quinta-feira, 7 de abril de 2011

Classificação Sofrida

Eu já imaginava que o jogo de volta entre São Paulo e Santa Cruz, não seria nenhum pouco fácil, uma série de fatores contribuíam para eu pensar dessa forma. O placar adverso no primeiro jogo do confronto em Pernambuco, a retranca e o antijogo que enfrentaríamos em nossos domínios, o receio de levar um  gol que triplicaria nosso problemas, e o mau futebol do São Paulo praticado em suas últimas apresentações; eram os indícios de que nossa classificação seria sofrida.
A tensão que tomava conta de mim antes mesmo da partida começar, foi amenizada quando logo nos minutos iniciais, Rhodolfo abriu o placar. Nada que fosse muito duradouro, pois quase tudo o que eu imaginava que aconteceria no decorrer da partida, começava de fato a acontecer: o Santa Cruz todo postado na defensiva, exagerando na cera e no cai cai, e o São Paulo com dificuldades em furar a retranca adversária, e fazer o esperado gol da classificação à próxima fase.
O pênalti desperdiçado por Rogério Ceni, só aumentou a dramaticidade da partida, com o segundo tempo já na metade, e o placar do jogo de ida se repetindo, era inevitável não começar a pensar em uma torturante decisão por pênaltis. Quando o juíz começou a aprontar das suas então, distribuindo cartões no atacado, tinha certeza que o jogo iria além dos noventa minutos, tanto que já começei a torcer para as cobranças serem realizadas no gol do lado da nossa torcida, até que o suado, sofrido e redentor gol da classificação se materializou.
Agora era a nossa hora de enrolar e amarrar o jogo o quanto nos fosse permitido, assim como torcer desesperadamente para que o embate chegasse ao fim o mais rápido possível, a fim de evitarmos uma catástrofe vergonhosa. Finalmente encerrada a partida, agora já completamente relaxado depois de termos de suar sangue para bater um time da quarta divisão, tenho a confirmação de que a Copa do Brasil pode ser tão empolgante, difícil e sofrida quanto uma Libertadores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário