sexta-feira, 19 de março de 2010

A Relativa Beleza Do Futebol

Não sou um defensor do futebol arte, pelo contrário, estou bem longe disso, não me importo nenhum pouco se meu time vence jogos e torna-se campeão jogando feio, mediante esquemas táticos truculentos e defensivos, deixando de lado toda a pompa e toda a poesia de um futebol mais refinado. Sim, prefiro ganhar como a seleção de 1994, do que perder como a seleção de 1982, e não fico nenhum pouco envergonhado e constrangido em pensar o futebol dessa forma.
Reconheço que a probabilidade de um time com Zico, Falcão e Oscar ser vitorioso, e proporcionar mais alegrias à torcida, do que um time com Mazinho, Dunga e Márcio Santos, na teoria é muito maior; contudo o futebol não é uma ciência exata e precisa, portanto nossas impressões, análises e opiniões, não podem estar pautadas apenas em critérios orgânicos e científicos, não podemos cometer o equívoco de ignorar e descartar uma análise mais empírica dos acontecimentos.
Não é de hoje que o São Paulo vem praticando um futebol feio, observamos isso o ano passado inteiro, e 2010 tem sido uma dolorosa continuação de 2009. Dolorosa não porque nossos jogos não são bonitos, praticar um futebol pouco vistoso já se tornou uma de nossas principais características ao longo desses últimos anos, todavia isso não nos impediu de conquistarmos alguns belos títulos, uma vez que alguns desses nossos times, eram minimamente competitivos, mesmo estando longe de praticar um futebol arte. O desgosto a que me refiro aqui, é fruto das poucas perspectivas que cercam esse time.
O elástico placar de 3x0 sobre o Nacional do Paraguai na noite de ontem, pode sugerir uma melhora, uma evolução no futebol são paulino, mas confesso que por mais que eu me esforce, por mais boa vontade que eu tenha, eu ainda não consigo enxegar uma melhora de fato significativa em nosso futebol. Continuo a me deparar com um time que comete muitos vacilos, que parece não saber muito bem o que fazer quando está com a bola e sem ela, e que ainda não me convence que poderá fazer frente para um adversário um pouco mais qualicado.
Não faço questão que este time do São Paulo jogue o fino da bola, que me proporcione verdadeiros espetáculos de tática e técnica, empiricamente isso já está mais do que provado que pode não significar lá muita coisa. Quero apenas que meu time apresente uma faceta competitiva, que se qualifique como um verdadeiro postulante aos títulos que disputa, mesmo que praticando um futebol arte abstrata.

2 comentários:

  1. De fato, o time parece meio perdido, mas não podemos desistir dele...valeu !!!

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  2. Marcio, desistir do São Paulo está completamente fora de cogitação.
    Abraço

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