quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

CAMPEÃO!

No final do jogo de ida em Buenos Aires, a sensação que ficou era a de que seria necessário apenas os noventa minutos de bola rolando no Morumbi para o São Paulo sagrar-se campeão da Copa Sul-Americana. Semana passada na Bombonera o Tigre nos deu uma boa mostra de sua insignificância e de que o título são paulino era apenas uma questão de tempo, só não imaginávamos de que maneira esse tempo transcorreria.
As chances do Tigre eram mínimas, praticamente inexistentes. Sabíamos que eles eram apenas mais um timeco argentino de bairro que basearia seu jogo na catimba, na provocação e na violência. Até aí nada de anormal, é comum ver equipes adotando este tipo de postura, principalmente quando a mesma é composta por jogadores desqualificados, com pouco ou nenhuma técnica, tendo pela frente o desafio de enfrentar um gigante.
O jogo desenrolava-se conforme o esperado, o São Paulo dominava e controlava as ações da partida e o Tigre se defendia, fazia cera e distribuía socos e pontapés. Melhor em campo fizemos o primeiro gol antes da nossa torcida esboçar qualquer traço de impaciência e de nossos jogadores se sentirem incomodados com o estilo de jogo do adversário, quando antes do primeiro tempo se encerrar o segundo gol foi anotado o título já era uma certeza absoluta.
Inconformados com olé e com a negativa do São Paulo em aceitar uma proposta de jogo que não interessava a ninguém do lado tricolor, o Tigre resolver apelar e mostrar o quão minúsculos e escrotos eles são. A recusa em voltar para o segundo tempo sob a alegação de que eles foram agredidos no vestiário, pouco a pouco são desmentidas, mostrando que time que nasceu para ser pequeno será pequeno para sempre.
A canalhice aprontada por atletas e membros da comissão técnica do ínfimo Tigre, não abalou em nada nossa conquista e nossa festa. Assim que o árbitro encerrou a partida, já que aqueles filhos da puta tinham definitivamente arregado, a loucura e o êxtase tomou conta do Morumbi. Numa simbiose perfeita, incendíamos as arquibancadas e invadimos o gramado para comemorar junto daqueles que conduziram o São Paulo à este merecido e legítimo título.
Depois de anos escrevendo e sentindo na pele as dores provocadas por uma série de fracassos e frustrações, enfim posso gritar e escrever: É CAMPEÃO! Onze meses atrás, em uma tarde chuvosa de domingo eu me encaminhava até o estádio, fui acompanhar o São Paulo em seu primeiro jogo na temporada. Repeti este movimento mais sessenta vezes ao longo do ano, um número considerável, mas que ainda me faz sentir em dívida com o clube, visto a imensa alegria e o enorme sentido que ele proporciona para minha vida. Obrigado, São Paulo.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Dia 12

É muito difícil imaginar o Tigre saindo do Morumbi na próxima quarta-feira com o caneco da Copa Sul-Americana, afinal de contas eles não são ninguém. A representatividade do pequeno felino argentino em terras portenhas é semelhante a do São Caetano no Brasil, além disso mesmo vivendo o melhor momento de sua centenária história o time deles é fraquíssimo. Um adversário de tamanha insignificância não pode e não deve fazer frente para um gigante como o São Paulo.
Não estou dizendo que vai ser fácil, só acho improvável demais o São Paulo perder essa final, o que para mim significaria o maior vexame da nossa história, algo comparável ao que aconteceu com o porco em 1986 contra a Inter de Limeira, o Flamengo em 2004 contra o Santo André e o Fluminense em 2005 contra o Paulista. Sim, zebras existem e no futebol tudo pode acontecer, todavia temos camisa, história, tradição, um time bom e um estádio lotado do nosso lado.
A chance que o Tigre tinha de tentar mudar o curso dessa história foi dada ontem. Jogando em “casa” (esse troço de proibir um time de disputar a final em sua casa devido a capacidade diminuta do estádio, sendo que o campeonato inteiro ele pode jogar lá é uma das maiores canalhices já inventadas pelos cartolas) os argentinos poderiam se superar e contando com alguma sorte vencer a gente, como são ruins demais não passaram de um 0x0, mesmo depois do São Paulo ficar totalmente desestruturado após outra expulsão imbecil do nosso camisa nove.
Resta agora aguardar até o dia 12, uma semana de espera até poder colocar o pé no Morumbi e presenciar nosso time mais uma vez fazendo história. A expectativa é grande e a ansiedade já se faz notar, o ideal seria eu tentar me afastar ao máximo das coisas do futebol até o dia do jogo para não ficar tão pilhado, óbvio que não conseguirei. Por mais que eu tente sou incapaz de ocupar minha mente com outras coisas, a todo momento me vem a mente a imagem do nosso capitão erguendo mais uma taça enquanto eu comemoro com os amigos na arquibancada.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Com os reservas é ainda mais gostoso


Saber uma hora antes da partida começar que o São Paulo iria a campo com o time reserva me deixou extremamente decepcionado. Diferente da maneira como pensou a comissão técnica são paulina, eu nunca considero um confronto contra aquela imundice da marginal sem número um jogo de importância menor.
Independente do contexto que a partida esteja inserida, sempre farei questão de ver o São Paulo jogando com força máxima um clássico contra aquele que considero ser nosso maior inimigo. Enfrentar o Corinthians tem um significado especial, e envolve uma série de questões que extrapolam os limites das quatro linhas e os três pontos que estão em disputa.
Time desentrosado, alguns reservas que até então eu nunca tinha ouvido falar e um adversário completo do outro lado- sim, eu temi pelo pior. Sofrer um gol com menos de quinze minutos de bola rolando aumentou ainda mais minha descrença na vitória, já me contentaria com um empate que dadas as circunstâncias seria um resultado positivo.
Não demorou muito e o São Paulo empatou a partida, a conquistas da igualdade no placar acalmou o time, passamos a jogar de igual para igual com o small club. Na verdade ao final do primeiro tempo jogávamos melhor do que eles, tanto que fomos para o intervalo vencendo com justiça por 2x1.
No início do segundo tempo chegamos até a sofrer uma pequena pressão, contudo a entrega dos nossos bravos reservas (que fizeram uma partidaça) garantia nossa vantagem e uma arquibancada visitante silenciosa. Quietos sem dar um pio eles viram o São Paulo marcar o terceiro gol e colocá-los na roda até o árbitro assoprar o apito pela última vez.
Vitória de virada é mais gostoso, com os reservas então é ainda mais. A hora de ir embora tinha chegado mas a vontade de arredar o pé do Pacaembu era mínima, ontem bem que a torcida visitante poderia ter ido embora primeiro. Uma vez na rua era hora de acelerar o passo, os irresponsáveis já estavam vendendo os ingressos para a final da Sul-Americana, a palhaçada estava só começando.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Ao vencedor nada de batatas


Sim, meus caros, é isto mesmo que vocês acabaram de ler, caso daqui duas semanas o São Paulo traga para o Morumbi mais uma taça automaticamente estaremos excluídos da disputa da Copa do Brasil do ano que vem. A incapacidade dos nossos cartolas em elaborar e organizar campeonatos, nos impedirá de participar do segundo torneio mais importante do país e que oferece ao campeão uma vaga DIRETA para a Libertadores.
Este grande contra-senso que é não poder participar de uma competição simplesmente porque você foi campeão de outra, uma vez que isso implica em um encavalamento de datas ilustra muito bem a maneira tosca e irresponsável que o futebol é tratado por aqui. Bastava aos homens que "cuidam" do nosso futebol planejar um calendário com alguma sensatez, isto seria o suficiente para não transformar nossos times em vítimas do mesmo.
Nada disso é feito, pelo contrário, o São Paulo está muito próximo de ser lesado na próxima temporada ao ter sua exposição na mídia e sua arrecadação de bilheteria diminuída com uma quantidade menor de jogos. Concordo que é um absurdo e não faz o menor sentido o número de partidas que poderíamos atingir em 2013 disputando todos os campeonatos, entretanto o problema do calendário brasileiro é algo complexo, que não será resolvido de maneira unilateral e na base da canetada do senhor Virgílio e seus comparsas.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Finalista!

Trabalhar que já não é uma das tarefas mais agradáveis e prazerosas, tornou-se um verdadeiro estorvo ontem depois que eu voltei do almoço. Normalmente a grande responsável por nos deixar acabados para o turno da tarde é a preguiça oriunda pós refeição do meio dia, principalmente quando a gente traça aquela tradicional e apetitosa feijoada de quarta feira.
O que aconteceu ontem porém, está mais relacionado com a ansiedade e a vontade em ir o quanto antes para o jogo do que com o que eu havia almoçado. Quanto mais próximo do final do expediente menor a vontade de continuar trabalhando, quando o relógio finalmente rompeu a barreira das 18h00 e pude enfim seguir rumo ao Morumbi eu era só empolgação.
No trajeto do trabalho até o estádio carros com bandeiras tricolores eram avistados ao longo de toda a Avenida Rebouças e Francisco Morato. No momento que cheguei na João Jorge Saad a multidão que tomava conta da rua caminhava guiada pelos letreiros luminosos do Cícero Pompeu de Toledo, tratei de seguí-los e buscar meu lugar na arquibancada.
Passei pela catraca faltando meia hora para o início da partida, do meu lugar de sempre vi os poucos espaços que ainda estavam vazios serem preenchidos por uma torcida animada e confiante. Não era pra menos, depois de muito tempo estávamos muito próximos de voltar a disputar uma final de campeonato, bastava o São Paulo ser São Paulo que seríamos um dos finalistas.
Mal o jogo tinha começado e o São Paulo já foi logo chegando ao ataque, começava o bombardeio pra cima do bom goleiro chileno, que segurava tudo garantindo uma sobrevida para o Universidad Católica. Ao longo do primeiro tempo não fomos ameaçados uma vez sequer, contudo como não conseguimos tirar o zero do placar fomos para o intervalo com uma igualdade de certo modo perigosa.
Seguimos perdendo um gol atrás do outro na segunda etapa, o tempo passava e nada do São Paulo fazer o gol que mataria de vez a partida. Embora nosso adversário tenha mostrado uma enorme inofensividade durante os dois duelos, quanto mais o jogo se aproximava do seu fim mais apreensivos ficávamos.
Poucas foram as vezes que os chilenos passaram do meio de campo e conseguiram chegar até a nossa área, mas quando nos minutos finais isso passou a acontecer com alguma frequência a sensação de apreensão foi grande. Sim, o temor foi maior do que deveria ser pois o controle do jogo sempre esteve conosco, contudo não é fácil manter o controle na arquibancada, principalmente quando estamos muito próximos de alcançar um objetivo tão sonhado e qualquer lance fortuito pode colocar tudo a perder.
No instante em que o apito final do juiz ecoou por todo o Morumbi, finalmento pudemos comemorar uma classificação que insistia em permanecer indefinida. Rapidamente o estádio entrou em festa, ninguém fazia questão de ir embora, nem torcedores nem jogadores, todos queriam permanecer ali e curtir aquele momento tão aguardado. Enfim, finalista!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Um jogo sem nenhuma importância


Com o campeonato já definido e sem mais nada para fazer dentro da competição, uma vez que São Paulo e Ponte Preta já alcançaram seus respectivos objetivos, o primeiro com a vaga na Libertadores e o segundo com a permanência na primeira divisão, as duas equipes fizeram ontem a tarde em Campinas um jogo sem nenhuma importância.
A irrelevância da partida era algo tão grande que até mesmo Rogério Ceni, um cara que não gosta nenhum pouco de ficar fora dos jogos não fez questão de ser escalado. Confesso que eu também não estava muito motivado em ir até Campinas acompanhar o São Paulo, fiz a viagem muito mais interessado no pré jogo com os amigos do que com o que poderia acontecer no decorrer dos noventa minutos de bola rolando.
A expectativa que já era pequena, diminuiu ainda mais quando foi anunciado que o São Paulo iria a campo sem nenhum titular. Não dava para esperar rigorosamente nada de um time composto apenas por reservas que jogavam juntos pela primeira vez no ano. Dito e feito, o jogo foi tenebroso, um zero a zero de dar medo, não fosse as boas companhias na arquibancada além de sem importância aquele teria sido também um jogo esquecível.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Podia ser melhor

Não, um empate fora de casa no jogo de ida em um torneio onde a fórmula de disputa são os confrontos de mata-mata, nunca será considerado um resultado ruim para o time visitante. Se neste mesmo torneio, o gol qualificado for usado como critério de desempate em eventuais casos de igualdade, um empate com gols no campo do adversário será ainda mais interessante, quanto maior a quantidade de gols melhor, pois assim o time que fará o segundo e decisivo jogo do confronto em casa terá uma vantagem maior.
Olhando o jogo sob o ponto de vista do que foi dito no parágrafo acima, podemos concluir que o empate em 1x1 entre São Paulo e Universidad Católica ontem a tarde/noite em Santiago foi bom para o tricolor. Sim, de fato ele foi, contudo se aprofundarmos a ánalise da partida para além do que ficou marcado no placar ao final dos noventa minutos, levando em consideração as circunstâncias do jogo não é errado dizer que nossa situação para o jogo de volta semana que vem no Morumbi podia ser ainda melhor e mais confortável.
Fomos superiores a equipe chilena durante todo o jogo, dominamos nosso adversário e a ele não demos nenhuma chance, jogamos um futebol objetivo e organizado com muita movimentação e uma rápida troca de passes. Antes da metade do primeiro tempo fizemos 1x0, não fomos para o intervalo vencendo por dois ou três a zero ora por falta de capricho nas finalizaçãoes por parte de nossos atacantes, ora porque o goleiro dos caras fazia boas defesas.
O segundo tempo desenrolava-se da mesma maneira que o primeiro, o São Paulo atacava e comandava as ações do jogo criando e desperdiçando as melhores oportunidades e a Universidad Católica totalmente acuada não produzia absolutamente nada. No único lance em que nosso sistema defensivo deu uma vacilada sofremos o gol de empate, assim uma partida que poderíamos ter facilmente vencido por uma diferença de dois ou três gols terminou em igualdade.
Discordo daqueles que dizem que foi um empate amargo com gosto de derrota, não é para tanto, não vamos exagerar. O São Paulo comportou-se bem e fez uma bela apresentação, pecou nas finalizações sim, mas não deixou de fazer um grande jogo, construindo inclusive (se alguns já esqueceram) uma vantagem que pode ser decisiva no jogo de volta. Sim, uma vantagem mais ampla era possível, entretanto o empate não chega a ser um resultado desprezível, indigno de comemoração e que deve ser encarado de maneira negativa.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Final feliz

Décima sétima rodada do Campeonato Brasileiro, Náutico 3 x 0 São Paulo. Era a terceira derrota são paulina nos últimos três jogos, jogávamos um futebol sofrível e despencávamos na tabela. Mesmo com todo um segundo turno pela frente, o torcedor do São Paulo não tinha muitos motivos para nutrir qualquer tipo de esperança em relação a um futuro com algum sucesso, pois além da campanha ruim no Brasileirão somávamos eliminações constrangedoras no Paulista e na Copa do Brasil.
A situação era complicada, quando parecia que as coisas iam engrenar, que o time poderia emendar uma sequência de bons resultados logo tropeçávamos e pontos preciosos eram deixados pelo caminho. Para mim o São Paulo era carta fora do baralho, já dava como certo um oitavo ou no máximo um sétimo lugar na tabela. Tudo indicava que aquele seria mais um ano em que teríamos que nos contentar em novamente ser um mero coadjuvante.
Durante todo esse tempo em que quase nada funcionava dentro de campo, fora dele muita gente colaborou para piorar ainda mais nossa situação. Era dirigente metendo o bedelho na escalção do time, era técnico insistindo com jogador pouco produtivo, era a maldita torcida organizada dando vexame com protestos burros e completamente sem sentido e era filho da puta na internet organizando boicote ao time.
Aqueles que optaram por continuar ao lado do time, comparecendo nos jogos e dando seu apoio de maneira incondicional testemunharam uma transformação. Aos poucos fomos nos transformando em uma equipe competitiva e difícil de se derrotada, capaz de fazer a gente brigar por objetivos compatíveis com nosso tamanho. Mudança de técnico, dirigentes ajudando ao invés de atrapalhar, jogadores mais confiantes e torcedores apoiando o time na arquibancada- possivelmente são esses os fatores para tamanha mudança.
Desconfiei por muito tempo que poderíamos garantir uma das vagas para a Libertadores, conquistá-la com duas rodadas de antecedência mediante uma vitória de 2x1 sobre o Náutico num Morumbi abarrotado foi sim uma grande surpresa, contudo minhas impressões pouco importam. O que de fato interessa é que outra vez o São Paulo nos deu prova de sua imensa grandeza, mostrando que diferente de outras agremiações (especialmente nosso vizinho de muro) conseguimos superar os momentos difíceis respeitando nossa história, mantendo a dignidade e proporcionando para a torcida um final de Campeonato Brasileiro feliz.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Derrota merecida


Ontem pode ter sido a última vez que assisti um jogo no estádio Olímpico, tudo vai depender da classificação do Grêmio na Sul-Americana. Caso eles passem pelo Milionários eu volto para o confronto de semifinal contra o tricolor gaúcho, do contrário Porto Alegre a partir do ano que vem contra o time de azul da cidade obrigatoriamente na Arena, o novo estádio dos caras.
Vendo de perto a dramática situação dos gremistas, que ontem podem ter feito a penúltima partida da história de seu tradicional estádio fiquei pensando como seria um dia não mais poder frequentar o Morumbi. Não dever ser nada fácil saber que o lugar que você frequentou durante toda uma vida, e ali vivenciou boa parte dos melhores momentos de sua existência de uma hora para outra simplesmente virá abaixo deixando de existir.
Ciente de que o Olímpico vive seus últimos dias a torcida gremista compareceu em peso para acompanhar o jogo contra o São Paulo, fizeram menos barulho do que eu esperava mas cumpriram seu papel. Do nosso lado como de costume nos jogos fora de casa um setor de visitantes com bastante são paulinos, numa mescla interessante entre locais e aqueles que vieram de São Paulo e de outras cidades do Sul do país.
Esperava mais do jogo e muito mais do São Paulo, voltamos para casa com uma derrota merecida, o Grêmio jogou um futebol bem melhor do que o nosso. Perdemos o jogo fundamentalmente pela falta de combate e marcação dos nossos jogadores, em especial dos volantes que deixaram os gremistas jogar muito à vontade, enquanto nós éramos marcados a partir da nossa intermediária.
Perder em Porto Alegre para o Grêmio de certa forma é um resultado normal, eu mesmo nunca voltei de lá com uma vitória na bagagem. Todavia a derrota não muda em nada nossa situação no campeonato, a vaga para a Libertadores continua em nossas mãos. Por outro lado uma postura parecida com a apresentada ontem, em um possível confronto entre tricolores na semifinal da Sul-Americana pode complicar as coisas para a gente.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Massacre no Pacaembu


Não tenho certeza, mas acho que a última vez que fui no Pacaembu assistir um jogo do São Paulo onde ele era o mandante da partida foi no ano de 2006, se não estiver enganado jogamos contra o Paulista de Jundiaí e ganhamos pelo placar de 5x1. Naquela época quando por algum motivo não podíamos jogar no Morumbi nossa diretoria não ficava inventando moda, sem pestanejar o Estádio Municipal era escolhido para momentaneamente abrigar o tricolor paulista.
Foi de uns três anos para cá que os dirigentes são paulinos passaram a ignorar o Pacaembu optando por jogar na distante e sem graça Arena Barueri. A resistência do São Paulo em jogar no Pacaembu sempre me irritou- bem localizado, batizado com o nome de um grande são paulino, servido por várias linhas de ônibus e uma estação de metrô bem próxima o Pacaembu deveria ser sempre a primeira opção para receber nossos jogos quando não fosse possível utilizar o Morumbi.
Ontem depois de seis anos frequentando o Paulo Machado de Carvalho apenas na condição de visitante, sempre exprimido naquele canto de arquibancada ao lado das numeradas voltei a adentrar no Estádio Municipal pelo portão principal. Me sinto bem à vontade assistindo jogos por lá, confesso que estava com saudade de estar na torcida do time mandante em um jogo no Pacaembu, adoro aquele lugar, desde sua história até sua arquitetura, sem dúvida uma das mais tradicionais e bonitas do Brasil.
A atmosfera criada pela torcida são paulina ontem a noite foi surpreendente, marcamos presença em grande número, cantamos e apoiamos nosso time do início ao fim da partida. Dentro de campo os jogadores retribuíram o apoio vindo das arquibancadas com uma exibição de gala, foi de longe a melhor apresentação do São Paulo no ano e uma das partidas mais perfeitas que eu já vi um time de futebol fazer. A Universidad de Chile não viu a cor da bola, massacramos os chilenos com um inapelável 5x0.
Independente de quem quer que seja o adversário na semifinal, ou Grêmio ou Milionários digo que o São Paulo chega muito forte para este confronto. Estamos jogando uma bola redonda, o time finalmente parece ter encontrado um padrão de jogo capaz de nos proporcionar vitórias e classificações. Podemos amanhã ou depois até ficar pelo caminho, porém para isso acontecer tenho certeza que o time do outro lado terá que suar sangue, pois nos derrotar hoje é uma tarefa árdua.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Sob controle

A matemática pode até nos dizer que ainda não há nada definido, que o campeonato continua aberto e coisa e tal. Contudo, o empate entre São Paulo e Fluminense mais a combinação dos outros resultados da rodada praticamente confirmou o título para o tricolor carioca e a vaga na Libertadores para o tricolor paulista.
Acredito que o máximo que pode acontecer daqui para o fim do campeonato na parte de cima da tabela é uma troca de posições envolvendo segundo, terceiro e quarto colocado, o que não mudaria em nada o rumo da competição. Nas quatro rodadas que ainda restam certamente teremos a confirmação daquilo que está definido já faz algum tempo
Sobre o jogo digo que fiquei surpreendido ao ver o Morumbi com uma quantidade tão grande de torcedores. Sim, tratava-se de um jogaço com muitos atrativos, o torcedor tinha diversos motivos para ir até o estádio, mas em um país onde a média de público caracteriza-se por ser pequena uma partida com cinquenta e tantos mil torcedores não deixa de causar uma certa estranheza.
O resultado de 1x1 mediante as circunstâncias do jogo e da rodada foi de bom tamanho para as duas equipes, aproximando cada uma de seu respectivo objetivo. Caminhando bem tanto no Campeonato Brasileiro quanto na Copa Sul-Americana temos as coisas sob nosso controle, com um time capaz de proporcionar um final de ano feliz para toda a coletividade são paulina.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Resultado grandioso

Jogo fora de casa, contra o atual campeão da competição e invicto em seus domínios este ano. Teoricamente tínhamos pela frente um adversário qualificado e de respeito, se conseguíssemos voltar para o Brasil com um empate ou até mesmo com uma derrota por uma diferença pequena de gols não seria algo tão ruim assim, semana que vem no Pacaembu teríamos totais condições de reverter uma possível desvantagem menor.
Não que uma vitória do São Paulo estivesse fora de cogitação, mas convenhamos, o favoritismo para este primeiro confronto em Santiago contra o Universidad de Chile pendia para o lado do time da Cordilheira. Digo isso não apenas pelos fatores citados no primeiro parágrafo, mas também pelo fato de grande parte do elenco tricolor ser cabaço em competições internacionais e porque jogaríamos desfalcado do nosso artilheiro.
Na prática, com a bola rolando o São Paulo conseguiu destruir o time chileno antes da metade do primeiro tempo. Absoluto e comandando as ações do jogo com um toque de bola rápido e envolvente fomos logo abrindo 2x0 no placar, gols do inominável camisa dezenove. O domínio são paulino era enorme, poderíamos ter ido para o intervalo com uma vantagem ainda maior já que o adversário estava entregue e não oferecia perigo algum.
Sem muita escolha o Universidad da maneira que pôde veio para cima no segundo tempo, entretanto o mítico camisa um do Morumbi tratou de segurar a pressão dos donos da casa garantindo um resultado grandioso. Jogamos na próxima quarta feira para confirmar uma classificação que praticamente já está em nossas mãos, difícil imaginar o São Paulo fora de uma das semifinais da Sul-Americana.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Três pontos na bagagem


Fazia tempo que eu não ia para Recife assistir um jogo, minha última visita a capital pernambucana datava de 2007 quando acompanhei uma vitória do São Paulo contra o Sport pelo placar de 2x1, gols de Aloísio e Rogério Ceni. Como não pude estar presente no estádio dos Aflitos quando enfrentamos o Náutico no primeiro turno, não poderia perder a última oportunidade no ano de ver o tricolor jogar na terra do frevo.
A torcida do São Paulo como de costume compareceu em peso na Ilha do Retiro, nosso setor no estádio estava abarrotado, nitidamente o espaço reservado para nós teve sua capacidade extrapolada. A torcida do Sport também não fez feio, marcou presença em ótimo número, fez uma festa incrível para recepcionar seus jogadores e apoiou bastante durante o jogo.
Encontrei em Recife um clima semelhante ao que vi em Salvador quando alguns meses atrás fui ver o jogo contra o Bahia. Para qualquer lado que você olhava um torcedor do Náutico, do Sport ou do Santa Cruz era avistado. É uma pena que o Nordeste tenha um número tão pequeno de times na primeira divisão, uma região com tantas agremiações tradicionais e torcedores apaixonados merecia ter uma representatividade maior nacionalmente.
Precisando da vitória para fugir do rebaixamento e embalado pela sua fanática torcida, o Sport veio com tudo pra cima da gente no início da partida. A pressão nos minutos iniciais foi forte e surtiu efeito, tomamos um gol e por muito pouco não sofremos outro. A sensação que tive depois do 1x0 foi que aquela seria uma noite complicada, onde o time da casa não daria nenhuma chance para seu oponente.
Felizmente minha previsão não se confirmou, rapidamente empatamos a partida e mudamos completamente um cenário que até então era desfavorável para nós. A verdade é que o Sport e sua torcida sentiram o gol de empate, principalmente porque apenas a vitória serviria para eles. Quando viramos o jogo e ampliamos nossa vantagem mediante dois gols de pura sorte eles não resistiram e foram para o intervalo já mortos.
Contra um adversário entregue o segundo tempo se desenrolou sem complicações maiores, os dois gols que saíram, um para cada lado não mudou em nada o andamento da partida. Os mandantes continuavam desesperados ao ver suas chances de permanecer na primeira divisão diminuir ainda mais, enquanto os visitantes faziam a festa e viam sua presença na próxima Libertadores se tornar quase que uma certeza.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Classificaçãozinha

Conquistamos nossa classificação para a próxima fase da Copa Sul-Americana ao final do jogo de ida em Loja no Equador, o jogo de volta no Morumbi era necessário apenas para oficializar a vaga. No entanto, o que ninguém imaginava era a dificuldade encontrada pelo São Paulo para confirmar sua ida às quartas de final do torneio.
Fomos salvos pelo gol fora de casa, não conseguimos passar de um burocrático, tenso e sofrível 0x0. Alcançamos nosso objetivo e tudo mais, entretanto é inadmissível o São Paulo não conseguir fazer ao menos um mísero gol na LDU de Loja, um timeco de quinta categoria que não possui sequer uniforme de goleiro.
Nota-se que o rendimento do São Paulo diminui consideravelmente quando não vamos à campo sem algum dos onze titulares de hoje. Foi assim no segundo tempo do jogo contra o Flamengo e nos dois tempos do jogo de ontem. Não temos banco de reservas, temos onze jogadores e nada mais, qualquer um que sair desfigura o time.
Eu e os outros 15207 torcedores que saíram do Morumbi na madrugada de ontem para hoje, merecíamos ter presenciado algo bem mais interessante do que um time que apenas se defendia e dava porrada, contra outro que não conseguia criar e finalizar nenhuma jogada. O pior porém, foi voltar para casa consciente de que o resultado foi justo e não merecíamos melhor sorte.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Um tropeço menor



Encaro os jogos do São Paulo aos finais de semana no Rio de Janeiro da mesma forma como os jogos na capital paulista, de presença obrigatória. Fazendo um planejamento com alguma antecedência é possível passar um sábado e um domingo fantástico na cidade maravilhosa sem gastar muito dinheiro e sem comprometer o orçamento.
Como de costume a viagem para o Rio de Janeiro foi sensacional. Ótimas companhias, lugares incríveis para visitar, comida e bebida muito boa, sol escaldante, beldades para todos os lados e o seu time de coração disputando um jogo de extrema importância. Convenhamos, um lugar com tantos atrativos assim clama pela sua presença.
Diferente do que a imprensa e muitos torcedores cariocas dizem, o Engenhão não está localizado em uma zona afastada da cidade e seu acesso não é ruim. Não foi a primeira vez que fui até lá usando transporte público e afirmo: ir até o Engenhão é bem tranquilo, indo de trem são apenas cinco estações depois do Maracanã. Quem reclama do Engenhão muitas vezes faz isso sem razão, não indo até os jogos por pura preguiça.
Quanto ao jogo confesso que eu esperava mais, tanto do São Paulo quanto da partida em si que tecnicamente foi fraca. Começamos bem o primeiro tempo, criando as melhores oportunidades e com mais volume de jogo do que o Flamengo, poderíamos ter ido para o intervalo com a vantagem, contudo desperdiçamos todas as oportunidades, inclusive um pênalti chutado por Luis Fabiano (porra, não é o Rogério o cobrador oficial?) e defendido pelo asqueroso goleiro mulambo.
No segundo tempo sem nosso artilheiro, substituído devido uma lesão nosso poder de fogo se reduziu quase que à zero com a entrada do inominável camisa dezenove. Criamos pouco e finalizamos menos ainda, o empate em zero parecia que seria o resultado final da partida, contudo em um dos raros momentos de ataque do adversário levamos o gol que decretou nossa derrota.
Não era o resultado que ninguém do nosso lado esperava, evidente, mas não foi algo tão catastrófico assim. Na pior das hipóteses ao final dessa rodada ainda teremos dois pontos de vantagem em relação ao quinto colocado. Continuo acreditando que essa última vaga no G4 está mais para o São Paulo do que para qualquer outro time, todavia será bom trazer alguns pontos para casa nos próximos jogos fora do Morumbi.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Para o alto e avante

O jogo contra o Atlético Goianiense foi praticamente uma repetição do jogo do final de semana contra o Figueirense. Enfrentamos outra vez um adversário quase rebaixado, vencemos novamente por 2x0, construímos nossa vantagem no primeiro tempo, passamos o segundo tempo administrando o jogo e os três pontos vieram sem muito esforço e com o São Paulo mostrando um futebol seguro e eficiente, algo que até algum tempo atrás não acontecia mesmo quando a partida era contra um dos rabeiras da competição.
A grande dificuldade encontrada pelo São Paulo para chegar no G4, posto este alcançado apenas três partidas atrás, na vigésima nona rodada do campeonato, ao que parece será bem menor em relação a nossa permanência no grupo dos quatro primeiros colocados. Abrimos para o quinto colocado uma distância de cinco pontos, que embora não seja totalmente segura é bastante confortável, deixando nossa classificação à próxima Libertadores bem encaminhada.
Acredito que o São Paulo conseguirá se manter onde hoje se encontra e talvez até beliscar uma terceira posição, pois agora nosso time apresenta um padrão de jogo bem definido e esquematizado. Aquele time mutante do primeiro semestre já não existe mais, sabemos agora exatamente como o time joga e quem é titular e quem é reserva, além disso alguns jogadores que ganharam posição entre os onze que vão a campo começaram a jogar muita bola.
Não, o São Paulo não se transformou em um time acima de qualquer suspeita e infalível da noite para o dia, é nítido que ainda temos problemas basta a gente dar uma olhada em nosso banco de reservas para comprovarmos isso. Contudo, a cada rodada que passa nos consolidamos cada vez mais no grupo de cima. Tanto time quanto torcida estão em sintonia, criando um ambiente dos mais favoráveis para as últimas rodadas do campeonato.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Chegamos!

Algumas semanas atrás a conquista de uma vaga para a próxima Libertadores da América era um sonho muito distante, uma missão quase impossível para o São Paulo. A descrença na possibilidade de classificação para o torneio que nossa torcida tanto ama acontecia não devido a quantidade de pontos atrás do quarto colocado, na verdade ela era decorrente do precário futebol que o São Paulo vinha praticando.
Morgamos entre o quinto e o sexto lugar na tabela, sem perspectiva alguma de sair destas posições durante inúmeras rodadas no campeonato. Bastou o São Paulo começar a tratar bem a bola para conseguirmos emendar uma sequência de três jogos vitoriosos, jogos estes onde arrasamos com nossos adversários, alcançando assim finalmente um lugar no tão sonhado G4.
O jogo que nos garantiu o quarto lugar foi de uma tranquilidade incomum, com vinte minutos de bola rolando o placar já marcava 2x0 para a gente. Com a fatura liquidada antes da metade do primeiro tempo, passamos o restante da partida administrando o jogo. Dada a fragilidade do time do Figueirense poderíamos ter vencido por um placar maior, contudo a vitória era o que nos interessava, independente da quantidade de gols.
Chegamos para ficar. Acho difícil o São Paulo não terminar o campeonato entre os quatro primeiros, tudo conspira a nosso favor: time em ascensão, torcida confiante e concorrentes mais próximos em queda livre. Entramos fortes para a disputa das derradeiras rodadas do Campeonato Brasileiro e para os duelos de mata-mata da Copa Sul-Americana. Um final de temporada que se mostrava totalmente desinteressante adquire agora um emocionante caráter decisivo.