quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Finalista!

Trabalhar que já não é uma das tarefas mais agradáveis e prazerosas, tornou-se um verdadeiro estorvo ontem depois que eu voltei do almoço. Normalmente a grande responsável por nos deixar acabados para o turno da tarde é a preguiça oriunda pós refeição do meio dia, principalmente quando a gente traça aquela tradicional e apetitosa feijoada de quarta feira.
O que aconteceu ontem porém, está mais relacionado com a ansiedade e a vontade em ir o quanto antes para o jogo do que com o que eu havia almoçado. Quanto mais próximo do final do expediente menor a vontade de continuar trabalhando, quando o relógio finalmente rompeu a barreira das 18h00 e pude enfim seguir rumo ao Morumbi eu era só empolgação.
No trajeto do trabalho até o estádio carros com bandeiras tricolores eram avistados ao longo de toda a Avenida Rebouças e Francisco Morato. No momento que cheguei na João Jorge Saad a multidão que tomava conta da rua caminhava guiada pelos letreiros luminosos do Cícero Pompeu de Toledo, tratei de seguí-los e buscar meu lugar na arquibancada.
Passei pela catraca faltando meia hora para o início da partida, do meu lugar de sempre vi os poucos espaços que ainda estavam vazios serem preenchidos por uma torcida animada e confiante. Não era pra menos, depois de muito tempo estávamos muito próximos de voltar a disputar uma final de campeonato, bastava o São Paulo ser São Paulo que seríamos um dos finalistas.
Mal o jogo tinha começado e o São Paulo já foi logo chegando ao ataque, começava o bombardeio pra cima do bom goleiro chileno, que segurava tudo garantindo uma sobrevida para o Universidad Católica. Ao longo do primeiro tempo não fomos ameaçados uma vez sequer, contudo como não conseguimos tirar o zero do placar fomos para o intervalo com uma igualdade de certo modo perigosa.
Seguimos perdendo um gol atrás do outro na segunda etapa, o tempo passava e nada do São Paulo fazer o gol que mataria de vez a partida. Embora nosso adversário tenha mostrado uma enorme inofensividade durante os dois duelos, quanto mais o jogo se aproximava do seu fim mais apreensivos ficávamos.
Poucas foram as vezes que os chilenos passaram do meio de campo e conseguiram chegar até a nossa área, mas quando nos minutos finais isso passou a acontecer com alguma frequência a sensação de apreensão foi grande. Sim, o temor foi maior do que deveria ser pois o controle do jogo sempre esteve conosco, contudo não é fácil manter o controle na arquibancada, principalmente quando estamos muito próximos de alcançar um objetivo tão sonhado e qualquer lance fortuito pode colocar tudo a perder.
No instante em que o apito final do juiz ecoou por todo o Morumbi, finalmento pudemos comemorar uma classificação que insistia em permanecer indefinida. Rapidamente o estádio entrou em festa, ninguém fazia questão de ir embora, nem torcedores nem jogadores, todos queriam permanecer ali e curtir aquele momento tão aguardado. Enfim, finalista!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Um jogo sem nenhuma importância


Com o campeonato já definido e sem mais nada para fazer dentro da competição, uma vez que São Paulo e Ponte Preta já alcançaram seus respectivos objetivos, o primeiro com a vaga na Libertadores e o segundo com a permanência na primeira divisão, as duas equipes fizeram ontem a tarde em Campinas um jogo sem nenhuma importância.
A irrelevância da partida era algo tão grande que até mesmo Rogério Ceni, um cara que não gosta nenhum pouco de ficar fora dos jogos não fez questão de ser escalado. Confesso que eu também não estava muito motivado em ir até Campinas acompanhar o São Paulo, fiz a viagem muito mais interessado no pré jogo com os amigos do que com o que poderia acontecer no decorrer dos noventa minutos de bola rolando.
A expectativa que já era pequena, diminuiu ainda mais quando foi anunciado que o São Paulo iria a campo sem nenhum titular. Não dava para esperar rigorosamente nada de um time composto apenas por reservas que jogavam juntos pela primeira vez no ano. Dito e feito, o jogo foi tenebroso, um zero a zero de dar medo, não fosse as boas companhias na arquibancada além de sem importância aquele teria sido também um jogo esquecível.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Podia ser melhor

Não, um empate fora de casa no jogo de ida em um torneio onde a fórmula de disputa são os confrontos de mata-mata, nunca será considerado um resultado ruim para o time visitante. Se neste mesmo torneio, o gol qualificado for usado como critério de desempate em eventuais casos de igualdade, um empate com gols no campo do adversário será ainda mais interessante, quanto maior a quantidade de gols melhor, pois assim o time que fará o segundo e decisivo jogo do confronto em casa terá uma vantagem maior.
Olhando o jogo sob o ponto de vista do que foi dito no parágrafo acima, podemos concluir que o empate em 1x1 entre São Paulo e Universidad Católica ontem a tarde/noite em Santiago foi bom para o tricolor. Sim, de fato ele foi, contudo se aprofundarmos a ánalise da partida para além do que ficou marcado no placar ao final dos noventa minutos, levando em consideração as circunstâncias do jogo não é errado dizer que nossa situação para o jogo de volta semana que vem no Morumbi podia ser ainda melhor e mais confortável.
Fomos superiores a equipe chilena durante todo o jogo, dominamos nosso adversário e a ele não demos nenhuma chance, jogamos um futebol objetivo e organizado com muita movimentação e uma rápida troca de passes. Antes da metade do primeiro tempo fizemos 1x0, não fomos para o intervalo vencendo por dois ou três a zero ora por falta de capricho nas finalizaçãoes por parte de nossos atacantes, ora porque o goleiro dos caras fazia boas defesas.
O segundo tempo desenrolava-se da mesma maneira que o primeiro, o São Paulo atacava e comandava as ações do jogo criando e desperdiçando as melhores oportunidades e a Universidad Católica totalmente acuada não produzia absolutamente nada. No único lance em que nosso sistema defensivo deu uma vacilada sofremos o gol de empate, assim uma partida que poderíamos ter facilmente vencido por uma diferença de dois ou três gols terminou em igualdade.
Discordo daqueles que dizem que foi um empate amargo com gosto de derrota, não é para tanto, não vamos exagerar. O São Paulo comportou-se bem e fez uma bela apresentação, pecou nas finalizações sim, mas não deixou de fazer um grande jogo, construindo inclusive (se alguns já esqueceram) uma vantagem que pode ser decisiva no jogo de volta. Sim, uma vantagem mais ampla era possível, entretanto o empate não chega a ser um resultado desprezível, indigno de comemoração e que deve ser encarado de maneira negativa.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Final feliz

Décima sétima rodada do Campeonato Brasileiro, Náutico 3 x 0 São Paulo. Era a terceira derrota são paulina nos últimos três jogos, jogávamos um futebol sofrível e despencávamos na tabela. Mesmo com todo um segundo turno pela frente, o torcedor do São Paulo não tinha muitos motivos para nutrir qualquer tipo de esperança em relação a um futuro com algum sucesso, pois além da campanha ruim no Brasileirão somávamos eliminações constrangedoras no Paulista e na Copa do Brasil.
A situação era complicada, quando parecia que as coisas iam engrenar, que o time poderia emendar uma sequência de bons resultados logo tropeçávamos e pontos preciosos eram deixados pelo caminho. Para mim o São Paulo era carta fora do baralho, já dava como certo um oitavo ou no máximo um sétimo lugar na tabela. Tudo indicava que aquele seria mais um ano em que teríamos que nos contentar em novamente ser um mero coadjuvante.
Durante todo esse tempo em que quase nada funcionava dentro de campo, fora dele muita gente colaborou para piorar ainda mais nossa situação. Era dirigente metendo o bedelho na escalção do time, era técnico insistindo com jogador pouco produtivo, era a maldita torcida organizada dando vexame com protestos burros e completamente sem sentido e era filho da puta na internet organizando boicote ao time.
Aqueles que optaram por continuar ao lado do time, comparecendo nos jogos e dando seu apoio de maneira incondicional testemunharam uma transformação. Aos poucos fomos nos transformando em uma equipe competitiva e difícil de se derrotada, capaz de fazer a gente brigar por objetivos compatíveis com nosso tamanho. Mudança de técnico, dirigentes ajudando ao invés de atrapalhar, jogadores mais confiantes e torcedores apoiando o time na arquibancada- possivelmente são esses os fatores para tamanha mudança.
Desconfiei por muito tempo que poderíamos garantir uma das vagas para a Libertadores, conquistá-la com duas rodadas de antecedência mediante uma vitória de 2x1 sobre o Náutico num Morumbi abarrotado foi sim uma grande surpresa, contudo minhas impressões pouco importam. O que de fato interessa é que outra vez o São Paulo nos deu prova de sua imensa grandeza, mostrando que diferente de outras agremiações (especialmente nosso vizinho de muro) conseguimos superar os momentos difíceis respeitando nossa história, mantendo a dignidade e proporcionando para a torcida um final de Campeonato Brasileiro feliz.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Derrota merecida


Ontem pode ter sido a última vez que assisti um jogo no estádio Olímpico, tudo vai depender da classificação do Grêmio na Sul-Americana. Caso eles passem pelo Milionários eu volto para o confronto de semifinal contra o tricolor gaúcho, do contrário Porto Alegre a partir do ano que vem contra o time de azul da cidade obrigatoriamente na Arena, o novo estádio dos caras.
Vendo de perto a dramática situação dos gremistas, que ontem podem ter feito a penúltima partida da história de seu tradicional estádio fiquei pensando como seria um dia não mais poder frequentar o Morumbi. Não dever ser nada fácil saber que o lugar que você frequentou durante toda uma vida, e ali vivenciou boa parte dos melhores momentos de sua existência de uma hora para outra simplesmente virá abaixo deixando de existir.
Ciente de que o Olímpico vive seus últimos dias a torcida gremista compareceu em peso para acompanhar o jogo contra o São Paulo, fizeram menos barulho do que eu esperava mas cumpriram seu papel. Do nosso lado como de costume nos jogos fora de casa um setor de visitantes com bastante são paulinos, numa mescla interessante entre locais e aqueles que vieram de São Paulo e de outras cidades do Sul do país.
Esperava mais do jogo e muito mais do São Paulo, voltamos para casa com uma derrota merecida, o Grêmio jogou um futebol bem melhor do que o nosso. Perdemos o jogo fundamentalmente pela falta de combate e marcação dos nossos jogadores, em especial dos volantes que deixaram os gremistas jogar muito à vontade, enquanto nós éramos marcados a partir da nossa intermediária.
Perder em Porto Alegre para o Grêmio de certa forma é um resultado normal, eu mesmo nunca voltei de lá com uma vitória na bagagem. Todavia a derrota não muda em nada nossa situação no campeonato, a vaga para a Libertadores continua em nossas mãos. Por outro lado uma postura parecida com a apresentada ontem, em um possível confronto entre tricolores na semifinal da Sul-Americana pode complicar as coisas para a gente.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Massacre no Pacaembu


Não tenho certeza, mas acho que a última vez que fui no Pacaembu assistir um jogo do São Paulo onde ele era o mandante da partida foi no ano de 2006, se não estiver enganado jogamos contra o Paulista de Jundiaí e ganhamos pelo placar de 5x1. Naquela época quando por algum motivo não podíamos jogar no Morumbi nossa diretoria não ficava inventando moda, sem pestanejar o Estádio Municipal era escolhido para momentaneamente abrigar o tricolor paulista.
Foi de uns três anos para cá que os dirigentes são paulinos passaram a ignorar o Pacaembu optando por jogar na distante e sem graça Arena Barueri. A resistência do São Paulo em jogar no Pacaembu sempre me irritou- bem localizado, batizado com o nome de um grande são paulino, servido por várias linhas de ônibus e uma estação de metrô bem próxima o Pacaembu deveria ser sempre a primeira opção para receber nossos jogos quando não fosse possível utilizar o Morumbi.
Ontem depois de seis anos frequentando o Paulo Machado de Carvalho apenas na condição de visitante, sempre exprimido naquele canto de arquibancada ao lado das numeradas voltei a adentrar no Estádio Municipal pelo portão principal. Me sinto bem à vontade assistindo jogos por lá, confesso que estava com saudade de estar na torcida do time mandante em um jogo no Pacaembu, adoro aquele lugar, desde sua história até sua arquitetura, sem dúvida uma das mais tradicionais e bonitas do Brasil.
A atmosfera criada pela torcida são paulina ontem a noite foi surpreendente, marcamos presença em grande número, cantamos e apoiamos nosso time do início ao fim da partida. Dentro de campo os jogadores retribuíram o apoio vindo das arquibancadas com uma exibição de gala, foi de longe a melhor apresentação do São Paulo no ano e uma das partidas mais perfeitas que eu já vi um time de futebol fazer. A Universidad de Chile não viu a cor da bola, massacramos os chilenos com um inapelável 5x0.
Independente de quem quer que seja o adversário na semifinal, ou Grêmio ou Milionários digo que o São Paulo chega muito forte para este confronto. Estamos jogando uma bola redonda, o time finalmente parece ter encontrado um padrão de jogo capaz de nos proporcionar vitórias e classificações. Podemos amanhã ou depois até ficar pelo caminho, porém para isso acontecer tenho certeza que o time do outro lado terá que suar sangue, pois nos derrotar hoje é uma tarefa árdua.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Sob controle

A matemática pode até nos dizer que ainda não há nada definido, que o campeonato continua aberto e coisa e tal. Contudo, o empate entre São Paulo e Fluminense mais a combinação dos outros resultados da rodada praticamente confirmou o título para o tricolor carioca e a vaga na Libertadores para o tricolor paulista.
Acredito que o máximo que pode acontecer daqui para o fim do campeonato na parte de cima da tabela é uma troca de posições envolvendo segundo, terceiro e quarto colocado, o que não mudaria em nada o rumo da competição. Nas quatro rodadas que ainda restam certamente teremos a confirmação daquilo que está definido já faz algum tempo
Sobre o jogo digo que fiquei surpreendido ao ver o Morumbi com uma quantidade tão grande de torcedores. Sim, tratava-se de um jogaço com muitos atrativos, o torcedor tinha diversos motivos para ir até o estádio, mas em um país onde a média de público caracteriza-se por ser pequena uma partida com cinquenta e tantos mil torcedores não deixa de causar uma certa estranheza.
O resultado de 1x1 mediante as circunstâncias do jogo e da rodada foi de bom tamanho para as duas equipes, aproximando cada uma de seu respectivo objetivo. Caminhando bem tanto no Campeonato Brasileiro quanto na Copa Sul-Americana temos as coisas sob nosso controle, com um time capaz de proporcionar um final de ano feliz para toda a coletividade são paulina.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Resultado grandioso

Jogo fora de casa, contra o atual campeão da competição e invicto em seus domínios este ano. Teoricamente tínhamos pela frente um adversário qualificado e de respeito, se conseguíssemos voltar para o Brasil com um empate ou até mesmo com uma derrota por uma diferença pequena de gols não seria algo tão ruim assim, semana que vem no Pacaembu teríamos totais condições de reverter uma possível desvantagem menor.
Não que uma vitória do São Paulo estivesse fora de cogitação, mas convenhamos, o favoritismo para este primeiro confronto em Santiago contra o Universidad de Chile pendia para o lado do time da Cordilheira. Digo isso não apenas pelos fatores citados no primeiro parágrafo, mas também pelo fato de grande parte do elenco tricolor ser cabaço em competições internacionais e porque jogaríamos desfalcado do nosso artilheiro.
Na prática, com a bola rolando o São Paulo conseguiu destruir o time chileno antes da metade do primeiro tempo. Absoluto e comandando as ações do jogo com um toque de bola rápido e envolvente fomos logo abrindo 2x0 no placar, gols do inominável camisa dezenove. O domínio são paulino era enorme, poderíamos ter ido para o intervalo com uma vantagem ainda maior já que o adversário estava entregue e não oferecia perigo algum.
Sem muita escolha o Universidad da maneira que pôde veio para cima no segundo tempo, entretanto o mítico camisa um do Morumbi tratou de segurar a pressão dos donos da casa garantindo um resultado grandioso. Jogamos na próxima quarta feira para confirmar uma classificação que praticamente já está em nossas mãos, difícil imaginar o São Paulo fora de uma das semifinais da Sul-Americana.