segunda-feira, 11 de junho de 2012

Vitória minúscula

Observando meu comportamento e o comportamento da maioria dos são paulinos que estavam próximos de mim tanto na quarta-feira no Beira-Rio como ontem no Morumbi, percebo que embora os placares das duas partidas tenham sido opostos (derrota por 1x0 em Porto Alegre e vitória por 1x0 em São Paulo), a sensação que ficou após estes dois confrontos foi a mesma. Saímos de ambos os estádios insatisfeitos e decepcionados com o futebol apresentado pelo São Paulo, e preocupados com a constatação de que rodadas passam e nenhum traço de evolução tática e técnica é perceptível, em contrapartida vários tipos de deficiências saltam aos olhos dos torcedores.
Compreendo que do ponto de vista da classificação os três pontos foram de fundamental importância, pois conseguimos sair da parte de baixo da tabela e agora nos estabelecemos um pouco acima do meio dela. Entretanto, assim como foi contra o Bahia na segunda rodada, a vitória de ontem frente aos reservas do Santos foi minúscula. Triunfo merecido, mas na marra, praticamente à fórceps, possível de ser conquistado graças muito mais a fragilidade e ao desentrosamento de um adversário que poupou praticamente seu time titular inteiro, do que pelas qualidades da equipe tricolor.
Vitórias minúsculas embora tenham sua validade são duras de serem comemoradas, pois sabemos que elas dificilmente habilitarão o São Paulo a lutar por títulos e pelas posições mais altas da tábua de classificação. Mesmo que o futebol careça de certa lógica, e que fazer previsões no mundo futebolístico seja um exercício baseado em convicções nem sempre racionais e sensatas, é provável que quando o jogo for contra agremiações mais qualificadas e não contra pequenos como os Bahias da vida e times desfalcados de seus principais jogadores, o São Paulo sofra ainda mais dentro de campo e talvez não consiga somar os três pontos em disputa.

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