sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O Horror! O Horror! *

Poucas vezes na história do São Paulo vimos o clube imerso em uma crise tão generalizada e profunda, como essa que nos assola desde o terceiro mandato do nosso presidente golpista. A bagunça e a completa perda de rumo atingiram proporções grandiosas, o Morumbi é hoje um caos total e a previsão é que dias piores virão, pois não vejo qualquer perspectiva de mudança na mentalidade dos inábeis dirigentes são paulinos.
Infelizmente este é o único tipo de diagnóstico que pode ser feito a respeito da nossa terrível situação, sobretudo após as deploráveis e cínicas declarações de Juvenal Juvêncio. Concordo que uma limpeza no elenco é mais do que necessária, principalmente porque nosso time é composto em sua maioria por um bando de jogadores desqualificados e descompromissados. Contudo, ao se eximir de qualquer tipo de responsabilidade sobre os males que pairam em terras tricolores, culpando apenas aqueles que entram em campo, Juvenal demonstrou um grau de filha da putice nauseante.
Não posso nutrir qualquer tipo de esperança ao constatar que o processo de renovação que o São Paulo tanto necessita, se colocado em prática for comandado por um sujeito que não pode ser levado a sério. Primeiro, porque ele é o principal responsável pela criação e propagação dos nossos problemas; segundo, porque ele se preservará e poupará seus pares, dirigentes como Jesus Lópes e Leco, da mesma estirpe e tão maléficos quanto o próprio Juvenal.
A derrota de 2x0 para o Libertad sacramentou mais uma eliminação são paulina. Este nosso novo fracasso é uma consequência direta de toda essa política de abandono e descaso destes velhos parasitas que não param de vitimar o São Paulo, afastando para bem longe do Morumbi qualquer possibilidade de sucesso. As crises e as frustrações que acumulamos ao longo destes últimos tempos são criadas por nós mesmos, por gente de dentro do próprio São Paulo, e os mesmos não me parecem nenhum pouco preocupados com todo esse cenário desolador.

*Sempre quis usar a célebre frase de encerramento do brilhante filme Apocalypse Now no título de uma postagem, acho que não poderia haver um momento mais adequado.


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Qualquer nota

A última vez que o São Paulo ganhou um jogo no Campeonato Brasileiro foi no longínquo dia 17 de Setembro, mais de um mês atrás. Desde então jogamos 7 partidas, nosso desempenho nesse período foi catastrófico: cinco empates, duas derrotas e nenhuma vitória.
Portanto, não me surpreendo com o empate de 0x0 diante do Coritiba no Morumbi. Na verdade encaro-o com muita naturalidade, já que se trata de um resultado normal, que muito provavelmente irá se repetir ao longo dessas sete rodadas que ainda restam para o fim do campeonato.
A verdade é que de certa forma eu já estou me acostumando com esse monte de resultados ridículos do São Paulo, e com um time (salvo raríssimas exceções) formado por um bando de desgraçados, que já estão merecendo tomar umas porradas.
Para completar a merda recebemos a notícia de que Leão será o novo treinador do São Paulo. Era só o que faltava, o escolhido pela diretoria para dar jeito nesses vagabundos é o filho da puta que em 2005 nos abandonou no meio da Libertadores para ir ajudar um “amigo” japonês. Só falta agora os caras trazerem de volta o ilustre vereador Marco Aurélio Cunha para a desgraceira ficar completa.
Minha maior bronca com o cara de fato é por ele ter nos abandonado em 2005, mas minha rejeição por ele vai muito além disso. Essa parada de disciplinador, de autoritarismo, de time cascudo e o caralho não cola mais, ele não vai conseguir se impor através do medo, e me parece que é apenas isso que ele tem a nos oferecer, o que é muito pouco. Fora que teremos que aguentar seu ego que é do tamanho do Morumbi, sua má educação e sua escrota visão de mundo.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Vitóriazinha insignificante

Não esperava muita coisa do jogo de ontem, na verdade eu não esperava rigorosamente nada. Sabia que a partir do momento que a bola começasse a rolar, nada de positivo poderia sair dos pés daquele bando de incapacitados, estava certo que a frustração, a irritação e a indignação mais uma vez tomaria conta de mim.
Acredito que para a torcida são paulina, essa será a tônica das partidas envolvendo nosso time daqui até o final do ano. Portanto, acho que é bom não criarmos muitas expectativas, pois me parece que muitos serão os momentos de tristeza, e raras as ocasiões de alegria.
A situação é tão desanimadora, que até quando uma vitória é conquistada é difícil ficar satisfeito com o futebol apresentado pelo São Paulo. A questão aqui não é ser exigente demais (o material humano disponível não me permite este tipo de comportamento), é não se satisfazer com o nada.
Veja este jogo contra o Libertad, vencemos por 1x0, mas fizemos um jogo deplorável, abaixo da crítica. Foi aquela típica vitória que não significa absolutamente nada, que não nos qualifica para porra nenhuma e que demonstra que este time do São Paulo não inspira a menor confiança.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Futuro

Reproduzo abaixo os dois últimos parágrafos da última postagem deste blog:

Concluo sobre a impossibilidade do título são paulino levando em consideração não apenas este decepcionante empate em 0x0 contra o Inter, mas sim tudo aquilo que este desqualificado time deixou de fazer ao longo de todo o ano. Olhando em perspectiva, vejo que não faz sentido nutrir qualquer tipo de esperança em relação ao título, nosso fracasso é inevitável, somos impotentes demais para engrenar uma sequência de vitórias e aproveitar os tropeços dos nossos adversários.
Não é questão de ser pessimista, é enxergar a realidade conforme ela se apresenta, e já faz um tempo considerável que ela é totalmente desfavorável ao São Paulo. Confesso que eu queria ser mais otimista e escrever textos menos desanimadores e niilistas, mas enquanto Juan, Jean, Carlinhos Paraíba, Cícero, Rivaldo, Xandão, Dagoberto e Wellington estiverem em campo, e as opções no banco de reservas forem Marlos, Casemiro, William José, Henrique e Rodrigo Caio, com Adilson no comando e Juvenal na presidência dificilmente escreverei sobre títulos.

Pois bem, após a acachapante derrota por 3x0 para o Atlético Goianiense no Serra Dourada Adilson foi mandado embora. Com a demissão do nosso treinador acho que, sei lá, apenas uns 10% dos nossos problemas se resolvem. Para que tudo volte a normalidade e o São Paulo torne-se novamente um time competitivo, será necessário que os descompromissados e desqualificados jogadores acima citados e principalmente Juvenal Juvêncio, o presidente golpista, o verdadeiro responsável por colocar o São Paulo nesta situação deprimente também desapareçam do Morumbi. Como as perspectivas de uma profunda mudança estrutural do elenco e do corpo diretivo inexistem, nosso futuro não é nenhum pouco animador, já que é certo que os problemas do clube e do time continuarão sendo empurrados com a barriga. Portanto, novos fracassos e reveses continuarão acontecendo, eles são apenas uma questão de tempo.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A impossibilidade do título

Quando o juiz encerrou a partida ontem a tarde em Barueri, fiquei um tempão sentado vendo o estádio esvaziar e pensando nas possibilidades e nos limites deste time do São Paulo. Quando um otário fardado chegou junto de mim e de outros torcedores pedindo que nos retirássemos, já tinha chegado a conclusão de que o título do Campeonato Brasileiro é algo que está completamente fora de cogitação para este time do São Paulo.
Eu sei, é triste demais fazer este tipo de afirmação faltando ainda 9 rodadas para o fim do campeonato, e com a matemática insistindo em dizer que ainda podemos ser campeões. Todavia, nenhuma ciência exata irá me convencer que está taça pode vir para o Morumbi, pois dentro de campo, onde tudo de fato se define, as coisas não caminham nada bem, na verdade elas pioram a cada rodada.
Concluo sobre a impossibilidade do título são paulino levando em consideração não apenas este decepcionante empate em 0x0 contra o Inter, mas sim tudo aquilo que este desqualificado time deixou de fazer ao longo de todo o ano. Olhando em perspectiva, vejo que não faz sentido nutrir qualquer tipo de esperança em relação ao título, nosso fracasso é inevitável, somos impotentes demais para engrenar uma sequência de vitórias e aproveitar os tropeços dos nossos adversários.
Não é questão de ser pessimista, é enxergar a realidade conforme ela se apresenta, e já faz um tempo considerável que ela é totalmente desfavorável ao São Paulo. Confesso que eu queria ser mais otimista e escrever textos menos desanimadores e niilistas, mas enquanto Juan, Jean, Carlinhos Paraíba, Cícero, Rivaldo, Xandão, Dagoberto e Wellington estiverem em campo, e as opções no banco de reservas forem Marlos, Casemiro, William José, Henrique e Rodrigo Caio, com Adilson no comando e Juvenal na presidência dificilmente escreverei sobre títulos.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Uma tarde na Javari


Sem jogo do São Paulo nesta rodada de fim de semana do Campeonato Brasileiro, resolvi ir até a simpática Rua Javari acompanhar uma partida do tradicional Juventus da Mooca. O jogo em si não me interessava muito, um embate válido pela segunda fase da Copa Paulista ( torneio criado pela Federação para que os respectivos participantes não passem um semestre inteiro em inatividade) contra uma aberração, um time artificial chamado Red Bull(!)
Fui ao Conde Rodolfo Crespi sábado para sentir de perto todo o clima, toda a atmosfera que cerca aquele local que pode ser considerado o último reduto de resistência ao maldito futebol moderno. Ali o futebol ainda é uma manisfestação verdadeiramente popular, ali o futebol ainda não é movido por interesses comerciais que tendem a transformá-lo num ramo privilegiado da lucrativa indústria do entretenimento.
Nada de Arena mutiuso estilo européia, padrão Fifa, lugares marcados, cadeirinhas, camarotes, área Vip, setor Visa, ingressos em forma de cartão, preços proibitivos, futebol como espetáculo e outras bobagens modernas- apenas um estádio acanhado, sem divisão de setores, cimento da arquibancada, preços populares, ingressos de papel, torcedor junto ao alambrado e alma transbordando por tudo que é lado.
Muitos podem dizer que é romantismo e saudosismo demais de minha parte, que o campo do Juventus não passa de um lugar decadente e ultrapassado, totalmente fora do padrão vigente. Pode até ser, mas a verdade é que isso não tem a menor importância para todos aqueles que sábado compareceram à Rua Javari. Sim, pois estávamos lá para fazer uma espécie de viagem no tempo, rumo à uma época em que o futebol não estava contaminado por esta praga chamado futebol moderno.

* O placar do jogo foi 1x1, o energético fez 1x0 no começo do segundo do tempo e o Juventus empatou no final da partida.
   Destaque negativo para os desprezíveis e despreparados Policiais Militares, que na metade do primeiro tempo confiscaram todos os instrumentos musicais da galera do Setor 2, simplesmente porque eles festejavam demais.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Acumulando erros e perdendo pontos

A vitória frente ao Cruzeiro era obrigatória. Mesmo jogando fora de casa e contra um time grande a obrigação do São Paulo era voltar para casa com os 3 pontos por duas razões bem simples: primeiro, porque nosso adversário atravessa um péssimo momento, fazendo a pior campanha do segundo turno e beirando a zona da degola; segundo, porque era necessário recuperar os pontos perdidos na rodada anterior no Morumbi, dado que somente assim seria possível uma aproximação junto aos líderes, evitando um distanciamento ainda maior após o complemento da rodada.
Esta vigésima oitava rodada que só acabará no domingo, já se mostra completamente adversa para o São Paulo. Empatar com o Cruzeiro não foi um bom resultado sob nenhum aspecto, e agora é pouco provável que ao término desta rodada nossa situação na tabela continue a mesma. A quantidade de falhas e vacilos cometidos por um time que não consegue vencer suas partidas, já extrapolou todos os limites do aceitável, e jogo após jogo vamos acumulando erros e perdendo pontos que está nos afastando da disputa pelo título.
Ontem foi a vez da defesa do São Paulo abusar dos erros e colocar tudo a perder. Depois de conseguir reverter a desvantagem no placar e ficar duas vezes na frente, falhas grosseiras de marcação possibilitaram o empate cruzeirense em duas ocasiões. O sistema defensivo são paulino se comportou em Sete Lagoas como nos piores momentos daquelas temíveis zagas de meados dos anos 90. Nosso desempenho atrás foi desastroso, todas as bolas levantadas na nossa área representavam um iminente perigo à meta defendida por Rogério Ceni.
O gol do Cruzeiro que decretou o empate de 3x3 ilustra muito bem as deficiências e o baixíssimo nível da atuação dos nossos defensores, resultando na perda de mais dois pontos de suma importância. Resta agora 10 rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro, 30 pontos ainda estão em disputa, o que matematicamente deixa o título em aberto. Contudo, se dentro de campo os resultados negativos persistirem, deixaremos escapar não apenas o título, mas até uma possivel vaga na Libertadores. Lembrando que temos potencial para isto, basta olharmos para nosso treinador e alguns jogadores que o cercam.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Igual

A verdade é que não há absolutamente nada de novo ou significativo, que eu possa escrever sobre a intolerável derrota para o Flamengo ontem a tarde no Morumbi. Sério, tudo o que poderia ser escrito sobre outra patética apresentação são paulina em seu estádio diante de sua torcida já foi dito neste espaço inúmeras vezes ao longo deste ano, e nas apenas nas derrotas, mas também nos empates e até em algumas vitórias, portanto não é o caso de gastar mais tempo com todo um discurso que já foi repetido a exaustão.
Sim, pois as causas, as consequências, as circunstâncias, os personagens e o enredo dos tropeços do São Paulo são sempre iguais, assim como toda a nossa insatisfação diante da mediocridade que nos assola. Podemos em número de pontos estar bem colocado e próximo da liderança, mas em termos de futebol vejo o São Paulo cada vez mais distante da luta pelo título, apto apenas a passar vergonha e apuro em sua própria casa, e a ressucitar times que já estavam praticamente mortos.