa
18/03 São Paulo x Santos
25/03 Mirassol x São Paulo
28/03 São Paulo x Catanduvense
01/04 Ituano x São Paulo
08/04 São Paulo x Mogi Mirim
15/04 Linense x São Paulo

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Abaixo da crítica

Chegamos em Salvador para o jogo contra o Bahia vindo de uma terrível sequência de 8 jogos sem conquistar uma vitória. Voltamos para São Paulo ostentando a vergonhosa marca de 9, isso mesmo senhores, NOVE jogos sem conseguir vencer uma partida pelo Campeonato Brasileiro, número este que muito provavelmente chegará a 10 na próxima rodada.
Mesmo permitindo a vitória da equipe baiana por 4x3 após estarmos vencendo o jogo pelo placar de 3x1, confesso que a mais nova derrota são paulina já não me surpreende e  não me incomoda tanto, uma vez que resultados negativos já se tornaram uma rotina, algo natural. O que vimos sábado é exatamente o que vimos ao longo dos últimos dois meses, e possivelmente é o que teremos de ver até o fim deste campeonato.
Antes que este maldito ano acabe, ainda teremos o desgosto de acompanhar o São Paulo em mais cinco partidas. Não acredito que este time consiga obter mais do que cinco ou seis pontos, ficaremos lá pelo décimo lugar, fazendo novamente uma campanha esquecível e abaixo da crítica, daquelas para desmerecer toda a nossa história.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O desprazer de acompanhar o São Paulo



Dois meses atrás quando eu comprei as passagens para o Rio de Janeiro a fim de acompanhar a partida entre São Paulo e Vasco, minha expectativa era enorme. Imaginava que este seria o famoso jogo de seis pontos, um duelo de extrema importância para os dois times, com ambas agremiações na ponta do campeonato travando uma feroz disputa pelo título.
Não passava pela minha cabeça que o São Paulo chegaria em condições tão deploráveis para este confronto: mal posicionado, não jogando rigorasamente nada e sem perspectiva alguma. Confesso que pensei em ficar aqui mesmo no ABC e não ir, reconheço que parece loucura o fato de eu ter ido, afinal de contas assistir os jogos do São Paulo ultimamente tem sido um verdadeiro desprazer.
Entretanto o que me move é o amor que sinto pela nossa camisa, independente dos tranqueiras que as vestem, e na atualidade eles são muitos, diria que a maioria. Além do mais, este time do São Paulo que já me privou de flertar com qualquer possibilidade de alegria, não tinha o direito de me tirar a oportunidade de desfrutar durante todo o sábado e boa parte do domingo as belezas e os prazeres da cidade maravilhosa.
O final de semana no Rio foi memorável até o momento em que tive de me deslocar para São Januário. O jogo que numa primeira programação era para ser o ponto alto da viagem, dado o atual cenário de terror em que nos encontramos se transformou na parte esquecível da viagem. Novamente o São Paulo não fez nada de significativo dentro de campo, talvez eu até pudesse citar as defesas do goleiro Denis, mas nesta altura do campeonato e o que elas significaram em termos de liderança, não sei se elas foram tão importantes assim.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O Horror! O Horror! *

Poucas vezes na história do São Paulo vimos o clube imerso em uma crise tão generalizada e profunda, como essa que nos assola desde o terceiro mandato do nosso presidente golpista. A bagunça e a completa perda de rumo atingiram proporções grandiosas, o Morumbi é hoje um caos total e a previsão é que dias piores virão, pois não vejo qualquer perspectiva de mudança na mentalidade dos inábeis dirigentes são paulinos.
Infelizmente este é o único tipo de diagnóstico que pode ser feito a respeito da nossa terrível situação, sobretudo após as deploráveis e cínicas declarações de Juvenal Juvêncio. Concordo que uma limpeza no elenco é mais do que necessária, principalmente porque nosso time é composto em sua maioria por um bando de jogadores desqualificados e descompromissados. Contudo, ao se eximir de qualquer tipo de responsabilidade sobre os males que pairam em terras tricolores, culpando apenas aqueles que entram em campo, Juvenal demonstrou um grau de filha da putice nauseante.
Não posso nutrir qualquer tipo de esperança ao constatar que o processo de renovação que o São Paulo tanto necessita, se colocado em prática for comandado por um sujeito que não pode ser levado a sério. Primeiro, porque ele é o principal responsável pela criação e propagação dos nossos problemas; segundo, porque ele se preservará e poupará seus pares, dirigentes como Jesus Lópes e Leco, da mesma estirpe e tão maléficos quanto o próprio Juvenal.
A derrota de 2x0 para o Libertad sacramentou mais uma eliminação são paulina. Este nosso novo fracasso é uma consequência direta de toda essa política de abandono e descaso destes velhos parasitas que não param de vitimar o São Paulo, afastando para bem longe do Morumbi qualquer possibilidade de sucesso. As crises e as frustrações que acumulamos ao longo destes últimos tempos são criadas por nós mesmos, por gente de dentro do próprio São Paulo, e os mesmos não me parecem nenhum pouco preocupados com todo esse cenário desolador.

*Sempre quis usar a célebre frase de encerramento do brilhante filme Apocalypse Now no título de uma postagem, acho que não poderia haver um momento mais adequado.


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Qualquer nota

A última vez que o São Paulo ganhou um jogo no Campeonato Brasileiro foi no longínquo dia 17 de Setembro, mais de um mês atrás. Desde então jogamos 7 partidas, nosso desempenho nesse período foi catastrófico: cinco empates, duas derrotas e nenhuma vitória.
Portanto, não me surpreendo com o empate de 0x0 diante do Coritiba no Morumbi. Na verdade encaro-o com muita naturalidade, já que se trata de um resultado normal, que muito provavelmente irá se repetir ao longo dessas sete rodadas que ainda restam para o fim do campeonato.
A verdade é que de certa forma eu já estou me acostumando com esse monte de resultados ridículos do São Paulo, e com um time (salvo raríssimas exceções) formado por um bando de desgraçados, que já estão merecendo tomar umas porradas.
Para completar a merda recebemos a notícia de que Leão será o novo treinador do São Paulo. Era só o que faltava, o escolhido pela diretoria para dar jeito nesses vagabundos é o filho da puta que em 2005 nos abandonou no meio da Libertadores para ir ajudar um “amigo” japonês. Só falta agora os caras trazerem de volta o ilustre vereador Marco Aurélio Cunha para a desgraceira ficar completa.
Minha maior bronca com o cara de fato é por ele ter nos abandonado em 2005, mas minha rejeição por ele vai muito além disso. Essa parada de disciplinador, de autoritarismo, de time cascudo e o caralho não cola mais, ele não vai conseguir se impor através do medo, e me parece que é apenas isso que ele tem a nos oferecer, o que é muito pouco. Fora que teremos que aguentar seu ego que é do tamanho do Morumbi, sua má educação e sua escrota visão de mundo.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Vitóriazinha insignificante

Não esperava muita coisa do jogo de ontem, na verdade eu não esperava rigorosamente nada. Sabia que a partir do momento que a bola começasse a rolar, nada de positivo poderia sair dos pés daquele bando de incapacitados, estava certo que a frustração, a irritação e a indignação mais uma vez tomaria conta de mim.
Acredito que para a torcida são paulina, essa será a tônica das partidas envolvendo nosso time daqui até o final do ano. Portanto, acho que é bom não criarmos muitas expectativas, pois me parece que muitos serão os momentos de tristeza, e raras as ocasiões de alegria.
A situação é tão desanimadora, que até quando uma vitória é conquistada é difícil ficar satisfeito com o futebol apresentado pelo São Paulo. A questão aqui não é ser exigente demais (o material humano disponível não me permite este tipo de comportamento), é não se satisfazer com o nada.
Veja este jogo contra o Libertad, vencemos por 1x0, mas fizemos um jogo deplorável, abaixo da crítica. Foi aquela típica vitória que não significa absolutamente nada, que não nos qualifica para porra nenhuma e que demonstra que este time do São Paulo não inspira a menor confiança.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Futuro

Reproduzo abaixo os dois últimos parágrafos da última postagem deste blog:

Concluo sobre a impossibilidade do título são paulino levando em consideração não apenas este decepcionante empate em 0x0 contra o Inter, mas sim tudo aquilo que este desqualificado time deixou de fazer ao longo de todo o ano. Olhando em perspectiva, vejo que não faz sentido nutrir qualquer tipo de esperança em relação ao título, nosso fracasso é inevitável, somos impotentes demais para engrenar uma sequência de vitórias e aproveitar os tropeços dos nossos adversários.
Não é questão de ser pessimista, é enxergar a realidade conforme ela se apresenta, e já faz um tempo considerável que ela é totalmente desfavorável ao São Paulo. Confesso que eu queria ser mais otimista e escrever textos menos desanimadores e niilistas, mas enquanto Juan, Jean, Carlinhos Paraíba, Cícero, Rivaldo, Xandão, Dagoberto e Wellington estiverem em campo, e as opções no banco de reservas forem Marlos, Casemiro, William José, Henrique e Rodrigo Caio, com Adilson no comando e Juvenal na presidência dificilmente escreverei sobre títulos.

Pois bem, após a acachapante derrota por 3x0 para o Atlético Goianiense no Serra Dourada Adilson foi mandado embora. Com a demissão do nosso treinador acho que, sei lá, apenas uns 10% dos nossos problemas se resolvem. Para que tudo volte a normalidade e o São Paulo torne-se novamente um time competitivo, será necessário que os descompromissados e desqualificados jogadores acima citados e principalmente Juvenal Juvêncio, o presidente golpista, o verdadeiro responsável por colocar o São Paulo nesta situação deprimente também desapareçam do Morumbi. Como as perspectivas de uma profunda mudança estrutural do elenco e do corpo diretivo inexistem, nosso futuro não é nenhum pouco animador, já que é certo que os problemas do clube e do time continuarão sendo empurrados com a barriga. Portanto, novos fracassos e reveses continuarão acontecendo, eles são apenas uma questão de tempo.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A impossibilidade do título

Quando o juiz encerrou a partida ontem a tarde em Barueri, fiquei um tempão sentado vendo o estádio esvaziar e pensando nas possibilidades e nos limites deste time do São Paulo. Quando um otário fardado chegou junto de mim e de outros torcedores pedindo que nos retirássemos, já tinha chegado a conclusão de que o título do Campeonato Brasileiro é algo que está completamente fora de cogitação para este time do São Paulo.
Eu sei, é triste demais fazer este tipo de afirmação faltando ainda 9 rodadas para o fim do campeonato, e com a matemática insistindo em dizer que ainda podemos ser campeões. Todavia, nenhuma ciência exata irá me convencer que está taça pode vir para o Morumbi, pois dentro de campo, onde tudo de fato se define, as coisas não caminham nada bem, na verdade elas pioram a cada rodada.
Concluo sobre a impossibilidade do título são paulino levando em consideração não apenas este decepcionante empate em 0x0 contra o Inter, mas sim tudo aquilo que este desqualificado time deixou de fazer ao longo de todo o ano. Olhando em perspectiva, vejo que não faz sentido nutrir qualquer tipo de esperança em relação ao título, nosso fracasso é inevitável, somos impotentes demais para engrenar uma sequência de vitórias e aproveitar os tropeços dos nossos adversários.
Não é questão de ser pessimista, é enxergar a realidade conforme ela se apresenta, e já faz um tempo considerável que ela é totalmente desfavorável ao São Paulo. Confesso que eu queria ser mais otimista e escrever textos menos desanimadores e niilistas, mas enquanto Juan, Jean, Carlinhos Paraíba, Cícero, Rivaldo, Xandão, Dagoberto e Wellington estiverem em campo, e as opções no banco de reservas forem Marlos, Casemiro, William José, Henrique e Rodrigo Caio, com Adilson no comando e Juvenal na presidência dificilmente escreverei sobre títulos.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Uma tarde na Javari


Sem jogo do São Paulo nesta rodada de fim de semana do Campeonato Brasileiro, resolvi ir até a simpática Rua Javari acompanhar uma partida do tradicional Juventus da Mooca. O jogo em si não me interessava muito, um embate válido pela segunda fase da Copa Paulista ( torneio criado pela Federação para que os respectivos participantes não passem um semestre inteiro em inatividade) contra uma aberração, um time artificial chamado Red Bull(!)
Fui ao Conde Rodolfo Crespi sábado para sentir de perto todo o clima, toda a atmosfera que cerca aquele local que pode ser considerado o último reduto de resistência ao maldito futebol moderno. Ali o futebol ainda é uma manisfestação verdadeiramente popular, ali o futebol ainda não é movido por interesses comerciais que tendem a transformá-lo num ramo privilegiado da lucrativa indústria do entretenimento.
Nada de Arena mutiuso estilo européia, padrão Fifa, lugares marcados, cadeirinhas, camarotes, área Vip, setor Visa, ingressos em forma de cartão, preços proibitivos, futebol como espetáculo e outras bobagens modernas- apenas um estádio acanhado, sem divisão de setores, cimento da arquibancada, preços populares, ingressos de papel, torcedor junto ao alambrado e alma transbordando por tudo que é lado.
Muitos podem dizer que é romantismo e saudosismo demais de minha parte, que o campo do Juventus não passa de um lugar decadente e ultrapassado, totalmente fora do padrão vigente. Pode até ser, mas a verdade é que isso não tem a menor importância para todos aqueles que sábado compareceram à Rua Javari. Sim, pois estávamos lá para fazer uma espécie de viagem no tempo, rumo à uma época em que o futebol não estava contaminado por esta praga chamado futebol moderno.

* O placar do jogo foi 1x1, o energético fez 1x0 no começo do segundo do tempo e o Juventus empatou no final da partida.
   Destaque negativo para os desprezíveis e despreparados Policiais Militares, que na metade do primeiro tempo confiscaram todos os instrumentos musicais da galera do Setor 2, simplesmente porque eles festejavam demais.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Acumulando erros e perdendo pontos

A vitória frente ao Cruzeiro era obrigatória. Mesmo jogando fora de casa e contra um time grande a obrigação do São Paulo era voltar para casa com os 3 pontos por duas razões bem simples: primeiro, porque nosso adversário atravessa um péssimo momento, fazendo a pior campanha do segundo turno e beirando a zona da degola; segundo, porque era necessário recuperar os pontos perdidos na rodada anterior no Morumbi, dado que somente assim seria possível uma aproximação junto aos líderes, evitando um distanciamento ainda maior após o complemento da rodada.
Esta vigésima oitava rodada que só acabará no domingo, já se mostra completamente adversa para o São Paulo. Empatar com o Cruzeiro não foi um bom resultado sob nenhum aspecto, e agora é pouco provável que ao término desta rodada nossa situação na tabela continue a mesma. A quantidade de falhas e vacilos cometidos por um time que não consegue vencer suas partidas, já extrapolou todos os limites do aceitável, e jogo após jogo vamos acumulando erros e perdendo pontos que está nos afastando da disputa pelo título.
Ontem foi a vez da defesa do São Paulo abusar dos erros e colocar tudo a perder. Depois de conseguir reverter a desvantagem no placar e ficar duas vezes na frente, falhas grosseiras de marcação possibilitaram o empate cruzeirense em duas ocasiões. O sistema defensivo são paulino se comportou em Sete Lagoas como nos piores momentos daquelas temíveis zagas de meados dos anos 90. Nosso desempenho atrás foi desastroso, todas as bolas levantadas na nossa área representavam um iminente perigo à meta defendida por Rogério Ceni.
O gol do Cruzeiro que decretou o empate de 3x3 ilustra muito bem as deficiências e o baixíssimo nível da atuação dos nossos defensores, resultando na perda de mais dois pontos de suma importância. Resta agora 10 rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro, 30 pontos ainda estão em disputa, o que matematicamente deixa o título em aberto. Contudo, se dentro de campo os resultados negativos persistirem, deixaremos escapar não apenas o título, mas até uma possivel vaga na Libertadores. Lembrando que temos potencial para isto, basta olharmos para nosso treinador e alguns jogadores que o cercam.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Igual

A verdade é que não há absolutamente nada de novo ou significativo, que eu possa escrever sobre a intolerável derrota para o Flamengo ontem a tarde no Morumbi. Sério, tudo o que poderia ser escrito sobre outra patética apresentação são paulina em seu estádio diante de sua torcida já foi dito neste espaço inúmeras vezes ao longo deste ano, e nas apenas nas derrotas, mas também nos empates e até em algumas vitórias, portanto não é o caso de gastar mais tempo com todo um discurso que já foi repetido a exaustão.
Sim, pois as causas, as consequências, as circunstâncias, os personagens e o enredo dos tropeços do São Paulo são sempre iguais, assim como toda a nossa insatisfação diante da mediocridade que nos assola. Podemos em número de pontos estar bem colocado e próximo da liderança, mas em termos de futebol vejo o São Paulo cada vez mais distante da luta pelo título, apto apenas a passar vergonha e apuro em sua própria casa, e a ressucitar times que já estavam praticamente mortos.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Luis Fabiano

Ao que tudo indica, domingo contra o Flamengo em um Morumbi lotado Luis Fabiano fará sua reestreia com a camisa do São Paulo. A expectativa tanto do jogador quanto da torcida, pela chegada do jogo que marcará o retorno do nosso novo camisa 9 aos gramados é enorme. Desde a grandiosa festa de apresentação do centroavante aguardamos sua escalação no time titular, porém as notícias de seus seguidos problemas físicos que adiaram por diversas vezes sua volta, acabaram sempre nos frustrando, o que fez nossa expectativa aumentar cada vez mais.
Contratado a peso de ouro junto ao Sevilha, Luis Fabiano volta para um São Paulo que hoje possui um time com algumas semelhanças com aquele último São Paulo que ele fez parte. Me refiro ao time de 2004, que tinha um elenco desequilibrado, não empolgava a torcida e apresentava um futebol bastante inconsistente. Naquela época até que conseguíamos chegar perto de algumas conquistas, mas nos momentos mais agudos e decisivos sempre falhávamos.
Luis Fabiano jogou muita bola em sua primeira passagem pelo São Paulo, um centroavante habilidoso e oportunista, com uma média incrível de gols, sendo sempre o destaque do São Paulo nos campeonatos. Todavia no período em que Luis Fabiano esteve no comado de ataque são paulino não conquistamos nenhum troféu, e parte da torcida, ansiosa por títulos importantes que não conquistávamos já fazia um bom tempo, equivocadamente elegeu ele e Rogério Ceni como bodes expiatórios daquela traumática derrota frente ao Once Caldas, quando fomos eliminados com um gol aos 45 do segundo tempo.
A partir desta eliminação, Luis Fabuloso injustamente ganhou a alcunha de Luis Pipoquero, e o mesmo saiu do São Paulo pelas portas do fundo e dando graças a deus. Passados 7 longos anos Luis Fabiano retorna ao tricolor paulista com status de ídolo, e nele é depositado uma perigosa esperança. Evidente que Luis Fabiano ajudará muito o São Paulo e que com ele ficamos mais fortes, contudo não podemos nos esquecer que nossos problemas vão muito além de quem veste a camisa 9.
Portanto é bom que todos aqueles imbecis que apoiaram ou estavam no tobagã naquele fatídico jogo pós Once Caldas, vestidos de amarelo e atrapalhando o time, tenham aprendido alguma coisa com aquele episódio e entendam que Luis Fabiano não joga sozinho, ele também depende de seus companheiros para marcar seus gols e conquistar nossas vitórias. Lembrando que ao mesmo tempo que existe um Rogério Ceni, um Rhodolfo e um Lucas para tornar isso mais fácil, existe também um Juan, um Marlos um Xandão e um Rodrigo Caio que pode colocar tudo a perder, assim como antigamente existia um Alexandre, um Gustavo Nery, um Jean e um Julio Santos.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Empate alucinante


Se classifiquei o empate contra o small club como algo depressivo, uma vez que ao ver o São Paulo desperdiçar uma grande oportunidade de assumir a liderança do campeonato, e instaurar de vez a crise no lado inimigo me deixou muito mal, o empate de ontem contra o Botafogo teve um significado totalmente oposto. Mesmo que a quantidade de pontos conquistados nas duas partidas tenham sido iguais, o 2x2 no Engenhão foi completamente alucinante, um jogo memorável, daqueles que recompensam todo o esforço que é se deslocar até um outro estado para acompanhar uma partida de futebol.
Tecnicamente o São Paulo esteve longe de fazer uma boa partida, principalmente no primeiro tempo, onde nenhum setor do time funcionou e fomos dominados pelo Botafogo, que soube explorar muito bem toda a nossa ineficiência. Mandando e ditando o ritmo do jogo, com extrema facilidade nosso adversário abriu um 2x0 no placar que parecia irreversível, pois eu não conseguia acreditar que o São Paulo seria capaz de marcar algum gol naquela tarde, não depois de ver a maneira como os dois times se portavam dentro de campo durante aqueles 45 minutos iniciais.
Veio o segundo tempo e o lance que para mim decidiu os rumos da partida. Após marcar os dois gols para o seu time, Loco Abreu que é disparado o jogador de linha mais esclarecido e com mais alma no futebol brasileiro ( sua nacionalidade uruguaia explica muito bem a razão disso ), perdeu um dos gols mais feito do ano, que caso fosse convertido fatalmente teria selado a vitória botafoguense, mas que ao ser desperdiçado tornou-se um dos fatores determinantes para a incrível reação são paulina.
A partir desse erro do atacante estrangeiro, o São Paulo aos poucos foi se acertando em campo e equlibrando uma partida que muitos já davam como perdida, inclusive eu, que inevitavelmente começava a pensar na dureza que seria voltar para casa com outro resultado negativo nas costas. Com as boas alterações feitas por Adilson fomos para cima, e após uma queimada de roupa do goleiro reserva dos caras, Henrique, o bostinha com pinta de fã do Fresno descontou para a gente incendiando de vez o time.
Na base da raça e da força da camisa fomos pressionando e acuando o Botafogo, que assim como sua torcida já sentia que as coisas não íam nada bem, e que o gol de empate tricolor era apenas uma questão de tempo. Contudo o tempo passava e nosso gol não saia, o que contribuia para aumentar a alucinação na arquibancada, que atingiu altos índices quando empatamos a partida aos 45 do segundo tempo, e que chegou ao extremo quando nos acréscimos por muito pouco não fizemos o gol da vitória.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Empate depressivo

Fizemos ontem no Morumbi contra nosso principal inimigo o jogo mais importante do ano. A expectativa e a ansiedade pelo embate contra a escória alvinegra era enorme, pois ao enfrentar um adversário enfraquecido, nossas chances de vitória eram consideráveis. No caso de um triunfo tricolor, além da incrível moral que ganharíamos para o restante do campeonato, trazendo em definitivo a torcida para junto do time, poderíamos abrir 4 pontos de vantagem em relação ao small club, empurrando-os para o abismo e agravando a crise pelos lados de Itaquera.
A oportunidade de derrotar a corja imunda sem estádio novamente foi desperdiçada, a vitória não veio e agora resta nos contentarmos com um depressivo empate por 0x0, contra um time que veio até a nossa casa apenas para se defender. Se para o time visitante o resultado foi satisfatório, para nós ele foi muito ruim, sobretudo devido as condições e o contexto em que se encontra nosso adversário, o que torna o placar final da partida ainda pior, não apenas em termos de pontuação, mas por tudo aquilo que significa um tropeço frente a esta instituição abjeta.
A verdade é que o São Paulo novamente não conseguiu jogar bem, e desta vez a sorte que nos acompanhou algumas vezes em outros jogos, ontem não deus as caras. Por mais que o domínio da partida fosse nosso, pouco incomodávamos e agredíamos nosso oponente, tanto que não consigo me lembrar de absolutamente nenhuma defesa do camisa 1 do outro time. Esbarrávamos em nossas próprias pernas e na pouquíssima movimentação de um time excessivamente estático e mal treinado, comandado por um sujeito que é uma verdadeira nulidade como técnico ( o que não significa que atribuo a Adilson todo o ônus do malogro são paulino)
Acredito que a minha decepção diante do empate, é oriunda de toda a expectativa que acabei criando em torno desta partida. Não sei se é por causa do asco que sinto por aquele clube, ou devido esse insano amor que nutro pelo São Paulo, mas ontem eu estava mais pilhado do que de costume para o clássico. A partir do momento em que dentro de campo as coisas não davam certo e o São Paulo apenas me frustrava, pouco a pouco toda a ansiedade e a esperança que tomavam conta de mim, foram dando lugar a uma amarga sensação de depressão.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

É quarta-feira!

Levando em consideração apenas o elástico placar de 4x0, podemos ser induzidos a acreditar que a partida contra o Ceará foi tranquila, que o São Paulo jogou fácil e dominou a partida, não encontrando dificuldades para derrotar o adversário que veio até o Morumbi nos desafiar. Quem esteve no estádio sábado, sabe muito bem que o resultado final não condiz com o futebol praticado pelo São Paulo ao longo dos 90 minutos, e que a goleada foi estabelecida com uma certa dificuldade.
Até os 42 minutos do primeiro tempo o jogo estava bem complicado, o São Paulo completamente desnorteado em campo não conseguia fazer a bola chegar até o ataque, enquanto que o Ceará, bem postado, criava e desperdiçava uma chance atrás da outra. Quando a primeira etapa já estava chegando ao fim, e todo o estádio já se preparava para começar as vaias tão logo o intervalo começasse, eis que de cabeça Juan executou o milagre que possivelmente só voltará a acontecer quando o eixo da Terra novamente se alinhar ao eixo do Sol.
Ainda no primeiro tempo, dois minutos após o espantoso feito do nosso lateral esquerdo, nosso lateral direito ampliou o placar. Fomos para o intervalo com um inesperado 2x0, que não refletia em nada o que foram aqueles 45 minutos iniciais, visto a superioridade da equipe cearense, que se tivesse um centroavante um pouco menos orelhudo, fatalmente teria feito algum gol. A tranqüilidade originada do resultado favorável, nos proporcionou um segundo tempo tranquilo, administramos a vantagem e ainda fizemos mais dois gols, dando números finais a partida.
A partir do instante que me convenci que a vitória seria nossa (quando fizemos 3x0), passei a me concentrar no jogo de quarta-feira contra os pilantras da marginal sem número, e desde então não consigo pensar em outra coisa. Quarta-feira no Morumbi, temos uma guerra marcada contra nosso principal inimigo, contra o time que tem a maior quantidade de filhos da puta em seu quadro diretivo, contra o time que se alinhou ao que há de mais podre e sujo no futebol nacional, contra o time que baseia a maioria de suas ações visando nos prejudicar- portanto não aceitarei nenhum resultado que não seja nossa vitória.
Temos daqui a dois dias uma enorme oportunidade de jogar essa escória de vez no precipício, de tornar a crise deles ainda maior, de abrirmos 4 significativos pontos de vantagem em relação a estes malditos, de embalarmos de vez no campeonato, de alcançarmos a liderança e de mostrar porque que dentre os grandes somos os primeiros. É o jogo mais importante do ano e tempos que jogar junto com o time, empurrando-o para a vitória e transformando o Morumbi num inferno para quem não for dos nossos.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Biblioteca Futebolística


Dando continuidade as postagens da série “Biblioteca Futebolística”, que não chegou antes ao seu segundo capítulo por pura preguiça da minha parte, pois sempre que é possível exerço meu sagrado e inalienável direito ao ócio, falarei hoje sobre um dos meus livros prediletos, não apenas entre aqueles que abordam o tema futebol, mas dentro da literatura de um modo geral.
O livro em questão é: “Febre de Bola”, do escritor inglês Nick Hornby, a grande obra-prima da literatura sobre futebol, pela qual nutro enorme apreço. Primeiro, pela qualidade do texto; segundo, pela enorme identificação com as idéias e os conceitos defendidos por Hornby sobre o que é futebol e principalmente, sobre o que significa ser um torcedor de futebol.
Escrito sob a forma de diário, Hornby um fanático torcedor do Arsenal, começa o livro descrevendo a maneira como o futebol entrou na sua vida e como através do tempo, ele foi importante para a sua socialização, até o ponto dele se transformar em uma verdadeira obsessão. O livro se desenvolve, com cada jogo servindo de pano de fundo para uma reflexão das conseqüências dessa obsessão nos relacionamentos do autor- não apenas com seu time, mas também com sua família, seu trabalho, seus amigos e suas namoradas.
Febre de Bola como diz o próprio autor: “... é uma tentativa de entender um pouco melhor a minha obsessão. Por que razão esse relacionamento, que começou como uma mera gamação de colegial, já dura quase um quarto de século, mais do que todos os relacionamentos que travei por vontade própria? [...] E por que essa afinidade consegue sobreviver aos meus periódicos sentimentos de indiferença, tristeza e ódio bastante reais? [...] Por fim, Febre de Bola fala do que é ser torcedor.”
Para Hornby, torcedor é aquele sujeito que acompanha as partidas do seu time no estádio. Veja o que ele diz sobre si próprio, quando em uma temporada ele não esteve presente em alguns jogos do Arsenal: “ O ano de 1971[...] ganhamos [...] a famosa Dobradinha. [...] não assisti a nada disso. [...] Perdi tudo. E como este livro é sobre os torcedores de futebol, e não sobre o futebol propriamente dito, o ano da Dobradinha- a melhor temporada do Arsenal no século- na verdade não tem muito lugar na minha história. [...] Claro, fiquei tão feliz [...] mas não contribuíra para o triunfo da Dobradinha [...] Os outros, aqueles que haviam conseguido ingressos para a final e ficado cinco horas na fila em Tottenham, tinham mais a dizer sobre a Dobradinha do que eu.”
Este é o livro que melhor consegue traduzir a essência do torcedor de futebol, pouco importando de que nacionalidade ele seja, pois torcedor é o mesmo em qualquer lugar do mundo. Torcedor é aquele que não mede esforços para estar sempre ao lado do seu time, que sabe que os 90 minutos de uma partida de futebol trazem muito mais sofrimento do que alegria, e que mesmo em condições adversas estará presente no estádio, simplesmente porque não consegue imaginar a possibilidade de não estar lá.
Leitura obrigatória para todos aqueles que têm o estádio de futebol como sua segunda casa, e que se desesperam com um cruzamento para fora, que se aborrecem com uma falha da zaga, que se revoltam com um gol perdido e que não se conformam com a iminência da derrota. Conforme diz Nick Hornby na introdução: “... este livro é para torcedores como nós, e para quem tiver curiosidade de saber como é a nossa vida. Embora os detalhes aqui perteçam exclusivamente a mim, espero que eles ressoem dentro de todos os que já se tenham surpreendido devaneando- no meio de um dia de trabalho, um filme ou uma conversa- sobre um voleio de canhota no canto superior direito ocorrido dez, quinze ou vinte anos atrás.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Derrota compreensível


Jogar contra o Grêmio no Rio Grande do Sul nunca poderá ser considerada uma tarefa fácil. Por mais que a fase dos gaúhos não seja das melhores, e que eles apareçam na parte inferior da tabela, enfrentar os caras no estádio Olímpico é sempre complicado. Isto não quer dizer que estamos obrigatoriamente fadados a derrota, mas devemos ter em mente que a possibilidade de sucesso são paulino por aquelas bandas é algo bem reduzido.
Ontem este grande clássico do futebol brasileiro ganhou mais um capítulo, e coube novamente ao tricolor paulista protagonizar o papel da equipe derrotada, aumentando nossa desvantagem histórica nos confrontos contra o Grêmio no Sul do país. Acompanhamos uma partida dura, de muita pegada e marcação pesada, resultando em um jogo truncado, onde nehuma equipe conseguia chegar com facilidade no gol adversário, pois a maioria das jogadas eram destruídas no meio de campo.
São Paulo e Grêmio fizeram aquele típico jogo onde a equipe que conseguisse marcar o primeiro gol, fatalmente conquistaria a vitória, uma vez que a prioridade dos dois times era anular as investidas do outro. Soma-se a isso o limitado poder de criação dos tricolores paulista e gaúcho, e temos as condições perfeitas para um jogo de quando no muito apenas um gol. No final das contas, o Grêmio por estar numa posição perigosa e jogando em casa diante da sua torcida, foi obrigado a ser mais ousado e sair para o ataque, vencendo o jogo pelo placar mínimo.
Um resultado normal, uma derrota compreensível, já que voltar de Porto Alegre com os três pontos é a exceção não a regra. Não devemos portanto encarar este resultado como uma fatalidade, pois ficar esta rodada sem somar pontos já era esperado. São os pontos perdidos de forma ridícula no Morumbi que poderão ser decisivos no final do campeonato, não estes que perdemos para o Grêmio no Olímpico, que eu desconfiava que não seriam trazidos para São Paulo.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Felicidade completa

Rogério Ceni, como um grande e verdadeiro torcedor são paulino que é, sabia que a sua felicidade, e a felicidade de todos os mais de 63 mil tricolores que lotaram o Morumbi ontem a tarde, só seria completa, caso no seu jogo de número mil vestindo a camisa do São Paulo uma vitória fosse conquistada. A tarde de celebração a mais um grandioso feito do nosso mítico goleiro, que começou com uma festa enorme comandada por nossa torcida, deveria obrigatoriamente atingir o seu clímax quando o juiz encerrasse a partida. Bem posicionado na tabela, mais uma vez o São Paulo teria a oportunidade de jogando em casa, alcançar a liderança do campeonato, portanto não poderíamos falhar novamente.
Vencer não seria uma tarefa nenhum pouco fácil, mesmo que o jogo fosse contra um adversário que habita a zona de rebaixamento, certamente o São Paulo encontraria algumas dificuldades para construir sua vitória. Para a surpresa de todos, com menos de um minuto de bola rolando Lucas abriu o placar para a gente, fazendo o estádio explodir ainda mais de alegria. Por um instante achei que o jogo transcorreria de maneira tranquila, pensei que o 1x0 no placar em conjunto com aquele clima, aquela atmosfera maravilhosa que cercava o estádio, seria determinante para fazer o São Paulo jogar bem e reencontrar o bom futebol.
Acabei me iludindo, não demorou muito tempo e o Atlético Mineiro empatou a partida. Após uma cobrança de falta a bola foi alçada na área, e outra vez nosso sistema defensivo falhou feio, com todos os nossos jogadores apenas olhando o zagueiro atleticano subir e com total liberdade cabecear a bola para o fundo do nosso gol. A partir deste gol o São Paulo parou, completamente desorganizado em campo não conseguimos articular nenhuma jogada, passamos o resto do primeiro dando toquinho de lado, o que irritou a torcida que com razão vaiou o time no intervalo.
Em termos técnicos o segundo tempo foi basicamente igual ao primeiro, o São Paulo continuou cometendo os mesmos erros e judiando da bola, contudo conseguimos fazer um gol e não sofrer nenhum. Pronto, a felicidade estava completa, em uma tarde gloriosa voltamos a vencer no Morumbi, conquistamos a liderança da competição e celebramos Rogério Ceni. A exaltação ao mito Rogério Ceni, deu-se não só pela conquista de mais uma marca impressionante, mas sim devido a sua existência e por tudo aquilo que ele representa e significa na história do glorioso São Paulo Futebol Clube. Algo que só pode ser compreendido e dimensionado por aqueles que vestem a mesma camisa que Rogério Ceni.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Contrariando os prognósticos

Nossas perspectivas na rodada não eram nada favoráveis, pois vinhamos de uma apresentação grotesca no meio da semana contra o Fluminense, e teríamos que ir até Florianópolis enfrentar a equipe do Figueirense com nada menos do que ONZE desfalques. Nenhum torcedor são paulino estava confiante em um triunfo, dadas as circunstâncias voltar para casa com uma vitória era improvável demais, um empate estaria de bom tamanho. Como a principal característica deste Campeonato Brasileiro é a imprevisibilidade, eis que conquistamos os três pontos.
Dentro de campo era nítido o porquê de toda a desconfiança da torcida. Nosso primeiro tempo foi tecnicamente horroroso, conseguimos chutar a primeira bola no gol por volta dos quarenta minutos, mas ela passou muito longe do alvo. Tudo fazia parecer que a primeira etapa terminaria empatada, já que nosso sistema defensivo conseguia conter as investidas catarinenses e não tinhamos absolutamente nenhum poder de fogo. Até que o improvável aconteceu: a partir de uma cobrança de falta a bola foi alçada na área e após uma pequena confusão ela parou no fundo da rede.
Era inacreditável ir para o segundo tempo em vantagem, sobretudo depois de passar quarenta e cinco minutos apenas destruindo as jogadas do adversário, contudo a justiça no placar logo se estabeleceu, com apenas cinco minutos o Figueirense empatou a partida. Não conseguia acreditar que o São Paulo tomaria novamente a frente no placar, pois não parecia que nosso gol iria se materializar mediante uma jogada articulada de maneira consciente, seria necessário outra jogada confusa e meio sem querer (como no primeiro gol) para retomar a frente na partida.
Contrariando todos os prognósticos, o gol que nos garantiu a vitória mais imprevisível do ano veio através de uma boa jogada tramada entre nosso meio de campo e ataque. Se a vitória de sábado por si só já estava ótima, após os resultados dos jogos de domingo ela se transformou em algo grandioso, uma vez que assumimos a vice-liderança da competição. Mais uma vez nos encontramos numa posição em que uma vitória no próximo jogo, que será realizado no Morumbi, poderá nos proporcionar o primeiro lugar na tabela, novamente o São Paulo tem a oportunidade de fazer sua torcida tentar voltar a acreditar no time. Espero que desta vez o prognóstico de uma vitória em casa finalmente se confirme.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Choque de realidade

Quatro dias atrás, quando o primeiro turno do Campeonato Brasileiro chegou ao fim pensei comigo mesmo: “Não jogamos bem a maioria das partidas, perdemos uma quantidade enorme de pontos atuando em casa, sofremos para escalar o time devido uma série de desfalques, nossos dirigentes são uns merdas, temos jogadores no elenco que não seriam titulares nem na Seleção Paraolímpica e mesmo assim conseguimos acabar o turno na terceira posição, apenas dois pontos atrás do líder- porra, estamos no lucro, vamos então deixar o pessimismo e as postagens virulentas de lado e voltar a acreditar no time.”
Ingenuamente me convenci de que a partir do segundo turno, quando o campeonato recomeçasse e mais 19 rodadas fossem disputadas, nosso time seria capaz de corrigir e reparar os erros e as falhas que tanto nos prejudicaram no primeiro turno. Baseado apenas em achismos e convicções infundadas, ignorando por completo questões fundamentais para se fazer uma análise mais séria, racional e convincente, acabei criando uma expectativa completamente descolada da realidade.
O contato imaginário com uma realidade idealizada que existia apenas na minha cabeça, me deixou todo empolgado para o embate contra o Fluminense. Eu realmente acreditava que começaríamos o segundo turno vencendo no Morumbi, que o São Paulo seria capaz de derrotar o tricolor carioca, que não deixaríamos mais pontos pelo caminho, que nossos jogadores fariam uma apresentação digna, que após 90 minutos de futebol sairíamos ilesos defensivamente e que dependendo das combinações de resultados alcançaríamos a liderança.
O choque de realidade foi enorme, com menos de 5 minutos de bola rolando já deu para perceber que tudo que eu imaginava não passava de meras fantasias, devaneios completamente sem sentido. Uma a uma, todas as minhas ilusões foram sendo destruídas pelo São Paulo, que nos presenteou com uma apresentação deplorável, falhando em todos os setores do campo, acumulando mais uma derrota no Morumbi, perdendo pontos preciosos e irrecuperáveis e caindo da terceira para a quinta colocação; exatamente como eu não imaginava.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

No lucro

Encerramos nossa participação no primeiro turno do Campeonato Brasileiro diante do Santos na Vila Belmiro. Infelizmente não pude estar presente no estádio domingo, pois mais uma vez os ingressos para o jogo contra os caiçaras não foram colocados à venda nas bilheterias do Morumbi. A diretoria são paulina novamente optou por repassar todas as entradas destinadas para nossa torcida aos torcedores organizados, que comercializaram estes ingressos apenas entre si, excluindo o torcedor comum e abolindo nosso direito de acompanhar o São Paulo no clássico.
Contrariado, fui obrigado a acompanhar a partida do sofá da minha casa, que por mais confortável que possa ser, ainda está longe de me deixar à vontade de modo semelhante quando estou presente na arquibancada de um estádio de futebol. Longe de onde eu deveria estar, assisti pela televisão um interessante embate entre São Paulo e Santos- um jogo bastante movimentado, de bom nível técnico, com os dois times buscando o ataque e criando várias oportunidades de gol.
O jogo terminou com o placar de 1x1, Lucas com um golaço abriu a contagem para o tricolor e Ganso com um belo chute igualou para os caras. Mesmo muitas horas depois do fim da partida, eu ainda não consigo chegar a um consenso se para nós o resultado foi bom ou ruim. Se analisarmos que a partida foi na casa do adversário, e que jogamos mais da metade dos 90 minutos com um jogador a menos, posso concluir que o empate foi bom; mas levando em consideração os dois gols que perdemos frente a frente com o goleiro quando o jogo estava 1x0 para nós, não consigo deixar de lamentar mais um empate.
Incertezas a parte, 1 ponto foi ganho e ele nos garantiu ao término do primeiro turno o terceiro lugar na tabela. Com 35 pontos conquistados, apenas 2 pontos atrás do primeiro colocado, considero que no final das contas o São Paulo saiu no lucro após estas 19 rodadas iniciais. O inconstante futebol apresentado ao longo do campeonato, o grande número de desfalques em várias rodadas, os muitos pontos idiotas perdidos dentro de casa e um elenco com deficiências crônicas em alguns setores, são fatores que poderiam muito bem ter detonado e comprometido todo o nosso desempenho no campeonato.
Incrivelmente o estrago não foi dos maiores, o que fatalmente teria feito muitos times agonizar na parte inferior da tabela, não nos distanciou da luta pela liderança. Estamos no encalço do líder, e agora temos todo o segundo turno para corrigir e reparar os erros e as falhas, que nos custaram pontos preciosos e por conseqüência o título simbólico do primeiro turno. Se por um lado é tempo do time buscar o seu aperfeiçoamento, é hora também da torcida renovar suas esperanças, deixando possíveis desconfianças de lado e apoiando o time, de preferência no estádio (isso quando a diretoria permitir).

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Classificação em 20 minutos

Um simples 1x0 era o suficiente para garantir nossa classificação à próxima fase da Copa Sul-Americana, o problema é que fazer o simples, ultimamente tornou-se uma tarefa bastante complicada para o São Paulo. Os recentes resultados desfavoráveis em casa, fruto de um futebol extremamente mal jogado e ineficiente, me deixava cético quanto as nossas chances de sucesso, não conseguia imaginar e me convencer de que o São Paulo fosse capaz de passar de um empate contra os cearenses no Morumbi. Isso mesmo, achava que ontem seríamos eliminados, o que não significava que deixaria de ir até o estádio cumprir minha obrigação como torcedor.
Diferente de domingo, quando o preço do ingresso para o jogo contra o verdinho da rua turiaçu sofreu um aumento significativo, o que em conjunto com outros fatores contribuiu para o pequeno público de 16 mil pagantes no clássico, ontem a diretoria fez uma promoção e baixou o valor dos ingressos. Mesmo assim considero que o público de 23 mil pagantes foi apenas razoável, o que demonstra muitas coisas, principalmente que esses jogos no ofensivo horário das 21:50 são inviáveis para muitos torcedores.
Sobre o jogo, digo que o primeiro tempo deixou claro que todo o meu receio sobre nossa classificação fazia sentido. Foram 45 minutos dignos de esquecimento, não jogamos rigorosamente nada, a prova disso é que o goleiro do Ceará foi um espectador privilegiado da partida, pois o São Paulo não conseguiu chutar uma bola sequer entre as três traves, todas as nossas finalizações foram para bem longe do gol. Metade do jogo chegava ao fim, e nada me levava a crer que nosso time seria capaz de alterar o placar, parecia que mais uma vez estávamos fadados a outro empate.
A segunda etapa que eu pensava que seria tecnicamente semelhante a primeira, foi completamente oposta. Vimos um São Paulo ligadão no jogo após o intervalo, pressionando e acuando o adversário por todos os lados do campo, o ritmo imposto pelo tricolor era tão alucinante que com apenas 20 minutos definimos nossa classificação com gols de Cícero, Lucas e Dagoberto respectivamente. Menos da metade do segundo tempo foi o suficiente para que o São Paulo voltasse a ser São Paulo, e o Ceará voltasse a ser Ceará.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Frustração absoluta

Ontem ao sair do Morumbi fiz uma promessa e espero conseguir cumpri-la. Prometi para mim mesmo, que não vou mais ficar somando o número de pontos perdidos pelo São Paulo jogando em casa. Farei isso com o intuito de tentar diminuir a frustração que toma conta de mim, após o final de cada jogo do São Paulo no Cícero Pompeu de Toledo. A frustração é praticamente garantida nas apresentações são paulinas, em especial nas jogadas na capital paulista, pois é certo que nosso time não conseguirá fazer uma partida digna, que veremos um bando de jogadores sem técnica judiando da bola e que fatalmente deixaremos de somar os três pontos que estão em jogo.
A frustração com o que ocorre dentro do Morumbi durante os noventa minutos já é absoluta, portanto não é necessário que eu fique me torturando analisando as consequências das nossas derrotas e dos nossos empates ridículos. Está mais do que na hora de eu começar a entender e principalmente, aceitar o óbvio: que este time do São Paulo da maneira como está configurado, definitivamente não tem condições de lutar pelo título do Campeonato Brasileiro, não após o desastroso aproveitamento de pontos no primeiro turno jogando como mandante, que segundo as contas que agora eu já não faço mais, destruiu todas as chances que tinhamos de hoje sermos líder do campeonato.
O empate de merda por 1x1 contra o decadente time de verde da Barra Funda, foi mais um momento de frustração para o torcedor são paulino que compareceu ao Morumbi. Seguindo basicamente o mesmo roteiro dos últimos insucessos em casa, não conseguimos fazer uma boa partida. Defesa falhando como sempre na bola aérea, volantes sendo facilmente driblados com um simples balançar de corpo, meio campo sem criatividade alguma e ataque não conseguindo colocar a defesa adversária em risco- resumindo, não tivemos a capacidade de somar três pontos contra um adversário que consegue ser pior do que nós.
A frustração estende-se também para outros campeonatos, quarta-feira tem jogo decisivo contra o Ceará pela Sul-Americana, um simples 1x0 nos garante a classificação. Pode parecer uma tarefa simples, uma vitória mínima contra um adversário inexpressivo, todavia prevejo mais um jogo difícil, com uma grande probabilidade da defesa do São Paulo falhar em uma bola alçada na área, e tomarmos mais um gol idiota, que no caso complicará nossa situação no confronto. Como já se tornou rotina o tricolor fracassar diante de sua torcida, espero que dessa vez que eu consiga estar melhor preparado para presenciar outro fracasso, pois quem sabe pensando dessa forma, eu evito que a frustração novamente tome conta de mim.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Incompetência em estado bruto

Faz tempo que o São Paulo não joga rigorosamente nada, já estamos habituados com atuações medonhas e pouco futebol, portanto não é surpresa para nenhum torcedor são paulino uma campanha repleta de resultados negativos e desfavoráveis, pois há tempos isso se tornou uma triste rotina. Mesmo ciente de que mais cedo ou mais tarde, inevitavelmente eu irei me desapontar, confesso que não estava preparado para um desempenho tão ordinário do São Paulo, não como o visto no horroroso empate de ontem em 1x1 contra o América Mineiro, lanterna da competição.
Tentem lembrar dos nossos jogos contra Vasco, Atlético Goianiense, Ceará (Sul-Americana) e Atlético Paranaense. Foram uma merda, correto? Agora multipliquem o péssimo futebol praticado pelo tricolor nessas quatro partidas por dez, pronto, encontramos um valor que representa bem o baixíssimo nível técnico do São Paulo na partida em Minas Gerais. Nosso time se superou negativamente, jogamos por uma hora e meia contra a pior agremiação do campeonato e não criamos praticamente nada, nossas jogadas não tinham nenhuma objetividade e lucidez. Vimos nossa incompetência em estado bruto, com finalizações grosseiras, uma enormidade de passes para trás, padrão de jogo zero e jogadores se escondendo em campo.
Foram mais dois pontos irrecuperáveis jogados no lixo, que farão muita falta, na verdade já estão fazendo, pois caso eles tivessem sido conquistados ocuparíamos hoje a vice-liderança. A realidade é que a terceira posição que ocupamos na tabela está de bom tamanho, se uma reflexão for feita, veremos que nosso bom aproveitamento de pontos é desproporcional ao nosso fraco desempenho dentro das quatro linhas. Para encerrar a semana domingo tem Choque-Rei, dada a fase ridícula das duas equipes, acredito que depois de amanhã teremos um clássico esquecível no Morumbi. Resta saber qual torcida ao final do jogo, terá mais motivos para cantar a música: “ Vergonhaaaaa, vergonhaaaaa, vergonhaaaa, time sem vergonha.”

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Menos Dois Pontos

São Paulo 2 X Atlético Paranaense 2. A matemática futebolística diz que com o empate de ontem no Morumbi, o São Paulo conquistou um ponto, mas na minha matemática e nas contas de vários torcedores, a verdade é que o São Paulo deixou de ganhar dois pontos. Após o empate dos dois times que lideram o campeonato, muitos podem sugerir que no cômputo geral da rodada nosso empate não acabou sendo tão ruim assim, não concordo, para mim os pontos perdidos contra os paranaenses tornam-se ainda mais dolorosos depois dos tropeços dos líderes, pois caso tivéssemos vencido, hoje estaríamos dividindo a liderança com gambás e mulambos.
Sei que a vitória contra o Atlético Paranaense não era uma tarefa fácil, pois se com o elenco completo nosso time já não é grande coisa, com o que hoje temos a disposição a probabilidade de insucessos é bem grande. Vejam a enorme carência de jogadores qualificados no nosso plantel, em especial na zaga, um setor que dadas as contusões, as convocações das seleções sub qualquer coisa, as suspensões e as cagadas da diretoria, tem sido escalada nos últimos jogos com apenas um jogador originário da posição. Isso faz o São Paulo entrar em campo extremamente fragilizado defensivamente, sofendo verdadeiros bombardeios dos ataques adversários, sendo que a qualquer momento que uma bola for alçada na nossa área, a chance de presenciarmos a festa da torcida adversária é considerável.
Dentro deste contexto nada favorável e animador, parece ilógico, incoerente e contraditório demais esperar e exigir uma vitória são paulina, entretanto por mais frágil e deficitário que nosso elenco possa ser, era inadmissível sair outra vez do Morumbi sem a vitória e os três pontos. Era necessário fazer valer o mando de campo, começar a reverter esse baixo aproveitamento de pontos em casa e não contabilizar mais um resultado ruim dentro do nosso estádio, mas enquanto os atleticanos voltavam para sua cidade comemorando o pontinho proveniente do empate, saíamos novamente do Morumbi com aquela amarga sensação de que o São Paulo deixava de somar dois pontos.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Vale muito

Começou ontem para o São Paulo a Copa Sul-Americana. Jogando no nordeste do país fomos derrotados pela equipe do Ceará pelo placar de 2x1, uma partida bem disputada mas que escancarou de vez os enormes problemas da zaga são paulina, que carece de jogadores qualificados neste setor, não fosse a ótima atuação do Rogério o prejuízo poderia ter sido maior. Necessitamos agora de uma vitória por um gol de diferença (caso o Ceará não marque nenhum gol) no jogo de volta no Morumbi, para avançarmos à próxima fase do torneio e enfrentarmos o vencedor do confronto entre Libertad do Paraguai, contra o vencedor do embate entre Juan Aurich do Peru e La Equidad da Colômbia.
Competição outrora ignorada por muitos clubes, torcedores e jornalistas esportivos brasileiros sob o argumento de que ela não valia absolutamente nada, já que não levava a lugar nenhum (como se a função de todos os campeonatos fossem levar um time para a disputa de outro campeonato), hoje a Copa Sul-Americana por oferecer ao campeão uma vaga para a Libertadores começa a ser valorizada no Brasil, porém ainda pela razão errada. A importância da Copa Sul-Americana vai muito além do que ela pode oferecer como prêmio ao vencedor, portanto não é correto classificá-la ou resumi-la apenas como um torneio que serve de atalho para Libertadores.
A Copa Sul-Americana é um ótimo campeonato; um troféu bonito, uma fórmula de disputa interessante, uma quantidade significativa de equipes importantes e de tradição, grandes jogos e o atrativo principal: vale uma taça e o prestígio de ser campeão, o que por si só bastaria para os times levarem a sério a disputa. É assim que eu espero que o São Paulo encare este torneio, com dedicação e seriedade, sem ficar poupando jogadores ou escalando time misto, pois temos pela frente um torneio que vale muito, mas muito mesmo, que ainda não tivemos a honra e a capacidade de ganhar e que não pode ser menosprezado e deixado de lado, para priorizar outro campeonato que pode até valer mais, o que não justifica ou implica em um descompromisso com a Copa Sul-Americana.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Futebol De Menos, Resultado Demais

O futebol apresentado contra o Avaí não foi dos melhores, em um determinado momento da partida parecia que aquela deprimente atuação que nos rendeu a eliminação da Copa do Brasil seria repetida, tamanha era a ineficiência do time do São Paulo, que não conseguia criar absolutamente nada em termos ofensivos. Foram quarenta e cinco minutos maltratando a bola com passes errados, cruzamentos para fora, lançamentos para ninguém e chutes sem direção; a nossa sorte era que a fraca equipe catarinense também não se mostrava capaz de colocar nossa defesa em apuros. Em suma, foi um primeiro tempo mal jogado por ambas equipes, que poderiam continuar jogando até altas horas da noite sem a perspectiva de que alguma delas conseguisse fazer um gol.
A segunda etapa começou nos mesmos moldes em que a primeira terminou, e o que se via dentro de campo além de não animar ninguém, não nos levava a crer que alguma equipe conseguiria tirar o zero do placar, até que aos quinze minutos, após um momento de pressão o Avaí pôs fim a ineficiência que imperava dentro das quatro linhas fazendo 1x0. Confesso que após o esquisito gol do folclórico William “Batoré”, pensei que o São Paulo se perderia ainda mais e fatalmente sairia da Ressacada com outra derrota amarga, já prevendo uma catástrofe não poupei o time e o presidente golpista de inúmeros xingamentos e insultos, pois estávamos desperdiçando outra oportunidade de diminuir a diferença para os líderes do campeonato.
O relógio marcava vinte minutos quando após uma cobrança de escanteio Cícero de cabeça empatou a partida, e exatos cinco minutos após o gol da igualdade o São Paulo novamente com Cícero marcava seu segundo gol. Honestamente eu não conseguia entender como o São Paulo tinha conseguido virar aquela partida, não tínhamos feito nada de bom durante boa parte do jogo e agora em um intervalo de tempo de dez minutos em dois lances estávamos liquidando a fatura. Se no quesito prática de futebol as coisas não estavam tão boas quanto deveriam ser, em termos de placar eu não tinha do que reclamar, aquele 2x1 que perdurou até o apito final do juiz se configurava em um ótimo placar, e ontem independente da qualidade do espetáculo presenciado, tudo o que de fato precisávamos era de um resultado favorável a fim de encostarmos ainda mais no small club, que ao sentir a pressão tricolor já começa a refugar.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O Fator Casa

Não poderíamos mais uma vez, sair ontem a noite do congelante Morumbi sem uma vitória, por mais fraco e limitado que seja nosso elenco, seria inadmissível deixar escapar algum ponto contra o Bahia jogando na nossa casa. Se hoje não ocupamos uma melhor posição na tabela, deve-se ao fato da nossa vacilante campanha no Morumbi, com apenas treze pontos ganhos em vinte e um disputados, um aproveitamento em torno dos 61%, inferior ao desempenho apresentado fora de nossos domínios, onde conquistamos quinze pontos em vinte e um disputados, um aproveitamento por volta dos 71%.
Posso estar completamente enganado, não sei ao certo, pois não tenho em mãos nenhum estudo que demonstre o aproveitamento de pontos em casa dos últimos campeões brasileiros, entretanto eu acho muito improvável que algum time tenha sido consagrado campeão nacional, nesse atual formato de pontos corridos, com um aproveitamento tão baixo atuando em casa, semelhante ao obtido hoje pelo São Paulo. Portanto, se o nosso time almeja de fato lutar pela primeira posição na tabela, é bom que ele comece a fazer com seus próximos adversários o mesmo que ele fez com o Bahia, vencer e fazer valer o fator casa.
A busca por melhores resultados em casa também é necessária devido uma outra questão. Como é incerto que o São Paulo consiga manter longe do Cícero Pompeu de Toledo, um desempenho tão bom quanto o demonstrado nessas catorze rodadas, razão pela qual hoje nosso time hoje ocupa uma boa posição na tabela e equilibra sua somatória de pontos, será fatal para quaisquer que sejam nossas pretensões, repetir frente outros timecos o papelão protagonizado pelo São Paulo contra o Atlético Goianiense, uma vez que recuperar pontos jogando no campo inimigo é sempre uma tarefa mais difícil e ingrata.
O caminho até a última rodada é longo e cheio de complicações, não tenho dúvidas que tanto o São Paulo quanto outros times deixarão alguns pontos pelo caminho, o que de certo modo é até natural e esperado. O que nunca será bem aceito e compreendido é essa bipolaridade do São Paulo, de conseguir somar preciosos pontos atuando longe da capital paulista, mas colocando tudo a perder quando atua em sua própria casa, frustrando sua torcida com uma derrota ou empate deprimente que passamos dias e rodadas lamentando.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Anticlímax Total

Futebol é um negócio no mínimo curioso, embora ao longo de toda a temporada o futebol praticado pelo São Paulo não tenha me dado motivos para criar qualquer tipo de empolgação, uma vez que nosso time apresenta uma inconsistência e uma fragilidade absurda, estava muito animado e cheio de esperança para o jogo contra o Vasco. Não sei exatamente quais as causas para tamanho êxtase, talvez fosse pelo fato do jogo finalmente ser realizado em um horário decente, domingo às 16:00 horas; ou por ser frente ao Vasco, um time que eu odeio e contra o qual temos uma desvantagem histórica; ou simplesmente graças a este amor doentio que tenho por este esporte e pelo nosso time; quiçá devido até algum outro fator, cuja resposta encontra-se nas profundezes do meu subconsciente- não ao sei ao certo, mas alguma coisa me motivava mais do que o habitual a estar presente ontem a tarde no Morumbi.
A expectativa era grande, e até os vinte minutos iniciais da partida o São Paulo parecia que dentro de campo conseguiria corresponder aos anseios de sua torcida, pois através de muita pressão dominávamos a partida e encurralávamos os cariocas. O gol parecia que seria apenas uma questão de tempo, visto que oportunidades eram criadas e não sofríamos nenhum tipo de ameaça, entretanto os minutos foram passando e o gol não se materializava. Concomitante o Vasco ia se ajeitando e equilibrando a partida, contudo minha confiança continuava inabalada e nada me levava a crer que o São Paulo não alcançaria a vitória e protagonizaria outro papelão dentro de casa, mesmo com o primeiro tempo chegando ao fim, com um pênalti a nosso favor não marcado e com o placar ainda em igualdade.
Sei que esperar um resultado positivo do tricolor é sem dúvida alguma uma postura incoerente e contraditória da minha parte, sobretudo depois das dezenas de postagens negativas e pessimistas que passei escrevendo ao longo deste ano a respeito da nossa triste e preocupante condição. A questão é que o futebol e somente ele, tem o enorme poder de fazer a gente abandonar ou ignorar por completo (mesmo que por um intervalo de tempo de noventa minutos) todas as nossas convicções, para no mesmo instante começarmos a nos apegar e acreditar em determinadas certezas que racionalmente não possuem fundamento algum, constituindo-se em verdadeiras falácias, que não conseguem se sustentar frente a um questionamento minimamente crítico e contestador.
Ainda sob os efeitos deste espírito alienante que tomava conta de mim e me impedia de ver a realidade conforme ela se apresentava (desoladora, como quase sempre), adentramos ao segundo tempo na expectativa de que o nosso gol ocorresse o quanto antes, expectativa esta que aumentou ainda mais quando o placar eletrônico do Morumbi anunciou o gol de empate do Avaí contra o líder do campeonato. Pronto, bastava o São Paulo tirar o zero do placar para o clímax ser atingido. Acho que não demorou mais do que cinco minutos, para após a grande notícia vinda de Florianópolis o Vasco abrir o placar e enterrar de vez qualquer chance do São Paulo sair vencedor daquela partida, e diminuir a diferença para o Corinthians que também já começava a sucumbir frente aos avaianos.
Bastou o Vasco fazer o seu gol para que tudo ruísse de vez e eu finalmente começasse perceber a mais nova patética demonstração de incapacidade do elenco são paulino. Uma a uma, todas as minhas frágeis ilusões foram sendo destruídas. Quando o Avaí fez seu segundo gol toda a minha empolgação já tinha dado lugar à indignação e à frustração, já não me restava nada além da revolta de novamente ver que minuto após minuto o São Paulo ia definhando e se apequenando dentro de campo, enquanto que o Vasco mostrava-se absoluto. Foi o auge do anticlímax, que chegou a sua totalidade no instante em que o Avaí marcou seu terceiro gol e o Vasco o seu segundo, decretando mais um fracasso tricolor dentro dos nossos domínios, e jogando no lixo a oportunidade de empatar em número de pontos com o líder da competição.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Por Um Triz

Considerava uma vitória contra a equipe do Coritiba no Couto Pereira algo improvável, dado que hoje o São Paulo é um time que não inspira muita confiança, contudo um triunfo no Paraná não era algo impossível, pois por mais que as coisas não caminhem bem para o nosso lado, nosso adversário enfrentaria um gigante do futebol brasileiro, com uma camisa que pesa demais, capaz de muitas vezes conseguir fazer o inimaginável. Nossa vitória ontem não foi nesses moldes, onde a camisa acaba jogando sozinha, embora seja válido lembrar que nesta temporada, o Coritiba tenha se transformado em um time quase que imbatível jogando em sua casa, com um aproveitamento sensacional, portanto não será qualquer time que conseguirá vencer os caras jogando em seus domínios.
O jogo começou de forma alucinante, com o Coritiba mandando bola trave com menos de um minuto de bola rolando, sufocando o São Paulo que mal conseguia passar do meio de campo, e quando conseguia era na base do chutão ou da ligação direta entre defesa e ataque, sem a participação do meio de campo. Quando o ímpeto coritibano diminuiu, e o São Paulo finalmente conseguiu colocar a bola no chão, não demorou muito tempo para o placar marcar um retumbante 3x0 para nós, com destaque para o inacreditável tento anotado por Juan, que mesmo com o milagre do gol, continua o mesmo imprestável de sempre, já que o treinador se viu obrigado a substituí-lo, a fim de evitar que o nosso mítico lateral não fizesse suas costumeiras merdas e fosse expulso, o que seria inevitável caso o mesmo continuasse mais alguns minutos em campo.
Inicia-se o segundo tempo, o Coritiba tem um jogador expulso, e o São Paulo amplia a vantagem para incríveis 4x0 com um golaço de Lucas. Era natural e até esperado, que com um placar elástico como este, nossa equipe desse aquela relaxada básica, e levasse o jogo em banho Maria até o apito final do juiz, sofrendo um ou no máximo dois gols, contudo como nosso time ainda apresenta uma grande quantidade de deficiências, em especial no setor defensivo, que é de uma fragilidade de dar medo, a tranqüilidade logo se transformou em um desnecessário e preocupante sufoco, com a equipe o Coritiba pressionando e anotando três gols, não chegando por um triz, ao empate de uma partida em que já éramos vitoriosos desde o início da segunda etapa.
Independente dos grosseiros vacilos cometidos por Xandão e companhia, a vitória de ontem foi importantíssima, pois de certa forma conseguimos recuperar aqueles dois malditos pontos desperdiçados em casa frente ao inexpressivo Atlético Goianiense, e encostamos ainda mais no líder do campeonato. A lamentar, o fato dos times que estão na nossa cola, terem vencidos seus respectivos jogos, e que o São Paulo mesmo com a vitória, deixou uma série de problemas escancarados, que ontem fez o time flertar de perto com o fracasso, quase colocando tudo a perder novamente.

domingo, 24 de julho de 2011

Empate Frustrante

Olho para a tabela do campeonato e vejo que mesmo longe do ideal, o São Paulo está na vice liderança da competição, sendo que o mesmo vem de um triunfo por goleada contra o Internacional jogando no Sul do país, e que nosso próximo jogo é em casa contra o insignificante Atlético Goianiense, que está sem técnico e se encontra nas profundezas da tabela de classificação. Convenhamos, não havia como pensar e aceitar um resultado que não fosse uma vitória, no jogo de final de tarde começo de noite de ontem, o que proporcionaria ao São Paulo mais três pontos, e por consequência diminuiria bem a distância para o lider da competição, que só jogaria no dia seguinte.
Todavia, quando temos um time composto em sua maioria por um bando de jogadores incapacitados e ou descomprometidos como Xandão, Juan, Jean e Dagoberto (citando apenas os que ontem estiveram em campo); e uma diretoria de merda, que não tem dado o devido respaldo e amparo ao time, abandonando de vez a idéia de colocar em prática um planejamento visando a estruturação do time, temos mais é que estar preparados para lidar constantemente com as frustrações e os desapontamentos, pois dificilmente nossos desejos, anseios e expectativas serão concretizadas.
A omissão vista fora e dentro de campo, vai tirando do torcedor são paulino o direito de voltar a acreditar no time, pois ao longo dos últimos campeonatos vamos colecionando decepções atrás de decepções, e não me parece que os responsáveis por tudo isso estão conseguindo aprender alguma coisas com os próprios erros, pelo contrário, uma vez que eles seguem sendo cometidos e em escalas cada vez maiores. O que foi visto ontem Cícero Pompeu de Toledo, não foi fruto do acaso ou do azar, mas sim de toda uma mediocridade que custamos a aceitar e acreditar que esteja a tanto tempo rondando pelas bandas do Morumbi.
É absolutamente frustrante não conseguir ganhar em casa de um time da estirpe do Atlético Goianiense, e deixar dois preciosos pontos escapar, pontos estes que sem dúvida alguma farão muita falta ao final do campeonato, e que agora terão obrigatoriamente que ser recuperados numa improvável vitória contra o Coritiba no Paraná. Este empate por 2x2, ruim por natureza, torna-se ainda mais frustrante após a derrota dos gambás, contudo ele foi justo, haja vista o mau futebol praticado pelo São Paulo, em especial o setor defensivo tricolor, sobretudo os zagueiros, que fizeram merda nos dois gols sofridos. Enquanto isso na Argentina ao final da Copa América, o zagueiro uruguaio Coates, que ajudaria muito a arrumar nossa defesa, e não foi contratado devido a total inabilidade e incompetêncio dos dirigentes são paulinos, ganhava o prêmio de jogador revelação do torneio.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Algumas Considerações

Em uma rodada incompleta e esvaziada, que teve alguns jogos cancelados porque aqui no Brasil os mandatários do futebol, e os gênios que elaboram as tabelas das competições, nunca tomam o devido de cuidado de paralisar o campeonato nas semanas em que há jogos da maldita seleção brasileira, e ai quando os mesmos vêem a merda que fizeram, saem cancelando jogos de acordo com os interesses da emissora câncer, lesando um enorme número de torcedores, o São Paulo foi até Porto Alegre enfrentar a equipe do Internacional, e da lá saiu com uma vitória grandiosa.
Grandiosa não pelo futebol apresentado, que foi satisfatório apenas na etapa inicial, já que no segundo tempo passamos a maior parte do tempo nos defendendo, mas pela importância de enfiar um sonoro 3x0 na casa de um adversário sempre perigoso, e concorrente direto ao título. Este triunfo também foi de grande valor, para o bom posicionamento do São Paulo na tábua de classificação, que necessitava somar o maior número de pontos possíveis neste jogo, a fim diminuir a distancia para o líder da competição, que ali se estabelece mesmo tendo feito um número menor de partidas que a gente.
Bem posicionado no campeonato, o retorno de Lucas, o esvaziamento do Reffis, e a chegada de alguns reforços; embora sempre tenha um Juvenal Juvêncio para atrapalhar o bom funcionamento e a harmonia das coisas, Adilson Batista o escolhido para ser nosso novo treinador, assume um time que já esteve em condições bem mais desfavoráveis. Verdade que ainda estamos longe do ideal, principalmente em relação ao elenco, que ainda carece de bons jogadores em algumas posições, o que talvez possa comprometer o trabalho de Adilson, sobretudo por ele não ser um profissional de grandes qualidades.
Não gostei da contratação do Adilson, e acredito que teria sérias restrições caso outros técnicos fossem contratados no lugar dele. A realidade é que hoje, o mercado brasileiro não oferece praticamente nenhum técnico de qualidade, tirando um ou dois profissionais que já estão empregados, o resto é basicamente tudo igual- técnicos super limitados, caros, ultrapassados e que não tem muito o que oferecer para seus times. A dúvida que fica é em relação a duração do contrato de Adilson, apenas seis meses, será que isto é fruto da desconfiança da diretoria em relação ao trabalho do cara, ou a mesma já abandonou de vez a idéia de um planejamento a longo prazo? Não sei, mas acho que mais uma vez vamos obter essa resposta da pior maneira possível.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Putaria Institucionalizada

A vitória da seleção brasileira sobre o Equador, garantiu ao time da CBF o primeiro lugar no grupo B da Copa América, colocando o Paraguai como adversário do Brasil no confronto de quartas de final que será realizado no domingo. Sou obrigado a tratar dessa informação completamente irrelevante aos interesses deste blog, visto que eu estou cagando de montão para o time do vagabundo que atende pelo nome de Ricardo Teixeira, uma vez que o jogo entre estas duas seleções, muito provavelmente implicará no cancelamento de vários jogos nesta rodada do final de semana do Campeonato Brasileiro, o que se configura em outra afronta, outra amostra de desrespeito ao já tão mal tratado torcedor brasileiro.
Convenhamos, este não era um problema muito difícil de ser solucionado, bastava apenas que os gênios que elaboraram a tabela do Campeonato Brasileiro, tivessem levado em consideração uma questão tão elementar quanto óbvia: a evidente classificação do Brasil para a segunda fase do torneio Sul-Americano, e não marcado nenhum jogo nesta data, mas para que ter toda essa preocupação e consideração com o torcedor? Conforme eu já havia alertado em postagens feitas no mês de Março, que podem ser conferidas aqui e aqui, todo o meu receio em relação ao cumprimento das datas estabelecidas na tabela do campeonato fazia sentido, sobretudo no país onde a putaria está institucionalizada, e é comandada por aqueles que deveriam zelar pelo bem do esporte.
Sim, pois aqui em terras tupiniquins, o futebol é um grande negócio controlado por uma corja de filhos da puta da CBF e da Rede Globo, que ninguém se dispõe a tirar do poder, pelo contrário, são bajulados por aqueles que deveriam investigar e questionar, todas as barbaridades que estes malditos há anos vem cometendo contra o futebol. Assim, com o aval e a conivência das ditas autoridades, sem nenhum pudor, estes desgraçados fazem e desfazem, comandam a putaria sem que isso lhes acarrete nenhum tipo de punição, não, os prejuízos são contabilizados apenas no lado dos torcedores, que são tratados como um lixo, submetidos aos interesses e as vontades de quem comanda o futebol.
Para nós torcedores, resta apenas um Estatuto do Torcedor que não nos confere nenhum direito, apenas obrigações e deveres; e o transtorno de mais uma vez, ver a tabela do Campeonato Brasileiro sendo jogada no lixo, nos tornando vítimas da mesma, uma vez que todo o dinheiro gasto na compra de passagens antecipadas para os jogos que serão realizados em outros estados, será perdido, assim como nossa agenda particular, que terá muitos compromissos afetados, pois não sabemos em que data e horário estes jogos adiados serão remarcados. Sei que não foi a intenção, mas o saudoso Cazuza em sua música “O Tempo Não Pára”, resumiu bem o atual cenário do futebol brasileiro: “... te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro (no caso é mais comum e usual nos chamarem de vândalos, animais e analfabetos funcionais), transformam um país inteiro num puteiro, pois assim, se ganha mais dinheiro...”