Desde o retorno de
Muricy à casamata tricolor são três vitórias em três jogos, quatro gols
marcados e nenhum gol sofrido e um avanço de cinco posições na classificação
que nos tirou da zona de rebaixamento e nos colocou na parte intermediária da
tabela. A campanha de recuperação impressiona e nos faz respirar um pouco mais
aliviado, porém até que o fantasma do rebaixamento (que continua à espreita)
seja completamente afastado do Morumbi, teremos que percorrer um longo caminho.
Hoje a distância
do São Paulo, décimo quarto colocado, para o décimo sétimo colocado, primeiro
time na zona de rebaixamento, é de apenas três pontos. A proximidade do inferno
ainda é grande, uma simples vitória daqueles que vem atrás de nós combinado com
um resultado negativo do São Paulo, fatalmente nos colocará novamente entre os
quatro últimos colocados. Embora tenhamos voltado a comemorar vitórias, nossa
realidade ainda é a luta pela permanência na primeira divisão.
Semanas atrás
quando eu ficava pensando se sobreviveríamos ou não, o pessimismo tomava conta
de mim. O estado de letargia do São Paulo era absoluto, não havia rigorosamente
nada em que eu pudesse me apegar para acreditar que seria possível sair do
buraco que estávamos enterrados. Parei de projetar futuros confrontos contra o
Boa Esporte, o Asa, o Paysandu e outras agremiações que estarão na segunda
divisão ano que vem quando o Morumbi quase veio abaixo com a vitória na
reestreia de Muricy.
Foi após a vitória
contra a Ponte Preta que eu passei a sentir que dentro de campo as coisas
realmente poderiam mudar para melhor. Muricy foi fundamental nisso, sua
presença no banco não fez com que o São Paulo passasse a jogar o fino de bola,
contudo ela foi determinante para que nossos jogadores entrassem em campo com
uma postura diferente. Com Muricy do nosso lado, time e torcida estavam
determinados a tirar o São Paulo daquela situação de merda que ele se
encontrava.
As vitórias contra
Ponte, Vasco e Atlético Mineiro foram assim, amparadas acima de tudo na
vontade, na garra e na entrega daqueles que vestiam nossas cores dentro de
campo e no apoio geral e irrestrito vindo da torcida nas arquibancadas. Sem Muricy,
servindo como uma espécie de amálgama em todo esse processo nada disso seria
possível, sem ele também a palavra rebaixamento estaria ecoando com uma
intensidade ainda maior pelos lados do Morumbi.
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