terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Ponto Final

A fácil vitória no domingo por 4x0 sobre o Atlético Mineiro, encerrou oficialmente nossas atividades futebolísticas neste ano de 2010. Um ano desastroso, que na prática já havia chegado ao fim, muito tempo atrás, antes mesmo de qualquer possibilidade matemática de conquista de título ou vaga à Libertadores, não mais existisse, uma vez que dentro de campo, o São Paulo foi de uma ineficiência crônica, não permitindo ao seu torcedor, almejar posições além do meio da tabela.
Uma análise mais imediatista, simplista e superficial dos acontecimentos, me levaria a classificar nossa temporada como um completo fracasso, devido exclusivamente a ausência de conquistas de títulos. Contudo, minha análise deve se orientar na busca fundamentalmente das causas, e não apenas das consequências do malogro são paulino, pois somente assim, eu conseguirei sustentar uma crítica minimamente aceitável.
Isto posto, toda e qualquer crítica que eu venha formular, será obrigatoriamente direcionada à Diretoria tricolor, pois é lá que encontraremos a gênese da grande maioria dos problemas que afetam nosso time. Não quero aqui poupar e isentar jogadores de qualquer tipo de culpa, entretanto se alguém ou algum grupo, merece ser responsabilizado diretamente por este lamentável momento vivido pelo São Paulo, ele atende pelo nome de Diretoria, personificada nas figuras de Juvenal Juvêncio, Leco, e João Paulo de Jesus Lópes.
Sim, pois foram eles que permitiram que tivéssemos no comando da equipe, profissionais completamente imaturos e inexperientes (Ricardo Gomes e Barese); que contrataram e insistem em manter na equipe jogadores descompromissados e desqualificados (Renato Silva, Samuel, Carleto, Cléber Santana, Miranda, Dagoberto, Richarlyson); que sem nenhum critério tentam desesperadamente aproveitar tranqueiras da base (Casemiro e Diogo); que não aproveitam a oportunidade de contratar bons profissionais disponíveis no mercado; e que ao empurrarem os problemas do clube e do time com a barriga, estão fazendo o São Paulo perder completamente o rumo.
O grande problema que vejo nisto tudo, é que hoje os mandatários são paulinos, que já não gozam mais da credibilidade de outrora, serão os responsáveis por conduzir o processo de renovação de que o São Paulo tanto necessita, o que convenhamos não é nenhum pouco animador. O ideal seria que dentro do São Paulo houvesse uma oposição mais forte, articulada e organizada, contudo o que vemos é um movimento oposicionista estéril, quase que inexistente, o que facilita e muito a continuidade de um mesmo grupo no poder, e por consequência seu acomodamento.
Resumindo, Juvenal e sua turma, que até fizeram em um determinado momento um bom trabalho, mas que hoje se mostram omissos e acomodados, deveriam ser os primeiros a dar lugar a um novo grupo, que tentasse juntar os cacos deixados por esta atual diretoria. Porém o que é ventilado nos bastidores, é que Juvenal tentará dar um golpe, e pleitear um novo mandato, o que seria algo por demais perigoso, tanto para o time, quanto para o clube.
Encerro nesta postagem as atividades deste blog neste ano. Visto que este espaço é feito por alguém que se posiciona a partir da arquibancada, e como nela não estarei tão cedo, me resta a partir de agora, aproveitar essas férias do futebol para descansar e me preparar para a próxima temporada. Aproveito para agradecer, e desejar um bom final de ano para os poucos, mas fiéis leitores deste blog, torcendo para que a última postagem de 2011, seja bem menos negativa e pesada do que a deste ano.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Menos Uma Rodada E/ Ou Cumprindo Tabela

Não há absolutamente nada de significativo, a ser escrito a respeito do jogo de domingo passado contra o Atlético Goianiense no Serra Dourada. Todavia, para que este blog não fique às moscas, e complete mais uma semana sem postagem, considero ser válido e reconfortante lembrar, que estamos a apenas uma partida do fim do campeonato, pois domingo próximo, contra o Atlético Mineiro no Morumbi, encerramos nossa ridícula participação no Campeonato Brasileiro, colocando finalmente um ponto final neste ano que foi completamente jogado no lixo.
Mesmo sabendo que este jogo que nos resta, não fará eu mudar uma vírgula a respeito do que penso sobre nosso time e nossa temporada, pelo contrário, acredito que o jogo contra o galo mineiro, servirá sobretudo para constatar e confirmar minhas impressões, estou decidido a esperar o término de nosso derradeiro compromisso, para tentar escrever alguma coisa acerca deste ano de 2010.
Quem sabe quando tudo já estiver acabado, quando eu estiver (espero que definitivamente, e não temporariamente) livre das cagadas, das pataquadas, e dos erros cometidos por grande parte de nossos jogadores, comissão técnica, e dirigentes, eu consiga escrever um texto decente, que não sirva apenas para cumprir tabela aqui no blog.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Obrigação Moral Cumprida

Frequento estádios de futebol com um objetivo bem claro e definido: empurrar meu time à vitória. Como ontem, a última coisa que eu queria, era que meu time vencesse o Fluminense, mesmo com o ingresso em mãos, uma vez que no início do campeonato, eu adquiri o pacote contendo todos os ingressos para as partidas do São Paulo atuando em casa, optei por não  ir ao estádio.
Foi o único jogo do São Paulo jogando como mandante neste Campeonato Brasileiro, em que não estive presente no estádio, pois não fazia o menor sentido para mim, e sobre o que penso a respeito de estar na arquibancada, ir ao campo para torcer contra. Não vou julgar a atitude dos torcedores são paulinos, que ontem estiveram na Arena Barueri, assim como eles, eu também torci muito pela derrota do São Paulo, contudo preferi fazer isso na minha casa, pois achava essa a atitude mais adequada, para uma situação dessa natureza.
Felizmente a previsão que eu havia feito na postagem anterior, onde eu apostava em um empate não se confirmou, muito embora o jogo encaminhasse para a igualdade, dada a grande contribuição do centroavante caneludo da equipe carioca, perdendo gols incríveis, como apenas ele sabe perder; e com o São Paulo e sua inofensividade habitual, não levando perigo algum à meta adversária. Confesso que começei a temer pelo pior, pois como diz o ditado: "Quem não faz, toma", mas ai o juíz tratou de expulsar dois jogadores do tricolor paulista, e finalmente o tricolor carioca conseguiu abrir vantagem no placar, e garantir a vitória desejada por todos.
A obrigação moral do São Paulo de perder a partida, a fim de prejudicar a gambazada, e respeitar a rivalidade que nos opõe, foi cumprida, e neste momento com o fato já consumado, de nada adianta discutir se foi algo intencional, ou apenas uma consequência da incapacidade congênita deste São Paulo versão 2010, o Corinthians agora que se foda para tentar reverter sua posição na tabela.
Dane-se se a maior alegria que meu time pôde proporcionar à sua torcida este ano, veio através de uma derrota, se a nossa temporada foi um fracasso retumbante, e isso não há como negar, menos pior que a temporada do nosso rival, também caminha para um ano sem títulos, ao menos assim, nossa moral está salva.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Final "Feliz"

Se há alguma coisa de positivo a ser destacado, a respeito da participação do São Paulo neste Campeonato Brasileiro, é que a mesma já está muito próxima do fim, apenas mais três jogos e encerramos nossa campanha no campeonato nacional. Uma campanha ridícula, diga-se, onde foram raros os momentos em que nosso time, se mostrou capaz de brigar por algo na parte de cima da tabela.
Como o desempenho tricolor ao longo de todo o campeonato, não possibilitou que agora nas derradeiras e decisivas rodadas, figurássemos entre as equipes que decidirão o título, e as vagas à próxima Libertadores, só nos resta aguardar o fim desta temporada horrorosa e completamente perdida. Será somente ao final da última rodada, que nosso calvário chegará ao fim, e poderemos falar que algo de bom aconteceu conosco no Brasileirão 2010.
Enquanto o campeonato não termina, dá-lhe jogos chatos e completamente desinteressantes, semelhante ao tedioso empate por 1x1 ocorrido domingo passado contra o Vasco, e muito provavelmente igual ao que acontecerá contra Atlético Goianiense, e contra Atlétrico Mineiro. A exceção a este final de campeonato e temporada insossa, poderá ser o embate contra o Fluminense, caso o São Paulo entregue a partida, a fim de perjudicar os gambás, todavia, visto as declarações de dirigentes, técnico e jogadores são paulinos, estou duvidando de uma possível ajuda do tricolor paulista ao tricolor carioca.
Não sei, torço para estar enganado, mas desconfio que o encontro entre tricolores ficará empatado, tanto que na sexta-feira quando for fazer meu jogo da loteria esportiva, cravarei seco na coluna do meio. O São Paulo em um ano de dar medo, o Fluminense capengando e com Washington de centroavante, porra, isto não apenas tem cara de empate, como cheira empate.
Caso minha desconfiança se concretize, será uma pena, pois mais um tropeço do Fluminense, possivelmente será fatal para as pretensões dos cariocas ao título, deixando a conquista muito bem encaminhada para os lados da Marginal sem número. Caso tamanha tragédia se confirme, nem sequer um final "feliz" com aspas, nos restará.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Privações

Domingo, quando Simon apitou o final da partida entre São Paulo e Corinthians, ele pôs fim não somente ao clássico, mas também a participação do São Paulo no Campeonato Brasileiro. Por mais que a matemática nos mostre, que ainda é possível irmos além de onde hoje nos encontramos na tabela, dentro de campo, nosso futebol não nos proporcionará nada além da Sul-Americana, fazendo que nossa participação no último campeonato do ano, se encerre de forma melancólica e precoce.
Toda essa situação por si só já é complicada, mas o que a deixa beirando o insuportável, é olhar para a tabela, e constatar que ainda temos quatro jogos para fazer. Jogos estes diga-se, que caso o São Paulo ainda estivesse em condições de lutar por algo condizente com a sua história e a sua grandeza, seriam eletrizantes e decisivos, mas que agora, se transformaram praticamente em partidas amistosas, que não servirão para muita coisa, talvez nem mesmo para prejudicar o Corinthians, visto o discurso adotado por nosso treinador e nossos jogadores, dizendo para nossa infelicidade, que jogarão com seriedade contra o Fluminense.
A inutilidade destas últimas partidas que estão por vir, serão tamanha, que tenho sérias dúvidas se Carpegiani conseguirá tirar algum proveito delas, uma vez que ele terá à sua disposição, salve raras exceções, o mesmo bando de jogadores inúteis, que não por acaso, nos colocaram nesta triste situação. É obrigação de nossa diretoria, principal responsável por este estado lamentável de coisas que nos cerca, conseguir dimensionar tudo aquilo que com suas inúmeras ações equivocadas ao longo do ano, ela tirou do time, e por consequência do torcedor são paulino.

domingo, 7 de novembro de 2010

Desastre/Catástrofe

Não bastasse o desastre do São Paulo perder mais um jogo para o Corinthians, nossa derrota serviu para manter nosso rival firme e forte na luta pelo título do Campeonato Brasileiro, duplicando a dimensão do nosso desastre. Sorte o Fluminense e o Cruzeiro terem vencido seus respectivos jogos, pois do contrário, o São Paulo estaria praticamente entregando de mão beijada o campeonato para a gambazada, e ai, falaria aqui não de um desastre, mas sim de uma verdadeira catástrofe.
Não há muito o que se escrever sobre a partida, enquanto o São Paulo ciscava de um lado para o outro sem muita objetividade, nosso adversário era preciso em suas investidas ao ataque, fazendo um gol em cada tempo, e garantindo uma vitória segura, sem passar muito sufoco. Dentro de campo era tão nítido a maior qualidade e eficiência da equipe alvinegra, que o canalha do Simon, nem precisou aprontar uma das suas para garantir a vitória dos comparsas da CBF.
Visto que qualquer chance de uma posição além da Sul-America está fora de cogitação, e como não nos mostramos capazes de prejudicar nosso rival, vencendo, ou ao menos empatando uma partida contra eles no confronto direto, que nossa diretoria e nossos jogadores tenham vergonha na cara, e entreguem o jogo que temos a fazer contra o Fluminense, o líder do campeonato.
Fodasse o campeonato, fodasse a ética, fodasse os que os outros irão falar, perder para o Fluminense (assim como é aconselhável a porcada perder para o Cruzeiro e para o Fluminense), é uma obrigação moral que este time que nada de bom fez ao longo desse ano, tem para com sua torcida. Em nome da nossa história, em nome da dignidade, e principalmente, em nome da rivalidade que nos opõe, o São Paulo repito, tem a obrigação de perder sua partida para o Fluminense, a fim de evitar a catástrofe de um título gambá.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Pela Vitória No Domingo

São Paulo e Cruzeiro bem diferente do que eu imaginava, foi um jogo super tranquilo, jogamos com uma segurança absurda, não passando sufoco, tampouco qualquer tipo de pressão da equipe cruzeirense. Embora o placar da partida possa com razão ser contestado pelos mineiros, já que nosso segundo gol foi fruto de um pênalti inexistente, nossa vitória foi merecida, pois no cômputo geral dos noventa minutos fomos superiores.
Se nossa vitória serviu diretamente para complicar a vida do Cruzeiro, e aumentar nossas chances de conquistar uma vaga (ainda distante) para a próxima Libertadores, indiretamente com a combinação de resultados da rodada, ela acabou por favorecer a curintianada, já que agora eles novamente colaram no líder Fluminense. Não que o São Paulo tenha feito errado ao vencer sua partida, mas saber que de alguma forma ajudamos aqueles desgraçados da marginal sem número, começo a sentir ânsia.
Contudo domingo próximo, podemos e devemos dar nossa contribuição para o centenada da gambazada. Sim, pois já passou da hora do São Paulo voltar a vencer aquele time maldito, visto que já faz um tempo considerável que não ganhamos do nosso rival, algo que me incomoda bastante. Portanto, qualquer resultado que não seja uma vitória são paulina, irei considerar como um fracasso.
Jogaremos no Morumbi, e seremos a maioria nas arquibancadas, lembrando que do outro lado estará o time composto por um bando de canalhas, que não se importam, nem ao menos ficam constrangidos em se aliarem ao que de mais podre existe no mundo do futebol, muitas vezes com o simples propósito de nos atacar e nos difamar. Logo, a obrigação da torcida é exigir uma vitória, e a dos jogadores a conquistarem dentro de campo.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Mandante Visitante

Assistir jogos na Arena Barueri, até pouco tempo atrás nunca foi um grande problema para mim, conforme já havia escrito em postagens passadas, sempre gostei de acompanhar os jogos do São Paulo naquele estádio, em especial devido a pequena distância da arquibancada em relação ao gramado, permitindo assim a nós torcedores, ficarmos bem próximos de tudo aquilo que acontece dentro das quatro linhas.
Confesso que ultimamente, não tem me agradado muito a idéia de ir até Barueri para ver o São Paulo jogar. Minha indisposição refere-se a quantidade excessiva de jogos que o São Paulo tem feito por aquelas bandas. Jogar uma ou duas vezes por ano em Barueri, de certo modo pode até ser algo aceitável, contudo se não estou enganado, este São Paulo 2 x Atlético Paranaense 1, foi a sexta partida que disputamos naquela cidade, número este que aumentará para sete, quando daqui três semanas, jogaremos mais uma vez fora da nossa cidade, desta vez contra o Fluminense, o que convenhamos é um numero exagerado.
Isto vem acontecendo porque nossos dirigentes, não fazem muita questão de olhar a tabela dos campeonatos que o São Paulo disputa, antes de alugarem o Morumbi para alguns shows musicais. Não vou aqui enveredar o tema desta postagem, para questões que abordam o tamanho da sacanagem que é, transferir o local de uma partida, com ingressos já comercializados, visto que a palavra respeito e consideração parecem não existir no vocabulário de nossos dirigentes, contudo me sentiria um pouco menos lesado, caso algumas dessas meia dúzia de partidas jogadas em Barueri, fossem disputadas em nossa cidade, como no Pacaembú ou no Canindé por exemplo.
Sim, pois não faz sentido com o seu time sendo mandante, você ser obrigado a se deslocar 30km, pegando estrada e pagando pedágio, sendo que há outras opções de estádios na capital paulista. A explicação dada pela diretoria são paulina, é que ela opta por Barueri devido o valor do aluguel lá, ser mais barato do que em outros estádios, todavia me recuso a aceitar tal argumento, uma vez que a diferença de preços não deve ser tão oneroso assim, ao ponto de tornar um jogo no estádio municipal ou lusitano algo inviável.
Eu, como felizmente não dependo de transporte público, consigo ir e voltar de Barueri sem maiores complicações (mesmo que por vezes eu chegue atrasado no jogo, e tarde da madrugada em casa), porém muitos são paulinos deixam de acompanhar os jogos do São Paulo naquela cidade, porque sabem que não terão como voltar para suas casas, o que não aconteceria caso o jogo fosse disputado, respeitando o mando, em nossa cidade, na capital paulista, como nos muito bem localizados, Estádio Paulo Machado de Carvalho e Estádio Osvaldo Teixeira, servidos por várias linhas de ônibus e duas linhas de metrô.
Não tenho dúvidas que o público em um jogo em nossa cidade, especialmente nos dois estádios acima citados, seria maior do que costuma ser em Barueri, o que compensaria a questão do aluguel, pois a arrecadação seria maior. Pena que os mandatários tricolores, quando pensam em aluguel, desconsideram esta situação, e levam em consideração apenas o quanto irão lucrar com o aluguel do Morumbi, e o quanto supostamente estarão economizando, ignorando seu torcedor da capital, e optando por jogar em Barueri, sendo assim um visitante no jogo em que é o mandante.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Trabalho Pesado

Carpegiani chegou no São Paulo em um momento bastante delicado, com o time praticando um futebolzinho ridículo, e amargando uma sequência de três partidas sem vitória. É verdade que insucessos, não chegam a ser nenhuma novidade neste desastroso ano de 2010, mas talvez por finalmente ver que já nos encontrávamos no mês de Setembro, que o ano já estava se encaminhando para o seu fim, e que até então muito pouco tinha sido feito em prol do time, Juvenal Juvêncio decidiu trocar alguém que ele tratava como interino, por alguém que ele considera ser um técnico de verdade.
Juvenal teve seus motivos para escolher Carpegiani, seja pelo bom trabalho que ele estava executando no Atlético Paranaense, seja pelo seu salário mais "modesto" em relação a outros treinadores, seja pela promessa de que os garotos da base teriam uma oportunidade no time profissional; enfim, os motivos agora não importam mais, uma vez escolhido o novo comandante, gostando ou não, resta a nós torcedores neste início de trabalho apoiar Carpegiani.
Conforme eu havia escrito em uma postagem anterior, analisar o trabalho de um profissional recém chegado ao clube a partir de poucas partidas, seria algo precipitado, pois dificilmente eu conseguiria sustentar tanto uma crítica quanto um elogio, tendo como base uma análise imediatista e superficial, oriunda de meia dúzia de partidas. Portanto, se não elogiei Carpegiani depois de três vitórias consecutivas, não será após a derrota de 2x0 para o Ceará, que me fará tecer críticas a nosso treinador, pois assim estaria sendo no mínimo incoerente.
O que eu posso, e me sinto à vontade em afirmar com todas as letras, é que Carpegiani terá um trabalho muito, mas muito trabalho pesado pela frente para acertar este time do São Paulo, não devido suas limitações, mas porque nossos problemas dentro de campo além de não serem poucos, são de difícil solução (ou alguém considera ser uma tarefa fácil, fazer o Renato Silva passar uma partida sem comprometer o sistema defensivo; transformar o Dagoberto em um sujeito menos estúpido; explicar para o Richarlyson que o menos pode ser mais; e ensinar o Jean a cruzar uma bola), com o agravante de que fora do campo, nossos dirigentes contribuem e muito para o mau funcionamento de nosso time como um todo (visto a ausência de laterais no elenco, a inexistência de um meio campista organizador, e um banco de reservas composta em sua maioia por um bando de refugos).

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Obrigado, Futebol

Muitos me perguntam (e por vezes, até eu mesmo me faço este questionamento), se não é loucura demais acompanhar absolutamente todos os jogos do São Paulo no Morumbi, e ainda encarar algumas viagens nas partidas em que somos visitantes, abrindo mão e sacrificando tantas outras coisas, por causa do futebol. Não sei se minhas respostas conseguem convencer alguém, na verdade, esta nem é a minha intenção, mas se necessário fosse, não necessitaria de muitos argumentos, pois partidas como São Paulo e Santos disputada no domingo, encerram qualquer tipo de discussão, acerca do incomparável prazer que tenho ao presenciar partidas de futebol.
Por mais que o cinema e a música (outras grandes paixões que tenho na vida), possam me proporcionar ótimos momentos, eles não conseguem ser tão intensos e prazerosos, comparados com os que vivo na arquibancada. A partida de domingo ilustra muito bem, o quanto o futebol, e somente ele, mediante as mais diversas sensações que ele provoca, pode me trazer uma felicidade tão profunda quanto verdadeira.
A visita que fiz ao Morumbi na tarde de domingo, sem dúvida alguma será para sempre lembrada como um dos momentos mais memoráveis que já passei dentro de um estádio de futebol, dada a maneira épica como nossa vitória foi conquistada. A virada avassaladora no placar, o empate santista através de um penalti inexistente, a inferioridade numérica após a expulsão de um de nossos jogadores, chances perdidas de ambos os lados, e o gol da vitória aos quarento e oito minutos do segundo tempo.
Em uma fração de segundos, o futebol me levou da agonia ao êxtase, e naquele estado de euforia absoluta permaneci por mais algumas horas, celebrando não apenas nossa vitória, mas o futebol em si, e tudo de positivo que ele pode oferecer à um apaixonado por este esporte.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Destoando

A vitória contra a equipe do Grêmio Prudente, era uma obrigação quase que moral. Primeiro porque nosso adversário era, e ainda é, o lanterna da competição, e perder pontos para um time que se encontra nesta situação, seria constrangedor; segundo porque ao derrotar essa aberração que é este atual time do Prudente, antigo Barueri, fazemos um bem ao futebol brasileiro, pois assim, decreta-se logo o rebaixamento deste time artificial, sem história e sem torcida, sendo seu lugar ocupado por um time de verdade, como o Coritiba ou o Bahia por exemplo.
O triunfo são paulino frente o Prudente, somado com a vitória contra a equipe do Vitória, fez muito torcedor voltar a se empolgar com nosso time. Não sei se é minha limitação em analisar o futebol taticamente, se sou eu que ultimamente ando meio aborrecido e pessimista, ou se é alguma má vontade escondida em meu subconsciente; mas confesso que não consigo compartilhar da mesma empolgação e opinião desses torcedores, por ora, meu pensamento destoa da maioria. Admito que por mais que eu me esforce, ainda não enxergo nenhuma melhora, nenhum sinal de evolução neste São Paulo agora comandado por Carpegiani.
Na verdade, acredito que duas partidas seja muito pouco, para analisar o trabalho de um profissional recém chegado ao clube, portanto tenho a impressão que qualquer parecer que eu possa emitir acerca de Carpegiani neste momento, será algo feito de maneira precipitada. Dificilmente conseguirei sustentar tanto uma crítica quanto um elogio, tendo como base uma análise imediatista e superficial, oriunda de apenas cento e oitenta minutos de futebol.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Em Busca Do Tempo Perdido

Não sinto ser necessário ter de esperar até o final do ano, para afirmar que nossa temporada, ainda a dois meses do fim, já está completamente perdida. Essa assertiva, hoje já é constatada, independente da confirmação oficial de que não venceremos o Campeonato Brasileiro, e tampouco conquistaremos uma vaga à próxima Libertadores.
Na verdade, essas perdas que serão decretadas no final do ano, ocorrerão em consequência deste ano já perdido a muito tempo atrás. Hoje, a menos de três meses do fim da temporada, fica mais claro e mais fácil compreender em que momento começamos a jogar nosso ano no lixo, e o que fizemos e deixamos de fazer para transformar 2010 em um ano esquecível.
As evidências de que nosso ano seria uma dureza, começam a aparecer logo no início da temporada, quando nossas contratações são anunciadas. Não dava mesmo para esperar muita coisa de jogadores do gabarito de Léo Lima, André Luis, Cléber Santana e Carlinhos Paraíba; assim como insistir em um atleta malevolente como o Dagoberto, e jogadores (para pegar leve com eles) pouco produtivos como Richarlyson, Roger e Renato Silva, como se eles pudessem nos levar a algum lugar de destaque. O reflexo dessas decisões equivocadas de nossa desastrosa diretoria, logo começaram a serem sentidas dentro de campo, com o São Paulo praticando um futebol capenga e ordinário, sendo eliminado de todas as competiçoes que participou.
Dentro deste contexto nada animador, no qual ainda estamos inseridos, mudanças são necessárias, e elas não se resumem apenas a troca de técnico, uma vez que nossos problemas vão muito além daquele cidadão que fica à beira do gramado. Na verdade, a questão do técnico tornou-se um problema, a partir do momento em que Juvenal começou a colocar profissionais limitados a frente da nossa equipe, e não deu o devido respaldo aos mesmos, tanto no que tange a contratação de jogadores minimamente capacitados, como em questão de respeito e transparência na relação profissional com eles.
Precisamos buscar o tempo perdido, recuperar nossa condição de protagonista, do contrário, continuaremos a nos apequenar, ganhando uma partida contra um Vitória da vida, e posteriormente empatando ou perdendo para um time um pouco mais qualificado. O problema é que os grandes responsáveis por conduzirem este profundo processo de renovação que necessitamos, são os mesmos que fazem esta busca pelo tempo perdido, se tornar algo incessante.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Considerações Breves

Sobre o final de semana:

- Não há muito o que falar sobre o jogo de sábado contra o Avaí em Florianópolis, foi uma partida sofrível e esquecível, que não foi digna de nota. No placar, um 0x0 que ilustra muito bem o baixo nível não só da partida, como também das duas equipes que insistiram em judiar da bola durante os noventa minutos. Não é a toa que as duas agremiações despencam na tabela.
- Carpegiani para mim é o Ricardo Gomes parte dois, um técnico bem mais ou menos, com uma carreira medíocre, que nada de relevante possui em seu curriculum. Nem de longe ele era o técnico que a torcida esperava para para substituir Sérgio Baresi, está cada vez mais difícil, saber o que se passa na cabeça de Juvenal Juvêncio, ao optar por um profissional deste gabarito. Só nos resta mais uma vez apoiar, e ter paciência com um profissional que muito provavelmente deixará a desejar.

O Morumbi E Eu


Me tornei são paulino no longíquo ano de 1985, lembro que naquela época eu já gostava de futebol, porém ainda não torcia para nenhum time. Meu pai, que dava pouquíssima importância para o futebol, nunca fez questão de compartilhar comigo a pequena simpatia que ele nutria por seu time, deste modo, ele nunca tentou me transformar em um torcedor do mesmo time que o dele, no caso, o Palmeiras. Hoje eu tenho que agradecer meu pai por isso, mesmo ele tendo sido tão negligente, ao não cumprir aquele que é um dos maiores deveres de um pai para com seu filho: ensinar o rebento a torcer para um time de futebol.
Minha escolha pelo São Paulo portanto, foi algo completamente espontâneo, sem a intervenção de ninguém. Lembro que ao assistir pela televisão, os melhores momentos de um São Paulo 4 x Palmeiras 4, válido pelo Campeonato Brasileiro de 1985, por algum motivo que só meu coração pode responder, acabei me apaixonando por aquela camisa branca com as listras vermelha e preta na horizontal. Daquele dia em diante, nunca mais pude acompanhar uma partida do São Paulo de maneira impassível, o que eu começava a sentir por aquele time não permitia mais tamanho distanciamento.
O amor pelo tricolor a cada dia que passava só aumentava, nunca em toda minha pequena vida até então, eu havia me interessado por algo com tanta intensidade e paixão. Não demorou muito, e logo fui ganhando minha primeira camisa e meu primeiro shorts do São Paulo, contudo o que eu mais queria, demorou mais dois anos para ser realizado; assistir a um jogo no estádio do Morumbi.
No dia 23 de Agosto de 1987, meu pai finalmente cedeu aos meus pedidos, e me levou ao Morumbi, justamente em uma partida contra o seu Palmeiras, era o segundo jogo válido pela semifinal do Campeonato Paulista daquele mesmo ano. Me lembro até hoje que naquele dia, um domingo ensolarado, minha mãe fez o almoço mais cedo para saírmos de casa com tempo suficiente para chegarmos no estádio. Já nas proximidades do campo, a recordação que guardo, diz respeito ao tamanho da multidão que tomava conta das ruas, não me lembrava de alguma outra vez em minha vida, ter visto tanta gente junta encaminhando-se para um mesmo lugar.
Já dentro do estádio, o que mais me impressionou foi o tamanho do campo, e toda a atmosfera criada pelas torcidas; as cantorias, as bandeiras, as faixas, as fumaças coloridas, os papéis picado, as cornetas e os batuques. Sobre o jogo em si não me recordo de muita coisa, apenas que ganhamos de 3x1 e que meu pai não ficou nenhum pouco triste que o time dele tinha perdido, pelo contrário.
Não tenho dúvidas que participar de tudo aquilo, foi fundamental para solidificar de vez todo aquele amor que eu começava a sentir pelo futebol e pelo São Paulo. Hoje, vinte três anos depois da minha primeira visita ao Morumbi, que sábado completou cinquenta anos de vida, posso afirmar que mesmo não encontrando mais muitos daqueles elementos que encantaram um garoto de sete anos, e depois de algumas outras centenas de visitas, onde aprendi a vivenciar o futebol na sua plenitude, saboreando a felicidade e a euforia da vitória, e amargurando a tristeza e a pertubação da derrota, são nos degraus de cimento das arquibancadas do Cícero Pompeu de Toledo, onde ainda muitos dos meus sonhos se tornam realidade.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

-4

O número negativo que dá título à esta postagem, refere-se ao desastroso saldo de gols do São Paulo no atual  Campeonato Brasileiro. Ao longo de vinte e seis rodadas, comemoramos trinta e quatro gols, e vimos nossos adversários comemorarem por trinta e oito vezes um gol sobre nós, logo, mediante um simples cálculo matemático, chegaremos até nosso constrangedor saldo de gols negativo.
Essa diferença entre gols marcados e gols sofridos de menos quatro, mostra com clareza no que nosso time se transformou neste campeonato nacional, um verdadeiro saco de pancadas. Nossa mais recente surra deixa isso bem claro, um retumbante 4x2 para o Grêmio, conquistado sem muita dificuldade, como se o time gaúcho estivesse disputando seu campeonato estadual, contra um adversário qualquer do interior do estado, com direito a olé nos minutos finais da partida.
Tento puxar pela memória, a última vez em que o São Paulo, disputando um campeonato por pontos corridos, com o mesmo mais da metade já disputado, apresentou um saldo de gols menor que zero. Confesso que não consigo me recordar, acredito que não devido minha fraca e curta memória, mas talvez por isso ter acontecido a tanto tempo atrás, que apenas alguns maníacos por números e estatísticas como o PVC e o Mauro Bething, por exemplo, para conseguirem afirmar isso com alguma exatidão.
O que sei, e isto afirmo com toda a certeza, é que apenas um time como o atual São Paulo, que extrapola o limite do conceito de ruindade, configurando-se na verdade como um time ordinário, composto em sua maioria por jogadores que mais nada de útil tem a nos oferecer, e abandonado por sua diretoria, é capaz de alcançar um número tão inexpressivo e negativo.
Olhando na tabela, vemos que nosso tão discutido número, vem acompanhado de outros tão ridículos quanto, como nossa posição de dois dígitos na tabela, nosso número de derrotas ser maior que o de vitórias, e nosso aproveitamento estar abaixo dos 50%, contudo, este sinal negativo a frente de nosso saldo de gols, deixa ainda mais explícito, uma situação que já está por demais constrangedora.

domingo, 26 de setembro de 2010

Que Vergonha!

A sensação de vergonha estabelecida desde o apito final do juíz, encerrando o primeiro tempo da partida no Morumbi, não é decorrente apenas da vexatória derrota por 3x0 para a equipe do Goiás, que até então figurava na ridícula penúltima colocação do Campeonato Brasileiro. A vergonha que sinto, na verdade é oriunda dessa indecente política de abandono e descaso adotada por nossa diretoria, que não se mostra nenhum pouco incomodada e preocupada, com esta série de fracassos e derrotas, cada vez maiores e mais frequentes sofridas por nosso time.
Ontem, por mais que Sérgio Barese tenha cometido inúmeros erros na escalação da equipe, improvisando Rodrigo Souto na lateral, optando por sair jogando com Samuel e não com Xandão, e posteriormente colocando os inúteis Dagoberto e Cléber Santana na partida; assim como vários jogadores tenham apresentado um futebol abaixo da crítica, não devemos direcionar nossas críticas exclusivamente para eles, apontando-os como os principais responsáveis por nossa mais nova desastrosa derrota.
Não quero aqui poupar e isentar técnico e jogadores de qualquer tipo de culpa, todavia se alguém ou algum grupo, deve e merece ser responsabilizado diretamente por este lamentável momento vivido pelo São Paulo, ele atende pelo nome de Diretoria, personificada nas figuras de Juvenal Juvêncio, Leco e João Paulo de Jesus Lópes.
Sim, pois são eles que permitem que tenhamos no comando da equipe um profissional completamente imaturo e inexperiente, que nitidamente não está preparado para tamanho desafio, e que mesmo após alguns meses trabalhando dignamente como técnico, ainda é considerado um interino; são eles que contratam e insistem em manter no time jogadores desinteressados e descompromissados; são eles que sem nenhum critério tentam desesperadamente aproveitar os garotos da base; são eles que não aproveitam a oportunidade de contratar bons profissionais disponíveis no mercado; são eles que ao empurrarem os problemas do clube e do time com suas gordas barrigas, estão fazendo o São Paulo perder o rumo e envergonhar sua torcida.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Missão Cumprida

Não dava para pensar e aceitar, um resultado que não fosse a vitória contra a equipe do Guarani, pois se o São Paulo de fato almeja se posicinar na tabela além da zona da Sul- Americana, somar os três pontos ontem, era uma missão que obrigatoriamente deveria ser cumprida. Reconheço que qualquer tipo de exigência feita em uma temporada turbulenta como essa, pode muito bem não vir a se concretizar, contudo mesmo contra todos os prognósticos, e contra um maldito juíz mal intencionado, que inventou um penalti inexistente contra nós, os 2x1 do placar nos garantiu a vitória na partida.
Não foi um jogo dos mais memoráveis, a começar pelo horário inapropriado. Porra! futebol no meio de semana às 19:30, em uma cidade com o trânstito caótico como o da capital paulista, é pedir para chegar ao estádio com o jogo em andamento; não poderia ser diferente, adentrei ao Morumbi com quase quinze minutos de partida rolando, muito obrigado CBF, Globo e demais canalhas. Presenciei um jogo bom até o São Paulo fazer 1x0, depois disso demos aquela irritante e tradicional recuada, e o time do Guarani cresceu e saiu para o jogo, sendo presenteado pelo vagabundo do apito com um penalti inexistente, posteriormente convertido.
O segundo tempo não foi digno de nota, conseguimos o gol da vitória com uma certa dificuldade e nele paramos, nada além de um gol de puro reflexo do oportunista Ricardo Oliveira. Não irei reclamar, nossa missão estava cumprida, e agora quem sabe, poderemos até tentar voltar a acreditar naquela deslanchada que já faz alguns meses que aguardamos.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Freguesia Suína

2010 tem sido uma temporada horrorosa, daquelas que dá vontade de você esquecer, muito devido a quantidade de coisas ruins que nosso time vem fazendo. Dentro de campo nossos jogadores não conseguem se entender, fora do gramado nossos dirigentes não param de cometer erros; deste modo, cada um à sua maneira, jogadores e dirigentes, contribuem para que o São Paulo acumule ao longo do ano, uma quantidade vergonhosa de insucessos.
Em um cenário pouco inspirador como esse, várias de nossas vitórias, significam muito mais uma sensação de alívio, do que a felicidade propriamente dita, visto que nas poucas vezes em que conseguimos vencer uma partida, nosso triunfo serviu apenas para tirar o São Paulo da metade de baixo da tabela, e não para colocar a gente brigando com os líderes da competição.
A exceção à este estado quase que de letargia em um ano ruim, irá obrigatoriamente se estabelecer nos clássicos contra as comadres do futebol paulista, Corinthians e Palmeiras, traduzindo. São contra esses dois malditos times, que independente do contexto em que o São Paulo estiver inserido, uma simples vitória do tricolor, será suficiente para proporcionar à nós torcedores são paulinos, à alegria plena.
Poucas sensações no futebol, podem ser tão gratificantes quanto derrotar um rival de cidade em um clássico, principalmente quando você é o visitante, e encontra-se em minoria no estádio, isolado em um canto da arquibancada, cercado de torcedores adversário por todos os lados. Poder você e seus pares, em extase, cantar e comemorar a vitória de seu time, enquanto o outro lado assiste a tudo devidamente calado, é algo fantástico. Foi exatamente isso que aconteceu no Pacaembú na tarde de ontem, nosso maior freguês, o decadente time de verde da Barra Funda, o Guarani da Turiassu, frente seu maior algoz, sucumbiu mais uma vez, aumentando ainda mais a freguesia suína.
Uma vitória como essa, torna-se algo muito maior do que realmente ela foi, não pelo futebol que jogamos, que convenhamos foi somente razoável, mas por tudo que significa derrotar esses lazarentos, algo  tão satisfatório, que é capaz de fazer você esquecer todos os fracassos e frustrações de uma temporada, capaz até de criar alguma expectiva e ilusão para o amanhã, mesmo você sabendo que já no próximo jogo, ela poderá ser destruída, como aconteceu inúmeras vezes neste ano.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

De Volta À Estaca Zero

Parafraseando negativamente o hino da equipe do Internacional, o São Paulo em "tua senda de derrotas", deu continuidade na gelada noite de ontem, à sua lamentável campanha neste Campeonato Brasileiro. Outra sequência de resultados negativos, e principalmente, de um futebol abaixo da crítica, segue a todo vapor pelos lados do Morumbi, fazendo surgir novamente aquela desgostosa sensação, de que mais uma vez voltamos à estaca zero. 
A fácil vitória de 3x1, conquistada pela equipe colorada dentro do nosso estádio, não difere praticamente em nada, das outras inúmeras derrotas que sofremos ao longo dessa sofrível temporada, Brasil afora. Nossos tropeços se sucedem seguindo quase sempre um procedimento padrão; é jogador improvisado na lateral fazendo cruzamento errado, é atacante jogando de costas para o gol, é volante perdido na marcação, é o sistema defensivo falhando feio, é o meio de campo acéfalo, é o técnico à beira do gramado fazendo substituições aos quarenta e lá vai cacetada, é a puta que pariu.
O que mais desanima e frustra, em toda essa história envolvendo nossa incapacidade crônica, de praticar um futebol de alguma qualidade, reside no fato da mesma ser uma situação, que por não estar sendo tratada com a devida atenção por parte de nossos diregentes, ela já se arrasta por um tempo considerável. Estamos no mês de Setembro, e ainda não conseguimos resolver quase nenhum dos problemas que se faziam presente no começo do ano, pelo contrário, dada toda a negligência de Juvenal e sua turma, eles se tornaram ainda maiores, e desencadearam uma série de outros problemas.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Resposta Encaminhada

Analisar e emitir uma opinião sobre algum aspecto do futebol em específico, levando em consideração os acontecimentos de apenas um jogo, sem dúvida alguma não é uma postura das mais corretas e inteligentes. Ao refletir e pensar o futebol, torna-se obrigatório o acompanhamento de uma série de partidas, e dos fatos ocorridos fora do gramado, pois somente assim, tateando todo um contexto, será possível elaborar um trabalho mais denso e substancial, do contrário, qualquer discurso será caracterizado como algo vazio, e que dificilmente conseguirá se sustentar. Salvo raríssimas exceções, está é hoje uma prática cada vez mais comum e usual, da preguiçosa e despreparada impensa esportiva brasileira.
Conforme dito no primeiro parágrafo, o confronto entre São Paulo e Botafogo, embora possua suas particularidades, deverá ser examinado considerando que ele possui uma relação direta com as partidas disputadas anteriormente. Portanto, nossa derrota por 2x0 para a equipe carioca, embora não responda de maneira definitiva a pergunta presente em minha postagem anterior, a respeito de uma suposta evolução do São Paulo no campeonato, ao menos deixa uma resposta muito bem encaminhada.
Reconheço que a pergunta não era, e na verdade não é tão difícil assim de ser respondida, principalmente pelo fato da mesma, já ter sido feita anteriormente em outros momentos ao longo dessa temporada. A resposta para ela, muito provavelmente será igual a que recebemos após todos os escassos e curtos bons momentos vividos por nossa equipe. Acredito eu, que infelizmente mais uma vez, nos será dado como resposta, aquilo que já se tornou corriqueiro neste ano de 2010: outra empacada.
Será repetida a resposta padrão, óbvia e única, que um time da maneira como está formatado, e por quem está sendo formatado, pode oferecer à seus iludidos torcedores.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Evoluindo?

Embora eu ainda não consiga me convencer, de que de fato o São Paulo começa a evoluir neste campeonato, uma vez que ao longo de toda a temporada, quando parecia que o time finalmente iria conseguir encaixar uma interessante sequência de bons resultados, por diversas vezes nós deprimentemente empacávamos, nossas três vitórias consecutivas, mais a minha falta de imaginação na escolha de um melhor título para esta postagem, tornam o termo: "evoluindo", de certo modo aceitável.
Não discordo que seja legítimo pensar que uma evolução, uma reação esteja em curso, todavia eu prefiro aguardar um pouco mais, e ver o São Paulo jogar contra os times da parte de cima da tabela, para que assim quem sabe, eu consiga tirar este ponto de interrogação que ronda minha cabeça, tanto para o bem quanto para o mal. Nossos dois próximos jogos, contra Botafogo e Inter respectivamente, poderão demonstrar com mais clareza até que ponto irá essa nossa evolução, se iremos engrenar de vez ou empacar novamente.
Da sequência de três vitórias conquistadas nos últimos três jogos, o triunfo sobre o Flamengo foi sem dúvida alguma a partida onde mostramos um melhor futebol, principalmente no primeiro tempo, onde construímos nosso 2x0 sem muita dificuldade. A fragilidade da equipe carioca é latente, com dez jogadores então... chegou a ser constrangedor, não fosse a decisão de Sérgio Baresi, ou de sei lá quem, em recuar a equipe no segundo tempo com a entrada de um terceiro zagueiro, mesmo com nosso desentrosamento e nossas limitações, uma goleada era possível.
A goleada não veio, na verdade a mesma era um detalhe completamente dispensável, a vantagem mínima sem dúvida alguma já estava ótimo. Conseguimos ir até um pouco além disso, reflexo de que já estamos evoluindo?

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Lá Se Vai Um Turno

Passadas vinte rodadas, o primeiro turno do Campeonato Brasileiro se encerra, e com ele, uma boa parte da agonia e da apreensão, que tomou conta de mim ao longo dessa primeira metade do campeonato, parece que também chega a seu fim. Sim, pois se a vitória de quinta-feira passada contra o Atlético Goianiense me fez respirar um pouco mais aliviado, o triunfo de ontem sobre o outro Atlético, no caso o mineiro, fez essa sensação de alívio aumentar ainda mais.
Os 3x2 sobre o galo, nos alçou ao medíocre décimo lugar na tabela, sem dúvida alguma uma posição não condizente com o tamanho de nossa grandeza, contudo hoje, dadas todas as circunstâncias, acabar o primeiro turno exatamente no meio da tabela, está de bom tamanho, sobretudo se lembrarmos que apenas duas rodadas atrás, figurávamos na preocupante décima quinta posição, flertando bem de perto com a zona do rebaixamento.
Acredito que o pior já tenha passado, quem sabe se a partir de agora com a torcida voltando a apoiar o time, e Juvenal e sua turma dando uma sossegada e não atrapalhando mais o clube, a gente até consiga beliscar uma vaga no G4, que muito provavelmente será na verdade um G6, já que dificilmente Santos e Inter (já classificados para a próxima Libertadores) não permanecerão onde hoje se encontram na tabela. Continuo a achar o título muito distante do nosso alcançe, não devido apenas a diferença de pontos em relação ao líder da competição, mas exclusivamente devido a diferença da qualidade de nosso futebol, hoje consideravelmente inferior se comparado com Inter, Corinthians e Santos.
Com todo um segundo turno a ser disputado, nossa comissão técnica tem algo em torno de quatro meses para tentar finalmente definir um time base, e posteriormente fazê-lo praticar um futebol decente, já deixando  algo encaminhado para a disputa do Paulista, e da Copa do Brasil ou Libertadores.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O Reecontro Com A Vitória

Respiramos agora um pouco mais aliviado, depois de um mês de Agosto onde não conquistamos uma única vitória, passando cinco longas rodadas vendo nosso time nos frustrando mediante uma série de quatro empates desanimadores, e uma derrota acachapante, finalmente voltamos a somar três pontos e sair vitoriosos de uma partida.
A vitória sobre o Atlético Goianiense, um dos rabeiras do Campeonato, não foi nenhum pouco fácil. Um 2x1 conquistado na marra, e segurado na base da bicuda para frente nos minutos finais da partida, algo de certo modo até natural e esperado, principalmente se levarmos em consideração que em pleno mês de Setembro, ainda estamos à procura de uma formação ideal, e temos no banco de reservas um técnico-interino ou interino-técnico, sei lá, cada vez mais rodeado de "auxiliares" palpitando e interferindo em seu trabalho.
Embora as vitórias sejam quase sempre a consequência do que um time desempenha dentro de campo, isso quando um bandeirinha ou um juíz não decide fazer alguma palhaçada, ontem eu estava pouco me importando com o que veria meu time fazer na partida. Se já passei mais da metade do ano vendo o São Paulo praticando um futebol ordinário, não seria agora, com ele à beira da zona do rebaixamento, o momento mais adequado para eu exigir uma vitória convincente.
Queria apenas os três pontos, apenas ver meu tricolor fazer mais gols que o adversário, apenas me reencontrar com a vitória, nada além disso. Conseguimos, e ao menos até a próxima rodada, continuarei a me manter longe da calculadora, e daquelas assustadoras contas que os torcedores de times que frequentam a zona da degola costumam fazer.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Tudo Na Mesma

Primeiramente, antes de qualquer coisa, VAI SE FODER WASHINGTON. Peço desculpas aos leitores deste blog pelo impropério acima vociferado, mas ele se faz mais do que necessário, principalmente quando o pobre coitado do nosso ex camisa nove, decide fazer graça, e se põe a bater um penalti contra seu antigo clube, mesmo ele não sendo o batedor oficial do Fluminense. O que pretendia o senhor caneludo ao tomar tal decisão? O que o coração valente e rancoroso queria provar, caso ele tivesse a competência necessária para marcar o gol a partir de um penalti inexistente? Se o seu desejo era mostrar para todos, que durante sua passagem pelo Morumbi ele foi injustiçado, mesmo ele acreditando que marcando um mísero gol de penalti contra a gente isso fosse possível, após Rogério Ceni defender o penalti, o que Wahington conseguiu foi apenas explicitar ainda mais sua condição de perna de pau.
Sobre o jogo, embora nossa posição na tabela não permita comemorarmos empates, considero o placar de 2x2 contra o líder do Campeonato no Maracanã, um bom resultado. Mesmo tendo somado apenas um ponto, o que ainda nos deixa na desconfortável décima quinta posição, jogamos relativamente bem, principalmente no primeiro tempo, onde conseguimos virar um placar adverso. No segundo tempo após o gol de empate do tricolor carioca, Rogério Ceni, Washington e Marcelinho, cada um à sua maneira, o primeiro com sua habitual experiência e categoria, defendendo um penalti; o segundo com sua típica ruindade e incompetência, perdendo um penalti; e o terceiro com a caractrística inexperiência e afobação de um jovem, desperdiçando um gol feito, deram números finais à partida.
Nosso próximo compromisso no Campeonato é daqui a quatro dias, quando receberemos o Atético Goianiense, penúltimo colocado, no Morumbi. Uma vitória, não é preciso nem dizer, é fundamental e obrigatória, pois do contrário, não sairemos dessa desagradável posição que hoje nos encontramos, o que pode até piorar, caso um dos times que estão atrás de nós, decida vencer uma partida, inclusive o Atlético Goianiense. 

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Empatando e Empacando

Ontem contra o Vasco, o São Paulo disputou sua décima sexta partida no Campeonato Brasileiro, o 0x0 do placar significou nosso sexto empate na competição, que junto com nossas vergonhosas seis derrotas, mais nossas míseras quatro vitórias, nos coloca muito, mais muito próximo dos últimos colocados. Uma campanha medonha, abaixo da crítica, consequência direta de todas as pataquadas cometidas por Juvenal e sua turma, tanto frente a nosso clube, como frente a nosso time, nosso limitadíssimo time, por sinal.
Diante de um adversário bem mais ou menos, que veio para nossa cidade com o claro objetivo de apenas se defender (olha o São Paulo fazendo escola), noventa minutos, uma hora e meia jogando futebol não foram suficientes para a materialização de nosso tão esperado gol. Sérgio Baresi até que tentou, visando dar mais mobilidade à equipe, colocou Marcelinho, Carlinhos Praíba e Fernandinho nos lugares de Cléber Santana, Marlos e Fernandão respectivamente, contudo esse bando de "inho" pouco conseguiu fazer pelo São Paulo, e mais uma vez empacamos.
Se o empate do placar não foi nada bom para nós, a rodada em si até que não foi das piores, pois Grêmio, Goiás e Prudente perderam, e o Atlético Mineiro empatou, o que ainda nos mantém ao menos com o nariz para fora da água. É ridículo eu sei, chega até a ser patético, mas já é necessário fazermos contas e secar uma meia dúzia de adversários, a fim de tentar tornar nossa situação um pouco menos perigosa e vexatória.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Sem Rumo

O inapelável placar de 3x0, imposto de forma impiedosa pelo Corinthians sobre o São Paulo, não serviu apenas para que fosse mantido o maldito tabu de não vencermos nosso adversário já a três longos anos ou dez jogos, tampouco para solidificar nossa posição na parte de baixo da tabela, ou para que eu fosse alvo de muitas gozações. Nossa mais nova derrota frente ao Corinthians, serviu sobretudo para evidenciar que nosso time segue completamente sem rumo.
Estamos literalmente à deriva, as desastrosas séries de cagadas cometidas por nossa diretoria, cada vez mais são refletidas dentro de campo. Ontem, fomos uma presa fácil para os corinthianos, não apresentamos qualquer tipo de resistência, e os mesmos nos venceram da maneira que quiseram, sem fazer muito esforço, colocando o São Paulo na roda, não deixando a gente ver a cor da bola.
A sensação de que caminhamos sem rumo, ou rumo ao nada, torna-se ainda mais latente, a partir do momento em que um de nossos dirigentes de merda, quando perguntado sobre as chances do São Paulo cair para a segunda divisão (algo com que eu já começo a me preocupar, mesmo com mais de meio campeonato a ser disputado), ao invés de encarrar nossa realidade de frente, conforme ela se apresenta, responde com um cinismo irritante, e solta a pérola de que "time grande não cai". Porra, que caralho de mundo vive o maldito Jesus Lópes, quem ele pensa que está enganando adotando um discurso mentiroso e hipócrita desse???
É agindo dessa maneira, com esse tipo de pensamento arrogante, essa postura prepotente, esse comportamento dissimulado por parte de nossos dirigentes, e infelizmente reverberado por uma parte de nossa torcida, que está levando nosso time para a beira do buraco, que faz hoje o São Paulo caminhar sem rumo.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Recomeço

Recomeços geralmente não são nada fáceis, pois ao mesmo tempo em que uma nova oportunidade nos é oferecida para consertar algo, isso implica em chegar à conclusão de que por algum motivo, estavamos cometendo algum erro em uma parte do processo. Como sabemos, uma das maiores dificuldades do ser humano, está em reconhecer seus próprios erros, daí muitas vezes, o sucesso de nosso recomeço estar comprometido.
Enquanto me encaminhava ao Morumbi na geladíssima tarde de domingo, tinha ciência de que não poderia esperar muita coisa do São Paulo nesse nosso recomeço, agora sob o comando de um novo técnico-interino, ou interino-técnico, sei lá. Esse meu desânimo misturado com uma certa dose de desconfiança, talvez seja fruto dessa história de recomeço, já que nossos dirigentes e jogadores tem uma dificuldade crônica em assumir seus próprios erros.
O bom jogo disputado entre São Paulo e Cruzeiro em um Morumbi congelante, embora não tenha sido muito satisfatório em termos de resultado, já que mais uma vez não conseguimos triunfar em nosso estádio, mostrou logo de cara que nosso time, ao contrário do meu pensamento pessimista, pode colocar em prática esse processo de recomeço, de uma maneira bem menos conturbada do que eu imaginava.
Mesmo sendo surpreendido com o comportamento do tricolor, que lutou até o fim por uma vitória que por muito pouco não aconteceu, é certo que nosso recomeço não proporcionará ao São Paulo a conquista do título Brasileiro, talvez nem mesmo uma vaga à próxima Libertadores. Digo isso não devido o pessimismo estar tomando conta de mim novamente, apenas considero que nosso tempo é escasso, e que o recomeço passa por uma reformulação que deveria englobar não apenas alguns setores do time, mas do clube como um todo, principalmente por aqueles que comandam esse nosso recomeço.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Interino/Técnico(s)

Após um ano comandando a equipe do São Paulo, tempo este em que demonstrou ser um técnico muito limitado, Ricardo Gomes finalmente foi mandado embora do tricolor paulista. Resolvemos um problema mediante o desligamento de um profissional incapacitado em nossas fileiras, todavia dada a falta de mão de obra qualificada no mercado, adquirimos um outro problema, de resolução muito mais complicada que o envolvendo nosso antigo treinador.
Substituir Ricardo Gomes apresenta-se como uma tarefa delicada, pois quando olhamos para o mercado de técnicos hoje no Brasil, percebemos que as opções disponíveis não diferem, ou diferem muito pouco daquela que acabamos de dispensar. Sim, pois trocar quem nos comandava por figuras como Tite, Parreira, Dunga e Silas; ou mesmo por nomes como Leão, Luxemburgo ou Cuca, é mudar seis por meia dúzia, é sair um tranqueira para entrar um meia boca.
Deste modo, com um universo de escolhas reduzido e limitado, o São Paulo optou por não ficar no mais do mesmo, assim como economizar uma grana, e surpreendeu a todos efetivando interinamente Sérgio Baresi, que até então treinava o sub-20 do São Paulo. Confesso que mesmo ele tendo sido campeão da Copa São Paulo deste ano, nem lembrava da existência deste sujeito, o que faz com que eu não tenha nada de significativo a dizer sobre nosso novo técnico, ou interino, sei lá.
Contudo fico pensando, até onde irá a autonomia de Sérgio Baresi, um técnico explicitamente efetivado sob a condição de interino; até que ponto sua juventude e inexperiência, poderá significar que o mesmo seja manipulado segundo as vontades de Juvenal, ou mesmo dos jogadores mais velhos e experientes do elenco, e o quanto essa aposta da diretoria em um quase desconhecido, é continuar empurrando o problema de comando com a barriga??. Reconheço que são perguntas cabeludas, fruto de uma mente perturbada devido a tantas pataquadas promovidas por nossa diretoria e jogadores, e que possivelmente serão respondidas a partir dos próximos jogos.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Juntando Os Cacos

Somente três dias após nossa partida contra o Internacional, sem muito tempo para se reestabelecer do choque da eliminação de mais uma Libertadores, lá foi o São Paulo com um time sem técnico, com uma zaga composta em dois terços por jogadores ultra reservas, sem um lateral direito, e sem um meia de ligação; rumo a Curitiba enfrentar o Atlético Paranaense na Arena da Baixada.
Nosso retrospecto naquele maldito campo, em condições normais já é algo naturalmente desastroso, o que esperar então de um time que ainda junta os cacos de um duro e recente revés? Portanto, nada mais óbvio que nosso histórico de insucessos, que o tabu de não vencer o Atlético na Arena fosse mantido, mesmo com nosso time saindo na frente, e jogando os quinze minutos finais da partida com um jogador a mais.
O 1x1 do placar colocou o São Paulo na décima segundo posição na tábua de classificação, distante treze pontos do líder do Campeonato. Nos encontramos hoje, em uma situação por demais semelhante com a que nos encontrávamos ano passado, quando fomos eliminados da Libertadores pelo Cruzeiro: com um time necessitando de um processo de reformulação, sem técnico, mal posicionado no Campeonato Brasileiro, e nas mãos dos mesmos dirigentes.
O grande problema que vejo nisso tudo, é que hoje os mandatários são paulinos, que já não gozam mais da credibilidade de outrora, serão os responsáveis por conduzir o processo de renovação de que o São Paulo tanto necessita, o que convenhamos não é nenhum pouco animador. O ideal seria que dentro do nosso clube, existisse um movimento oposicionista capaz de inverter a lógica que hoje está posta.
Resumindo, Juvenal e sua turma, que fizeram sim um bom trabalho a frente do tricolor paulista, mas que hoje se mostram omissos, deveriam ser os primeiros a dar lugar à um outro grupo que tentasse juntar os cacos deixados por esta atual diretoria.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Sobre Ontem E Amanhã

Disposto a jogar bola, se comportando como um time grande que é, o São Paulo conquistou a vitória contra a equipe do Internacional, contudo o placar foi insuficiente para fazer do nosso time, adversário do Chivas na final da Libertadores. Foi uma vitória para não se comemorar, com um gosto tão amargo que parecia que tinhamos acabado de levar uma goleada do Palmeiras ou do Corinthians, tamanha era, e ainda é minha frustração com mais uma eliminação são paulina.
Não lamento tanto pelo jogo de ontem, pois ele apenas foi a constatação de que por mais vontade e empenho que nosso time possa mostrar em algumas partidas, nossas limitações táticas e técnicas são tão latentes, que acabam por anular e tornar em vão todo esse esforço. Lamento de verdade pelo jogo de ida, lá no Rio Grande do Sul, onde nossa dignidade e nossa classificação foi perdida, a partir do momento em que abdicamos do direito de jogar futebol e fazer um gol, não tentando sair de lá com um resultado mais favorável.
Acredito que para nossa tristeza, aquele ciclo de vitórias que começou com a conquista do Campeonato Paulista de 2005, passando por títulos como o Mundial, a Libertadores, e o Campeonato Brasileiro, tenha chegado ao fim. Na verdade acho que este ciclo chegou ao fim ano passado, porém só agora é que isto se faz notar, talvez devido nossa esperança de pensar que este ano ganharíamos algum título, não ganhamos e duvido que ganharemos enquanto mudanças não forem postas em prática.
Não me refiro apenas a negociação, demissão, doação ou expulsão imediata de trolhas como Hernanes, Dagoberto, Miranda, Richarlyson, Junior César, Cléber Santana, Marcelinho Paraíba, Ricardo Gomes...; falo de algo mais profundo e substancial, que é a mudança de comportamento por parte de nossa diretoria.
Não é de hoje que nossos dirigentes agem com uma soberba irritante, usando nossas recentes conquistas como um escudo para se esquivarem dos erros e equívocos que os mesmos vem cometendo já faz um bom tempo, e que não por acaso culminou em nossa mais nova eliminação, fruto direto do pífeo planejamento adotado por Juvenal Juvêncio e sua turma.
O ideal seria que dentro do São Paulo houvesse uma oposição mais forte, articulada e organizada, contudo o que vemos é um movimento oposicionista estéril, quase que inexistente, o que facilita e muito a continuidade de um mesmo grupo no poder, e por consequência seu acomodamento. Algo que se torna ainda mais perigoso, quando parte da torcida adere as babaquices vendidas por essa diretoria, falo de conceitos e idéias furadas como soberania, 6-3-3, clube diferenciado, Morumbi na Copa, maior patrocínio do Brasil, e mais um monte de blah blah blah que não está nos levando a lugar nenhum.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

À Guerra

Não adianta, por mais que eu tente ocupar minha mente o máximo possível com os afazeres do dia a dia, principalmente através do trabalho e do estudo, não consigo parar de pensar na partida de amanhã contra o Internacional no Morumbi. Acredito que toda essa minha excessiva preocupação com este jogo em específico, ocorre devido o mesmo não ser um jogo qualquer, mas sim uma verdadeira guerra que está prestes a acontecer.
Assim como em uma guerra, não temos escapatória, ou matamos ou morremos, simples assim, sem meio termo ou concessões. Amanhã, ou mandamos aquela gauchada metida a separatista, de volta para a sua terra com o rabinho enfiado entre as pernas, acabando com qualquer possibilidade dos mesmos triunfarem em nossa casa; ou pela quinta vez consecutiva, nossas pretensões de conquistar a América novamente serão destruídas, podendo deflagrar uma série de acontecimentos, que se não forem tratados com o devido cuidado e atenção, deixará nossa situação deveras complicada.
Nossa guerra amanhã, disputada em nosso território, com horário definido para começar e acabar, exigirá de todos aqueles que defenderão nossas cores, seja dentro de campo ou na arquibancada, uma entrega total. Por mais que alguns jogadores já estejam praticamente negociados, que outros atravessam um mau momento, e que determinados atletas no grupo mostrem-se desinteressados, em hipótese alguma eles poderão se comportarem de maneira malemolente dentro das quatro linhas. Quanto a nós torcedores, por mais que um novo Estatuto do "Torcedor" tenha sido aprovado, nos impondo ainda mais restrições, regras e punições, sem que ao menos nós fossemos consultados, ignorando por completo nossos anseios, necessidades e propostas; devemos a partir de agora, mais do que nunca nos fazer notar, xingando e ofendendo nossos inimigos com toda nossa intensidade, incentivando e empurrando nosso time à vitória com todo nosso vigor.
Uma vez estabelecido nosso objetivo e a função de cada um, independente do desenrolar dos acontecimentos, todas as nossas atenções deverão estar focadas na nossa conquista, portanto devemos deixar desconfianças, incertezas e divergências de lado, e acreditar e apoiar nosso time até o fim, pois este é o time que temos, e é o clube que tanto amamos, sendo que logo mais ele estará no campo de batalha, e nossa ajuda será imprescindível para o São Paulo vencer essa guerra.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Respirando

Uma vitória contra a equipe do Ceará, no final de tarde, começo de noite de sábado no Morumbi, era fundamental. Nossa incômoda posição na tabela, assim como o astral da equipe e da torcida como um todo, só poderiam começar a serem revertidos, a partir do momento em voltássemos a sair vitoriosos de uma partida novamente.
O triunfo frente os cearenses, veio após uma primeira etapa sofrível, onde o São Paulo não conseguia pressionar e agredir a equipe nordestina, saindo de campo merecidamente vaiado. Para o segundo tempo, Ricardo Gomes promoveu algumas alterações na equipe, e conseguimos construir nosso complicado placar de 2x1, deixando assim todos os são paulinos um pouco mais satisfeitos e aliviados.
A partida de sábado, foi na verdade uma preparação para a guerra que teremos pela frente quinta-feira contra o Inter. Todos os torcedores com que eu falei no jogo, estavam preocupados sim com a vitória no confronto que estava por acontecer contra o Ceará, contudo a ansiedade geral recaia sobre a maneira como jogaríamos esta partida, no caso, se nossa apresentação em um exercício de comparação e projeção, seria boa o suficiente para daqui alguns dias eliminarmos os gaúchos.
Tanto o placar, quanto o futebol praticado sábado, se repetido na Libertadores, obviamente serão insuficientes para nos levar à mais uma final, pois fizemos apenas o necessário para ganharmos suado de um time inexpressivo, nada além disso.
Respiramos agora um pouco mais aliviado, nos afastamos na zona de rebaixamento, e nos encontramos agora na metade de cima da tabela, mais precisamente na nona posição. Todavia o alívio que de fato procuramos, aquele que nos deixará  muito mais tranquilo, poderá ser conquistado somente daqui a exatos três dias, após uma batalha que irá tirar o fôlego de todos os envolvidos, nesta guerra que está prestes a acontecer.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Partida De Apenas Um Time

- Nossa tio, parece que o São Paulo nem tá querendo jogar!, disse minha sobrinha de 11 anos, lá pelos querenta minutos do primeiro tempo.
Olhei para ela com uma cara que era uma mistura de inconformismo com indignação, e não fui capaz de responder verbalmente, apenas acenei um sim com a cabeça de maneira bem contrariada, concordando com aquilo que até uma pré-adolescente com uma visão limitada do futebol, dada sua pouca idade e seu pequeno interesse pelo futebol conseguia perceber.
No intervalo do jogo minha sobrinha decidiu ir dormir, acredito que ela já tinha visto o suficiente para avaliar a situação, e concluir que perder mais quarenta e cinco minutos de seu sono não seria uma boa escolha; não a condeno. Fiquei sozinho assistindo aquela que foi a partida de apenas um time, sim, pois a idéia do São Paulo em sair do Beira-Rio com um empate sem gols de fato era boa, contudo nossa postura medrosa nos impossibilitou de alcançarmos um resultado satisfatório, fazendo com que nosso time abrisse mão de jogar bola, limitando-se em apenas ficar dando chutando para onde o nariz estivesse apontado.
Entramos em campo em plena semifinal de Libertadores, abdicando do direito de vencer uma partida, e o pior, fizemos isso por vontade e incapacidade própria, e não devido a postura adotada pela equipe do Internacional ter nos forçado a algo do tipo, pelo contrário, o Inter jogou e deixou jogar, pena que o São Paulo não estava disposto a honrar sua história e tentar fazer um gol. Nos comportamos como um time pequeno, não apenas por nossa falta de qualidade, mas principalmente por nossa covardia e falta de ousadia.
Tivemos sorte em sair de Porto Alegre com uma derrota pelo placar mínimo, o que ainda nos dá alguma chance em ir buscar esta vaga à final. Faremos nossa parte na arquibancada, esperando sobretudo uma atitude mais digna daqueles que estarão em campo defendendo nossas cores, nossa história e nossa tradição.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Dentro Do Esperado

Um São Paulo atravessando uma fase medonha, onde praticamente nada do pouco que tentamos fazer dentro de campo funciona, recheado de jogadores reservas, jogando contra um adversário que embora também não passe por um bom momento, ganhou os três jogos que disputou contra nós este ano. Convenhamos, dentro desse contexto, mais uma derrota são paulina frente o algoz time santista, infelizmente já era algo dentro do esperado.
Sim, pois não é por acaso que dos doze pontos disputados após a Copa, nosso time tenha conquistado apenas um ponto, o que representa um pífeo aproveitamento de 8,3%, o pior entre os vinte participantes do torneio, colocando o São Paulo na décima quinta posição, com os mesmos doze pontos do Botafogo, que hoje figura na zona de rebaixamento. Portanto dado o comportamento patético de um time composto em sua maioria por jogadores acomodados, e ou em péssima fase, comandados por um técnico limitado, faz sentido fazermos compania para os piores time do campeonato, e não ocuparmos uma posição mais digna na tabela.
Nossa situação as vésperas do confronto conta o Inter, dificilmente poderia ser pior, contrastando com a ótima fase vivida pela equipe colorada, que os tornam favoritos na luta por uma vaga à final da Libertadores. Embora a questão do favoritismo não signifique lá muita coisa, principalmente quando nos referimos ao embate entre dois times grandes, toda a inofensividade do tricolor paulista faz com que uma futura derrota para os gaúchos, seja encarada novamente como algo dentro do esperado.
Admito que perder para um time grande, seja qual for este time, é sim algo totalmente dentro da normalidade, contudo de antemão ver uma possibilidade de derrota/desclassificação como algo esperado, um caminho sem volta, é uma situação desoladora, com a qual nunca poderei aceitar e me acostumar a conviver com ela em paz. Não quando se é torcedor de um time da grandeza do São Paulo Futebol Clube.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Cenário Desolador

Encerrada nossa participação na décima rodada do Campeonato Brasileiro, a terceira após a Copa do Mundo, chegamos a desprezível marca de apenas um ponto conquistado na somatória de nossos últimos três jogos. Ontem interrompemos nossa sequência de derrotas, porém estivemos longe de conquistarmos uma vitória, em pleno Morumbi fomos capazes apenas de empatar com o temível Grêmio "Itinerante" Prudentino.
É evidente que o momento não é dos melhores para o São Paulo, faço essa afirmação levando em consideração não apenas aquilo que presenciei na partida de ontem, não, a questão vai muito além disso, e nos remete a constatação de que nossa sempre decantada estrutura, já não me parece mais algo tão inquestionável e inabalável assim. Sim, pois os diversos problemas são paulinos, são frutos não apenas da incapacidade de nosso treinador e de determinados jogadores, muito embora eles venham contribuindo e muito para nossa derrocada, não podemos nos esquecer de mencionar os equívocos cometidos pelos mandatários tricolores.
Não é de hoje que os integrantes de nossa diretoria, vem deixando a desejar na execução de suas atribuições, algo comprovado quando constatamos que nossa categoria de base não revela mais ninguém, quando olhamos para nosso uniforme e não vemos nenhum patrocinador ( a camisa sem patrocínio é linda, e também não quero que a mesma fique semelhante a dos gambás, igual um macacão de Fórmula 1, contudo não temos auto-suficiência a ponto de inexistir um patrocínio "master" em nossa camisa, defasando nossas finanças), quando vemos um fisiologista considerado uma referência mundial sendo demitido sem mais explicações, quando não conseguimos mais fazer as famosas contratações "cirúrgicas" de outrora, quando passamos mais um longo ano improvisando jogadores na lateral direita, quando descartamos jogadores e posteriormente os colocamos em campo, quando ficamos enrolando para dispensar quem não serve ao clube, quando colocam o time em segundo plano e insistem em transformar nosso estádio na sede paulista para a maldita Copa do Mundo de 2014, etc, etc.
E ai quando jogador, dirigente e treinador, os responsáveis por nossa desgraça, vem a público dizer que tudo está sob controle, e que o time está evoluindo, ou arrumam desculpas descabidas para nossas derrotas, é que todo esse cenário torna-se ainda mais preocupante e desolador.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Repetição

Nos textos que me proponho a escrever neste blog, seja quando falo exclusivamente do São Paulo, seja quando trato de algum aspecto do futebol em específico, procuro sempre ser o mais original possível, não me limitando a ser um mero reprodutor do que é vinculado na grande mídia. Sinceramente não sei se tenho obtido êxito em meus objetivos, talvez as quatro dúzias de leitores desse blog, possam responder isso com mais propriedade e isenção.
A julgar pelo que escreverei sobre nosso jogo de sábado contra a equipe do Vitória, onde mais uma vez fomos derrotados, é certo que neste texto fracassarei no quesito originalidade, pois farei questão de ser repetitivo, e reproduzir aqui todas as críticas que fiz ao time do São Paulo na postagem anterior, visto que nossos onze jogadores se mostraram mais uma vez incapazes de saírem vitoriosos de uma partida, assim como aconteceu quarta-feira passada contra o time do Avaí.
Sim, novamente foi preciso o São Paulo estar perdendo por dois gols de diferença, para que nossos jogadores começassem a demonstrar alguma inicitaiva; novamente nosso setor defensivo falhou em demasia; novamente nosso valoroso técnico na tentativa de modificar nossa equipe, optou por colocar em campo dois renegados; novamente quem estava em campo não fez o suficiente; novamente mais três pontos ficaram pelo caminho; novamente nossa torcida ficou indignada com o que viu dentro de campo; novamente tenho a impressão de que estamos regredindo; novamente começo a temer pelo futuro de nosso time; novamente vejo que este ano poderá ser uma repetição de 2009!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

De Volta Ao Que Interessa

Terminada a Copa Do Mundo, finalmente chega o momento de o futebol voltar a pertencer àqueles que de fato gostam de futebol, que o compreendem e o vivenciam em sua essência e plenitude, sem mais a presença daqueles chatos oportunistas que aparecem de quatro em quatro anos, e insistem em transformar o futebol em uma grande confraternização.
A espera pela noite de ontem foi longa, ficar tanto tempo afastado daquele que é um dos meus habitats naturais, privado de algo de vital importância para mim, não foi nada fácil. Todavia a partir do momento em que adentrei ao estádio do Morumbi (sim, o tão criticado Morumbi, apontado por muitos "especialistas" como um estádio obsoleto, mas que para nós torcedores de arquibancada, que lá estamos unicamente com o objetivo de empurrar nosso time à vitória, sendo essa nossa verdadeira missão e preocupação, o mesmo continua a nos oferecer tudo aquilo que de fato precisamos para cumprirmos nosso papel de torcedor), toda essa angustiante espera chegou ao fim.
A angustia provocada pela espera chegou mesmo ao fim, contudo não imaginava que já dentro do estádio, a indignação tomasse conta de mim. Sim, pois do apito inicial ao apito final do juiz, a maneira como o time do São Paulo se comportou dentro de campo, deixou acredito que não só a mim, mas todos os torcedores que se aventuraram a comparecer no Morumbi na fria e chuvosa noite de quarta-feira, completamente indignados.
Foi preciso que o tricolor tomasse dois gols de um combalido Avaí, para que nossos jogadores começassem a demonstrar alguma iniciativa, a fim de não tornar nossa apresentação ainda mais vexatória. Não conseguiram, marcaram apenas um mísero gol, insuficiente para livrar o São Paulo de mais uma  nova derrota no Morumbi. O que me pareceu ainda mais inevitável quando nosso treinador, na tentativa de modificar nossa equipe, optou por colocar em campo dois atletas que até pouco tempo atrás, eram dados como carta fora do baralho pela nossa comissão técnica e diretoria.
Deste modo, nada mais natural que Cléber Santana e Washington, que entraram nos lugares de Rodrigo Souto e Hernanes, nada conseguissem fazer para mudar alguma coisa, e seguissem no ritmo já bastante descompassado dos que desafinavam e muito dentro de campo, mesmo depois de tanto tempo ensaiando.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Por Favor, Deixem O Morumbi Em Paz!

Conforme eu havia escrito na postagem anterior, só voltaria a escrever neste blog a partir do momento em que o São Paulo voltasse a disputar uma partida, mais precisamente no dia 14 de Julho, quando enfrentaremos o Avaí no Morumbi, no recomeço do Campeonato Brasileiro. Contudo com a confirmação de que a utilização do estádio do Morumbi para a Copa de 2014, está oficialmente fora dos planos da CBF e da FIFA, abro uma exceção, e volto a publicar um texto neste blog antes da data prevista, para tratar de um assunto já debatido neste espaço algumas vezes, um assunto por demais nojento e que está longe do fim e de uma definição mais concreta, mas que para mim se encerra agora com a republicação de uma postagem feita a mais de um ano atrás, no dia 04 de Junho de 2009, onde deixo bem claro tudo que pensava (e ainda penso) sobre a maldita Copa do Mundo de 2014, e a questão do Morumbi.

Abaixo o link e o texto original na integra, e o link de mais dois textos que também tratam desse assunto.

A Copa Do Mundo E O Morumbi (04/06/2009)
Tudo Errado (01/04/2010)
Imundice Política (14/04/2010)

A Copa Do Mundo E O Morumbi

Por não ser um sujeito alienado, ter um grau de esclarecimento de certo modo suficiente, bem como não ter o mínimo interesse em obter qualquer tipo de vantagem ou favorecimento, sempre me posicionei de forma contrária à realização da Copa do Mundo no Brasil. Posicionamento este não compartilhado por grande parte dos mandatários do futebol e autoridades locais.
Para os mesmo a Copa do Mundo é uma oportunidade de ouro para colocar em prática um esquema que, através de métodos nada louváveis beneficiará um grupo muito grande e selecionado de pessoas em termos políticos e financeiros. E através da construção de novos estádios ( ou arenas como convencionou-se a dizer nos dias de hoje) este grupo encontra um campo propício à materialização de suas torpes ambições.
O evento máximo do futebol mundial na realidade será extremamente danoso ao bolso do contribuinte brasileiro, dado seu caráter predatório e de favorecimentos, assim como as exaltadas benesses oriundas do privilégio que é ser sede de uma Copa do Mundo, com o tempo mostrará sua verdadeira faceta; soma-se à isso o fato de o Brasil, como um país pobre que é, apresentar sérias limitações em termos de infra estrutura à realização da Copa. Por aqui tudo é muito precário e insuficiente, nossos estádios de futebol são um grande exemplo disso.
Me limitarei a falar apenas do estádio que melhor conheço, no caso, nosso querido Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi. Um estádio que assim como os demais estádios tupiniquins, é bastante obsoleto, talvez um pouco menos que outros, mas que no compto geral está recheado de falhas e problemas, com as quais sempre me deparo cada vez que vou ao banheiro e as bilheterias do Morumbi, mas que para um abnegado como muitos de nós, não torna a ida aos estádios menos prazerosa.
Reconheço sim que muitas melhorias foram feitas no Morumbi, mas com o claro objetivo de aos poucos "qualificar" o público que frequenta estádios de futebol, substituindo através de preços proibitivos os indesejados (aqueles que tem pelo futebol, por seu time de coração "apenas" uma relação de amor) pela classe média; que ve o futebol como um espetáculo, como mais uma opção de entretenimento dentre as tantas que estão à sua disposição. Sei que o time precisa incrementar receitas e tudo mais, todavia esta nova dinâmica que se estabelece aos poucos trará prejuízos irremediáveis, como disse não agora, mas em médio e longo prazo, em especial pela perda de identidade com a massa, que contrastando com o novo público, não mede esforços para acompanhar seu time de coração.
Independente de todas as melhorias que o São Paulo se proponha a fazer em seu estádio, visando à adequação do mesmo às exigências da Fifa, necessitando na verdade para que isso talvez aconteça, uma grandiosa série de reformas, não apenas dentro do estádio, mas em seu entorno também, o que demandará uma quantidade enorme de dinheiro, um investimento que sinceramente eu não sei se o São Paulo terá lastro suficiente para bancar, mesmo com o apoio de eventuais parceiros, já que estamos falando em cifras significativas, algo na casa das centenas de milhões de reais, as chances do Morumbi não sediar o jogo de abertura da Copa, quiçá de ser um estádio utilizado na Copa é muito grande, visto que a construção de um novo estádio na cidade seria mais adequado ao pleno funcionamento de toda essa rede de falcatruas.
Caso o São Paulo insista nesta louca obsessão de ter o Morumbi como palco de abertura da Copa, que ele faça isso com responsabilidade, sabendo exatamente onde ele está se metendo, dimensionando com exatidão todas as perdas, e de tudo que ele terá de abrir mão (sim, falo da montagem de times competitivos e qualificados), a partir do momento em que ele começar a pagar a dívida (e os juros) que ele contraiu para a reforma de um estádio imposta por um bando de engravatados, que não tem a mínima idéia do que é amar um time de futebol.
Quem vencerá essa disputa eu não sei, o que sei é que para mim o Morumbi será sempre o melhor estádio do mundo, o estádio em que mais me sinto a vontade, o estádio onde muitos dos meus sonhos se tornaram realidade, mesmo sem o aval da Fifa.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Vitória Providencial

Campeonato Brasileiro disputado por pontos corridos não é nada fácil, por se tratar de uma competição onde o nível técnico das equipes participantes não é muito discrepante, predominando um certo equilíbrio, é fundamental para uma equipe que de fato almeja ser campeã, fazer prevalecer o fator casa, desperdiçando o menor número possível de pontos jogando em seus domínios, já que é complicado recuperar pontos em campos adversários.
Dentro do contexto acima citado, nada mais providencial do que uma vitória do São Paulo sobre o Grêmio na tarde ontem no Morumbi, pois caso tivessémos perdido ou mesmo empatado, ficaríamos em uma posição não muito cômoda na tabela de classificação, figurando mais ou menos no meio da mesma, com uma diferença de pontos significativa para os líderes do campeonato.
Embora os 3x1 do placar leve muita gente a pensar que o jogo foi tranquilo, quem pôde acompanhar a partida sabe o quanto o São Paulo teve que suar para conquistar sua vitória. Não foi nada fácil, saímos perdendo, empatamos, Rogério Ceni mais uma vez perdeu um penalti (até quando vão deixar ele continuar a bater penaltis? até ele perder mais uns quatro seguidos??), conseguimos fazer o segundo gol e reverter o placar, Rogério Ceni fechou o gol evitando o empate gremista e se  redimindo da perda do penalti, e finalmente fizemos o terceiro gol matando de vez a equipe gaúcha e decretando nossa valiosa e sofrida vitória.
Encerrada essa primeira parte do campeonato, que irá parar e voltar somente daqui a quarenta longos dias, já que existe uma Copa do Mundo a ser disputada, este espaço durante esse período entrará em recesso, uma vez que eu acredito que para este blog, nada de significativo acontecerá em termos futebolísticos até o dia quatorze de Julho, quando enfrentaremos a equipe do Avaí no Morumbi na volta do Campeonato Brasileiro.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Regredindo

Demorou meses para podermos afirmarmos com alguma segurança e convicção, que finalmente o São Paulo apresentava um futebol digno de elogios. Depois de um Campeonato Paulista onde fomos nos arrastando até a sumária eliminação na semifinal, e uma Libertadores onde a primeira fase foi superada de modo nada convincente, e as oitavas de final de maneira ainda menos convincente, eis que no confronto de quartas de final, o São Paulo resurgia, vencendo a equipe do Cruzeiro por duas vezes mediante um futebol eficiente e competitivo.
No Campeonato Brasileiro, com a equivocada decisão de nas rodadas iniciais, poupar a maioria dos jogadores titulares visando a disputa da Libertadores, o time cometeu alguns deslizes, o que de certo modo é até compreensível, visto a completa falta de entrosamento destes times mutantes que iam à campo. Mesmo assim, a situação parecia estar sob controle, pois quando o time titular era escalado, as vitórias eram conquistadas, foi assim contra Inter e porco, o que fazia o torcedor manter a confiança na equipe, porém bastaram dois jogos, um empate horroroso contra o Guarani, e uma derrota ridícula contra o Goiás na última quarta-feira, para o torcedor com razão, voltar a olhar para o São Paulo com uma certa desconfiança.
É verdade que nessas duas últimas partidas em questão, o time sofreu com a ausência de alguns jogadores titulares afastados por contusão, principalmente no setor defensivo, especificamente na zaga, todavia nada disso serve para justificar o improdutivo futebol praticado contra esses dois times de verde. O que se constata na verdade a partir deste episódio, é o mau planejamento feito pelo São Paulo, uma vez que não temos jogadores a altura para substituir os contundidos, visto que grande parte das contratações feitas no início da temporada, foram absolutamente ridículas, não à toa alguns desses atletas já terem ido embora, e outros estarem de saída do clube.
A sensação que se estabelece novamente agora, é a da desconfiança, e a de que nossa agremiação está regredindo, pois voltamos a ser uma equipe inopererante e irregular, contra o time goiano por exemplo, não conseguimos criar praticamente nenhuma jogada que de fato levasse algum perigo à meta adversária. Domingo contra o Grêmio será a última rodada antes do início da Copa, torneio este que antes era visto neste espaço como uma verdadeira maldição, agora nem tanto, não por eu ter mudado minha concepção, apenas considero que essa parada será benéfica para que o São Paulo volte a se reencontrar, já que custo a acreditar que nesses quarentas dias parados as coisas possam piorar para nosso lado.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Ruim De Se Ver E Escrever

A viagem até Campinas foi tranquila; boas estradas, nenhum trânsito, pedágio por um preço não muito oneroso, e uma boa companhia. Já em Campinas; ruas tranquilas para deixar o carro, e uma boa churrascaria em frente ao portão de entrada da torcida são paulina para almoçar. Pena que junto com o último pedaço de carne que restava em meu prato, tudo aquilo que conspirava a meu favor chegou ao fim.
A partir do instante em que adentrei ao estádio do Guarani, nada mais do que presenciei e vivenciei foi digno de nota. Um jogo completamente esquecível, noventa minutos do mais puro e genuíno futebol arte abstrata, uma hora e meia de jogadas mal executadas e de pouca inspiração, o que torna a elaboração desta postagem um processo tão enfadonho quanto foi o acompanhamento da partida. E pensar que um dia, neste mesmo estádio, estes dois times protagonizaram uma das mais, senão a mais sensacional final de Campeonato Brasileiro da história...
Como eu sei que com o horroroso empate sem gols entre São Paulo e Guarani, todos já ficaram entediados e aborrecidos o suficiente, não serei eu, que através de um texto mal escrito e de pouca inspiração (pois seria nisso que este texto se transformaria, ou já se transformou, caso eu continue a insistir em falar sobre o jogo de ontem), que tornará tudo ainda pior. Não, este ônus será exclusivo do tricolor e do bugre.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Escorraçando O Porco

O ódio e o nojo que sinto pelo decadente time de verde da zona oeste de São Paulo, atinge proporções tão elevadas, que sempre que nos deparamos com essa corja imunda e alienada, uma vitória são paulina torna-se algo imprescindível, de vital importância. Vencer aquele maldito time, não se resume apenas aos três pontos que ganharemos, e aos três pontos que eles deixarão de ganhar, não, a questão vai muito além disso.
Derrotar aquela escória significa colocá-la em seu devido lugar, em uma posição de inferioridade em relação ao seu maior algoz, deixando bem claro que no momento em que eles cruzarem nosso caminho, muito provavelmente será o fim da linha para a lusinha da rua Turiassu. Assim como tem acontecido ao longo dos anos, com o São Paulo históricamente sempre levando vantagem contra a freguesia verde, vantagem esta devidamente ampliada na noite de ontem.
Contra porcos ( e também contra gambás), desde que nossa vitória seja limpa, sem a interferência da arbitragem, pouco me importa se saíremos vencedores de campo jogando bem ou mal, dando olé ou tomando sufoco, pois a ânsia de vencer é tão grande, que ignoro por completo uma análise mais fria e racional sobre os aspectos técnicos da partida, e suas implicações posteriores.
Ontem não jogamos bem, nem de longe o São Paulo parecia aquele time sólido e eficiente que atropelou Cruzeiro e Inter, garantimos nosso 1x0 a muita custa, e após uma magnífica defesa de penalti feita por Rogério Ceni, aos 43 do segundo tempo. Dane-se, fizemos o suficiente para cumprir com nossa obrigação, aquela que deverá ser posta em prática todas as vezes que encontrarmos pela frente o porqueras, principalmente no Morumbi, que é escorraçá-los de nossa casa de volta para a Barra Funda, assim como fazemos já a oito longos anos.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Encorpando

Após duas rodadas desperdiçando pontos, devido a equivocada decisão de montar o time com vários jogadores reservas e poucos titulares, o São Paulo finalmente foi escalado com todos os seus titulares, e com força máxima foi até Porto Alegre na tarde de ontem enfrentar a equipe do Internacional, por coincidência nosso próximo adversário no confronto semifinal da Libertadores, e de lá saiu com um ótimo 2x0, possibilitando assim nossa recuperação na tabela de classificação.
Conquistamos uma vitória importante, não no sentido de que ela possa vir a significar alguma coisa, para a disputa que teremos pela frente contra os gaúchos por uma vaga à final da Libertadores, pois o confronto que acontecerá após a Copa, estará envolto sob uma atmosfera completamente diferente da encontrada ontem, seja no que tange o comportamento da torcida, dos jogadores e da arbitragem. A importância que dedico à nossa primeira vitória nesse Campeonato Brasileiro, reside no fato da mesma ter sido conquistada por um São Paulo que começa a se encorpar, e adquirir formas mais claras e objetivas em seu futebol.
Um futebol baseado sobretudo em um forte e rígido sistema defensivo, tendo como elemento principal uma zaga que começa a se solidificar, e se transformar em uma barreira quase que intransponível. É basicamente o mesmo esquema de jogo que fez nosso time se tornar tri hexa campeão brasileiro, com um futebol que está longe de ser considerado bonito e encantador, mas o mais importante, um futebol competitivo e vencedor, que se mantido, proporcionará ao São Paulo boas chances de conquistar o quarto caneco da Libertadores, e o sétimo do Brasileiro.
Serão duas longas jornadas, com dificuldades e percalços pelo caminho, contudo acredito que superáveis, dado o bom futebol de um time que se encorpa. A Libertadores por enquanto fica em segundo plano, concentraremos todos os nossos esforços e toda nossa atenção às partidas que restam pelo Brasileiro antes do início da maldita Copa do Mundo, sendo que já na próxima quarta-feira, receberemos em nossa casa o decadente time de verde da capital paulista, e escorraçar de volta para Barra Funda aquela corja imunda, torna-se uma obrigação.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Impecável

Impecável, no dicionário: não sujeito a pecar, imaculável, sem defeito, irrepreensível, correto, perfeito; no Morumbi na noite de ontem: um São Paulo incansável, buscando o gol a todo momento, praticando um futebol altamente competitivo, anulando por completo o time do Cruzeiro. E foi assim, com cada um dos onze jogadores são paulinos se comportando de maneira impecável, que construímos um placar de 2x0, e garantimos nossa vaga às semifinais da Libertadores.
O que presenciei na partida de ontem, me proporcionou uma intensa alegria, não apenas pelos motivos óbvios oriundos de uma vitória de tamanha importância e autoridade, mas fundamentalmente por acreditar que nossos triunfos a partir de agora, poderão ser repetidos com uma frequência maior, uma vez que, um time titular é esboçado com mais clareza, e o mesmo começa a corresponder dentro de campo. Não determinante, mas fundamental para a manutenção deste bom futebol apresentado pelo São Paulo, será a venda, troca, ou até mesmo escambo, algo que me parece que já está em curso, de alguns tranqueiras que equivocadamente contratamos no começo do ano, e de outros que hipocritamente se sentem injustiçados e desvalorizados; preciso citar nomes?
Classificado e a espera da definição de nosso próximo adversário para o duelo por uma vaga à final, duelo este que só acontecerá após a maldita Copa do Mundo (o que possibilitará à nosso time condicionar-se melhor física e tecnicamente, mas ao mesmo tempo transformará nossa espera em um tormento angustiante), agora é a hora de colocar esse time para jogar o Campeonato Brasileiro, e começar a recuperar os preciosos pontos que perdemos nessas duas rodadas iniciais, começando domingo, contra talvez nosso próximo oponente na Libertadores.