sexta-feira, 3 de maio de 2013

Do céu ao inferno em um lance

O relógio marcava trinta e cinco minutos do primeiro tempo. Até então o São Paulo fazia uma partida que beirava a perfeição, nosso controle era absoluto dentro de campo, dominávamos o Atlético Mineiro de maneira contundente, não dávamos espaço para nenhum jogador vestido de preto e branco articular qualquer tipo de jogada, nossa superioridade era tamanha que uma goleada (que deixaria nossa classificação muito bem encaminhada) começava a se esboçar.
O cenário era totalmente favorável ao São Paulo; estádio lotado, 1x0 no placar, torcida pulsando e time jogando muita bola. Nem mesmo após as inúmeras oportunidades de gol perdidas de maneira bisonha pelo terceiro reserva do ataque abalou o ânimo e o ímpeto do tricolor, continuamos indo para cima de um adversário acuado e impotente. Foi então que um lance mudou completamente o rumo da partida, levando o São Paulo que flertava de perto com o céu diretamente para as profundezas de um inferno agonizante.
Toda a expectativa que circundava o Morumbi desapareceu quando no trigésimo quinto minuto de bola rolando, o filho da puta que hoje veste nossa camisa número três tomou o segundo cartão amarelo e foi expulso. O São Paulo sentiu demais o golpe, com um jogador a menos todo o esquema montado por Ney Franco e que até então funcionava muito bem foi literalmente destruído. Em desvantagem numérica não demorou muito tempo para o São Paulo perder o controle da partida e ceder o empate, o que aconteceu quando o primeiro tempo chegava ao fim.
Na segunda etapa o São Paulo até que tentou equilibrar as ações, contudo o estrago já estava feito. A cada minuto que passava, a cada jogada não concluída pelos jogadores são-paulinos os danos causados pela imbecilidade daquele desgraçado que já não estava mais em campo se mostravam cada vez mais profundos e irreparáveis. O São Paulo estava entregue, e o gol da virada foi o tiro de misericórdia que pode ter nos custado a classificação.
Fazia tempo que eu não saia do Morumbi tão perturbado com uma derrota. A sensação não é de revolta ou dor, na verdade sinto uma mistura de frustração com inconformidade, que desde ontem a noite tem causado uma tremenda bagunça na minha cabeça. Por mais que eu possa escrever sobre o jogo eu não consigo raciocinar direito a respeito dele. Tentar esquecer então é algo fora de cogitação, principalmente porque a todo instante eu me pego pensando na viagem para Belo Horizonte semana que vem.

3 comentários:

  1. Cara as contusões também atrapalharam pois sem elas ele poderia ter feito as substituições mais de acordo com o cenário do jogo. Ainda assim acho que o time se comportou bem (demtro do possível) mesmo com 1 a menos até pressionando o adversário já para o final do jogo fazendo o atlético ficar com medo do empate. Bom texto parabéns.

    ResponderExcluir
  2. Cara, a sensação que senti (e ainda estou sentindo) é exatamente a mesma. Pra que serve 50 copas do mundo, 120 anos jogando na Europa, pra vir aqui e fazer uma merda dessas? Esse maluco deveria ser empalado com requintes de crueldade na praça Roberto Gomes Pedrosa.

    ResponderExcluir
  3. Anônimo,
    É verdade, as contusões também atrapalharam, mas eu acho que no onze contra onze independente de quem estivesse em campo a gente não perderia o jogo.
    Abraço!

    Raphael,
    Se dependesse de mim esse maldito nunca mais jogaria no São Paulo.
    Abraço!

    ResponderExcluir