sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Efeito Muricy

Desde o retorno de Muricy à casamata tricolor são três vitórias em três jogos, quatro gols marcados e nenhum gol sofrido e um avanço de cinco posições na classificação que nos tirou da zona de rebaixamento e nos colocou na parte intermediária da tabela. A campanha de recuperação impressiona e nos faz respirar um pouco mais aliviado, porém até que o fantasma do rebaixamento (que continua à espreita) seja completamente afastado do Morumbi, teremos que percorrer um longo caminho.
Hoje a distância do São Paulo, décimo quarto colocado, para o décimo sétimo colocado, primeiro time na zona de rebaixamento, é de apenas três pontos. A proximidade do inferno ainda é grande, uma simples vitória daqueles que vem atrás de nós combinado com um resultado negativo do São Paulo, fatalmente nos colocará novamente entre os quatro últimos colocados. Embora tenhamos voltado a comemorar vitórias, nossa realidade ainda é a luta pela permanência na primeira divisão.
Semanas atrás quando eu ficava pensando se sobreviveríamos ou não, o pessimismo tomava conta de mim. O estado de letargia do São Paulo era absoluto, não havia rigorosamente nada em que eu pudesse me apegar para acreditar que seria possível sair do buraco que estávamos enterrados. Parei de projetar futuros confrontos contra o Boa Esporte, o Asa, o Paysandu e outras agremiações que estarão na segunda divisão ano que vem quando o Morumbi quase veio abaixo com a vitória na reestreia de Muricy.
Foi após a vitória contra a Ponte Preta que eu passei a sentir que dentro de campo as coisas realmente poderiam mudar para melhor. Muricy foi fundamental nisso, sua presença no banco não fez com que o São Paulo passasse a jogar o fino de bola, contudo ela foi determinante para que nossos jogadores entrassem em campo com uma postura diferente. Com Muricy do nosso lado, time e torcida estavam determinados a tirar o São Paulo daquela situação de merda que ele se encontrava.
As vitórias contra Ponte, Vasco e Atlético Mineiro foram assim, amparadas acima de tudo na vontade, na garra e na entrega daqueles que vestiam nossas cores dentro de campo e no apoio geral e irrestrito vindo da torcida nas arquibancadas. Sem Muricy, servindo como uma espécie de amálgama em todo esse processo nada disso seria possível, sem ele também a palavra rebaixamento estaria ecoando com uma intensidade ainda maior pelos lados do Morumbi.

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