quinta-feira, 31 de outubro de 2013

(In)defesa

Paulo Miranda, Edson Silva, Rafael Tolói, Antônio Carlos e Rodrigo Caio. Não, esses não são os zagueiros que compõem o elenco de algum time da segunda divisão ou de alguma cidade interiorana brasileira. Infelizmente devido a falta de planejamento e a política de abandono característica da gestão Juvenal Juvêncio, que contrata jogadores sem nenhum critério, permitindo que qualquer um vista a gloriosa camisa tricolor, os cinco infelizes acima mencionados fazem parte da atual zaga do São Paulo.
Analisando criticamente temos uma defesa composta por: um dublê de zagueiro/lateral direito que não se mostra capaz de jogar em nenhuma das duas posições; um mero figurante que se destaca apenas pelo tamanho e pelo brilho da sua cabeça sem nenhum fio de cabelo e não por seus atributos futebolísticos; um zagueiro reclamão que ultimamente não passa um jogo sem cometer uma falha grotesca; um zagueiro metido a artilheiro que veio de um clube que só nos vende jogadores amaldiçoados; e um volante que não sabia jogar no meio de campo e da noite para o dia virou zagueiro.
Depender destes tipos de jogadores, que pouco tem a oferecer para o time é perigoso demais, quase um suicídio. É inevitável, sabemos que mais cedo ou mais tarde as deficiências de cada um deles virão à tona e erros individuais que podem detonar uma partida fatalmente acontecerão. Uma situação que por si só já é complicada, acaba se agravando uma vez que os outros setores do time também apresentam problemas e não auxiliam na marcação. São os volantes que marcam mal, os atacantes que não pressionam a saída de bola e os laterais que não fazem cobertura- todos contribuem para sobrecarregar nossa frágil (in)defesa.
Ontem mais uma vez abusamos do direito de errar e por muito pouco não saímos do Morumbi amargando um empate frustrante. O novo show de horror protagonizado pelos zagueiros são paulinos, começou após abrirmos o placar com um golaço do Jádson através de um chute quase do meio de campo que ele nunca mais vai conseguir acertar. Rodrigo Caio se atrapalhou todo ao receber uma bola de Rogério, deixando ela de graça para um atacante colombiano do Atlético Nacional tocar para um companheiro livre na cara do gol empatar a partida.
Mesmo não jogando bem conseguimos chegar ao segundo gol, porém os outros dois zagueiros tricolores que estavam em campo também resolveram falhar e após uma cabeçada para trás do Antônio Carlos, o número nove do time adversário ganhou facilmente do lento Paulo Miranda na corrida empatando mais uma vez o confronto. Felizmente aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo, quando eu já lamentava o empate, um dos responsáveis por instaurar o caos na nossa retaguarda que deu dois gols para os visitantes marcou seu segundo gol na partida, nos deixando a um empate da semifinal da Sul-Americana.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Contagem regressiva

Os números insistem em nos mostrar que matematicamente o São Paulo ainda corre o risco de ser rebaixado, contudo após a emocionante vitória sobre o time do Inter ontem a tarde na cidade de Caxias do Sul, eu vejo que a salvação está muito próxima. Ainda não me sinto completamente à vontade para dizer que finalmente estamos livres do rebaixamento, mas rodada após rodada a confiança de que no ano que vem não teremos que jogar nas terças e sextas-feiras só aumenta.
Passamos por tantos momentos conturbados ao longo deste Campeonato Brasileiro, que conseguirei respirar aliviado e me livrar de toda a tensão que tomou conta de mim desde o instante que ficou estabelecido que nossa meta era não cair para a segunda divisão, apenas quando estivermos oficialmente livres de qualquer ameaça. Falta pouco, estamos em contagem regressiva, acredito que mais duas ou três vitórias serão suficientes para encerrar o assunto rebaixamento de uma vez por todas, podendo assim enfim relaxar.
A vitória sobre o Inter foi fundamental para dar uma controlada na ansiedade, e para perceber que o fim de todo esse sofrimento é apenas uma questão de tempo. Tivemos na serra gaúcha um grande jogo de futebol, uma pena a CBF e a diretoria do Inter terem demorado uma eternidade para definir a data e o local da partida, a ponto de eu não eu conseguir me planejar a tempo para acompanhar o São Paulo em mais uma grandiosa vitória fora de casa.
Uma análise a respeito deste São Paulo e Inter, implica obrigatoriamente em falar sobre o predomínio que os ataques tiveram sobre as defesas. Assim como no jogo contra a Universidad Católica, onde a defesa do São Paulo teve um desempenho abaixo da crítica, colocando quase tudo a perder, ontem nosso sistema defensivo voltou a complicar as coisas. Falhas individuais, erros de posicionamento e uma marcação frouxa; absolutamente nada funcionou do meio para trás.
Confesso que não é comum ver um time dirigido por Muricy, que normalmente monta seus times baseados a partir da defesa, apresentar uma fragilidade tão grande defensivamente. Contudo, como falamos de uma defesa composta em sua maioria por um bando de jogadores incapacitados, é compreensível a insegurança e a quantidade de gols sofridos. Felizmente o pessoal da frente estava inspirado, fazendo até gol de pênalti (2!) e decidindo a partida a nosso favor. 3x2 São Paulo.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Um tributo para Rogério Ceni




“Factor decisivo en la eliminación de Universidad Católica de la Copa Sudamericana ante Sao Paulo fue el arquero de los brasileños Rogerio Ceni. A los 40 años, el portero fue la gran figura del 4-3 de los paulistas ante los cruzados.” La Tercera (Santiago)

“El histórico portero detendría casi de manera consecutiva distintos disparos de los jugadores de la UC (50', 69' y 72'), quienes se vieron sorprendidos con los notables reflejos del guardametas paulista.” La Tercera (Santiago)

“Y en la segunda parte se mantuvo el alto ritmo de juego y Ceni siguió demostrando que a los 40 años sigue siendo un porterazo, ya que una y otra vez ahogaba los gritos de gol para el conjunto de la franja.” La Nacion (Santiago)

“Y si alguien evitó la celebración de la UC hoy fue la gran figura del cotejo, el meta Rogerio Ceni. Es que el portero de 40 años tapó todo, tuvo una actuación extraordinaria y fue el gran responsable de que los hinchas de la franja no se llevaran la clasificación.” El Mercurio (Santiago)

Rogerio Ceni fue la figura de principio a fin en el triunfo de Sao Paulo sobre la UC. El meta de 40 años atajó casi todos los balones que patearon los peloteros de la Católica y eso le bastó para seguir con vida, junto a su equipo, en la Copa Sudamericana.” LaCuarta (Santiago)

“Mejor arquero que Ceni en Brasil no hay. Es um arquero de nível superlativo y hoy eso quedó claro. Es un arquero de edad, de recorrido y fue fundamental hoy. El fue determinante para esta eliminacion.” Martin Lasarte, técnico da Universidad Católica

“ Hoy RC de outro planeta.” Milovan Mirosevic, Meia da Universidad Católica

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Despertando

Derrotar o Bahia na Fonte Nova não seria uma tarefa nada fácil. Historicamente costumamos nos dar muito mal jogando em Salvador, raramente voltamos de lá com um resultado positivo. Fazia quarenta e dois anos que não ganhávamos do Bahia na capital baiana em partidas válidas pelo Campeonato Brasileiro, não é à toa que o tricolor baiano é um dos pouquíssimos times que levam vantagem no confronto direto contra nós.
Não bastasse o fato de termos que jogar contra a história, ontem tivemos também que superar uma arbitragem tendenciosa ao extremo, disposta a prejudicar o São Paulo de qualquer maneira. A anulação de um gol legítimo com poucos minutos de jogo, sob a alegação de que o jogador são paulino havia cometido uma falta no goleiro ao disputar a bola com ele, deixou claro que o filho da puta do Sandro Meira Ricci não estava para brincadeira.
Detesto reclamar da arbitragem. Primeiro, porque eu vejo que os erros costumam acontecer para os dois lados praticamente na mesma proporção e segundo, porque eu não quero parecer aqueles torcedores neuróticos que ficam falando de conspiração e perseguição. Acontece que ontem o roubo foi descarado, um gol mal anulado e duas expulsões injustas por muito pouco não colocou tudo a perder. Doze contra nove, tivemos que vencer o Bahia e uma arbitragem safada.
Conseguimos compensar a inferioridade numérica e todos os desmandos do desgraçado que assoprava o apito, graças ao total comprometimento dos jogadores que ficaram em campo do começo até o final da partida e daqueles que entraram no decorrer da mesma. Seguramos a enorme pressão imposta pelo Bahia (que não parou de rondar nossa área ao longo do segundo tempo) na base da alma e do coração, garantindo assim uma vitória grandiosa pelo placar mínimo.
Décimo colocado com quarenta pontos, sete pontos de vantagem em relação ao primeiro time que hoje encontra-se na zona de rebaixamento, oito rodadas para o fim do campeonato. Pela primeira vez desde que começamos a ocupar ou a flertar perigosamente de perto com as profundezas da tabela, eu sinto que a permanência na primeira divisão é verdadeiramente possível. Estamos finalmente despertando de um pesadelo que parecia não ter fim.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Respiro

Em nenhuma outra rodada ao longo do campeonato, teríamos uma chance tão palpável de sair do atoleiro e respirar um pouco mais aliviado como nessa vigésima nona rodada que se iniciou ontem. Além de enfrentarmos o lanterna da competição no Morumbi, uma série de confrontos diretos entre times que estavam posicionados muito próximos de nós na tabela, faria com que alguns destes times obrigatoriamente perdessem pontos preciosos na luta contra o rebaixamento.
Evidente que seria necessário vencer o Náutico para que não estragássemos tudo e pudéssemos de fato nos aproveitar dos tropeços dos outros times. Mesmo não sendo uma equipe que inspira muita confiança, o São Paulo tinha a obrigação de vencer os pernambucanos em casa, do contrário já poderíamos começar a nos despedir da primeira divisão, pois quem não consegue ganhar do Náutico não tem o direito de permanecer na elite do futebol.
Bastou o apito inicial soar para novamente constatarmos o quanto esse time do São Paulo é medonho, dado que até o último colocado do campeonato foi capaz de endurecer a partida contra a gente. Até o minuto de número trinta, quando finalmente um daqueles dois cabaços que interpretam muito mal os papéis de atacantes conseguiu fazer através de um lance fortuito um gol, assistíamos um São Paulo que não sabia muito bem o que fazer com a bola.
Somente quando chegamos ao segundo gol (mais ou menos na metade da segunda etapa), é que senti que não seria necessário esperar até os acréscimos para termos a confirmação da nossa vitória. O posterior terceiro gol tricolor que deu números finais à partida, mostrou muito mais os defeitos de um Náutico virtualmente rebaixado, do que as virtudes de um São Paulo que embora comece a respirar com mais fluidez, ainda busca adquirir o fôlego necessário para terminar o ano salvo.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Tudo na mesma

Aos quarenta e dois minutos do segundo quando o juiz apontou a marca da cal, um incrível enredo se desenhou a nosso favor. Era a oportunidade perfeita para em um só lance acabar com o longo e incômodo tabu frente o gambás no Morumbi, ultrapassar o rival na tabela instaurando uma crise pelos lados da Marginal sem número, vencer ao menos um clássico no ano, conquistar três pontos importantíssimos na luta contra o rebaixamento e ver o Rogério marcar um gol de pênalti novamente.
Diferente de alguns amigos que provavelmente devido o histórico recente do Rogério e a tensão do momento, não vibraram com a marcação do pênalti (inexistente) e sequer conseguiram olhar para o campo no instante da cobrança, eu momentaneamente relaxei e acreditei piamente que a bola entraria e encerraríamos ali boa parte de todas as zicas que nos cercavam. Estava pronto para comemorar o gol e a vitória, o que me deixou completamente despreparado para lidar com o reverso.
Rogério chutou mal e pela quarta vez seguida nosso mítico goleiro artilheiro desperdiçou uma penalidade máxima. Sinceramente eu acho que já passou da hora do São Paulo encontrar um outro cobrador oficial, alguma coisa precisa ser feita a respeito na tentativa de pôr fim à essa situação inacreditável. Tudo tem um limite, entendo que para o bem tanto do São Paulo quanto do próprio Rogério, Muricy necessita urgentemente encontrar ou capacitar alguém no elenco que consiga transformar um pênalti em gol.
O pênalti perdido é algo a se lamentar, porém não podemos apontar o Rogério como o principal responsável pela vitória não ter acontecido, pelo contrário. Analisando o jogo veremos que Rogério fez três defesas fundamentais, impedindo o adversário de chegar ao gol. Se durante os noventa minutos não conseguimos tirar o zero do placar, isso está muito mais relacionado a incompetência e o despreparo dos nossos meias e atacantes que cansaram de perder chances claras de gol, do que ao pênalti não convertido pelo capitão.
Olhando apenas para a tabela, o empate sem gols contra o Corinthians não chega a ser um resultado tão ruim assim, afinal dadas as combinações dos placares dos outros jogos da rodada conseguimos abrir mais um ponto de vantagem em relação ao primeiro time da zona de rebaixamento. Entretanto, por tudo o que significa a rivalidade envolvendo São Paulo e Corinthians, muitas outras coisas além dos três pontos estavam em jogo no majestoso disputado no Morumbi, uma pena que tudo permaneceu na mesma.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Épico


Dois meses atrás quando comprei as passagens para Belo Horizonte, o São Paulo agonizava na zona de rebaixamento e o Cruzeiro despontava como um dos favoritos ao título. Ontem ao meio dia quando embarquei rumo à capital mineira, o São Paulo continuava em perigo afundado na tabela e o Cruzeiro mantinha a liderança com o a taça praticamente na mão.
Enfrentaríamos um time muito superior ao nosso, com o agravante de estarmos desfalcados dos dois jogadores mais experientes do elenco, o que nos deixava ainda mais vulnerável. Não dava para esperar muita coisa do São Paulo, uma vitória ou até mesmo um empate era algo improvável, e dada nossa situação periclitante no campeonato uma derrota seria catastrófica.
Não tínhamos escolha, era vencer ou vencer, do contrário fatalmente voltaríamos a ocupar uma das quatro últimas posições na tabela. Nossa missão beirava o impossível, eu não conseguia sequer forjar uma vitória são-paulina na minha cabeça. Tentava imaginar a defesa do Cruzeiro entregando um gol de graça para nós, ou o ataque do São Paulo em uma noite inspirada resolvendo a parada; porém bastava olhar nossa escalação e sentir o clima criado pela torcida adversária ao redor do estádio para constatar que meus pensamentos eram absurdos.
Ingressos com preços abusivos (R$ 120,00 uma arquibancada, mais caro que a passagem aérea) e um horário indecente, nada disso foi problema para os mandantes comparecerem em peso no Mineirão. Em contagem regressiva para a comemoração de um título iminente, a parte azul de Belo Horizonte fez sua parte. Para eles aquele não era um jogo qualquer, era uma decisão e eles estavam confiantes, o que me deixou ainda mais cético em relação a um resultado positivo do São Paulo.
Diferente do Maracanã, que ao meu ver perdeu toda sua aura após as reformas que sofreu para atender as exigências da Fifa, as intervenções feitas no Mineirão não fizeram com que ele se descaracteriza-se a ponto de perder sua identidade. Hoje o Mineirão é um estádio moderno, todavia quase tudo ali ainda funciona à moda antiga- a torcida assiste os jogos em pé ignorando os lugares marcados, ninguém tenta pintar seu rosto ou oferecer bexigas em forma de animal, nada de monitores querendo corrigir sua postura e o apetitoso tropeiro ainda alimenta os torcedores.
Com poucos minutos de bola rolando já dava para perceber a diferença técnica entre as duas equipes. Não é que o Cruzeiro dominava a partida de forma absoluta, a questão é que era nítido que do lado deles os jogadores eram capazes de pensar e tocar a bola ao mesmo tempo, o que faz toda uma diferença. Se faltava qualidade, sobrava empenho por parte dos jogadores tricolores. E foi assim, na base da disposição que conseguimos equilibrar a partida e ir para o intervalo em igualdade no placar.
Conforme o tempo passava o São Paulo se acertava, passamos a levar algum perigo à meta adversária e a torcida do Cruzeiro que era toda empolgação ficou apreensiva e em silêncio. Foi neste exato momento que eu senti que nossa sorte poderia mudar, quando dentro de campo e na arquibancada os papéis se inverteram e a confiança mudou de lado. Era o São Paulo quem estava no comando agora, e soubemos aproveitar muito bem isso.
Dos dois lances eu me recordo apenas do enorme estrondo produzido pela torcida na comemoração dos gols e de ficar completamente enlouquecido, pulando alucinadamente e abraçando qualquer um que passasse na minha frente. Foi uma vitória épica, sem dúvida alguma uma das maiores e mais significativas que já comemorei fora do Morumbi. Sei que ela jamais será esquecida, ficando para sempre eternizada dentro de mim não apenas como um grande momento futebolístico, mas como um dos grandes momentos da vida.


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Sofrimento

A palavra rebaixamento na teoria, por si só já carrega consigo uma infinidade de aspectos negativos. O simples ato de imaginar seu time ocupando as últimas posições na tabela, é capaz de deixar qualquer torcedor completamente perturbado, trazendo para a vida dessas pessoas um grande incômodo. Na prática, lidar com a luta contra o rebaixamento potencializa essas sensações, transformando todo jogo em um verdadeiro sofrimento.
Basicamente, sofremos de duas maneiras distintas quando dirigentes inaptos e jogadores desqualificados arrebentam com um time e o colocam na zona da degola. Em jogos semelhantes ao contra o Santos semana passada, onde a gente olhava para o campo e via que o São Paulo estava entregue, aceitando e se contentando com a derrota, o sofrimento é desolador; manifestando-se de maneira silenciosa (você sofre calado, se remoendo por dentro, mas sem forças para esboçar qualquer tipo de reação), causando um desgaste mental enorme e te deixando inconformado.
Em um jogo intenso e repleto de gols como foi contra o Vitória sábado no Morumbi, o sofrimento é de outra natureza. Lutamos e buscamos a vitória incessantemente do início ao fim, mas a incapacidade dos jogadores são-paulinos além de ter colocado quase tudo a perder, permitindo ao time baiano igualar o marcador duas vezes, fez com que os imprescindíveis três pontos fossem garantidos apenas nos minutos finais do confronto, quando todos no estádio já estavam realmente passando mal.
O sofrimento ali foi arrebatador, daquele que se manifesta da maneira mais estrondosa possível (berros, gritos e xingamentos), provocando um desgaste físico absurdo (palpitação, suor frio e tremedeira) e te deixando completamente desesperado e descontrolado frente a possibilidade da vitória não se concretizar. Mesmo quando o juiz encerrou o jogo e o 3x2 a nosso favor no placar finalmente tornou-se uma certeza, os efeitos provocadas por tamanho sofrimento ainda se faziam sentir.
Uma coisa é certa, o sofrimento vai nos acompanhar até o fim do campeonato. Uns jogos sofreremos mais outros jogos sofreremos menos, contudo o sofrimento é hoje uma condição prévia para todo torcedor são-paulino, uma palavra que não será dissociada do nosso vocabulário nesse complicado ano de 2013. Não é fácil, contudo tenho certeza de quem opta por viver essas coisas junto com o time no estádio, vivenciado o sofrimento na sua plenitude, passa a amar ainda mais essa doença chamada futebol.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Descendo ( a serra e na tabela)



Não, eu não tenho que escrever um texto tentando buscar explicações para o que aconteceu ontem no jogo contra o Santos. Os filhos da puta que foram a campo, e que são os responsáveis por mais um vexame é que deveriam vir a público para nos dar uma satisfação. Óbvio que a maioria se calou, apenas Muricy falou alguma coisa digna de nota. Abaixo algumas frases do treinador, tentem se convencer de que a segunda divisão não é apenas uma questão de tempo.


“É difícil entender, porque fizemos um jogo daquele jeito domingo. Perdemos, mas jogamos bem. Hoje, nós sentimos até vergonha. Como técnico, peço desculpas ao torcedor. Eu sinto a vergonha que o torcedor está passando. Não merecíamos outro resultado. O outro time estava com dez jogadores, e não criamos nada.”

"Tem que continuar procurando sair dessa situação. Está complicadíssima, mas da minha parte vou lutar até o final. A gente não jogou. Isso que preocupa. Tem que refletir bem o que a gente vai fazer",

“O problema não é a zona do rebaixamento. O problema é não jogar. Isso que não dá para aceitar. Jogamos contra um time com dez no segundo tempo e perdemos desse jeito. Não dá, né? Não dá para aceitar. O Santos não fez força nenhuma para ganhar.”

“O Santos faz esse tipo de jogada faz tempo, jogando a bola para o Gustavo e o Dracena. Eles foram marcados individualmente. Isso é mostrado num compacto com as principais jogadas do adversário. Esse tipo de gol você não pode tomar. É falta de atenção. E outra, a jogada se repetiu três vezes. Pagamos um preço caro pela falta de atenção.”