sexta-feira, 19 de junho de 2009

Crônica De Uma Morte Anunciada

Futebol é uma paixão sem explicações mais lógicas e coerentes. Eu sei e vejo que meu time vem se arrastando em campo quase que na totalidade das partidas que participou este ano, com resultados e futebol que não animam ninguém; que jogadores e técnico não demonstram a capacidade de outrora; que o ambiente é pesado, visto as manifestações de insatisfação de determinados jogadores que se julgam intocáveis; que dirigentes se mostram mais preocupados na inclusão do Morumbi à Copa de 2014 do que com o dia a dia do clube.
Contudo, mesmo ciente de toda essa mediocridade que assola o clube, quando me deparo com um jogo de tamanha importância como este contra o Cruzeiro, ignoro tudo e me encaminho até o estádio, acreditando na possibilidade de uma reação, de uma mudança no curso dos acontecimentos, enfim, de um final mais feliz do que os últimos que o São Paulo tem me proporcionado.
No decorrer do jogo, mesmo percebendo que o enredo é semelhante ao daqueles jogos que agrada mais a torcida do time adversário do que a nossa, continuo à acreditar. Acabado o primeiro tempo, um 0x0, onde o Cruzeiro foi superior, mais organizado em campo, sabendo exatamente como se postar para alcançar seu objetivo; e o São Paulo novamente foi mais do mesmo, desorganizado, sem padrão tático, previsível e ineficiente, insisto em acreditar, todavia pensando no que o Cruzeiro poderia fazer para perder esta classificação, já que o São Paulo se mostrava incapaz de conquistá-la.
Começa o segundo tempo e nada muda, o São Paulo segue maltratando a bola, o Cruzeiro por sua vez, através de seu eficiente e objetivo futebol, conduz a pelota por duas vezes para o fundo do gol são paulino. A impiedosa realidade que se fazia presente à meus olhos, não me permitia mais acreditar em absolutamente nada, o sonho da conquista de mais uma Libertadores chegava ao fim.
Acho que talvez lá no meu inconsciente essa eliminação já era algo esperado, confesso não admitir, porém é algo totalmente aceitável dentro de uma linha de raciocínio mais ponderada e menos apaixonada. Só que se dessa forma conduzisse meus pensamentos, o futebol seria muito chato, a ponto de deixá-lo como algo qualquer, perdendo muito do sentido que ele faz à minha vida.
A dolorosa eliminação de ontem não muda o que penso a respeito do time: acima de tudo mau treinado, portanto não vejo mais sentido na manutenção de Muricy no comando da equipe, um técnico muito bom, (que para mim será lembrado na história do São Paulo, caso ele seja demitido, não como o técnico que participou da eliminação de quatro libertadores seguidas, mas sim como o cara que participou da conquista de três títulos brasileiros de forma consecutiva) mas que já não consegue mais fazer o time render.
Como bons técnicos de futebol estão em extinção no Brasil, e os poucos que restam já estão empregados, apostaria em Abel Braga, não por julgá-lo mais mais capacitado que Muricy, mas por tudo que uma mudança poderia significar à equipe, a princípio pelo técnico, posteriormente com aqueles jogadores que não se comprometem de forma profissional ao clube, agindo como se o São Paulo fosse um time carioca da vida.
Talvez assim quem sabe, tudo aquilo em que acredito e desejo para o clube, mesmo que contrariando uma lógica mais racional, possa se tornar algo mais compatível com a relidade.

3 comentários:

  1. srs. bloguista do tricolor paulista, eu imploro por favor vamos fazer uma campanha para a nossa torcida comparecer em peso ao morumbi, nos jogos do spfc. estou cansado de ouvir de corinthianos, santistas, palmeirenses. e mais forte da imprensa, q a torcida noa vai aos jogos . somos chamados ate de torcida mais infiel, e temos q mudar isso urgente. temos a terceira maior torcida do pais . mais parece q temos vinte mil torcedores.. divulguem . convidem os amigos tricolores. vamos fazer um site seim la, mas precisamos mudar isso.

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  2. Rogério não adianta implorar para que determinadas pessoas, que dizem ser torcedores do São Paulo compareça ao estádio. A relação entre torcedor e clube, e por consequência suas idas ao estádio tem de ser algo natural e espontâneo, sem forçar a barra.
    Quem tem que se preocupar se a torcida comparece em um número diminuto ao estádio, não somos nós, mas sim a diretoria. Eles que tomem as providencias necessárias para tentar mudar determinada situação.
    Abraço

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  3. COMO FAZ PRA ME ESCREVER NO BLOG?
    GOSTO MUITO DE CRÔNICA E SÃO SÃO PAULINO
    DOIDO, MAIS REALISTA...

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