Em um Campeonato Paulista, onde a primeira fase é enfadonhamente longa e cansativa, recheada de jogos sem muito sentido e propósito, mais o agravante de nosso time estar jogando um futebolzinho sofrível, é natural que as arquibancadas encontrem-se em sua maioria vazias, e que o final de cada jogo, seja comemorado por nós torcedores, como o fim de um verdadeiro martírio.
Participar de um campeonato, onde para se chegar às fases que de fato fazem algum sentido, somos obrigados a assistir jogos desinteressantes, não dá o direito de comissão técnica e jogadores encararem o campeonato com um desdém semelhante ao da torcida, que se comporta dessa maneira simplesmente devido a postura vergonhosa de nosso time no campeonato estadual. Um time que joga de uma maneira burocrática, que não faz absolutamente nada de diferente para tentar mudar uma vírgula, dessa pasmasseira que nos assola desde o primeiro jogo da temporada.
Jogando com toda essa falta de vontade e empenho, aliada as deficiências técnicas e táticas de um time que me parece não estar sendo bem treinado, não tenho dúvidas que sucumbiremos nas fases mais agudas e decisivas tanto do medonho paulistinha, como da tão desejada Libertadores. Nossas derrotas, nossos fracassos ocorrerão de uma forma bem simples e sem cerimônia, assim como foram contra Portuguesa, Santos e Palmeiras respectivamente.
Não foram poucas as vezes que vi o São Paulo em campo com equipes medonhas, equipes que mesmo antes de entrarem em campo, no anunciar da escalação, já me causavam uma série de transtornos. Entendia e aceitava as limitações de muitas daquelas equipes, pois vontade e garra grande parte daqueles jogadores tinham de sobra, quase que na mesma proporção em que lhes faltavam categoria e técnica.
Embora muitas daquelas equipes são paulinas não tenham conquistado absolutamente nada, e não apenas em termos de títulos, aquelas eram equipes formadas por jogadores e membros de comissão técnica que reconheciam seus limites e suas possibilidades, que eram sinceros com os torcedores, e principalmente, que dentro de campo mostravam-se dispostos em lutar e buscar algo além do ordinário. Bem diferente desse São Paulo versão 2010, onde que para muitos, estar dentro de campo já é considerado como o suficiente, como se cada um ali já estivesse cumprindo plenamente com suas obrigações, sendo que qualquer esforço maior, é considerado um martírio pesado demais.
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