Como eu havia descrito na postagem anterior, a angústia causada pela privação de futebol a qual nós torcedores estamos submetidos entre o fim de uma temporada e o início de outra, é substituída pela euforia e felicidade, tristeza e perturbação que se estabelecem assim que uma temporada se inicia. E neste ano de 2010, a parte negativa das sensações provocadas pelo futebol, já se fizeram presentes logo em nossa partida de estréia, assim mesmo, sem nenhuma cerimônia.
Levando em consideração que essa era nossa primeira partida no ano, com jogadores fazendo sua estreia e reestreia pela equipe, mau condicionados fisicamente, com o time atuando em um novo esquema tático, e por consequência sem um entrosamento maior (muito embora nosso adversário também sofresse dos mesmos problemas óbvios de todo começo de temporada), é compreensível e de certo modo até aceitável um resultado desfavorável contra a Portuguesa na partida de ontem, todavia as causas da derrota são paulina por 3x1, não são encontradas exclusivamente nos fatores acima citados, mas sim aos mesmos fantasmas que nos aterrorizaram ano passado.
Após um primeiro tempo regular, onde nossa vantagem foi conquistada através de um belo gol do reestreiante Marelinho Paraíba, e que não foi ampliada uma vez que Rogério Ceni perdeu um penalti, e Washington uns três gols feitos, sucumbimos de uma maneira assustadora na segunda etapa. Bastou a Portuguesa empatar, e posteriormente fazer o segundo gol, para que tudo aquilo que me apavorou em 2009, se fizesse presente neste 2010 que mal começava.
Novamente testemunhei uma parte da torcida ofendendo gratuitamente Richarlyson, e impaciente para com Washington, não perdoando qualquer toque errado que nosso camisa nove dava na bola, gritando desesperadamente o nome de Roger (puta que pariu, acreditar que o renegado do Roger fosse capaz de acrescentar tanto ao time assim é de dar medo). Malditos corneteiros, de tanto barulho que fizeram Ricardo Gomes colocou Roger em campo, que pouco produziu, muito em função de mais uma expulsão estúpida de Dagoberto, que comprometeu de vez o novo esquema tático adotado por nosso comandante, que já mostrava algumas deficiências, principalmente pelas improvisações em ambas as laterais, que de temporárias passaram a ser regras no São Paulo de Juvenal Juvêncio; no lugar de Washington, que ao meu ver errou ao se dirigir para os vestiários ao ivés de ir se sentar no banco de reservas.
A temporada apenas acabou de começar eu sei, mas é imprescindível que aqueles que ontem nada fizeram para ajudar o São Paulo na busca por uma vitória (Dagoberto e uma parte da torcida), mas pelo contrário, atrapalharam e muito, comecem a se comportar de uma maneira mais inteligente daqui por diante. O São Paulo agradece.
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