Sábado antes do jogo contra a
Portuguesa, conversava com uns amigos a respeito dos preços dos ingressos.
Lembramos da época em que começamos a frequentar estádios, quando ainda éramos
crianças e não tínhamos que nos preocupar em comprar ingressos, pois ou entrávamos
de graça ou nossos pais bancavam tudo; de quando o futebol era um programa mais
barato que o cinema e do tempo que um ingresso de arquibancada estava longe de
representar os atuais 6% de um salário mínimo.
A conversa surgiu quando
tentávamos adivinhar qual seria o público da partida contra os lusitanos.
Estimávamos um público grande, dado que a promoção de ingressos que o São Paulo
implantou a partir do momento que os dirigentes perceberam que teríamos muito
mais chances de escapar do rebaixamento com o estádio repleto de são paulinos,
do que com os dez/quinze mil torcedores de sempre, proporcionou para muita
gente a grande chance de acompanhar o São Paulo no estádio.
Sabemos que não é apenas o
preço dos ingressos que afasta o torcedor do estádio. Horários indecentes,
transporte público deficitário e a característica desorganização do futebol
brasileiro contribuem de maneira decisiva para que muitos torcedores optem por
permanecer em casa. Entretanto, podemos encontrar no nojento processo de elitização do
futebol no Brasil, amparado fundamentalmente na majoração (muito acima da inflação) dos preços dos
ingressos, a principal causa pelo esvaziamento dos estádios.
Não sei exatamente qual a
porcentagem que o lucro com a bilheteria representa nas finanças do São Paulo,
contudo desconfio que ela não seja tão alta e significativa assim a ponto de
tornar inviável a fixação de um preço de ingresso mais acessível e justo ao
longo de todo o ano para o torcedor. Mais torcedor no estádio significa mais
consumo com bebidas, alimentos e produtos oficiais; consequentemente mais
receita para o clube.
Para além das questões
econômicas, devemos lembrar que uma torcida de futebol é muito mais do que as
cifras que ela pode gerar para o clube. Comparecer em massa e criar uma
atmosfera favorável como aconteceu sábado na importante vitória sobre a
Portuguesa no Morumbi, onde tivemos um ótimo e vibrante público de cinquenta mil pagantes,
é tão importante quanto os mais de quinhentos mil reais de renda da partida.
Se a R$10 nós sempre tivermos mais de 25 mil já está bom, mas o ideal é mais que 30 mil sempre, mas os horarios dos jogos e a dificuldade de transporte na capital dificultam, no brasileiro deste anos quase todos os jogos com o nosso mando foram no meio da semana, e por "coicidencia" o governo sempre tem o mando nos fins de semana.
ResponderExcluirOlha o joguinho que tem rolado aí, passa p/ os amigos.
http://img372.imageshack.us/img372/9956/corinthians6tx.swf
Verdade, a tabela nesse ponto é bem tendenciosa para os lados do time da zona leste
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