Falar sobre expectativa é sempre algo delicado, pois versamos a respeito de uma esperança fundada em supostos direitos, probabilidades ou promessas, de realização que julgamos provável, porém sem termos nenhuma definição ou certeza. Portanto, devemos estar preparados para nos frustarmos com uma série de acontecimentos que não irão se suceder conforme o esperado, conforme nossas expectativas.
O futebol, por ser o campo da vida onde eu mais me ponho a sonhar e criar esperanças, é onde eu invariavelmente acabo colecionando um maior número de frustrações. Um processo natural, que tenho consciência que não irá mudar, continuando assim para sempre, pois reconheço que não tenho nenhum controle sobre este tipo de situação, quando menos espero, lá estou novamente envolto nos mais diversos tipos e níveis de expectativas futebolísticas.
Semanas atrás quando o São Paulo alcançou a liderança do Campeonato Paulista, e ali permaneceu por algumas rodadas, confesso que me enchi de expectativas, não pelo primeiro lugar em si, mas porque era nítido que o futebol da nossa equipe começava a evoluir, e um time titular começava a se definir. A tendência, ou ao menos o esperado, era que o São Paulo a partir dessa melhora, evoluísse rodada após rodada, podendo nessa altura do campeonato e do ano, ter uma equipe se ainda não pronta e definida, ao menos mais segura e confiável do que ela se apresenta hoje.
Os dois últimos jogos do São Paulo, contra Santa Cruz e Mirassol respectivamente, evidenciaram uma série de fragilidades preocupantes, que me deixa deveras ressabiado. Não estamos conseguindo fazer boas partidas, mesmo quando conquistamos nossas vitórias, muitas vezes devido a enorme fragilidade dos adversários, ou ao talento individual de um ou outro atleta, elas são no limite, mediante um futebol bem mais ou menos, muito abaixo não apenas das minhas expectativas, mas do que sempre se espera de um time do tamanho do São Paulo.
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