segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Desculpe, Rogério

Maior goleiro artilheiro do mundo com 113 gols;
Imbatível recorde de 1117 jogos com a camisa de um mesmo clube;
Total de 17 títulos defendendo o São Paulo;
Obteve ao longo da carreira 585 vitórias;
 
Estes e tantos outros feitos de Rogério Ceni que os números não conseguem contemplar, já deveriam  ter lhe rendido uma estátua, um setor no estádio com o seu nome ou a certeza de que quando parasse sua camisa seria aposentada. Ontem, no dia que se tornou o jogador que mais vestiu a camisa de um clube em todos os tempos, tivemos uma grande oportunidade de fazer uma homenagem a altura de seu mais novo e grandioso feito, entretanto falhamos.
Fiquei envergonhado em ver o que a diretoria, a torcida e o time (não) fizeram para ele. Assim como sua façanha, aquela era para ser uma noite histórica e especial. Celebraríamos a existência de um mito, agradeceríamos o privilégio de tê-lo do nosso lado defendendo nossas cores e talvez até nos despediríamos dele, caso essa tenha sido sua última partida oficial disputada no Morumbi.
Nas profundezas do vestiário Rogério recebeu da diretoria apenas um troféu vagabundo que mais parecia um jarro de flores vendido em lojas de R$ 1,99 e uma camisa número 10; dentro de campo foi recepcionado de maneira fria por somente 12 mil torcedores e no final da partida após uma apresentação pouco inspirada de um time que deveria suar sangue por ele,  onde não conseguimos nada além de empatar em 1x1 contra o Botafogo, Rogério foi embora certamente incomodado sob uma deprimente queima de fogos.


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