O relógio marcava
trinta e cinco minutos do primeiro tempo. Até então o São Paulo fazia uma partida
que beirava a perfeição, nosso controle era absoluto dentro de campo,
dominávamos o Atlético Mineiro de maneira contundente, não dávamos espaço para
nenhum jogador vestido de preto e branco articular qualquer tipo de jogada,
nossa superioridade era tamanha que uma goleada (que deixaria nossa
classificação muito bem encaminhada) começava a se esboçar.
O cenário era
totalmente favorável ao São Paulo; estádio lotado, 1x0 no placar, torcida
pulsando e time jogando muita bola. Nem mesmo após as inúmeras oportunidades de
gol perdidas de maneira bisonha pelo terceiro reserva do ataque abalou o ânimo
e o ímpeto do tricolor, continuamos indo para cima de um adversário acuado e
impotente. Foi então que um lance mudou completamente o rumo da partida,
levando o São Paulo que flertava de perto com o céu diretamente para as
profundezas de um inferno agonizante.
Toda a expectativa que
circundava o Morumbi desapareceu quando no trigésimo quinto minuto de bola
rolando, o filho da puta que hoje veste nossa camisa número três tomou o
segundo cartão amarelo e foi expulso. O São Paulo sentiu demais o golpe, com um
jogador a menos todo o esquema montado por Ney Franco e que até então funcionava
muito bem foi literalmente destruído. Em desvantagem numérica não demorou muito
tempo para o São Paulo perder o controle da partida e ceder o empate, o que
aconteceu quando o primeiro tempo chegava ao fim.
Na segunda etapa o São
Paulo até que tentou equilibrar as ações, contudo o estrago já estava feito. A
cada minuto que passava, a cada jogada não concluída pelos jogadores são-paulinos
os danos causados pela imbecilidade daquele desgraçado que já não estava mais
em campo se mostravam cada vez mais profundos e irreparáveis. O São Paulo
estava entregue, e o gol da virada foi o tiro de misericórdia que pode ter nos
custado a classificação.
Fazia tempo que eu não
saia do Morumbi tão perturbado com uma derrota. A sensação não é de revolta ou
dor, na verdade sinto uma mistura de frustração com inconformidade, que desde
ontem a noite tem causado uma tremenda bagunça na minha cabeça. Por mais que eu
possa escrever sobre o jogo eu não consigo raciocinar direito a respeito dele.
Tentar esquecer então é algo fora de cogitação, principalmente porque a todo instante eu me pego pensando na viagem para Belo Horizonte semana que vem.
Cara as contusões também atrapalharam pois sem elas ele poderia ter feito as substituições mais de acordo com o cenário do jogo. Ainda assim acho que o time se comportou bem (demtro do possível) mesmo com 1 a menos até pressionando o adversário já para o final do jogo fazendo o atlético ficar com medo do empate. Bom texto parabéns.
ResponderExcluirCara, a sensação que senti (e ainda estou sentindo) é exatamente a mesma. Pra que serve 50 copas do mundo, 120 anos jogando na Europa, pra vir aqui e fazer uma merda dessas? Esse maluco deveria ser empalado com requintes de crueldade na praça Roberto Gomes Pedrosa.
ResponderExcluirAnônimo,
ResponderExcluirÉ verdade, as contusões também atrapalharam, mas eu acho que no onze contra onze independente de quem estivesse em campo a gente não perderia o jogo.
Abraço!
Raphael,
Se dependesse de mim esse maldito nunca mais jogaria no São Paulo.
Abraço!