Paulo Miranda, Edson Silva,
Rafael Tolói, Antônio Carlos e Rodrigo Caio. Não, esses não são os zagueiros
que compõem o elenco de algum time da segunda divisão ou de alguma cidade
interiorana brasileira. Infelizmente devido a falta de planejamento e a
política de abandono característica da gestão Juvenal Juvêncio, que contrata
jogadores sem nenhum critério, permitindo que qualquer um vista a gloriosa
camisa tricolor, os cinco infelizes acima mencionados fazem parte da atual zaga
do São Paulo.
Analisando criticamente temos
uma defesa composta por: um dublê de zagueiro/lateral direito que não se mostra
capaz de jogar em nenhuma das duas posições; um mero figurante que se destaca
apenas pelo tamanho e pelo brilho da sua cabeça sem nenhum fio de cabelo e não
por seus atributos futebolísticos; um zagueiro reclamão que ultimamente não
passa um jogo sem cometer uma falha grotesca; um zagueiro metido a artilheiro
que veio de um clube que só nos vende jogadores amaldiçoados; e um volante que
não sabia jogar no meio de campo e da noite para o dia virou zagueiro.
Depender destes tipos de
jogadores, que pouco tem a oferecer para o time é perigoso demais, quase um
suicídio. É inevitável, sabemos que mais cedo ou mais tarde as deficiências de cada
um deles virão à tona e erros individuais que podem detonar uma partida
fatalmente acontecerão. Uma situação que por si só já é complicada, acaba se
agravando uma vez que os outros setores do time também apresentam problemas e
não auxiliam na marcação. São os volantes que marcam mal, os atacantes que não
pressionam a saída de bola e os laterais que não fazem cobertura- todos
contribuem para sobrecarregar nossa frágil (in)defesa.
Ontem mais uma vez abusamos
do direito de errar e por muito pouco não saímos do Morumbi amargando um empate
frustrante. O novo show de horror protagonizado pelos zagueiros são paulinos,
começou após abrirmos o placar com um golaço do Jádson através de um chute
quase do meio de campo que ele nunca mais vai conseguir acertar. Rodrigo Caio
se atrapalhou todo ao receber uma bola de Rogério, deixando ela de graça para
um atacante colombiano do Atlético Nacional tocar para um companheiro livre na
cara do gol empatar a partida.
Mesmo não jogando bem
conseguimos chegar ao segundo gol, porém os outros dois zagueiros tricolores
que estavam em campo também resolveram falhar e após uma cabeçada para trás do
Antônio Carlos, o número nove do time adversário ganhou facilmente do lento
Paulo Miranda na corrida empatando mais uma vez o confronto. Felizmente aos
quarenta e cinco minutos do segundo tempo, quando eu já lamentava o empate, um
dos responsáveis por instaurar o caos na nossa retaguarda que deu dois gols para
os visitantes marcou seu segundo gol na partida, nos deixando a um empate da semifinal
da Sul-Americana.