quinta-feira, 30 de setembro de 2010

-4

O número negativo que dá título à esta postagem, refere-se ao desastroso saldo de gols do São Paulo no atual  Campeonato Brasileiro. Ao longo de vinte e seis rodadas, comemoramos trinta e quatro gols, e vimos nossos adversários comemorarem por trinta e oito vezes um gol sobre nós, logo, mediante um simples cálculo matemático, chegaremos até nosso constrangedor saldo de gols negativo.
Essa diferença entre gols marcados e gols sofridos de menos quatro, mostra com clareza no que nosso time se transformou neste campeonato nacional, um verdadeiro saco de pancadas. Nossa mais recente surra deixa isso bem claro, um retumbante 4x2 para o Grêmio, conquistado sem muita dificuldade, como se o time gaúcho estivesse disputando seu campeonato estadual, contra um adversário qualquer do interior do estado, com direito a olé nos minutos finais da partida.
Tento puxar pela memória, a última vez em que o São Paulo, disputando um campeonato por pontos corridos, com o mesmo mais da metade já disputado, apresentou um saldo de gols menor que zero. Confesso que não consigo me recordar, acredito que não devido minha fraca e curta memória, mas talvez por isso ter acontecido a tanto tempo atrás, que apenas alguns maníacos por números e estatísticas como o PVC e o Mauro Bething, por exemplo, para conseguirem afirmar isso com alguma exatidão.
O que sei, e isto afirmo com toda a certeza, é que apenas um time como o atual São Paulo, que extrapola o limite do conceito de ruindade, configurando-se na verdade como um time ordinário, composto em sua maioria por jogadores que mais nada de útil tem a nos oferecer, e abandonado por sua diretoria, é capaz de alcançar um número tão inexpressivo e negativo.
Olhando na tabela, vemos que nosso tão discutido número, vem acompanhado de outros tão ridículos quanto, como nossa posição de dois dígitos na tabela, nosso número de derrotas ser maior que o de vitórias, e nosso aproveitamento estar abaixo dos 50%, contudo, este sinal negativo a frente de nosso saldo de gols, deixa ainda mais explícito, uma situação que já está por demais constrangedora.

domingo, 26 de setembro de 2010

Que Vergonha!

A sensação de vergonha estabelecida desde o apito final do juíz, encerrando o primeiro tempo da partida no Morumbi, não é decorrente apenas da vexatória derrota por 3x0 para a equipe do Goiás, que até então figurava na ridícula penúltima colocação do Campeonato Brasileiro. A vergonha que sinto, na verdade é oriunda dessa indecente política de abandono e descaso adotada por nossa diretoria, que não se mostra nenhum pouco incomodada e preocupada, com esta série de fracassos e derrotas, cada vez maiores e mais frequentes sofridas por nosso time.
Ontem, por mais que Sérgio Barese tenha cometido inúmeros erros na escalação da equipe, improvisando Rodrigo Souto na lateral, optando por sair jogando com Samuel e não com Xandão, e posteriormente colocando os inúteis Dagoberto e Cléber Santana na partida; assim como vários jogadores tenham apresentado um futebol abaixo da crítica, não devemos direcionar nossas críticas exclusivamente para eles, apontando-os como os principais responsáveis por nossa mais nova desastrosa derrota.
Não quero aqui poupar e isentar técnico e jogadores de qualquer tipo de culpa, todavia se alguém ou algum grupo, deve e merece ser responsabilizado diretamente por este lamentável momento vivido pelo São Paulo, ele atende pelo nome de Diretoria, personificada nas figuras de Juvenal Juvêncio, Leco e João Paulo de Jesus Lópes.
Sim, pois são eles que permitem que tenhamos no comando da equipe um profissional completamente imaturo e inexperiente, que nitidamente não está preparado para tamanho desafio, e que mesmo após alguns meses trabalhando dignamente como técnico, ainda é considerado um interino; são eles que contratam e insistem em manter no time jogadores desinteressados e descompromissados; são eles que sem nenhum critério tentam desesperadamente aproveitar os garotos da base; são eles que não aproveitam a oportunidade de contratar bons profissionais disponíveis no mercado; são eles que ao empurrarem os problemas do clube e do time com suas gordas barrigas, estão fazendo o São Paulo perder o rumo e envergonhar sua torcida.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Missão Cumprida

Não dava para pensar e aceitar, um resultado que não fosse a vitória contra a equipe do Guarani, pois se o São Paulo de fato almeja se posicinar na tabela além da zona da Sul- Americana, somar os três pontos ontem, era uma missão que obrigatoriamente deveria ser cumprida. Reconheço que qualquer tipo de exigência feita em uma temporada turbulenta como essa, pode muito bem não vir a se concretizar, contudo mesmo contra todos os prognósticos, e contra um maldito juíz mal intencionado, que inventou um penalti inexistente contra nós, os 2x1 do placar nos garantiu a vitória na partida.
Não foi um jogo dos mais memoráveis, a começar pelo horário inapropriado. Porra! futebol no meio de semana às 19:30, em uma cidade com o trânstito caótico como o da capital paulista, é pedir para chegar ao estádio com o jogo em andamento; não poderia ser diferente, adentrei ao Morumbi com quase quinze minutos de partida rolando, muito obrigado CBF, Globo e demais canalhas. Presenciei um jogo bom até o São Paulo fazer 1x0, depois disso demos aquela irritante e tradicional recuada, e o time do Guarani cresceu e saiu para o jogo, sendo presenteado pelo vagabundo do apito com um penalti inexistente, posteriormente convertido.
O segundo tempo não foi digno de nota, conseguimos o gol da vitória com uma certa dificuldade e nele paramos, nada além de um gol de puro reflexo do oportunista Ricardo Oliveira. Não irei reclamar, nossa missão estava cumprida, e agora quem sabe, poderemos até tentar voltar a acreditar naquela deslanchada que já faz alguns meses que aguardamos.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Freguesia Suína

2010 tem sido uma temporada horrorosa, daquelas que dá vontade de você esquecer, muito devido a quantidade de coisas ruins que nosso time vem fazendo. Dentro de campo nossos jogadores não conseguem se entender, fora do gramado nossos dirigentes não param de cometer erros; deste modo, cada um à sua maneira, jogadores e dirigentes, contribuem para que o São Paulo acumule ao longo do ano, uma quantidade vergonhosa de insucessos.
Em um cenário pouco inspirador como esse, várias de nossas vitórias, significam muito mais uma sensação de alívio, do que a felicidade propriamente dita, visto que nas poucas vezes em que conseguimos vencer uma partida, nosso triunfo serviu apenas para tirar o São Paulo da metade de baixo da tabela, e não para colocar a gente brigando com os líderes da competição.
A exceção à este estado quase que de letargia em um ano ruim, irá obrigatoriamente se estabelecer nos clássicos contra as comadres do futebol paulista, Corinthians e Palmeiras, traduzindo. São contra esses dois malditos times, que independente do contexto em que o São Paulo estiver inserido, uma simples vitória do tricolor, será suficiente para proporcionar à nós torcedores são paulinos, à alegria plena.
Poucas sensações no futebol, podem ser tão gratificantes quanto derrotar um rival de cidade em um clássico, principalmente quando você é o visitante, e encontra-se em minoria no estádio, isolado em um canto da arquibancada, cercado de torcedores adversário por todos os lados. Poder você e seus pares, em extase, cantar e comemorar a vitória de seu time, enquanto o outro lado assiste a tudo devidamente calado, é algo fantástico. Foi exatamente isso que aconteceu no Pacaembú na tarde de ontem, nosso maior freguês, o decadente time de verde da Barra Funda, o Guarani da Turiassu, frente seu maior algoz, sucumbiu mais uma vez, aumentando ainda mais a freguesia suína.
Uma vitória como essa, torna-se algo muito maior do que realmente ela foi, não pelo futebol que jogamos, que convenhamos foi somente razoável, mas por tudo que significa derrotar esses lazarentos, algo  tão satisfatório, que é capaz de fazer você esquecer todos os fracassos e frustrações de uma temporada, capaz até de criar alguma expectiva e ilusão para o amanhã, mesmo você sabendo que já no próximo jogo, ela poderá ser destruída, como aconteceu inúmeras vezes neste ano.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

De Volta À Estaca Zero

Parafraseando negativamente o hino da equipe do Internacional, o São Paulo em "tua senda de derrotas", deu continuidade na gelada noite de ontem, à sua lamentável campanha neste Campeonato Brasileiro. Outra sequência de resultados negativos, e principalmente, de um futebol abaixo da crítica, segue a todo vapor pelos lados do Morumbi, fazendo surgir novamente aquela desgostosa sensação, de que mais uma vez voltamos à estaca zero. 
A fácil vitória de 3x1, conquistada pela equipe colorada dentro do nosso estádio, não difere praticamente em nada, das outras inúmeras derrotas que sofremos ao longo dessa sofrível temporada, Brasil afora. Nossos tropeços se sucedem seguindo quase sempre um procedimento padrão; é jogador improvisado na lateral fazendo cruzamento errado, é atacante jogando de costas para o gol, é volante perdido na marcação, é o sistema defensivo falhando feio, é o meio de campo acéfalo, é o técnico à beira do gramado fazendo substituições aos quarenta e lá vai cacetada, é a puta que pariu.
O que mais desanima e frustra, em toda essa história envolvendo nossa incapacidade crônica, de praticar um futebol de alguma qualidade, reside no fato da mesma ser uma situação, que por não estar sendo tratada com a devida atenção por parte de nossos diregentes, ela já se arrasta por um tempo considerável. Estamos no mês de Setembro, e ainda não conseguimos resolver quase nenhum dos problemas que se faziam presente no começo do ano, pelo contrário, dada toda a negligência de Juvenal e sua turma, eles se tornaram ainda maiores, e desencadearam uma série de outros problemas.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Resposta Encaminhada

Analisar e emitir uma opinião sobre algum aspecto do futebol em específico, levando em consideração os acontecimentos de apenas um jogo, sem dúvida alguma não é uma postura das mais corretas e inteligentes. Ao refletir e pensar o futebol, torna-se obrigatório o acompanhamento de uma série de partidas, e dos fatos ocorridos fora do gramado, pois somente assim, tateando todo um contexto, será possível elaborar um trabalho mais denso e substancial, do contrário, qualquer discurso será caracterizado como algo vazio, e que dificilmente conseguirá se sustentar. Salvo raríssimas exceções, está é hoje uma prática cada vez mais comum e usual, da preguiçosa e despreparada impensa esportiva brasileira.
Conforme dito no primeiro parágrafo, o confronto entre São Paulo e Botafogo, embora possua suas particularidades, deverá ser examinado considerando que ele possui uma relação direta com as partidas disputadas anteriormente. Portanto, nossa derrota por 2x0 para a equipe carioca, embora não responda de maneira definitiva a pergunta presente em minha postagem anterior, a respeito de uma suposta evolução do São Paulo no campeonato, ao menos deixa uma resposta muito bem encaminhada.
Reconheço que a pergunta não era, e na verdade não é tão difícil assim de ser respondida, principalmente pelo fato da mesma, já ter sido feita anteriormente em outros momentos ao longo dessa temporada. A resposta para ela, muito provavelmente será igual a que recebemos após todos os escassos e curtos bons momentos vividos por nossa equipe. Acredito eu, que infelizmente mais uma vez, nos será dado como resposta, aquilo que já se tornou corriqueiro neste ano de 2010: outra empacada.
Será repetida a resposta padrão, óbvia e única, que um time da maneira como está formatado, e por quem está sendo formatado, pode oferecer à seus iludidos torcedores.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Evoluindo?

Embora eu ainda não consiga me convencer, de que de fato o São Paulo começa a evoluir neste campeonato, uma vez que ao longo de toda a temporada, quando parecia que o time finalmente iria conseguir encaixar uma interessante sequência de bons resultados, por diversas vezes nós deprimentemente empacávamos, nossas três vitórias consecutivas, mais a minha falta de imaginação na escolha de um melhor título para esta postagem, tornam o termo: "evoluindo", de certo modo aceitável.
Não discordo que seja legítimo pensar que uma evolução, uma reação esteja em curso, todavia eu prefiro aguardar um pouco mais, e ver o São Paulo jogar contra os times da parte de cima da tabela, para que assim quem sabe, eu consiga tirar este ponto de interrogação que ronda minha cabeça, tanto para o bem quanto para o mal. Nossos dois próximos jogos, contra Botafogo e Inter respectivamente, poderão demonstrar com mais clareza até que ponto irá essa nossa evolução, se iremos engrenar de vez ou empacar novamente.
Da sequência de três vitórias conquistadas nos últimos três jogos, o triunfo sobre o Flamengo foi sem dúvida alguma a partida onde mostramos um melhor futebol, principalmente no primeiro tempo, onde construímos nosso 2x0 sem muita dificuldade. A fragilidade da equipe carioca é latente, com dez jogadores então... chegou a ser constrangedor, não fosse a decisão de Sérgio Baresi, ou de sei lá quem, em recuar a equipe no segundo tempo com a entrada de um terceiro zagueiro, mesmo com nosso desentrosamento e nossas limitações, uma goleada era possível.
A goleada não veio, na verdade a mesma era um detalhe completamente dispensável, a vantagem mínima sem dúvida alguma já estava ótimo. Conseguimos ir até um pouco além disso, reflexo de que já estamos evoluindo?

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Lá Se Vai Um Turno

Passadas vinte rodadas, o primeiro turno do Campeonato Brasileiro se encerra, e com ele, uma boa parte da agonia e da apreensão, que tomou conta de mim ao longo dessa primeira metade do campeonato, parece que também chega a seu fim. Sim, pois se a vitória de quinta-feira passada contra o Atlético Goianiense me fez respirar um pouco mais aliviado, o triunfo de ontem sobre o outro Atlético, no caso o mineiro, fez essa sensação de alívio aumentar ainda mais.
Os 3x2 sobre o galo, nos alçou ao medíocre décimo lugar na tabela, sem dúvida alguma uma posição não condizente com o tamanho de nossa grandeza, contudo hoje, dadas todas as circunstâncias, acabar o primeiro turno exatamente no meio da tabela, está de bom tamanho, sobretudo se lembrarmos que apenas duas rodadas atrás, figurávamos na preocupante décima quinta posição, flertando bem de perto com a zona do rebaixamento.
Acredito que o pior já tenha passado, quem sabe se a partir de agora com a torcida voltando a apoiar o time, e Juvenal e sua turma dando uma sossegada e não atrapalhando mais o clube, a gente até consiga beliscar uma vaga no G4, que muito provavelmente será na verdade um G6, já que dificilmente Santos e Inter (já classificados para a próxima Libertadores) não permanecerão onde hoje se encontram na tabela. Continuo a achar o título muito distante do nosso alcançe, não devido apenas a diferença de pontos em relação ao líder da competição, mas exclusivamente devido a diferença da qualidade de nosso futebol, hoje consideravelmente inferior se comparado com Inter, Corinthians e Santos.
Com todo um segundo turno a ser disputado, nossa comissão técnica tem algo em torno de quatro meses para tentar finalmente definir um time base, e posteriormente fazê-lo praticar um futebol decente, já deixando  algo encaminhado para a disputa do Paulista, e da Copa do Brasil ou Libertadores.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O Reecontro Com A Vitória

Respiramos agora um pouco mais aliviado, depois de um mês de Agosto onde não conquistamos uma única vitória, passando cinco longas rodadas vendo nosso time nos frustrando mediante uma série de quatro empates desanimadores, e uma derrota acachapante, finalmente voltamos a somar três pontos e sair vitoriosos de uma partida.
A vitória sobre o Atlético Goianiense, um dos rabeiras do Campeonato, não foi nenhum pouco fácil. Um 2x1 conquistado na marra, e segurado na base da bicuda para frente nos minutos finais da partida, algo de certo modo até natural e esperado, principalmente se levarmos em consideração que em pleno mês de Setembro, ainda estamos à procura de uma formação ideal, e temos no banco de reservas um técnico-interino ou interino-técnico, sei lá, cada vez mais rodeado de "auxiliares" palpitando e interferindo em seu trabalho.
Embora as vitórias sejam quase sempre a consequência do que um time desempenha dentro de campo, isso quando um bandeirinha ou um juíz não decide fazer alguma palhaçada, ontem eu estava pouco me importando com o que veria meu time fazer na partida. Se já passei mais da metade do ano vendo o São Paulo praticando um futebol ordinário, não seria agora, com ele à beira da zona do rebaixamento, o momento mais adequado para eu exigir uma vitória convincente.
Queria apenas os três pontos, apenas ver meu tricolor fazer mais gols que o adversário, apenas me reencontrar com a vitória, nada além disso. Conseguimos, e ao menos até a próxima rodada, continuarei a me manter longe da calculadora, e daquelas assustadoras contas que os torcedores de times que frequentam a zona da degola costumam fazer.