terça-feira, 3 de julho de 2012

Das escolhas certas


Quando decidi que iria para Belo Horizonte acompanhar o São Paulo no jogo contra o Cruzeiro, futebolísticamente as coisas caminhavam dentro de uma certa normalidade. Estávamos classificados para a semifinal da Copa do Brasil, bem ou mal tínhamos um técnico, a torcida apoiava o time e mesmo desconfiado eu ainda acreditava que poderíamos obter algum sucesso nos campeonatos que ainda disputávamos.
Sábado quando embarquei rumo a capital mineira o panorama já havia mudado consideravelmente. O  Coritiba sem muita dificuldade nos eliminou da Copa do Brasil, um interino passou a ser o comandante da equipe, a torcida decidiu boicotar o time e enquanto nossos rivais chegavam nas finais dos dois principais campeonatos disputados no primeiro semestre, o São Paulo se mostrava cada vez menos capaz de lutar por títulos.
Uma vez que minha presença nos estádios é determinada por aquilo que meu time representa na minha vida (um amor duradouro, verdadeiro, doentio e obsessivo), e não pelo o que ele faz ou deixa de fazer dentro e fora de campo, pouco ou de nada importava o atual momento vivido pelo São Paulo. Assim, junto com outros dois grandes são paulinos fomos até o estádio Independência empurrar nosso time à vitória.
Presenciamos um grande jogo de futebol. São Paulo e Cruzeiro desde os primeiros minutos de bola rolando se lançaram ao ataque, chances de gol eram criadas e desperdiçados pelos dois lados. Conseguimos abrir uma boa vantagem jogando um bom futebol do meio para a frente, já nosso sistema defensivo voltou a falhar. Mais dois gols foram acrescentados a lista do time que mais toma gol de cabeça no mundo, felizmente eles não custaram nossa vitória.
A viagem para Belo Horizonte não poderia ter sido melhor. As boas companhias, o delicioso tropeiro em frente o estádio, o bate papo antes da partida com os amigáveis e simpáticos cruzeirenses, a oportunidade de conhecer mais um estádio (meio esquisito, diga-se), o ótimo tempo e a vitória do tricolor transformou o sábado em um dia memorável.
É verdade que enfrentamos algumas adversidades antes e depois da partida como a grande distância do aeroporto até o estádio, uma policial com cara de assustada segurando uma doze no portão de saída da torcida são paulina e um GPS maluco que a todo momento traçava a rota errada e nos levou até a cidade de Contagem quando o bar que queríamos ir estava localizado na zona oeste de Belo Horizonte. Contudo, mesmo com todos os percalços essa viagem valeu muito a pena. Acompanhar o São Paulo será sempre a escolha certa.

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