segunda-feira, 15 de julho de 2013

O técnico e a perspectiva

Após inúmeras demonstrações de total despreparo e completa incapacidade vindas tanto da sala da diretoria quanto do gramado, fica difícil esperar que apenas a chegada de um novo técnico possa mudar esse sombrio panorama hoje estabelecido no São Paulo. São tantas ações erradas e escolhas equivocadas dos engravatados, somado com uma postura incondizente e um comportamento condenável dos uniformizados afetando o desempenho do time, que a troca de comandante não me parece algo tão necessário e válido assim.
A questão aqui não é avaliar as qualidades e os defeitos de Ney Franco e Paulo Autuori, mas sim reconhecer e entender que os problemas do São Paulo vão muito além do sujeito que orienta o time na beira do campo. As seis trocas de treinadores ao longo dos últimos quatro anos deixaram isso bem claro, contudo a culpa e a responsabilidade pela má gestão do clube e pelo péssimo futebol do time, sempre recaem exclusivamente e injustamente sobre as costas do treinador, mesmo quando ele é o menos culpado.
Na prática, com a bola rolando é que iremos perceber o quanto a vida de Paulo Autuori será difícil neste seu retorno ao Morumbi. Faço essa afirmação não para questionar a capacidade do nosso novo técnico, que na minha opinião está dentro da média do que hoje é o mercado de técnicos de futebol no Brasil, mas para reforçar minhas críticas a dirigentes e jogadores são paulinos, que continuam atrapalhando ao invés de ajudarem, vide a constrangedora entrevista coletiva de Juvenal na sexta-feira e a outra expulsão que fez o time terminar mais um jogo sem os onze jogadores em campo.
Independente de quem estivesse no comando da equipe ontem a quinta derrota consecutiva viria. Sim, o revés era inevitável e de certo modo até esperado, assim como outros infelizmente também são, uma vez que a falta de perspectiva é total e está tomando conta de todos nós. Não temos muito no que nos amparar, olhamos em volta e vemos somente um time destroçado num acelerado processo de autodestruição, que se continuar nesse ritmo pode nos levar para um lugar onde jamais pensamos que pudéssemos parar.

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