quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A dor

A dor é grande, sinto que ainda estou em pé completamente encharcado no degrau de sempre da arquibancada azul do Morumbi. Mesmo não estando mais lá de corpo presente, a imagem daquele bando de pseudojogadores protagonizando uma das derrotas mais vexatórias da história do São Paulo não sai da minha cabeça. Continuo vivenciando cada minuto de um pesadelo que não me parece ter fim.
A dor de hoje em comparação com a sensação oriunda de outras derrotas vexatórias é muito maior, não apenas pela derrota em si ou pelo o que ela pode representar daqui uma semana, mas fundamentalmente porque ela nos remete a tudo de ruim que já passamos nesta temporada. Perder de virada para a Ponte Preta pelo placar de 3x1, trouxe à tona muitos elementos de todas as outras derrotas sofridas em casa nesse desastroso ano de 2013.
A dor que atormenta neste exato momento, acaba de vez com a ilusão de que estávamos conseguindo superar aquela que talvez seja a fase mais triste dos nossos setenta e oito anos de história. O time em campo ontem lembrou o pior daquele São Paulo sem alma e sem vergonha na cara, que se acostumou a passar boa parte do ano acumulando derrotas atrás de derrotas.
A dor de ser derrotado pelo mais ridículo dos adversários, praticamente perdendo a vaga para a final da Copa Sul-Americana para um time de segunda divisão, um time pequeno por definição, sem títulos e sem expressão é devastadora. Dói tanto que depois de acompanhar todas as eliminações são paulinas ao longo do ano no estádio, eu não sei se dessa vez terei força para ir até Mogi Mirim ver o São Paulo ser eliminado mais uma vez quando o juiz encerrar a partida.

5 comentários:

  1. Michel, esperei seu post o dia inteiro. Realmente, você escreveu tudo aquilo que estou sentindo. Nenhuma das eliminações dos últimos anos foi tão dolorosa quanto esta.

    O dia foi sombrio, longo e triste. O jeito é ir para Mogi sim, por quê, sinceramente, o quê importa é ver o São Paulo jogar.

    Abs!

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  2. Grande Michel!
    Onde eu assino?
    Esse foi um dos textos mais sensacionais que li por aqui. Pena que oriundo de tanta dor...
    Mas há beleza em tudo.
    Belo texto!
    Bola pra frente. Dias melhores virão!
    Saudações Tricolores,
    Clayton

    Ps. Peço licença para fechar com o caro "Anônimo": 83, pô!

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  3. Raphael,
    Senti o golpe, dessa vez não sei se vou para Mogi.
    Abraço!

    Clayton,
    Enquanto os camisas 13,5,9,2,15,23 e 10 estiverem no elenco duvido que dias melhores virão.
    Abraço!

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