segunda-feira, 8 de abril de 2013

Contextualizando o jogo em Ribeirão Preto


A viagem para Ribeirão Preto estava programada desde o dia que a tabela do Campeonato Paulista foi divulgada. Fazia tanto tempo que eu não assistia um jogo naquela cidade (a última vez tinha sido aquele desastroso empate em 1x1 contra o Santo André no segundo turno do Campeonato Brasileiro de 2009), que eu não queria perder outra oportunidade de acompanhar um jogo no estádio Santa Cruz. Assim três horas e meia de estrada, meio tanque de gasolina e sete pedágios depois (impressionante a quantidade de pedágios nas estradas de São Paulo) eu chegava na Califórnia brasileira.
Era grande a vontade que eu tinha de presenciar este São Paulo e Botafogo, e meu desejo aumentou ainda mais quando sábado pela manhã através do noticiário esportivo eu vi a palhaçada promovida pelos imbecis da torcida independente na porta do CT da Barra Funda. Sim, porque as vezes estar do lado do time significa obrigatoriamente se opor a aqueles idiotas que supostamente deveriam ser considerados nossos pares, porém ao fazerem isto que eles erroneamente qualificam como protesto, fica claro que (parafraseando o lema deles) vossos sentimentos são movidos por ideais que passam longe do amor e do respeito ao São Paulo Futebol Clube.
Felizmente tivemos a sorte desta partida ter acontecido bem longe do Morumbi, pois do contrário certamente grande parte da torcida seguiria o embalo dos carnavalescos, cambistas e talibãs que se encontram na arquibancada laranja, e novamente seríamos testemunhas de outro papelão protagonizado pelas organizadas e reverberado por seus simpatizantes. Não que a torcida não possa protestar, contudo muitos ou não sabem ou entendem de maneira errada o conceito da palavra protesto.
Sim, porque não é possível que alguém considere válido ou positivo ficar todo jogo pedindo raça, cantando que a Libertadores virou obrigação, gritando que é preciso ter muito respeito com a camisa tricolor ou ir até o local onde os jogadores treinam e colocar nariz de palhaço. Sério, é preciso ser muito maldoso e frustrado (jornalistas e blogueiros que se levam à sério demais), ter interesses políticos, econômicos e pessoais (diretores, conselheiros e cardeais) ou se beneficiar de alguma maneira e possuir uma visão extremamente limitada (torcedores organizados/profissionais) do que de fato acontece com o clube e com o time para levar em consideração manifestações desta natureza.
Como ontem no estádio em Ribeirão Preto o número de sujeitos que se encaixam nos exemplos acima citados era insignificante, pude acompanhar o jogo sem sentir vergonha alheia ou me irritar com o som que emanava do setor reservado à nossa torcida. Ao invés das costumeiras baboseiras vomitadas no Morumbi, músicas apoiando e incentivando o São Paulo eram cantadas a plenos pulmões por torcedores interioranos que ainda não se deixaram contaminar. Espero encontrar em Santa Bárbara do Oeste no meio da semana  um clima semelhante ao desfrutado no campo em Ribeirão Preto.


4 comentários:

  1. Compartilho do mesmo sentimento em relação a esse tipo de conduta das organizadas, da independente em particular. Eles acham que são melhores que os outros torcedores por receberem ingressos de graça e bancarem ônibus com o dinheiro dos associados. Se gabam tanto de não serem modinhas que só enchem a laranja em jogos importantes, não criam uma música nova, e em vez de torcer preferem cornetar.
    Desculpe pelo desabafo hahahaha

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  2. Roberto,
    Não precisa se desculpar, sinta-se à vontade para comentar aqui.
    Cara, a independente é uma torcida de MERDA, em todos os sentidos possíveis, e o pior de tudo é que o São Paulo ainda banca os caras, lamentável.
    Abraço

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  3. Caros, cheguei a este blog fuçando nos links do blog do Perrone na globo.com.
    Gostei muito do que li. Concordo com os meus irmãos tricolores acima em relação ao bandidos organizados. Um verdadeiro câncer nas arquibancadas brasileiras. Desgraça que está presente na vida de todos os grandes clubes do país. Bando de marginais alienados travestidos de torcedores!
    Quando vou ao morumbi com meu filho e sobrinhos, naõ permito que eles façam coro em seus cânticos.
    Como fazer coro com gente (gente?) que canta "vou dar porrada, eu vou, e ninguém vai me segurar" ???!!!
    Abraços a todos

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  4. Anônimo,
    As torcidas organizadas dos granes clubes brasileiros, da meneira como hoje estão estruturadas não ajudam em nada seus times. Num passado que está cada vez mais distante elas tiveram sim sua validade e importância, mas ataualmente elas não passam de organizações que buscam o benefício próprio ao invés de colaborar com os times que elas supostamente defendem.
    Abraço!

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