sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Um assunto inconveniente

Um mês atrás, enquanto São Paulo e Corinthians aguardavam nos vestiários o início da segunda etapa do Majestoso, uma briga envolvendo a torcida independente e a polícia militar acontecia na antiga arquibancada laranja do Morumbi. Mesmo posicionado do outro lado do estádio, vendo bem de longe a confusão entre integrantes dessas duas instituições nojentas, eu sabia que quem sofreria as consequências de tudo aquilo seríamos nós, os que apenas assistiram o jogo.
Não vou discutir aqui quem começou a briga, qual o motivo da briga, se a punição aplicada ao São Paulo foi justa ou injusta e muito menos compará-la com as punições sofridas por outros clubes. A questão primordial aqui, aquilo que de fato importa e deve ser observado, refere-se aos constantes equívocos cometidos pela justiça, que mediante a incapacidade do Estado na aplicação das leis, acaba punindo os clubes e quem não praticou nenhuma irregularidade ao invés daqueles que brigam, matam e soltam bombas.
Sim, pois quem brigou e praticou toda aquela selvageria no dia do clássico contra o Corinthians, que acabou nos custando a perda de quatro mando de campo, permaneceu impune. Nenhuma prisão ou punição séria foi imposta à nossa torcida organizada de merda, pelo contrário, eles continuaram livres e sendo financiados pela diretoria do São Paulo, podendo ir tranquilamente até Itu exercer sua principal atividade: a venda de ingressos na porta do estádio.
Diferente dos brigões subsidiados, muitos são paulinos de verdade, que nunca machucaram ninguém e que pagam o ingresso do próprio bolso não conseguiram se deslocar até o interior para acompanhar o jogo contra o Flamengo. Por culpa de uma escória mais preocupada com o carnaval do que com o futebol, nem todos puderam ver o inteligente protesto dos jogadores contra a CBF e comemorar uma boa vitória pelo placar de 2x0, com direito ao tão aguardado gol de pênalti de Rogério.

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