Observando meu comportamento e o
comportamento da maioria dos são paulinos que estavam próximos de mim tanto na
quarta-feira no Beira-Rio como ontem no Morumbi, percebo que embora os placares
das duas partidas tenham sido opostos (derrota por 1x0 em Porto Alegre e
vitória por 1x0 em São Paulo), a sensação que ficou após estes dois confrontos
foi a mesma. Saímos de ambos os estádios insatisfeitos e decepcionados com o
futebol apresentado pelo São Paulo, e preocupados com a constatação de que rodadas
passam e nenhum traço de evolução tática e técnica é perceptível, em
contrapartida vários tipos de deficiências saltam aos olhos dos torcedores.
Compreendo que do ponto de vista da
classificação os três pontos foram de fundamental importância, pois conseguimos
sair da parte de baixo da tabela e agora nos estabelecemos um pouco acima do
meio dela. Entretanto, assim como foi contra o Bahia na segunda rodada, a
vitória de ontem frente aos reservas do Santos foi minúscula. Triunfo merecido,
mas na marra, praticamente à fórceps, possível de ser conquistado graças muito
mais a fragilidade e ao desentrosamento de um adversário que poupou
praticamente seu time titular inteiro, do que pelas qualidades da equipe
tricolor.
Vitórias minúsculas embora tenham
sua validade são duras de serem comemoradas, pois sabemos que elas dificilmente
habilitarão o São Paulo a lutar por títulos e pelas posições mais altas da
tábua de classificação. Mesmo que o futebol careça de certa lógica, e que fazer
previsões no mundo futebolístico seja um exercício baseado em convicções nem
sempre racionais e sensatas, é provável que quando o jogo for contra
agremiações mais qualificadas e não contra pequenos como os Bahias da vida e
times desfalcados de seus principais jogadores, o São Paulo sofra ainda mais
dentro de campo e talvez não consiga somar os três pontos em disputa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário