quinta-feira, 9 de junho de 2011

Escrevendo

Depois de quase duas semanas sem futebol, o São Paulo finalmente voltou a disputar uma partida, e eu a escrever neste blog. Confesso que era para eu ter escrito alguma coisa neste intervalo de tempo, porém ando um tanto quanto desanimado, não apenas pela mediocridade na qual o São Paulo está envolto, mas principalmente pelos rumos que o esporte futebol vem tomando, cada vez mais desvirtuado e distante de suas essências.
Estou me referindo aqui, a implementação do maldito futebol moderno, que segue a todo vapor, e que está acabando com a natureza popular do nosso querido futebol, transformando-o em algo eletizado e estéril. Para comprovar tudo isso basta olhar para as arquibancadas, lá veremos claramente o processo de estabelecimento de um público "diferenciado", que não gosta de assistir jogos em pé, que se assusta com palavrões, que vai embora antes do jogo acabar, e que encara o futebol como uma diversão; com isso os torcedores que de fato amam seus clubes, perdem continuamente espaço para uma platéia de espectadores, que tem com o futebol uma relação descartável.
Um movimento capitaneado pela CBF e pela Rede Globo, que me parece irreversível, pois conta com a enorme colaboração dos dirigentes dos nossos clubes, sempre coniventes, e muitas vezes cúmplices dos absurdos impostos por estas duas verdadeiras pragas do futebol brasileiro. Imerso neste contexto nenhum pouco animador, escrever sobre futebol muitas vezes pode se transformar numa tortura, sobretudo quando o que é mais relevante não acontece, partidas de futebol do São Paulo.
Ontem depois de muita espera o São Paulo voltou a jogar, fomos até Minas Gerais enfrentar o Atlético Mineiro, e de lá saímos com uma vitória, a terceira do tricolor em três jogos pelo Campeonato Brasileiro. Liderança, aproveitamento de 100%, e nenhum gol sofrido, um começo de campeonato que me surpreende, contudo ainda não dá para se contentar com o apresentado até aqui, pois é notório que nossa situação ainda está bem longe do ideal, todavia quem sabe esse time não consiga ao menos fazer uma campanha digna. Admito que adoraria escrever sobre isto.

4 comentários:

  1. Desanima não cara.

    Como são paulino tenho orgulho do meu clube incomodar pessoas como Ricardo Teixeira, Andrés Sanchez, Del Nero e cia. Terrível se visse meu time de joelhos como o LAOR faz com o Santos.

    Fica tranquilo. A caminhada é dura, mas somos o clube da fé. E a fé é uam coisa que ninguém tira da gente. Vai São Paulo! Vai tricolor!


    Desesperar jamais
    Aprendemos muito nesses anos
    Afinal de contas não tem cabimento
    Entregar o jogo no primeiro tempo

    Nada de correr da raia
    Nada de morrer na praia
    Nada! Nada! Nada de esquecer

    No balanço de perdas e danos
    Já tivemos muitos desenganos
    Já tivemos muito que chorar
    Mas agora, acho que chegou a hora
    De fazer Valer o dito popular
    Desesperar jamais
    Cutucou por baixo, o de cima cai
    Desesperar jamais
    Cutucou com jeito, não levanta mais

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  2. Abdul,
    Também me orgulho de ver nosso clube não se curvando a estes canalhas que comandam nosso futebol, porém é complicado ver algo que você gosta tanto, que significa tanto em sua vida, rumando ao fim, fico desanimado sim, o que não significa que abandonarei, ou deixarei de fazer minha parte como torcedor, não, isso nunca.
    E estes versos finais, bacana, de onde tirou isso?
    Abraço

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  3. Rumando ao fim? Que fim? Tá louco cumpadi? Só se for o fim pros outros. Os canalhas passam, mas o São Paulo fica. O Sr. Ricardo Teixeira e outros canalhas do futebol brasileiro não tem moral nenhuma. Pessoas como eles serem contra o São Paulo só nos fortalece.

    Ah.. os versos são de uma linda música do Ivan Lins. "Desesperar Jamais"

    http://www.youtube.com/watch?v=d5QWcGh9aPo

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  4. Abdul,
    Conforme está escrito no segundo parágrafo do texto, estou me referindo ao fim do futebol e sua natureza popular, não ao fim do São Paulo Futebol Clube.
    Ivans Lins, puts, isso musicado por ele deve ter ficado um porre rs.
    Abraço

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